sábado, junho 29, 2013

AS ÁRVORES MAIS ESTRANHAS DO PLANETA
1. Árvore da Vida
Há 400 anos ela vive solitária no meio do deserto do Bahrein, graças às raízes profundas e extensas. Cerca de 50 mil turistas por ano percorrem 2 km de areia fina para ver de perto a Sharajat-al-Hayat, como é é chamada essa árvore no idioma local; reza uma lenda que ela fica no mesmo local do bíblico Jardim do Éden...
2. Árvores de Circo
O fazendeiro Axel Erlandson começou a brincar com as aparências das árvores até que montou uma fazenda na Califórnia/EUA, na década de 1940, para expor suas árvores de Circo ele podava, vergava e inseminava as plantas em formas fantásticas. Para a Árvore Cesto, por exemplo, ele plantou seis mudas em um círculo e depois as enxertou (umas nas outras) para formar os padrões geométricos que desenham o tronco acima.
3. Baobás
Com troncos que podem armazenar até 120 mil litros de água, elas se tornaram símbolos do Senegal e a árvore nacional de Madagascar (que possui a maior variedade, seis espécies). Entre 25 m de altura e 7 m de diâmetro, os baobás crescem em zonas áridas e sofrem intervenções humanas, como este inusitado banheiro, construído dentro de seu casco.
4. Banyan
O templo Ta Prohm, no Camboja, foi cenário do filme Tomb Raider. A construção foi marcada pelas raízes gigantes das árvores que crescem para cima, ao redor e através das suas paredes. Na Índia, aliás, as pessoas acreditam que a árvore realiza desejos e traz sorte.
5. Cajueiro de Pirangi
A Praia de Pirangi, Natal, RN, BRASIL, virou ponto turístico por ter o maior cajueiro do Mundo E ele cobre uma área de 750 m². Isso acontece porque os pesados galhos pendem e se curvam para o solo até que deem novas raízes e comecem a brotar novos cajueiros a partir da mesma árvore.

6. Carvalho
A Capela do Carvalho é um carvalho que hospeda, no tronco oco, duas capelas construídas em 1669. Há uma escada em espiral que leva os peregrinos até os templos. A árvore, que fica em Allouville-Bellefosse, França, tem entre 800 e 1.200 anos, 15 m de altura e 16 m de circunferência.
7. Cipreste
A Árvore de Santa Maria (Taxodium mucronatum) no México, tem a idade de mais de 2 mil anos. Esta é uma das maiores árvores do Mundo, com 42m de altura, volume de 817m2 e peso estimado em 636 toneladas. Por conta do seu tamanho, os nódulosque surgem nos troncos formam figuras que atraem milhares e milhares de visitantes.
8. Dragoeiro
A casca e folhas cortadas secretam uma resina avermelhada, batizada como sangue de dragão, que era usada na Europa para produzir remédios ou tingir madeira e tecidos. O dragoeiro (Dracaena draco) é natural da Península Ibérica, mas também pode ser encontrado em abundância nas Ilhas Canárias (Espanha) e em alguns pontos do arquipélago de Madeira e Açores, em Portugal.
9. Sabina
O vento forte causa a deformação nos troncos da maioria das Sabinas (Juniperus phoeniceada Ilha de El Hierro, no arquipélago espanhol das Canárias. A árvore foi descartada para a fabricação de móveis por conta de sua fragilidade, mas virou atração turística, especialmente durante a Semana Santa.
10. Sequoia
Reconhecidas pelo grande porte e longevidade, as sequoias podem passar dos 100 m de altura e viver por milênios. A espécie tem um tronco avermelhado e bastante robusto. Ela é tão forte que a Árvore Chandelier, que fica em Legget, na Califórnia/EUA, teve sua base perfurada na década de 1930 para virar um túnel para carros.

quinta-feira, junho 27, 2013

“OS FANTASMAS DE ROVUMA”
Um livro é um tecto. É um porto de abrigo. É uma ponte entre o sítio em que estou e o que desperta o meu interesse, o meu entusiasmo. Cheguei ao “OS FANTASMAS DE ROVUMA” pela mão da minha mulher. Foi a minha Anita que me deu a conhecer pelas suas descrições a Patrícia. Segundo ela me diz a Patrícia é uma força da Natureza. Ela conseguiu conquistar o entusiasmo dos meninos que fazem ginástica na Associação. E a minha mulher quando a descreve, entusiasma-se com a sua alegria e calor humano. Depois disse-me que a Patrícia vivia em Peniche e que era casada com um jovem jornalista com obra publicada.

