segunda-feira, setembro 30, 2019


PATRIMÓNIO (do lat. Patrimoniu)
De acordo com Grande Dicionário da Língua Portuguesa de José Pedro Machado= Herança Paterna || Bens de família || Bens indispensáveis para a ordenação de qualquer eclesiástico || Qualquer espécie de bens, materiais ou morais, pertencentes a alguém ou a alguma instituição ou colectividade.
Estabelecido que nos entendemos sobre o que é PATRIMÓNIO, passemos àquilo que aqui me traz hoje:
A Associação constituída em Peniche há cerca de 20 anos, decidiu ganhar a sua carta de alforria e estabelecer-se em local tão próprio quanto possível onde possa desenvolver as suas actividades em total liberdade.
Para isso alugou um espaço nas caves da Associação, transformou-os reparando-os, pintando, e criando algum conforto numa zona da vetusta colectividade há muito abandonada.
Isto é bom para as duas partes. Para a Associação Patrimonium porque encontrou um lugar que passa a considerar seu. Para a centenária colectividade porque num tempo em que os seus propósitos iniciais como que deixaram de fazer sentido, refiro-me à leitura, bailes, e jogos de cartas, surgem actividades múltiplas como a Ginástica, o Ballet, o ensino da Música, a promoção de artes nobres, a Universidade Sénior, que lha dão um sentido único de utilidade pública, uma movimentação que há muito não se lhe via, enfim uma nova vida. E Muito embora algumas destas actividades não sejam promovidas pela colectividade mas sim por entidades terceiras, o que é certo é que traduz uma potencial utilização de um espaço arquitectónico que numa terra como Peniche é único e insubstituível.
A forma de permitir que a colectividade se dignifique e lhe permita perpectuar-se no futuro é torna-la útil.
È aqui que a Câmara Municipal de Peniche tem uma palavra a dizer. Independentemente dos apoios que já presta à Associação deveria olhar para a colectividade com olhos de ver e fazer depender esses apoios (mediante protocolo) da sua adesão a projectos concelhios que preservem o nosso futuro comum.
A Associação à medida que se transformar num espaço comunitário mais beneficiará. A Câmara Municipal quanto mais espaços desfrutar dos já existentes melhor rentabilizará o seu PATRIMONIU, mas não é esse mesmo o seu dever?
E com isto tudo a Associação patimónium que suscitou este meu blog, acabou por ficar um pouco para trás. A ele voltarei. Com a minha análise e opiniões. Esperando que viva muitos mais anos e frutifique a bem do nosso Concelho.    
 

sábado, setembro 28, 2019


BEBEDEIRAS

Numa operação nocturna a polícia manda parar um condutor e faz-lhe um teste de álcool.
Quando obtem o resultado o polícia diz-lhe:
- Veja.... Não tem vergonha!??? (Mostrando-lhe o aparelho que marcava 2,45)
E responde o bêbado:
- daaasse!!!! Um quarto prás 3 da manhã !!! A minha mulher vai-me matar!

 

PROBLEMAS DOS RICOS

Uns tantos amigos resolvem ir experimentar um avião que um deles tinha recentemente adquirido.
A dada altura o piloto sugere que apertem bem os cintos, pois vai fazer um "looping" (uma volta de 360 graus).
Todos concordaram, com grande entusiasmo.
Executado o "looping", e depois de ligar o piloto automático, o piloto junta-se aos amigos e pergunta se toda a gente gostou, ao que todos aplaudiram.
Ouve-se uma voz lá do fundo do avião:
- Eu é que não gostei nada, estava na sanita a "cagar"!

 

COISAS DE NAZARENOS

Um nazareno ia de camioneta da carreira para Coimbra num dia chuvoso de inverno. A certa altura começa a sentir uns pingos de água a caírem-lhe em cima, e diz para o conductor:

- Ah seu home. Está a chover-me em cima. O que faço?

Ao que o motorista respondeu:

- Olhe, troque de lugar.

