EM MODO DE VERÃO
Os que me acompanham perceberam que a preguiça invadiu
este espaço. E que a minha habitual “escrevinhação” tem estado interrompida há
uns dias. Começou aqui em Peniche um período de festas de verão, a que eu nem
pouco mais ou menos consigo escapulir-me. Seja pelo trânsito. Seja pelos meus
familiares mais próximos que adoram revisitar Peniche nesta época. Seja pelas
sardinhas (que estão excelentes).
Diga-se em abono da verdade que gosto desta época. Porque
o Verão em Peniche não é desalmado. Com calores insuportáveis. Gosto de ver o
ar mais leve das pessoas. Parece-me que neste tempo tudo se torna mais leve e
que a raiva que por vezes transparece no rosto das pessoas, nesta altura do
calendário se esvai.
Um dos dias da semana passada, Miguel Esteves Cardoso
escreveu na sua crónica que deveria haver no Turismo de Portugal a promoção de
locais aonde a amenidade do clima fosse o contraponto aos calores abrasivos do
Verão. Eu recordo que há muitos anos que as gentes de Santarém se deslocam para
Peniche para refrescarem das elevadas temperaturas com que são brindados nesta
época na sua terra todos os anos. Eu sou um adepto confesso das temperaturas de
Peniche. A gente quando vem de fora e chega ao Alto do Verissimo ou ao alto da
Serra d’ El-Rei, sentimos logo que aqui já estamos na nossa terrinha. A minha
filha e o meu genro dizem-me que aí o termómetro do carro baixa uns 10 graus.
Bem haja a temperança de estarmos rodeados pelo oceano.
Em Peniche evoca-se o Surf, as Berlengas, as Festas de
Verão mas nunca vi anunciar a amenidade do clima como um ex-libris. Para quem
está submetido aos calores intensos que levam a avisos de comportamento pela
DGS, aqui “tass bem”. Avisem toda a gente: Refresquem-se, venham para Peniche.
Percebo os autarcas, ser Algarve é moda. Quem arrisca a
perder eleições por anunciar o seu oposto?
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