O Google levou-me a Ricardo Marques o marido de Patrícia e aos seus livros. Este que dá o título a este post de hoje que ando a ler, e a outros 2 que infelizmente se encontram esgotados. “ASSIM MATAM OS PORTUGUESES” e “MOÇAMBIQUE – REGRESSO DOS SOLDADOS”.
Por razões que se prendem com a minha sensibilidade prendeu-se a minha curiosidade na epopeia africana dos soldados portugueses nas campanhas de África durante a I Guerra Mundial e num dos livros esgotados, mais propriamente em “Moçambique – Regresso dos Soldados”.
Os bons ofícios da Anita e a disponibilidade do autor permitiram-me ler este último. RETORNAR foi a palavra que mais me ocorreu ao lê-lo. Retrata uma viagem de ex-militares portugueses que lutaram em nome de coisa nenhuma, na guerra colonial naquela frente de batalha.

É uma visão comovente e dolorosa de quem olha para uma terra que ficou marcada nos seus corações, tentando encontrar as razões de tanto amor por aquele recanto de África, e da dor que sentiram quando lutaram, e agora que regressaram.
Era corrente designar por retornados os portugueses que como consequência da Guerra e da Independência das colónias, regressaram a Portugal. Também estes ex-militares que 30 anos depois de terem sido conduzidos a uma luta que nem eles sabem bem se alguma vez compreenderam, quiseram retornar aos locais em que o medo, o sangue, a morte e também as recordações lhes ditaram o futuro. Foram enfrentar o seu passado para poder viver o presente e projectarem-se num futuro que desejam de paz.
Aquelas cidades com outros nomes, aquelas picadas marcadas pelas minas, aquelas noites onde sentiram a ausência dos seus hábitos e entes queridos, precisavam de ser revistos num tempo em que antigos amigos, poderiam ser compartilhados sem o peso de uma arma que nunca lhes pertenceu.
“Moçambique – Regresso dos Soldados” é uma história feita de pequenas histórias que marcam o tempo de hoje num país (povo) que quer ver florescer o seu futuro.
É uma outra visão do que foram as Guerras coloniais num tempo que não sendo tão longínquo assim, já parece ter acontecido numa época que não nos pertenceu. E no entanto todos nós somos consequência desse tempo. Ao Ricardo Marques ficamos gratos por nos reavivar memórias que talvez nos permitam sermos melhores portugueses.

terça-feira, junho 25, 2013

AS TEIAS QUE O IMPÉRIO TECE

O executivo camarário de Peniche é maioritariamente do PCP. O presidente da Assembleia Municipal de Peniche é afecto ao PCP.

A Assembleia Municipal de Peniche foi convocada para uma sessão ordinária para o dia 27 de Junho. Dia da Greve Geral.

Alguém (que Deus Nosso Senhor contemplou com um cérebro mais-que-perfeito) chamou a atenção para o facto.

O presidente da Assembleia Municipal para corrigir o absurdo sistema fura-greves que por lapso foi lançado em cima dos ombros dos doutos membros da Assembleia Municipal, adiou a dita assembleia para dia 1 de Julho com o parecer consensual dos “líderes” (?) das bancadas.

A correcção não me parece muito de acordo com o que deveria acontecer. Foi um erro, mantinha-se o erro. Os membros da AM teriam a sua oportunidade de exercerem o seu direito à greve. Depois, convocar-se-ia nova AM.

Curioso era ver se os membros eleitos do PSD também faltavam. Mas o dinheirinho da senha de presença faz falta a todos.

Tudo isto é uma óptima piada para ser contada aos nossos vindouros.

segunda-feira, junho 24, 2013

ELOGIO DA DIALÉTICA
Bertold Brecht

A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração
E isto é apenas o começo.

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos

Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nós
De quem depende que ela acabe? Também de nós
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores do amanhã

sexta-feira, junho 21, 2013

GUERRA CIVIL
Estado de sítio. Corrupção. Medo. Incompetência. Inabilidade. Favorecimento. Ditadura do poder. Todos estes epítetos aparecem associados ao actual Governo. Com a conivência do senhor que exerce funções de Presidente da República.
Se uma lei os impede de atingirem os seus fins, muda-se a Lei. E se para mudar a lei se tiver que exigir a quem a subscreve que o faça em prazos recorde, que o seja.
Pretendem-se agora introduzir normativos na Lei da Greve que impeça a sua adesão em absoluto. Os serviços mínimos são uma falácia. Como o é o subsídio de férias pago a desoras.

