quarta-feira, maio 08, 2013

PERTURBADOR

Mateus 8:1-4
1 Quando ele desceu do monte, grandes multidões o seguiram.
2 Um leproso, aproximando-se, adorou-o de joelhos e disse: "Senhor, se quiseres, podes purificar-me!"
3 Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: "Quero. Seja purificado!" Imediatamente ele foi purificado da lepra.
4 Em seguida Jesus lhe disse: "Olhe, não conte isso a ninguém. Mas vá mostrar-se ao sacerdote e apresente a oferta que Moisés ordenou, para que sirva de testemunho".

Tenho para mim que o fundamento desta parábola está antes que tudo na ideia de que na época que relata, o maior anátema que podia cair sobre um ser humano era ser leproso. A lepra estava para aquela época como a SIDA e a droga estavam para o tempo que vivemos. Estes pensamentos perturbadores têm a ver com uma conversa que ouvi ontem entre 2 pessoas “muito católicas” que conversavam sobre a morte de um homem cigano cujo corpo se encontrava na casa mortuária da Igreja de Nª Srª da Conceição. Uma delas afirmava mesmo que quando viu os ciganos sentados à porta da Igreja tinha dado a volta por outro lado para não passar junto deles.

Ao ouvir isto, veio-me esta parábola à mente e as palavras do actual Papa Francisco sobre qual deve ser a actitude do cristão no mundo de hoje, fundamentalmente no que respeita à sua relação com os mais hosyilizados e sobre a visão que o cristão deve dar sobre si mesmo perante os outros.
Os ciganos, os romenos e os drogados são os nossos leprosos de hoje.
È lastimável que tão pouca atenção se preste ao que é importante e ocorre à nossa volta e só nos sintamos motivados para cantorolar as orações como quando éramos pequeninos e diziamos a tabuada de cor, ou então, nos fiquemos pela caridadezinha para podermos fazer figura.

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