quinta-feira, março 31, 2016


UMA EUROPA QUE METE NOJO

Não foi este o Milagre Europeu que sonhámos há uns 40 anos atrás. Hoje restam-nos dirigentes políticos europeus do “tamanhinho” dos tugas que por cá vamos tendo. Por isso as decisões que tomam são estúpidas e más. Más no sentido de serem torpes e nojentas.

Assim foi com os países com dificuldades no seu sistema financeiro e vulneráveis a economias exteriores, que foram tratados com regras abaixo de cão. De cada vez que me lembro dos burocratas a entrarem no meu país e a porem em sentido os nossos políticos que aqui tão duros são com o seu próprio povo, sinto um vazio no estômago.

Depois a permissão para erguerem muros nas fronteiras. Trcómos o muro de Berlim por “n” muros em países que há muito se habituaram à opressão e ao ódio. Depois este acordo com a Turquia que nos torna cúmplices de atentados contra os direitos do Homem.

A Europa tornou-se um continente auto-destrutivo e nada podemos fazer contra isso. Criamos um predador ávido por presas. Permitimos sem reagir a destruição de etnias. O genocídio mais horrendo e sempre, sempre assobiamos para o lado.

A Europa é um vómito.

Grupos marginais invadem-nos com explosivos e somos incapazes de tomar medidas colectivas. Somos fracos e medrosos.

A Europa já colapsou.

  

segunda-feira, março 28, 2016


BRASIL CORRUPTO? E PORTUGAL?

Quando um palhaço é hipotético palhaço é eleito para discutir (?) e votar as leis de um país. Quando um marginal confesso toxicodependente é eleito com o mesmo objectivo.

Isto para só falar nos 2 casos mais conhecidos aqui nas terras lusas. O que nos pode admirar?

Um estudo feito e já publicado em jornais portugueses diz que nenhuma lei é aprovada no congresso brasileiro sem que haja compra de votos. Ou a direita compra à esquerda ou a esquerda compra à direita. E tudo tem fluido no melhor dos mundos enquanto o dinheiro do petróleo tem permitido que isso acontecesse.

O que falhou entretanto?

2 factores. Um presidente foi eleito por 2 mandatos sucessivos e conseguiu que as classes mais desfavorecidas fossem as que mais viram aumentado o seu poder de compra, enquanto que a classe média ( e média baixa) do Brasil se viu diminuída nos seus rendimentos. Por outro lado, assistiu-se a um crescimento social dos “sem-terra” que se tornaram uma força no Brasil.

Até que o preço do petróleo baixou. E tudo acabou na 4ª Feira. Tal como o carnaval. Seguem-se apelos a uma ditadura militar e a uma destituição da Presidente. Como se a Dilma fosse a fonte de todos os problemas.

No Brasil o único problema ainda é uma luta de classes. É uma profunda xenofobia. É um desprezo latente dos brancos pelos negros. E a uma menorização dos índios que nunca contaram como pessoas. Mas os corruptos de direita deixaram-se comprar pela esquerda e de repente viram-se a braços com os malandros pés descalços a viverem em apartamentos até aí reservados às classes mais favorecidas. E o medo aliado à não-aceitação deram as mãos e tornaram o Brasil o País de carnaval a que todos assistimos.

Assim colapsa um país.   

quinta-feira, março 24, 2016


"LETRA ABERTA"

É este o nome de um livro póstumo de HERBERTO HELDER no 1º aniversário da sua morte. Do espólio foram recolhidos estes poemas, que se reconhecem de um dos mais desconhecidos poetas da Língua Portuguesa (a tal que é a nossa Pátria). Provavelmente HH será no futuro tão discutido e estudado como tem sido Pessoa. Neste momento mais que desconhecido é um mistério, também por vontade própria.

Deixo-vos neste período de férias um poema retirado aleatoriamente do seu último livro. Comei-o, porque “a Poesia é para comer”:

 

escrevi umas poucas linhas como estela e como exemplo,

mas faltava algures uma linha de silêncio que as ligasse todas,

e então abri a mão inteira e sobre a mão abri a boca,

e depois a terra estremeceu,

e depois estremeci no meio dela, mudo e cego e surdo e imóvel:

mas soube que não tinha criado os elementos do mundo,

nem nada que ligar a nada com que ligasse,

e o poema ruiu de alto a baixo,

sem base ou centro ou cume,

ou nome ou número,

ou mais ou menos que isso: sem autor confesso,

mas sobretudo sobretudo sem silêncio sobretudo

sem silêncio no meio,

sem o intenso silêncio do milagre:

e então olhei as coisas sem as ver,

ou demais as vendo:

e falei, e falhei (mas não foi por causa disso)

- foi por causa do nada do mundo

foi apenas por nada

quarta-feira, março 23, 2016


VAMOS TER ESPERANÇA EM MELHORES DIAS?