A razão dos megas agrupamentos de escolas está explicada. Quando alguns professores fizerem greve, convocam-se todos os que trabalham nesse agrupamento, professores de outros graus de ensino, técnicos, auxiliares e outros, e eles executarão as missões dos grevistas. Mesmo que não tenham formação pedagógico-didáctica para tal.

Reformados contra desempregados. Nacionais contra estrangeiros. Caucasianos contra africanos e ciganos. Professores contra professores. Trabalhadores contra excluídos. Jovens contra velhos. Todos contra todos pois essa é a forma de reinar: dividindo.

Victor Gaspar e os seus lacaios, Passos, Portas e António, ficarão para a posteridade como os mais odiados deste século. Mas irão perder a Guerra.Isto apesar de todas as historietas recontadas pelo nosso Tareq Aziz (Ministro da Porpaganda) que mesmo com o barco no fundo não reconhece a inexistência de coletes salva-vidas.
O fim dos Miguel de Vasconcelos é uma morte macaca.

quarta-feira, junho 19, 2013

ZARPASGAS
Vá lá o diabo saber o que é que esta fdp da palavra quer dizer. Para já não é uma palavra. É um palavrão. Tem a ver com o que faz de alguém uma pessoa. Ser pessoa pode ser uma coisa horrível. Pode ser o pior que pode acontecer a um animal quando nasce. Eu sei que ser pessoa é bom. Mas nascer para lixar a vida aos outro, não é bom. É ordinarice pura e simples. Quem nasceu fruto de uma mistura sabuja não pode esperar grande coisa da vida. Pode lixar a vida aos outros, mas acabará pária. Ao Sócrates deram-lhe cicuta. O Hitler teve de se suicidar. Ninguém perdeu tempo com ele. Ou uma cadeira apodrece, ou um alçapão abre-se, ou desaparece absurdamente tornando-se uma memória difusa. E o tempo passa, e as pessoa perguntam: “- Quem é este?” E ninguém sabe.

Fernando o que foi Pessoa existiu. D. Pedro teve uma Inês que o imortalizou. Mas nada pior que ser uma simbiose do que mais abominamos.
Tudo isto vem a propósito dum trabalho de composição elaborado por um sobrinho meu (o João Martins) que vos deixo aqui com votos de que os vossos vómitos não vos sufoquem.

terça-feira, junho 18, 2013

CRISTIANO RONALDO E O SEU SALÁRIO
CR7 merece cada um dos cêntimos que lhe pagam. Seja muito ou seja pouco. É o que lhe querem pagar, ele assinou um contracto e tem o direito de recebe-lo.

O “idiota” de um eventual jornalista (será) da RTP1, que fez uma reportagem sobre o Campeonato Europeu de boccia, a decorrer em Guimarães, lançou para o ar a “bujarda” de que interessante seria que o Cristiano doasse 1% do seu ordenado para o apoio a esta actividade.
O pretenso jornalista podia dizer que 0,25% dos lucros da SONAE ou do Jerónimo Martins, ou da GALP, ou da TMN podiam reverter a favor dos desportos Paraolímpicos. Mas não. Desconta-se do salário de um trabalhador. O Sr. Jornalista não percebe que por muito que o Cristianozinho ganhe, é um princípio intocável de que o salário de um trabalhador é seu. A mim já me basta ter todos os meses que pagar para a RTP e para a Radiodifusão Nacional. Mas dou o que pago por bem pago desde que tenham jornalistas com princípios e com valores a fazer jornalismo.

