PROFESSORES,
OUTRA VEZ
Como homenagem a Óscar Montenegro professor de francês da Escola Industrial
Machado de Castro, à professora Dági da Escola Dr. João das Regras da Lurinhã.
De vez em
quando regresso aos meus tempos de Escola, quer quando fui aluno, quer quando
fui professor.
As escolas
movem-se por interesses económicos (o dos estados a que pertencem) e por
interesses corporativos (os dos professores e dos funcionários em geral).
Mas são ao
mesmo tempo um dos últimos redutos de Liberdade que as pessoas enquanto
crianças e jovens poderão experimentar.
As leis que
institucionalizem as escolas e o seu funcionamento são fruto de reivindicações
espúrias combinadas com mudanças de governos, constituindo resposta para quem
votou em quem ganhou.
Sou do
tempo em que os professores de Língua Estrangeira, poderiam também leccionar Português. A não ser que pedissem
expressamente para não receberem turmas de Português. Aliás isto não deixa de
ser de bom-senso pois que um professor português que tirou a sua licenciatura
em língua estrangeira, só o poderá fazer com qualidade se tiver um domínio
inegável da língua materna.
A certa
altura reduziram o número de horas de língua estrangeira nos currículos e para
não mandarem professores para o desemprego, foi criada a regra (?) de que
professores de Inglês, Francês, Alemão e Espanhol não poderiam leccionar
português.
Quem tornou
a aprendizagem da Matemática, do Português ou do Inglês florestas impenetráveis
foram os próprios professores.
Diga o que
disser o Rei dos Sindicatos ou o senhor que diz representar os Agrupamentos
Escolares. No tempo em que professores ganhavam um subsidio minorca para
gerirem as suas escolas, o seu principal desígnio era fazerem felizes os seus
alunos. Agora é a defesa dos seus ordenados chorudos e para isso necessitam de
professores que pensam estar a ser defendidos. E no entanto nunca vi tanto
professor desmotivado.
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