SER OU NÃO
SER PIRATA
Já que se fala tanto
aqui no burgo em falta de segurança, vamos imaginar que supostamente um
assaltante nos invade a casa sem nós sabermos. Em vez de procurar ouro, jóias
ou dinheiro o que procura são os nossos portáteis e a nossa correspondência.
Vamos pensar ainda que na nossa história a pessoa assaltada é um patife. E que
ao longo do tempo foi acumulando riqueza à custa de aldrabices. O assaltante
depois de nos roubar documentos que provam a nossa aldrabice e de os vender a
quem der mais, decide publicar as provas de que somos uns malandros.
Ainda e por absurdo
digamos que um de nós por meios ilícitos adquiriu uma grande fortuna. Tão
grande que dá para alugar um portentoso iate para onde convidamos amigas e
amigos num cruzeiro. Durante a nossa viagem um pirata assalta-nos e rouba-nos.
E ainda se dá ao luxo de vender os bens roubados e publica-a alguns deles que
provam que eu sou um grande malandro
A minha
questão é esta. Por ter sido assaltado deixei de ser malandro e vígaro? NÃO!!!
E o ladrão
que me assaltou é um anjo? Pirata é pirata utilize ele os meios que utilizar.
Aquilo a
que assistimos com televisões a transmitirem em directo a sentença de um país
3º sobre um pirata com cara de anjo e a entrevistarem-no dando-lhe o direito de
se apresentar como o arcanjo serafim envergonha o meu país.
Existem
aqui 2 crimes. O de quem roubou e o de quem beneficiou com esse roubo. O pirata
é criminoso. Bem pode ele acusar a polícia do seu país. Ele sabe lá se a
relação entre os polícias e os ladrões faz parte de uma estratégia montada para
melhor apanhar os ladrões?
O pirata
com cara de anjo é um ladrão que invade a casa dos outros para beneficiar das
suas torpezas.
Julgar uns
e outros é obrigação do Estado Português. Ou então podemos considerar o pirata
com cara de anjo em situação equivalente aos dos agressores na violência
doméstica e isentá-lo de culpas.
Vivemos num
período de muito difícil compreensão.
Sem comentários:
Enviar um comentário