Numa época em que um “ditadorzeco” qualquer decide em meia dúzia de horas encerrar os serviços públicos informativos, aquele jornalista deveria pensar melhor no que diz. Todo o dinheiro que o Sr. Jornalista recebe é dele e inviolável, e a mim não me passa pela cabeça sugerir-lhe que dê uma percentagem por mais ínfima que seja para o Movimento Nacional Feminino. Pois com o CR7 deverá acontecer o mesmo. Ser respeitado no seu salário. O que ele quiser fazer com ele, só a ele diz respeito, mas não é ao jornalista da RTP (que me parece ser um grande invejoso) que cumpre dar sugestões.

sábado, junho 15, 2013

GREVE DOS PROFESSORES DO DIA 17/06/2013
Solidariamente. Porque sim. Porque estão a destruir a Escola Pública. Porque este é um balão de ensaio para acabar com tudo o que incomoda. Porque sou democrata. Porque não se quer o melhor dos filhos quando se torna a escola num armazém de meninos e meninas.
Porque os advogados, que são políticos, que são jornalistas, que são escritores, que são comentadores, têm (ou podem ter) os filhos em sofisticados colégios aqui ou no estrangeiro.
A escumalha que somos todos nós, defende-se nesta guerra civil movida pelos senhores do poder e do dinheiro aos cidadãos sem defesas que não seja o seu corpo e os seus vencimentos.
Desejo que a greve dos professores do dia 17 seja um êxito, para o bem de todos os portugueses que amam e lutam pelo seu país. Os que vão de férias que não façam greve e que lutem contra ela. Os professores  aos milhares não sabem se têm emprego dentro de seis meses.

sexta-feira, junho 14, 2013

SJ SOLIDÁRIO COM JORNALISTAS DA RÁDIO E DA TELEVISÃO GREGAS
A Direcção do Sindicato dos Jornalistas portugueses manifesta sua solidariedade com os jornalistas ao serviço da rádio e da televisão públicas da Grécia, cujo encerramento arbitrariamente decidido pelo governo representa uma grave violação do direito do povo helénico à informação.

Comunicado
SJ solidário com camaradas da rádio e da televisão públicas gregas
1. A Direcção do Sindicato dos Jornalistas recebeu, profundamente chocada, a notícia do encerramento da Rádio e da Televisão públicas da Grécia, arbitrariamente decidido pelo governo e consumado às zero horas de hoje, sob a hipócrita desculpa de que se trata de uma medida temporária e de que vai ser criado um novo serviço.

2. Manifestando fraterna solidariedade para com os camaradas gregos vítimas desta medida, que atinge mais de dois mil trabalhadores ao serviço da ERT, o SJ, enquanto organização representativa dos jornalistas de um país membro da União Europeia, apela à Comissão e ao Parlamento europeus para que exortem o Governo grego a suspender de imediato a sua decisão.

3. Organização livre e defensora intransigente da liberdade de imprensa e dos serviços públicos de media, o SJ, independentemente da acção e das iniciativas da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) e da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), nas quais está filiado, exige ao Governo grego o restabelecimento imediato daqueles serviços.

4. O Sindicato dos Jornalistas portugueses denuncia, por outro lado, o carácter demagógico e irresponsável das justificações apresentadas pelo Governo grego para o encerramento, invocando os sacrifícios que o povo grego está a sofrer para, segundo disse o seu porta-voz, não haver “tolerância com vacas sagradas”.

5. Os sindicatos dos jornalistas, a generalidade do movimento sindical e, em geral, os trabalhadores de Portugal, da Grécia e da Irlanda, para falar só dos países sob intervenção da troika, conhecem bem os resultados trágicos da indecorosa dimensão da intocável vaca sagrada que é o capital financeiro, que levou à situação em que os nossos países se encontram.

6. Por isso, o SJ repudia com firmeza e determinação os gravíssimos acontecimentos na Grécia, exorta os seus camaradas gregos à resistência, reafirma a sua solidariedade para com as organizações sindicais gregas de jornalistas e rejeita com toda a força quaisquer tentações de importação destes métodos de eliminação dos serviços públicos de rádio e de televisão.

7. E porque ninguém pode ficar indiferente a este criminoso atentado contra o direito do povo grego aos serviços públicos de rádio e de televisão – que constitui igualmente um grave precedente que se abre na União Europeia –, o SJ apela a todo o movimento sindical português, à FEJ e à FIJ para que por todos os meios ao seu alcance manifestem a sua firme solidariedade para com os trabalhadores da ERT e o povo grego e com igual firmeza repudiem esta intolerável decisão do governo grego pelo que configura de ataque ao direito à informação.

