A
SIC E O GATO
No
decorrer da passada semana a SIC durante 48 horas não se cansou de repetir a
história de que um ensaio para um livro de exercícios de Física e Química do 9º
Ano de uma dada editora, continha um exercício sobre energia cinética em que um
gato era lançado por um jovem de uma janela de um 5º andar para o solo. O
cálculo a executar seria o da velocidade com que o gato atingiria o solo.
O
caderno de exercícios não estava à venda. Era um ensaio para ser testado. Vista
a incongruência do exemplo dado editora e autores, justificaram-se, pediram
desculpas e comprometeram-se a retirar o exercício em questão.
Esta
é a história do gato da SIC.
No
decorrer de uma prova de qualificação para um programa denominado “Ídolos” que
a SIC mantém no ar, um jovem que tal como eu, tem umas orelhas
desproporcionadas, foi humilhado, insultado e gozado não só pelo júri, como
pelo realizador do programa que à medida que o jovem cantava lhe ía fazendo
crescer as orelhas, replicando as orelhas de burro de má memória utilizadas na
Escola Primária do Estado Novo. Apesar dos inúmeros protestos no programa
seguinte do mesmo concurso não vi o júri, ou o realizador ou um responsável da
estação televisiva apresentar desculpas, demitir o Júri, ou ainda oferecer-se
para criar condições para que aquele jovem poder recuperar do vexame a que foi
sujeito.
A
SIC tão preocupada com os danos virtuais que poderia um gato virtual ter
sofrido, parece pouco preocupada com os danos reais que provocou num jovem em
fase de crescimento muito problemática.
Assim
é a SIC que se quer e auto proclama como uma estação de serviço público.