O que ontem aconteceu na Bélgica, já aconteceu antes em Nova Iorque, Londres. Maris, Paris, e em incontáveis cidades africanas e do Médio Oriente. Há mais de uma dezena de anos que vem acontecendo e se podemos afirmar alguma coisa é que existem sinais perturbadores de impunidade para quem perpetra e realiza estes crimes.

Durante alguns dias vão celebrar-se os mortos, fazer juras de isto não poder voltar a acontecer e de que os culpados serão castigados. Vão acender-se velas, realizar-se manifestações, marchas solidárias e outras actividades. Até que decorra o tempo necessário para entrar tudo no esquecimento, enquanto não houver um novo massacre de inocentes. E Bruxelas juntar-se-á ao rol das cidades sacrificadas.

E depois?

Também os cristãos já realizaram os seus raids sobre espaços de cultura muçulmana. E auto perdoaram-se passados séculos pelos crimes cometidos. Também o sr. Bush e os seus acólitos (Tony Blair, Aznar e Barroso), aprovaram os abençoaram a Invasão do Iraque e com isso abriram a caixa de Pandora que tornou inevitável todos estes crimes, sem que sintam necessidade de se apresentarem perante um tribunal dos Direitos Humanos para serem julgados.

Que os meus amigos leitores não vejam nas minhas palavras qualquer atitude de aprovação do que aconteceu em Bruxelas ou noutros locais da Europa e de África ou Médio Oriente. O que pretendo aqui afirmar é que o Homem é sempre ele e as suas consequências.

Julgo que lidamos mal na generalidade dos países europeus com os Muçulmanos. Como exemplo, questiono-me sempre porque raio de razão as nossas mulheres têm de andar nos seus países de cabeça coberta e as mulheres muçulmanas não são obrigadas a andar de cabeça descoberta no meu país.

Tudo o que tem verso tem reverso. Ou então alguém se está a tornar estupidamente submisso. E essa não.

Manifesto a minha solidariedade para com as vitimas destes assassinos e para com todos aqueles que no país de origem destes monstros são vitimas de atentados sistemáticos aos seus direitos fundamentais.     

segunda-feira, março 21, 2016


CARTA ABERTA A FILIPE MATOS SALES

                                                 Meu caro Primo:



Começo por aqui. Não sei se sabes que ainda és meu primo. Eu e o teu avô sempre nos tratamos assim. E mesmo eu e o teu pai por vezes é esse o tratamento que nos damos. Somos primos de familiares comuns de Peniche de Cima. Que é de onde podem vir os melhores laços de consanguinidade.

Mas adiante.
Mandam as regras não editados dos Bloger’s que nunca se responderá aos comentários. Mas existe algo que escreveste e que não sendo propriamente material do assunto em análise (as autárquicas), desde logo pensei em utilizar hoje para material do “Conversar”.

Passo a citar-te:

Gostava de clarificar que não é meu hábito mencionar a minha fé católica no “currículo literário e cientifico” nem utilizo o meu serviço prestado na Igreja como referência da minha “experiência””

Isto é aquilo em que discordo de ti. Quando me referi à tua actividade como católico não pretendi com isso minimizar o teu perfil enquanto cidadão. Pelo contrário. Disse-o para que quem possa encarar-te como eventual candidato saiba quem tu és como pessoa.

Assim como penso que deveria para ti ser um motivo de orgulho que as pessoas quando te virem possam afirmar: “- Ali vai um Cristão”.

Ser Cristão na verdadeira acepção da palavra é motivo de orgulho para quem o é. Atesta pela sua dignidade, pela sua natureza de Homem de Bem. Pelo amor aos outros. Acredita que não é por mais ou menos procissão, por levar um pau na mão a segurar o pálio que te tornas merecedor do voto dos penichenses. É o homem que tu fores que motivará as pessoas a votarem em ti.

