sexta-feira, maio 15, 2020


MUITO ESCREVER…

…para pouco querer dizer

Atravessamos um período de tempo em que muito haverá para escrever num blog.

Desde logo as reflexões pessoais a que o confinamento nos levou. Depois a actividade política que tem sido extremamente abundante em factos inusitados.

Nós que somos um país de fortes raízes judaico-cristãs temos um manancial de factos que vieram romper com o conservadorismo das atitudes usuais, ainda por cima num país envelhecido como o nosso.

Recordo que desde os meus tempos de escola nos auto-definimos como o país dos 3Fs: Fátima, futebol e Fado. E tudo isso foi posto em causa e deixou de ser motivador.

Para o Concelho de Peniche a última semana foi um manancial de notícias e nunca por boas razões.

A ausência de escolas a funcionar que poderia constituir um motivo de festa para os alunos, tornou-se um pesadelo.

Os amigos e familiares por mais próximos que sejam ou estejam, tornaram-se objecto de culto só e exclusivamente com o auxilio das novas tecnologias.

Cada um destes motivos seria por si só motivo para exercer o direito de escrita. Mas ao mesmo tempo e por estarmos em situação de vulnerabilidade extrema contém em si mesmo múltiplas razões para não ser aprofundado. Regressam então os motivos para os livros e a música. E os filmes que têm sido um forte manancial de ocupação dos tempos de isolamento.

O que torna tudo mais difícil é esta vontade oculta de ficar quieto. As estatísticas dizem-nos que em Portugal só cresceu 20% o número de movimentações em relação ao período de emergência e de calamidade. O que nos obriga a pensar.

Para quem nada queria dizer, vai longo este discurso. Serviu tão somente para marcar presença. Obrigado aos que me continuam a ler.

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