O Nazareno olhou em volta e retorquiu:

- Troco com quem “sê paleco”? Eu vou sozinho na “camineta”…

 

sexta-feira, setembro 27, 2019


EU TENHO SAUDADES DO TEMPO EM QUE OS CÃES ERAM CÃES

Hoje eram 08:30 horas e na zona onde moro um cão ladrava, ladrava. Isto transportou-me para os tempos em que eu era criança e adolescente em que os cães ladravam alegremente uns com os outros e com humanos que passavam por eles. Os cães nesse tempo procuravam comida nos sacos de lixo e as ruas ficavam num pandemónio. Os cães “cagavam” nas ruas e os mais distraídos entre nós sujavam os sapatos e tínhamos de procurar um sitio com areia para limpar a “merda” de cão. E quantas vezes não levávamos um par de tabefes das nossas mães porque não tínhamos cuidado e não olhávamos para onde pisávamos.

Era um tempo em que as pessoas eram pessoas e os cães eram cães. Hoje os cães são “lulus” bem comportados que não ladram, comem ração (aumentando assim  a pegada carbónica) bem pior que a merda que deixavam nas ruas. Os cães hoje contribuem para o défice do Serviço Nacional de Saúde com tanta gente com problemas nos ossos por passarem a vida a baixarem-se para apanharem a “merdalhice” dos seus lulus.

Os cãezinhos já não ladram, e estão ligados à Internet por “xipes” que são os seus cartões de cidadãos. Já se reivindica um SNS para cães sendo que os gatos se estão maribando para as loucuras dos animais de 2 patas. Ser gato hoje é uma espécie de se ser da oposição. Fazem o que querem com quem querem e o resto são cantigas.

Ninguém se preocupa com a extinção dos burros. Dos de 4 patas. Porque os de 2 estão num crescendo em progressão aritmética. Quanto às vaquinhas têm os dias contados. Até porque o leite saído da teta já era.

Sinto-me feliz por ter sobrevivido até hoje. De todas as coisas que vi, li, ouvi e senti. Adorei a minha profissão. Mas recordo com nostalgia o tempo em que os carros eram mecânicos. Os corpos eram transportados para o cemitério em carretas. O tempo em que a “Bilhas” tirava cartas. O tempo em que a minha mãe fazia vestidos para serem estreados nas festas da Atouguia, ou de Ferrel ou da Boa Viagem. Hoje as costureiras e os alfaiates são também espécies em vias de extinção. Compra-se tudo já feito.

Enfim. Tenho saudades do tempo em que os cães eram cães.

quinta-feira, setembro 26, 2019


“ANTÓNIO COSTA ESTÁ TRANQUILO, MAS NÃO DEVIA”

João Miguel Tavares in “Público” de 21/09/19

O título acima faz parte de um artigo/crónica (?) escrito pelo senhor que é referido.

O articulista não esconde nunca qual a sua posição ideológica. Depois viu premiada a sua verborreia, sendo convidado pelo professor das selfies para ser o orador do “Dia de Portugal” pp. Isso deu-lhe ainda mais capacidade para ser mais verrinoso e menos tolerante.

Como é que um individuo que vive para dividir se torna palestrante num dia que deveria ser de todos os portugueses, ainda estou à espera que o prof. Marcelo explique.

Os portugueses em geral deveriam estar tranquilos, mas não podem. E não podem enquanto certos “costureiros” alinhavam os fatos de que gostam sem se preocuparem se “os outros” poderão ter o estômago em condições para não se vomitarem todos quando lhes pretendem impingir a sua roupinha mal parida.

Eu não consigo estar tranquilo enquanto existirem JMTs a perorarem por aí fora. E com cobertura em jornais que compro e TVs que vejo. Leio, compro e compreendo, Jaime Nogueira Pinto, Freitas do Amaral, Vasco Pulido Valente e tantos outros que não pertencendo à esfera dos meus pressupostos ideológicos, são pessoas inteligentes que me ajudam a compreender melhor onde me encontro.

Já não suporto gentinha que com um falso sentido de humor e e moralidades de trazer por casa, pretendem vender banha da cobra como se fossem viajantes da Chanel.

Com gente assim não estou tranquilo e não posso estar. Desejo melhor ao meu neto no futuro.

 

 

quarta-feira, setembro 25, 2019


VAMOS LÁ CONVERSAR SOBRE ELEIÇÕES…

Mal ficaria eu com a minha consciência e com o muito que vos devo, se não conversasse sobre este assunto e sobre as muitas dúvidas que me assaltam. Se calhar é porque sou pouco inteligente. Ou porque estou a ficar distraído. Ou porque perdi qualidades.

