segunda-feira, janeiro 06, 2014

RECORDAR EUSÉBIO


Associo-me à homenagem que a nível global se presta ao Rei Eusébio. Independentemente do aproveitamento que alguns hipócritas fazem da sua morte (que permitirá esquecer outras coisas), ele representou uma parte do nosso orgulho. Eusébio ajudou com a sua atitude e grandeza no exercício da sua actividade a unir portugueses, a formar milhares de crianças, a dar a Portugal uma projecção que num tempo muito difícil, quase se torna hoje inimaginável. A sua vida e o seu exemplo uniram portugueses de diferentes gerações, credos, cores ou inclinações clubistas.

Quando fui estudar para Lisboa recordo as tardes/noites de competições europeias em que eu e os outros jovens de Peniche nos juntávamos na cave do “Meu Café” em Campo de Ourique para assistir aos jogos das Taças de Campeões Europeus e aos jogos de apuramento para o Mundial de 1966.
Recordo que o meu irmão foi um dos 2 portugueses que propôs ao jornal “A Bola” a designação de “Magriços” com que a Selecção Nacional se apresentou em Inglaterra.

Pelo que ajudou à minha formação como jovem e a milhares de outros como eu, pela beleza que emprestava no exercício de uma coisa tão aparentemente simples como “jogar à bola”, pelo que contribuiu para tornar Portugal um País mais respeitado: Obrigado Eusébio!

PS: Lamento profundamente as declarações do Dr. Mário Soares acerca da morte de Eusébio. Foram feitas por certo em dia em que ele acordou virado do avesso. Não é elegante e de um homem com a capacidade intelectual do Dr. Mário Soares dizer aquelas coisas. Fica-lhe mal e coloca-o a nível da indigência mental. Atrevo-me a dizer que no período mais negro da nossa História, Eusébio terá sido tão importante para Portugal, quanto o foi Amália e o próprio Dr. Mário Soares. Esquecer isto é tornar-se absurdo e imbecil.    

 

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