A MORTE
Libertadora
para alguns. Tenebrosa para outros. Terminar com dor e sacrifícios sem fim. Permitir
o ingresso no coro dos anjos, aguardando uma ressurreição anunciada. Encontrar
as virgens acalentadoras. Perpectuar no Nirvana a libertação da dor e do
sofrimento.
Filósofos e
religiões têm procurado explicar a morte. Os que dela se abeiram aguardam-na em
Paz ou procuram respostas pelos mais diversos meios para o Mistério que se
avizinha denso e insondável.
Para os que
têm fé a resposta está nos seus contributos para uma felicidade partilhada.
Para os que
acreditam que é no espírito que reside a vida e que ele se dissolverá com o
apagamento físico do seu invólucro, é consigo que residem as respostas para a
tranquilidade em vida.
Estas
coisas surgem-me sempre que se despedem de mim pessoas que estimo e prezo.
Assim foi o caso deste 17 de Janeiro da década de 20 deste milénio.
Brutalmente
neste dia desaparecem 2 pessoas que estimo e de quem muito gosto. A Drª Isabel
Nascimento minha professora de Ciências no Ciclo Preparatório no velho edifício
da Rua Marquês de Pombal, enquanto se aguardava pela construção do novo Edifício
da Escola Industrial e Comercial de Peniche. Com ela desaparece o Carlos Manuel
Chaves. Homem de uma bondade e generosidade sem limites. Reservado mas amigo.
Um Homem de fé como aliás o foi toda a sua família. Representante digno de uma
geração que soube passar incólume pelas turbulências de Peniche.
Os 2
representam uma parte de mim que também desaparece. Que enquanto viver eu possa
dar testemunho da sua alegria e bondade.
Sem comentários:
Enviar um comentário