Tanto quanto percebo vamos eleger deputados. Que representarão quem neles vota na Assembleia da República. A quem mandatamos para serem a nossa voz e o nosso sentir.

Os candidatos a deputados são (deveriam ser) as pessoas mais abalizadas para representarem os círculos pelos quais se candidatam. Os seus anseios, os seus meios para o desenvolvimento regional e local. Devem ser (deveriam ser) pessoas que conhecemos bastante bem e com as quais nos sentimos à vontade para conversar e trocar ideias sobre os nossos problemas e as coisas fantásticas que somos capazes de fazer. Uma vez eleitos terão de ser aqueles a quem nos dirigiremos para pedir contas sobre as razões da sua inércia ou pelo melhor, a quem iremos felicitar por um trabalho bem feito.

Fui então procurar os candidatos pelo meu distrito nos diferentes partidos que aqui concorrem. E o que consigo encontrar é o que a seguir vos apresento:

São 17 os partidos e coligações que concorrem às próximas eleições legislativas.

1   - PCTP/MRPP - Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses
2   - PDR - Partido Democrático Republicano
3   - PAN - PESSOAS-ANIMAIS-NATUREZA
4   - PS - Partido Socialista
5   - A - ALIANÇA
6   - PNR - Partido Nacional Renovador
7   - NC - Nós, Cidadãos!
8   - PTP - Partido Trabalhista Português
9   - PPD/PSD - Partido Socíal Democrata
10 - B.E. - Bloco de Esquerda
11 - IL - Iniciativa Liberal
12 - MAS - Movimento Alternativa Socialista
13 - CDS-PP - CDS-Partido Popular
14 - PURP - Partido Unido dos Reformados e Pensionistas
15 - Coligação BASTA!
16 - L - LIVRE
17 - CDU - Coligação Democrática Unitária

Já se torna mais difícil tentar conseguir saber quem são os candidatos ao Distrito de Leiria dos diferentes Partidos e Coligações. Em alguns só consegui encontrar o cabeça de lista. Mas por curiosidade vou dar-vos os nomes que encontrei:

 

PSD

Margarida Balseiro Lopes

Hugo Oliveira

Pedro Roque

Olga Silvestre

João Marques

Álvaro Madureira

Liliana Sousa

João Roque

Paula Ganhão

Luis Filipe Silva

Daniel Marques

Natércia Oliveira

Joaquim Pequicho

Nélia Alves

 

CDU

Heloísa Apolónio

Ana Rita Carvalhais

João Paulo Delgado

Isabel Freitas

Fátima Messias

Jorge Abrantes

Anabela Batista

António Raposo

Bruno Pronto

Maria de Los Angeles

José Rui Raposo

Ricardo Brizido

Margarida Patrocínio

Fernando Domingues

Elísio Alexandre

 

PS

Raúl Castro

Elza Pais

António Sales

João Paulo Pedrosa

Sara Velez

Joel Gomes

Jorge Gabriel Martins

Isabel cristina Antunes Borges

Cláudia Cristina Avelar Santos

José Maria Antunes Faria

David Miguel Salgueiro

Teresa Conceição Fernandes

Fernando Manuel Martins Azeitona

Joana Marisa Pedrosa Correia

Aníbal Curto Ribeiro

 

BE

Ricardo Vicente

Manuel Azenha

Telma Ferreira

Manuela Pereira

Andrzj Kowalski

Carla Jorge

Célia Cavalheiro

António Brandão Moniz

Francisco Matos

Telma Gaspar

Árlete Crisóstomo

Fábio Capinha

Andreia Galvão

António Maximiano

Luis Silva

 

CDS

Raquel Abecassis

 

Isto foi o que consegui saber hoje. O desafio que vos lanço é o mesmo que lancei a mim próprio. De todos estes nomes quem é que conhece quem? Quem são as pessoas que se eleitas por nós, irão representar-nos? É a menina Raquel nada e criada nas avenidas novas em lisboa que se rendeu agora à carbonização do Pinhal de Leiria? Ou é a prazenteira Heloísa que descobriu a Reserva das Berlengas e na ilha irá reescrever o canto nono, numa clara cedência à onda “metoo”? Ou a prima Margarida que finalmente encontrou o sul do seu distrito e passou finalmente do Festival de chocolate ao Bairro do Visconde?

