TER OBRAS
EM CASA
É do mais
desagradável que existe. Não somos ninguém. Não temos onde estar. Onde pisar.
Não sabemos onde está nada. Em uma divisão ou duas divisões acumulamos em o
que é da casa toda. Os cheiros. Tornamo-nos párias no nosso próprio espaço. E
falta-nos capacidade de perceber o porquê de tudo isto. Mesmo que no fim tudo
se torne mais suportável.
Para quem
tem o hábito de fazer da casa a sua janela para o mundo, ver essa janela
fechada é como cegar.
Julgo que
estes dias de exílio estão a terminar. Mas até lá, salvo instantes fugazes e um
deles é este, resta-me esperar por esses melhores dias.
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