A REUTILIZAÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES
Quinta-feira 24 de Janeiro no jornal “Público”, título a
toda a largura da 1ª Página, Escolas que
mais reutilizarem manuais recebem dez mil euros.
Já aqui falei sobre isto. Estava eu
na Escola
EB-2.3 da Lourinhã, Dr. João das regras, quando a certa altura e depois de
vermos o que acontecia no final de cada ano lectivo com os manuais escolares,
que eram abandonados na Escola ou deitados pura e simplesmente nos contentores.
O Conselho
Directivo de que eu fazia parte com a Margarida e a Zinha, fizemos uma campanha
no sentido de reaproveitar os manuais escolares. Pedimos aos pais e EEs que
colaborassem e aos alunos solicitámos que poupassem a sua utilização. O
dinheiro que não utilizássemos na compra de manuais, reverteria para a
aquisição de material didáctico.
Ao tempo
(década de 80 do século passado), o ME tinha estruturas regionais que
acompanhavam as Escolas. No nosso caso era a DREL (Direcção Regional de
Educação de Lisboa) e a CAE-Oeste (Coordenaçao da Área Educativa do Oeste.
Comunicamos a essas estruturas a nossa iniciativa e ainda à Inspecção Geral de
Ensino. Não tivemos qualquer oposição até que nos surgiu na escola o
responsável no CAE pela Acção Social Escolar opondo-se veementemente à nossa
iniciativa. Claro que não lhe ligamos qualquer importância. Não era mais do que
um manga de alpaca cinzentão, a opor-se a tudo o que saísse das normas. Ele bem
nos ameaçou com a inspecção. Disse-nos ir passar a pente fino toda a nossa
actuação naquela área.
Prosseguimos
a nossa actuação e a nossa iniciativa foi um êxito que nos encheu de orgulho.
Até que fomos deslocados para a Atouguia onde os problemas prementes eram
outros.
Cerca de 40
anos depois assistimos à institucionalização dessa nossa iniciativa. Estamos
orgulhosos.
Quanto ao
nosso demolidor opositor está desaparecido em combate.
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