Um cristão não mente. Por isso quando fala um cristão podemos acreditar nele. Deverás ser um cristão na política e não um político na religião.

Meu caro primo não te envergonhes de ser católico. Envergonha-te de estar na política sempre que no teu coração sentires que estás a conduzir as pessoas para caminhos que sabes não poderes vir a cumprir. Vê como MRS conduziu a sua campanha. Pelo amor aos outros ou por se ter deixado enredar nas coisas da política?

Se fores um cristão (no caso católico) e que isso seja evidente para mim, acredita primo eu cá votarei em ti. Não no PSD. Em ti mesmo. Porque saberei que posso confiar em ti.    

domingo, março 20, 2016

UM NOIVO EM EMBARAÇOS


Um homem estava noivo.

Na véspera do casamento, resolveu fazer uma peladinha com os amigos, para despedir-se da vida de solteiro. A meio do jogo, há uma falta contra a equipa dele. Ele fica na barreira. O atacante adversário chuta e ... tau:          acerta em cheio nos países baixos do gajo, que cai logo cheio de dores.
É levado para o hospital, e nas urgências o médico diz-lhe: Oiça, não há maneira de engessar o seu Zé, por isso, vamos colocar umas talas de madeira para o imobilizar ate melhorar. Mas doutor, eu vou casar amanha. Sá pode ser assim, ou então não fica bom.
Inconformado, aceita por as talas de madeira. No dia seguinte, casa-se e os pombinhos vao para a lua de mel. Esposa:

- Olha, meu querido eu tive outros namorados antes, mas nenhum deles me tocou.
Guardei-me toda para ti, sou virgem.

Ao que ele responde:
- Eu também ...

O marido baixa as calças
- Vês, o meu ainda está guardado na caixa ...


quinta-feira, março 17, 2016


“XEIRA” A AUTÁRQUICAS

Aqui, na ilha de Peniche, onde tudo ou começa cedo de mais ou ao retardador, fala-se de autárquicas como se estivessem ai já ao virar da esquina.

E no entanto…

O que se passa é que os putativos candidatos estão numa fase de apalpar o pulso para contabilizarem as suas possibilidades.

De todos, é no PSD que as coisas são mais claras e transparentes. No último número do jornal da Paróquia, surge Filipe Sales em bicos de pés (ele que já é tão alto) a apresentar

a sua pessoa como potencial candidato. Diz quais são os princípios que devem nortear um PC (agente mobilizador das pessoas com uma estratégia de desenvolvimento para o concelho). E depois num mimo de ideias dá o exemplo de Telmo Faria, para justificar a sua candidatura, como o caso de um jovem com ideias que conseguiu por o seu concelho no mapa. E é aqui que os conselheiros da promoção do auto-candidato lhe deveriam pedir mais cuidado. Quem conhece FS no concelho para além do grupo dos católicos? Quem conhece as suas ideias para o desenvolvimento estratégico? Quer criar emprego em que áreas? Na pesca? Como? Na agricultura? Avançando com apoios em que sectores? E que apoios municipais podem ser úteis na agricultura?

FS para se justificar na sua propositura recorre ao exemplo de Telmo Faria. Com que currículo literário e cientifico? Com que experiência para além da de catequista? Por favor peço ao PSD local para terem dó. Gostaria de um candidato com gabarito para poderem os cidadãos do concelho fazer uma opção coerente.

Quanto ao PS os “mentidereos” locais afirmam que se instalou uma enorme confusão. Entre os seus novos responsáveis e a velha guarda tradicionalista e conservadora. Os novos querem poder ter garantias de que as suas propostas têm pernas para andar. Os “marretas” não estão disponíveis para ceder um pouco que seja do seu poder. Também a Federação de Leiria não pode contar para nada. Continua como dantes. Um cancro não removível.

Quase que parceria liquido que tudo se encaminharia para que o PCP tivesse “Via Verde” para ganhar as próximas autárquicas. Grande Mentira. No seu interior cruzam-se espadas e escolhem-se pistolas, para terçar ou disparar (conforme fizer mais mossa) entre aquele que se considera o substituto natural do actual Presidente do Município e as sombras que o seguem para lhe barrar o caminho. Surgem então as guerras intestinas, podres, malcheirosas e virulentas. O PCP já não é aquele grupo restrito em que tudo se passa de acordo com a sua todo poderosa vontade. Caput.

