O ESTADO DE EMERGÊNCIA
Como tem
sido por demais evidente e, tal como me diz um amigo meu, este Blog tem estado
de quarentena, acompanhando assim o seu autor.
Apesar
disto, decidimos (eu e o blog) fazer um aparecimento sanitário, motivados pela
conferência de imprensa do Grupo governamental de crise.
António
Costa começou por se referir em que medida o Estado de Emergência afectaria aos
que se encontram contagiados pela doença. Durante algum tempo falou sobre as
diferentes situações deste grupo e das cautelas que sobre eles recaia, não
exitando em referir que as indicações que lhes eram referidas seriam sempre de
carácter OBRIGATÓRIO.
Em seguida
o 1º Ministro passou a referir-se ao grande grupo de risco constituído pelos mais idosos (mais de 70
anos) e ainda aqueles que sofrendo de doenças carecendo de um acompanhamento
sistemático, teria de ser possível à sua deslocação para aquisição de produtos de
1ª necessidade ou de cuidados de saúde frequentes e aquisição de medicamentos.
Ao abordar estas 2 situações falou o 1º Ministro dos idosos que vivem isolados
e que portanto necessitam de se deslocar para poderem sobreviver ou de serem
apoiados por grupos informais de cuidadores. Uma parte importante da
conferência de impresa foi utilizada para referências a este grupo de risco.
Foi ainda
referida a intervenção constante da Segurança Social para acompanhar as
populações atingidas por carências que irão surgir e de medidas a tomar para
não colocar em situações de marginalidade os mais necessitados.
Falou ainda
numa referência relativamente breve ao impacto que esta hecatombe mundial terá
na economia portuguesa mas que isso nunca impedirá o Governo de apoiar os que
mais precisarem, incluindo as pequenas e médias empresas.
Foi assim
que ouvi e entendi a conferência de impresa pela parte do Governo. E isto
agradou-me e sensibilizou-me profundamente. Fiquei grato pela leitura que o
Governo de Portugal parece demonstrar pela situação de crise que o País
atravessa.
Só não
gostei da intervenção da generalidade dos jornalistas que intervieram questionando
as decisões tomadas. Isto porque se quedaram na situação dos Bancos e dos
grupos económicos. Não vi o mesmo interesse pelos que mais desfavorecidos ou
pela doença ou pela sua situação de risco estarão em condições extremamente
fragilizados.
Não
procuraram evidenciar o que se terá que fazer por essas pessoas. Os bancos e os
grandes grupos económicos saberão sempre defender-se. Não precisam de quem
tenha pena deles. Os jornalistas, que trabalham eles sim, para esses grupos
económicos ou para bancos, têm de servir os seus donos. Que lhes importa que
numa casa qualquer deste país morra um velho ou uma velha que lá vive só, com
fome e sem qualquer apoio.
Se Portugal
não se humanizar, não merece a pena lutar para vencer batalhas.
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