Direis que estou a ser faccioso. Mas toda esta gentinha que ninguém sabe quem são, nem o que pretendem enquanto pessoas, só representam os Partidos. E a eles responderão submissamente. Aos que clubisticamente os elegerem só por mero acaso os reencontrarão e mesmo assim só o farão se for necessária uma operação de marketing. Aos que aqui vivemos dirão que “aos costumes disse nada”.

Por tudo isto. Porque me recuso a passar uma carta em branco para quem quer que seja que não conheço, irei mais uma vez VOTAR EM BRANCO.

Eu sei que estou em contracorrente mas há muito que venho desempenhando esse papel. Enquanto os Partidos políticos não acreditarem em mim, não vejo nenhuma razão para confiar neles.

VOTO EM BRANCO convictamente.

 

 

terça-feira, setembro 24, 2019


A MÁQUINA, O HOMEM, UM TEMPO DE EXISTIR

Comecei a trabalhar como professor na Escola Industrial e Comercial de Peniche (hoje Escola Secundária), na década de 70 do século passado.

Entre outras disciplinas que trabalhei com os meus alunos uma delas tinha a designação de “Tecnologia Mecânica” que se desenrolava nos 3 anos do Secundário.

O livro que que acompanhava esta disciplina era da autoria de Acácio Teixeira da Rocha e o III Voluma tinha uma introdução que sempre reputei de extraordinária para a época, Não esqueçam que estamos a falar de um período anterior ao 25 de Abril. Essa introdução sobre o título genérico “JUSTIFICAÇÃO DA SUBSTITUIÇÃO DOTRABALHO MANUAL PELO TRABALHO MECÂNICO”. Em alguns testes que elaborei para os meus alunos esta questão era ponto assente que nem sempre tinha a adesão que eu esperava. Para perceberem melhor onde quero chegar, transcrevo um parágrafo do texto que sustentava esse saber:

«A máquina é produto do génio humano, portanto necessita da presença do Homem para a realização do seu trabalho. É, assim,que a máquina substitui o Homem em grande parte do seu trabalho, mas a Humanidade precisa de se preparar para conhecer a máquina e poder conduzi-la e aperfeiçoá-la em benefício da sociedade»

É importante não esquecer que isto foi escrito no final dos anos 60 e inicio dos anos 70, quando os computadores e a robótica não passavam de uma miragem para o comum dos mortais. Mais ainda num país como Portugal na época com um atraso de dezenas de anos em relação às Novas Tecnologias.

45 anos depois de uma alteração profunda na sociedade portuguesa, é corrente irmos a um restaurante e vermos uma família cada um vidrado no seu telemóvel e o diálogo entre as pessoas tornou-se algo só pensável nas Histórias fantásticas. O Homem tornou-se presa da máquina e no dia em que os servidores colapsarem o mundo deixa de existir tal como o conhecemos.

Vou comprar pão a uma padaria em que as bolas custam 30 cêntimos cada uma. A funcionária para saber quanto custam 4 bolas, tem de ir a uma lista de preços para ver. No entanto a mesma funcionária pega no seu smartphone e mexe nele de forma que me faz sentir que sou uma grande besta.

Que futuro estamos a traçar?   

segunda-feira, setembro 23, 2019


O MEU BLOG

Em 12/11/2006 iniciei aqui uma actividade de blogger que nunca previ que se estendesse tanto ao longo do tempo. No dia 14 de Agosto pp interrompi essa tarefa por múltiplas razões. Só hoje ganhei coragem para regressar. Não é que quem escreve nestes espaços tenha coisas importantes para dizer. Diz o que sente despido de preconceitos e coloca essas coisas perante o leitor que o acompanha e nem sempre pelas melhores razões (hehehehe).

Mas eu vou tentar retomar os meus escritos se calhar nem sempre com regularidade que mais desejaria. Não prometo o que não sei se cumprirei. Deixo isso a quem tenta conquistar os outros pelo lado melhor da vida. Eu, com a minha provecta idade já pouco posso prometer. Limito-me a deambular pelas encruzilhadas da vida.

Bem vistas as coisas regresso num momento peculiar. Tempo de eleições. Também aqui quero poder concordar e/ou discordar.

Até já.