E AS
ESCOLAS SENHOR, AS ESCOLAS?
Fala-se de
professores de tal forma que a palavra ficou em 2º lugar no ranking das
palavras do ano.
Isto é
muito parecido com o que se passa com o futebol. Aqui mal vão as coisas quando
se fala do árbitro em vez de falar do jogo. Quando se fala do juiz sem se falar
do verdadeiro artista, o aluno.
Sou dado a
pensar que muito mal vão as coisas na Esducação quando assim se vive. De vez em
quando lá se fala de uma ou outra escola, por bons ou más razões.
Ser
Professor é ser socrático e ético. Como pois podereis vós dizer que não
prejudicais os vossos alunos ao dar-lhes exemplos de intransigência e de falta
de sentido pátrio?
Estas
reflexões surgem-me após ter lido no jornal “Público” de 19 de Dezembro um
artigo sobre a investigadora Margarida Gaspar de Matos que a certa altura diz: “Parece que a escola toda se centrou na
questão da avaliação em vez de no gosto pela aprendizagem”. E é aqui que está o cerne da
questão. Só a aprendizagem (e o gosto por ela) traz o sentido crítico e a
capacidade de questionarmos. Mas estarão estes ditos professores que há mais de
um ano se passeiam com cartazes na mão interessados em serem questionados. E
quantos deles são efectivamente professores?
As escolas,
essas passam indiferentes perante tudo isto. Queremos o acesso à saúde, à
habitação, à educação, à segurança, a uma reforma digna. Queremos tudo. E nós o
que damos em troca?
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