Lisboa, 12 de Junho de 2013

A Direcção
Notícia actualizada às 18h20 de 12/06/2013, com introdução de parágrafo sobre envio do comunicado a autoridades europeias e gregas e organizações sindicais e actualização do parágrafo sobre emissões asseguradas pelos trabalhadores

quinta-feira, junho 13, 2013

FERNANDO PESSOA
125 anos

Faz hoje 125 anos que nasceu o poeta que marcou definitivamente o Ser português. Multifacetado, vivendo entre a pátria e ser coisa nenhuma, da Mensagem e das Cartas de amor.
A minha homenagem deixo-lhe aqui neste poema de Ricardo Reis que não pode ser adjectivado tal a sua grandeza, e que tão importante seria ser assumido neste momento por cada português que é vitima do opróbrio a que está submetido:

Para ser grande, sê inteiro: nada
        Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
        No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
        Brilha, porque alta vive.

quarta-feira, junho 12, 2013

HERÓIS DO MAR


Há 2 dias atrás celebrou-se o 10 de Junho, dito dia de Portugal. Escolheram Elvas como cenário. Esta cidade ficou célebre porque aqui teve início o que viria a ser a reconquista da independência de Portugal.
Que por sinal deixou de se comemorar com o actual governo, que representa os interesses alemães em Portugal. O nosso país tornou-se praticamente o único a nível mundial que não celebra a independência nacional. Somos originais. Somos os reis do absurdo. Actores perfeitos do teatro burlesco.

Aprendi com os meus avós e meus pais, que quem não se dá ao respeito não é respeitado. Não me lembro (nem no tempo do estado Novo) de num curto espaço de tempo tantos serem acusados de ofenderem o PR. E nem sequer se contabilizam os que ofendem o 1º Ministro e os seus pares e iguais. Quer dizer que se perdeu completamente o respeito pelas figuras institucionais.
É redundância dizer que não se pode respeitar o que não se compreende. Nem o que elimina as referências que nos permitiram ter um sentido colectivo. O que este Governo da treta tem feito é destruir os fundamentos que nos unía como povo, nação valente, imortal.
Não pode a instituição presidente da república queixar-se dos vexames a que é submetida. Os que não têm comer para dar aos filhos e que têm de o mendigar, são inimputáveis. Os que querem emprego e têm de imigrar aos 50 e mais anos de vida, são inimputáveis. Os que trabalharam e descontaram para o estado durante 40 e mais anos de vida, contratualizando com o estado uma reforma que lhes permita viver com dignidade e a vêm cortada, retalhada, subtraída por um governo de rapazecos das jotas ou aprendizes de feiticeiros imbecis, são inimputáveis.

Desde tempos imemoriais que ouvi dizer que haviam códigos de honra entre os ladrões. Não com estes. Portanto todos os vexames são possíveis.
Já não há heróis do mar.

domingo, junho 09, 2013

A GREVE DOS PROFESSORES


Justa ou injusta? Correcta ou incorrecta?

Creio que se alguém pode falar (ou escrever sobre este assunto) de forma insuspeita, eu serei uma dessas pessoas. Tenho sido muito criticado por ao longo dos últimos anos ser crítico dos professores, na medida em que muitos deles utilizaram a legislação a seu bel-prazer levando a que as suas ausências das escolas (pelos mais diversos motivos) se tornassem uma autêntica escandaleira.
Mas também sou de opinião que os prevaricadores devem ser julgados pelos seus actos e os que cumprem com denodo não podem nem devem ser imolados.
Mas o que está a acontecer com as medidas impostas pelo Ministro das Finanças e o 1º Ministro, com o aval do Ministro da Educação (que se pode demitir para não ser conivente), atinge as raias do absurdo e do surreal.

Aí cumpre à classe dos Docentes (e às outras classes sociais e laborais) tomar as medidas mais adequadas para fazer doer ao Estado onde a este lhe dói mais.
Uma Greve é por definição uma forma de luta que procura dar agressividade (sem violência física) ao patronato sejam ele representativo da sociedade civil ou do Estado.
Os professores fazerem greve prejudica o regular funcionamento da escola, onde se incluem alunos e EEs, Estado e comunidade? Pois claro que prejudica e por isso a greve é a última das formas de luta (antes de chegar á luta armada, completamente fora de questão).
Mas quem é que prejudica os pais e encarregados de educação de forma violenta? Os professores fazendo greve ou este Governo ilegítimo (porque decreta leis contra a constituição do país) mandando quase um milhão de pessoas para o desemprego? Quem é que prejudica mais os alunos, os professores desenvolvendo a sua luta para defenderem os seus direitos ou este Governo insensível e perverso que conduz à fome milhares de crianças por todo o país?

