ANÁLISE & BOCARRAS
Ninguém sabe nada do
que acontece depois da morte. Esquecemos que sabemos pouco do que é mais
importante antes da morte. A vida!
Frei Bento Domingues
O.P.
A leitura
da última “A Voz do Mar” trouxe-me novas surpresas. Notícias de gente pequenina
e dos habituais titulares das notícias assustadores, que uns e outros acreditam
que fazem render votos em eleições futuras.´
Pretendem
os nossos politiqueiros “pé-de-chinelo” que se vive um ambiente de insegurança
na cidade de Peniche. Ao espelho uns dos outros surge uma exposição
(abaixo-assinado) sobre o mesma tema promovida por cidadãos preocupados (?)
desta cidade.
Entretanto
o comando da PSP faz publicar um relatório sobre a criminalidade em Peniche no
ano de 2018 que desmonta os factos alarmantes produzidos.
Facto 1 –
Um cidadão foi violentamente agredido em sua casa por desconhecidos com o
objectivo de o assaltarem. Situação gravíssima, imprevisível e de todo impossível
de prevenir.
Facto 2 –
Ao tempo do PSD na Câmara e na Assembleia Municipal foram assassinadas 2
pessoas que eu muito prezava. Manel do Ambassador e a Gisela quando estava na
sua lojinha na Atouguia.
O 1º foi
meu aluno e a 2ª aprendeu costura com a minha mãe e andou comigo ao colo.
Facto 3 –
Não me consta que perante as situações ocorridas em 2 tivessem havido abaixo-assinados
nem cartas ao MAI. Será que um assassínio será menos grave que uma agressão?
Percebo que
na altura não existiam facebooks. Sem necessitar de muito esforço posso
recordar-me de outros graves crimes ocorridos em Peniche. Sem que tenha havido
esta movimentação política e social. É fácil acusar de inépcia as forças de
segurança. Dificil é conseguir com os meios que existem ir mais longe.
E uma agressão
ou um assassínio são sempre fruto da animalidade do Homem e não das condições
que se consigam criar para as evitar. Embora seja importante que elas existam.
Ao meu
querido primo aconselho veementemente a leitura dos textos do Papa Francisco e
a busca da sua aplicabilidade prática entre os cidadãos de Peniche. Não é o
ódio nem a raiva nem a inveja que são geradores de uma natureza humana mais
tolerante e solidária.
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