MUITO
ESCREVER…
…para pouco
querer dizer
Atravessamos
um período de tempo em que muito haverá para escrever num blog.
Desde logo
as reflexões pessoais a que o confinamento nos levou. Depois a actividade
política que tem sido extremamente abundante em factos inusitados.
Nós que
somos um país de fortes raízes judaico-cristãs temos um manancial de factos que
vieram romper com o conservadorismo das atitudes usuais, ainda por cima num
país envelhecido como o nosso.
Recordo que
desde os meus tempos de escola nos auto-definimos como o país dos 3Fs: Fátima,
futebol e Fado. E tudo isso foi posto em causa e deixou de ser motivador.
Para o
Concelho de Peniche a última semana foi um manancial de notícias e nunca por
boas razões.
A ausência
de escolas a funcionar que poderia constituir um motivo de festa para os
alunos, tornou-se um pesadelo.
Os amigos e
familiares por mais próximos que sejam ou estejam, tornaram-se objecto de culto
só e exclusivamente com o auxilio das novas tecnologias.
Cada um
destes motivos seria por si só motivo para exercer o direito de escrita. Mas ao
mesmo tempo e por estarmos em situação de vulnerabilidade extrema contém em si
mesmo múltiplas razões para não ser aprofundado. Regressam então os motivos
para os livros e a música. E os filmes que têm sido um forte manancial de ocupação
dos tempos de isolamento.
O que torna
tudo mais difícil é esta vontade oculta de ficar quieto. As estatísticas
dizem-nos que em Portugal só cresceu 20% o número de movimentações em relação
ao período de emergência e de calamidade. O que nos obriga a pensar.
Para quem
nada queria dizer, vai longo este discurso. Serviu tão somente para marcar
presença. Obrigado aos que me continuam a ler.
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