- EU SOU O VICE-PRESIDENTE. EU É QUE FICO COM A CADEIRA DO PODER.

PS: O Bloco de Esquerda existe a nível local. Não me parece que tenham aprendido nada com o sucesso sistemático desse grupo a nível nacional. Se não existem cá pelo burgo, não chateiem. Vão morrer longe. Deixem os mais crescidos brincarem.   

quarta-feira, março 16, 2016


O ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO PARA 2016.

QUEM GOSTA DELE?

Ninguém.

O PS não gosta porque o seu orçamento contemplaria todo um virar de página que permitisse ser encarado como o grupo que conseguiu desmentir categoricamente o PSD/CDS e seus apoiantes neoliberais. Assim se eternizaria no poder até que apodrecesse e caísse por si próprio.

O PSD (e a sua réplica CDS) não gosta de ser desmentido. E que lhes provem que existia outro caminho para além daquele que escolheu.

O PCP não gosta porque nasceu, cresceu e desenvolveu-se a dizer “GOVERNO PARA A RUA”. Para o PCP este orçamento que ajudou a construir, corrigiu e aprovou, é como uma dor de dentes. Insuportável mas inevitável e até a infecção passar tem que se suportar.

O BE detesta-o. Mas só pode crescer se manifestar perante os portugueses que se pode confiar nele e que arruaças e “bota-abaixismo” não fazem parte do seu vocabulário. Assim tem vindo a crescer. Em oposição aos outros que no seu hermetismo incompreensível vão definhando.

Quanto ao PAN ão ão ão e mais não digo.

O Orçamento também não é de Bruxelas porque foge ao estava superiormente determinado.

O “sacana” do OE é filho de pai incógnito. A mãe frequenta bares de alterne a ganhar a vida. O pai foi mais um bêbado que por lá passou e que nem sabe que fez um filho à senhora.

“Atão” não era engraçado que o gajo acolhido que foi numa casa de reeducação acabasse por resultar. Quem for vivo cá estará para ver.

 

 

segunda-feira, março 14, 2016

"O FUTURO DA DIREITA"
Jaime Nogueira Pinto (um Homem da direita) publicou ontem (13/03/2016) um artigo de opinião com o título em epígrafe, de que eu que me penso um tipo de esquerda gostei particularmente.
Sempre fui da opinião que ninguém pode combater os seus adversários se os não conhecer. Os seus pontos fortes e fracos. Melhor os primeiros, para nos podermos defender e contra-atacar. Julguei que era importante trazer para aqui esse artigo. Por essa e por outras razões que poderia adir. 
«O FUTURO DA DIREITA
13 DE MARÇO DE 2016:01:01         