E não me venham com histórias de que o fundo de desemprego e RSI e as cantinas sociais, e as ONGs apoiam e diminuem este flagelo. O lugar dos pais é no trabalho e o das crianças é a almoçarem ou a jantarem com dignidade em suas casas.

A conduta deste Governo é pérfida e demoníaca. E tem nomes. Que no futuro deverão ser julgados por atentarem contra a dignidade humana.

sábado, junho 08, 2013

O MAU TEMPO


“O investimento no 1º trimestre foi afectado pela chuva”. Assim fala o Ministro das Finanças de Portugal, sem que o idiota que o escolheu para o lugar no mínimo o repreenda, ou então que o despeça.
Será que nem um nem outro ouviram falar de tantas oportunidades de desenvolvimento que a chuva em particular e o mau tempo em geral podem proporcionar. O que é que esta “gentinha” que nunca trabalhou na vida sabem de trabalho? E de oportunidades de gerar riqueza. Conhecem os (maus) livros e os péssimos exemplos. Andaram a “cagar postas de pescada na Universidade” mas nunca pegaram numa ferramenta para executarem obra. Nunca nenhum empresário confiou neles. Os únicos dinheiros que souberam gerir foi o dos outros e nunca foram responsabilizados pela merda que fizeram. Trabalhar com dinheiro da União europeia é açúcar para o buraco que têm ao fundo das costas.

Como entretanto o 2º trimestre tem sido de um inverno calamitoso, com chuva que não acaba, esperem por mais um imposto extraordinário. Que nojo de gente.

sexta-feira, junho 07, 2013

PROMESSAS LEVA-AS O TEMPO…
A foto é de 1907 e foi publicada no “Volante” em 1951. Para além da curiosidade de se referir a Peniche, encerra uma outra que é a da razão dessa viagem. Como podemos ver na notícia, tratava-se do lançamento da primeira pedra de um sanatório marítimo a ser aqui edificado. Veio a queda da Monarquia, o 28 de Maio, e do eventual sanatório nunca mais se ouviu falar. Se calhar nunca foi assim tão importante…
Adicionar legenda


quarta-feira, junho 05, 2013

ANTÓNIO PINTO DA FRANÇA
(1935-2013)

A leitura do obituário do DN traz ao meu conhecimento a morte do Embaixador português na República da Guiné-Bissau, nos tempos em que como cooperante demandei aquele país para contribuir com o que sabia para o seu crescimento.
O Sr. Embaixador era sobrinho da D. Carlota Salvador, figura conhecida em Peniche por ser casada com alguém que muito prezei e estimei, o Sr. Francisco Salvador.
Nos idos de 1975/1976/1977 enquanto permaneci em Bissau, o Sr. Embaixador foi uma âncora onde encontrei sempre apoio para os momentos mais difíceis que passei por lá. Permitiu o Sr. Embaixador António Pinto da França que eu fosse um dos elementos do grupo de portugueses com quem ele em momentos mais formais ou informais, estabelecêssemos tertúlias sobre e acerca dos livros, de Portugal, dos sonhos, da cultura em geral e das particularidades de África e do Brasil onde ele tenha estado como encarregado de negócios.
Ao nosso grupo do qual o Zé Manel sempre fez parte e muitas vezes era o centro dos debates, juntava-se por vezes o Vasco Cabral e a Luísa que conheciam Peniche por ter o Vasco passado pela sua cadeia. Acompanhei o Comissário Vasco Cabral (Comissário da Economia) durante algum tempo, elaborando mapas estatísticos que iriam servir de suporte aos seus pedidos de auxílio às ONGs que apoiavam a República da Guiné-Bissau.
O Sr. Embaixador haveria alguns anos depois de escrever um livro (Diário da Guiné-Bissau) onde iria fazer referências de que não sou digno, à nossa amizade.
É mais um amigo que desaparece de um tempo de sonho que todos vivemos. Fico aqui o meu registo de gratidão pelo Sr. Embaixador António Pinto da França, amigo e humanista ilustre.

terça-feira, junho 04, 2013

ATADORES E ATADEIRAS

Somos (os penicheiros) miseravelmente pequeninos. Submergidos numa ilhota não conseguimos deitar a vista para além dos clubes em que nos inserimos por esta ou por aquela razão. E no entanto teríamos razões para podermos rasgar horizontes com o nosso olhar. Este Atlântico que nos envolve foi ponto de partida para sonhos e Novos Mundos. Deixámos um rasto assinalável pelas quatro partidas do mundo.

