terça-feira, abril 10, 2018


“A HISTÓRIA DO POVO DE LOULÉ NA REVOLUÇÃO PORTUGUESA 1974-1975”

Por Raquel Varela e Luísa Barbosa Pereira - ed. Câmara Municipal de Loulé

 Os meus sobrinhos enviaram-me este livro, porque sabem que me interessam as referências à terra onde sempre viveram, e porque os acontecimentos com o Movimento dos Capitães me é particularmente caro. E para os que possam ter em mente que estou a falar nisto por o meu irmão (também capitão à altura do 25 de Abril de 1974) seria citado neste livro quero dizer-vos que não existe qualquer referência sobre ele, embora à altura Loulé já fosse o ponto de retorno dele entre comissões na guerra colonial.

Trago à coação este livro por comparação com o caso de Peniche. Não são nem de perto nem de longe comparáveis os contributos de Loulé para a eclosão do MFA quando comparado com a história da luta de Peniche e de alguns dos seus filhos para essa efeméride.

Deus fez do Brasil uma terra maravilhosa, que pena ter-se esquecido das pessoas, ouve-se dizer. Assim é Peniche. Tem uma história riquíssima. Mas ter quem a conte já é outra história. Até agora só mariano Calado com “Peniche na História e na Lenda” fez um trabalho merecedor de registo e já depois dele, Ana Batalha com a sua “História e Governança”. Posteriormente aparecem algumas coisas umas (poucas) dignas de registo e na sua maioria sem qualquer conteúdo histórico de interesse, até porque não citando e indicando as fontes que os sustentam se tornam mais histórias de ler às criancinhas ao deitar, do que registos merecedores de crédito. Sendo que o caso mais sintomático é “Visão cronológica da História de Peniche”, sem qualquer referência a fontes que sustentem as afirmações feitas. Passemos à frente…

Seria necessário pois, que alguém com rigor e sustentação intelectual se interessasse por esta empreitada de nos apresentar os contributos das gentes de Peniche quer no advento da República, quer na firmeza das suas convicções republicanas e laicas para o advento do 25 de Abril. E este assunto não poderá ficar para as calendas gregas, ou correremos o risco de perderem alguns testemunhos fundamentais para esta tarefa.    

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