Não me recordo de tanta “viração” nos últimos anos no nosso concelho.
É verdade que elas se consubstanciam mais entre o PS e o PCP/CDU.
É verdade que existe uma tendência natural para as pessoas se aproximarem de quem detém o poder.
É verdade que cada vez mais, existem menos pessoas disponíveis para abraçar a “porca da política”.
Mas lá que causa perplexidade olhar para aquelas caras e ser capaz de perceber o que é que aquelas pessoas fazem ali. E isto tanto vale para os que mudaram de comboio, como os que agora se preparam para entrar na primeira das viagens do resto das suas vidas.
Com o PS
nota-se que quem por lá passou, evita repetir trajectos que incomodam com
companhias dolorosas. Também se nota alguma recuperação de figuras que pagaram
as suas penas em Gulags de arrependimento. Resta saber o que o eleitorado que
vota para além do símbolo de um partido, recolhe como benéfico para o futuro do
concelho estes surrealismos de última hora.
Com o
PCP/CDU a “coisa” pia mais fino. Em primeiro lugar não se mexe (?) em equipa
que ganha. Resta saber até que ponto esta é uma atitude prudente, galvanizadora
e vencedora. Onde parece que existe um historial político mais volátil, vai-se
ao mercado de transferências e a troco de alguma atitude mais conciliatória e engrandecedora
das capacidade adivinhadas individualmente, conseguem-se reforços
surpreendentes. Serão os votantes da mesma opinião?
O PSD
que não merece o meu respeito neste momento enquanto conciliar a sua existência
com as figuras dantescas que transformaram Portugal no Inferno de Dante,
recupera forças entre o passado e o presente. Entre os que têm dívidas de
gratidão e os “jótinhas” habituais. Para os que sofrem na carne o despudor deste
PSD, não são definitivamente flor que se
cheire mesmo que venham ungidos com a mirra das benzeduras.
CDS, BE
e quejandos limitam-se a autojustificarem-se como se isso importasse alguma
coisa.
Veremos
os próximos capítulos desta novela de cordel.
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