Mas o Salazar, a clandestinidade e o espírito de “clubite” tornou-nos imunes ao desafio de nos reconhecermos como fonte de cultura e de saber. Por isso os que se separam de nós à procura de novos horizontes têm dificuldade em voltar para contribuir num desenvolvimento sustentável deste concelho “minorca”.
E direis vós o que é que “atadores e atadeiras” têm a ver com este amargo carpir?
Ao que sei, por iniciativa de uma Junta de Freguesia, (lá vem outra vez a capelinha) foi descerrada uma placa comemorativa do trabalho destes homens e mulheres que em tempos foram um dos sustentáculos da nossa indústria da pesca. E a dita placa foi descerrada no decorrer das comemorações do “Dia do Pescador”.
Tanto quanto sou capaz de perceber as coisas, esta homenagem deveria ter sido de toda a Cidade. E que melhor representação disto mesmo que, por proposta da dita Freguesia, as forças representativas da Pesca em Geral, terem escolhido esta profissão como digna da Honra de ter sido escolhida como marca da Cidade.
Primeiro porque foi durante de muitos anos uma economia de subsistência das famílias ligadas ao mar. Em segundo lugar como representativa de um labor e destreza manual verdadeiramente invulgar no domínio da psicomotricidade. A par das Rendas de Bilros, atar, reparar, construir e executar redes, é uma arte. Homens e mulheres agarravam-se ao seu labor para permitir que os barcos pudessem voltar para a faina, se por acidente ou má fortuna algum talhão se rompia. Uma rede de pesca era uma pequena fortuna e quantos milhares de escudos não foram ganhos ou poupados por estes artistas da arte das redes.

Mereciam estes homens e mulheres terem sido homenageados de forma mais brilhante e digna. De uma forma que envolvesse todas as forças vivas institucionais ligadas à indústria da pesca. Quase que podemos dizer que ganharam as “capelinhas” e perdeu Peniche que continua devedor perante estes trabalhadores do mar.
Só estranho e que o PCP que “tanto canta de galo” quando se afirma como o representante máximo da luta dos trabalhadores, deixasse passar em claro esta gaffe monumental.
PS: ilustro este post com fotos de atadores e atadeiras. São fotos que circulam pela net e que não consigo determinar o autor. Fica o registo com os meus mais sinceros pedidos de desculpa aos autores pela falha na identificação.

sábado, junho 01, 2013

1 DE JUNHO DE 2013

Foi bom ter vivido o tempo que vivi. Apesar de todas as perturbações a que assisti e aquelas em que participei. Primeiro senti-me atingido como que se fosse um relâmpago pela personalidade ímpar do meu pai. Amo-o sempre como se estivesse ao meu lado (e está). Quando morreu o seu espírito reincarnou na minha filha que estava em gestação na barriga da minha mulher. E ele tornou-se ela, e ela nele, com as suas capacidades, com a sua tenacidade, com o seu método e fortaleza de espírito. O meu pai e a minha filha são as duas figuras centrais da minha vida.

Nesse círculo fechado existe a figura central da minha mulher, a Anita, sempre carinhosa, sempre disponível, sempre com um sorriso de esperança no seu olhar. A minha mulher esculpiu-me qual pedra em bruto e deu-me o sentido de família que eu não tinha.

Amo os meus amigos. E eles ajudaram-me a ser pessoa que hoje sou. O Fdes, o Carolino, o José Manuel dos Santos, o Victor Mamede, o Tónha. São eles que desenharam a pincel aquilo que vale a pena reter das relações entre as pessoas. Amei a minha profissão e senti-me sempre feliz por a exercer. A minha profissão nunca foi um fardo, foi sempre um prazer. Adoro os meus livros. E os meus discos. E os jornais que leio folha a folha.

Adoro a loja da D. Leonor e o talho do meu primo Francisco Jorge. Sou amigo do Licas e recordo os que partiram e me deixaram marcas indeléveis na minha formação. A mo a ideia de que não tive a oportunidade de amar mais o meu filho, Como ele mereceria se tivesse tido a felicidade de construir pedra a pedra uma vida feliz.

Amo ouvir a Amália e o Fausto. Berlioz e Sabina. Verdi e Chopin tocado por Maria João Pires.

Foi bom chegar aqui.