quinta-feira, novembro 02, 2017


“PÃO-POR-DEUS”
VERSUS
“WALLOWEEN”
A sociedade de consumo decidiu que a tradição portuguesa do “Pão-por-Deus” seria pouco rentável economicamente. Assim impôs a história “amaricana” do walloween. Primeiro com o incentivo dos professores de Inglês que há falta de outros elementos motivadores lançaram esta mascarada.
Perdoem-me os que são adeptos desta forma de festejar a tradição celta do “final de verão”. Quando os mortos regressam ao mundo dos vivos para recolherem alimentos de que precisam durante o seu eterno descanso. E a tradição portuguesa de entregar bolos secos feitos no forno a lenha lá de casa a quem ajudou nas colheitas, essa simples e arcaica forma de festejar foi preterida porque as colheitas já não se fazem com o impacto de outrora. Os filhos dos jornaleiros agora vão às Misericórdias e à Caritas.
O “pão-por-deus” já foi. Agora até se pede nas livrarias e nas floristas. Como se os livros fossem para comer. Se a Natália Correia me ler, vem buscar-me ao mundo dos vivos.
Assim como assim eu prefiro a velha e arcaica tradição portuguesa. Ou porque já sou velho. Ou porque a língua portuguesa é a minha pátria. Deixo o Walloween à trumpalheira americanice e eles que se banqueteiem nela.

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