Jaime Nogueira Pinto
historiador

A direita governou Portugal durante mais de quarenta anos com o regime nacional-autoritário de Salazar. Por isso, embora tenha tido altos custos, foi normal que a esquerda governasse no ciclo seguinte, em termos de hegemonia ideológica e supremacia política. Quando falo de direita e de esquerda não falo dos conceitos maniqueístas vulgarizados (pela "esquerda"), em que a esquerda são os pobres, os camponeses, as classes trabalhadoras, os intelectuais, os jovens, os progressistas, os bons; e a direita, os ricos, os lavradores (alentejanos), os patrões, os capitalistas, os reacionários, os fascistas, os maus da história. Nem da versão igualmente maniqueísta da "direita", em que a direita são as classes médias empreendedoras, os empresários, os liberais, os europeístas, os antifascistas, o "país real" - os bons; e a esquerda os que vivem de subsídios, os comunistas, os anarquistas, os socialistas, os estatistas, os totalitários - os maus...O que separa a direita da esquerda tem pouco ou nada que ver com estas guerras e epítetos de classe ou de renda: são bases filosóficas distintas como o "pessimismo" e o "otimismo" antropológicos, isto é, o ponto de partida sobre a natureza humana que classifica o homem como "naturalmente" bom ou mau. Santo Agostinho, Maquiavel e Hobbes seriam "de direita" e Rousseau, Marx e Lenine de esquerda. Se o 25 de Abril de 1974 rejeitou os valores de direita, a verdade é que as direitas, com exceção das novas gerações, tinham deixado de pensar politicamente nos últimos anos do Estado Novo. As esquerdas, aproveitando o descontentamento corporativo dos militares com a guerra de África e a transição marcelista, impuseram a sua linha a partir do golpe de Abril. A direita sociológica e até ideológica que sobreviveu, continuou ou recomeçou na política, teve, partidariamente, de se resignar a alinhar e votar nos partidos do "centro", no Centrão democrático social ou social-democrático. Os principais valores da trilogia estadonovista - Deus, Pátria e Família - desapareceram na voragem antifascista do PREC e na correção política que se lhe seguiu. Com medo de incorreções, os líderes partidários das direitas foram-se ficando pelo conservadorismo social-cristão ou por um compromisso de austeridade social-democrática que os seus inimigos qualificam de liberal ou ultraliberal ou "de direita" ou "ultradireita". Partindo de um pessimismo antropológico de base, os valores da direita estão ligados ao realismo geopolítico, ao nacionalismo político, ao conservadorismo familiar e social e à economia de mercado. E, numa altura em que a legislação está sujeita aos caprichos e à chantagem ideológica da esquerda utópica, também aos custos ocultos das mudanças. Se uma comunidade viveu durante muitos séculos com valores de orientação como o patriotismo, o enraizamento, a família tradicional, a propriedade privada, o sentido do transcendente será que se pode deixar de cultivá-los e acabar com eles sem consequências? A acabar: somos hoje uma nação dependente, mas o resto do mundo começou a dar a volta: estes valores (de direita) estão outra vez presentes no Leste europeu, na Ásia, nas Américas. Portugal, que sob este ciclo político-ideológico decaiu e empobreceu para limites nunca vistos, poderá nos próximos anos - e até pela terapia de choque do desastre - estar aberto a um novo ciclo político-ideológico. Às forças políticas e partidos da não-esquerda compete retomar sem medos as bandeiras da direita nacional, ou deixá-las abandonadas ou livres, para quem tiver a coragem e a força de as restaurar. Os dados são estes. Quem os irá lançar?»

 

sábado, março 12, 2016

O QUE UM "GAJO" FAZ PARA "COMER" UMA COISINHA DIFERENTE...

terça-feira, março 08, 2016


ANÍBAL CAVACO SILVA

Pois é. Despeço-me com alegria do Sr. Presidente Cavaco Silva. Nunca votei nele e nunca senti que me tivesse enganado por não o ter feito.

Sinto que eu próprio e uma percentagem significativa do povo sente um grande alivio com a saída do referido senhor para férias. Existem pessoas que nasceram para incomodar. O senhor Cavaco e a D. Maria fazem parte desse grupo. Caras sisudas e de frete já chegam as que temos mesmo de aturar.

Diz-se que qualquer um que o substitua o fará com melhor aprumo e dignidade. Não será bem assim: -“Atrás de mim virá quem de mim bom fará”.

Também não votei Marcelo (e mais uma vez não me arrependo), mas este tem a seu favor não ter nenhuma pirosa como primeira-dama. Depois Marcelo é um homem culto. Em terceiro lugar fala com maestria. Pode estar a enganar-nos mas fá-lo com tal habilidade que nem damos por isso.

Morreu o Rei. Viva o Rei.   

segunda-feira, março 07, 2016


MARIA LUÍS ALBUQUERQUE

É tudo uma questão de ética. Ou de ética politica se preferirem. Claro que é subjectiva. O melhor que tem a humanidade tem é poder analisar as coisas do EU de forma subjectiva.

E quando a senhora diz que condená-la é só uma leitura político-partidária, tem toda a razão. Marques Mendes dixit. Manuela Ferreira leite dixit.

Somos o que somos. Maria Luís só aproveita as sobras. Faz bem? O seu primo Passos diz que sim. Outros são muito necessitados das sobras do poder executivo. É assim que funciona a política. Excepto para aqueles que acham ter uma coluna vertebral mais inteira.

Maria Luís considera que mais importante que os elogios é a sua sobrevivência económica e a dos seus. Faz bem ou mal? A cada um a sua verdade.

sábado, março 05, 2016


ATRASO NO COMBOIO...
A mãe estava a trabalhar na cozinha enquanto o filho brincava na sala com o comboio eléctrico que o pai lhe tinha oferecido.
Escutou então o comboio a parar e o seu filho a dizer:
"Todos os filhos da puta que querem desembarcar, saiam desta merda de comboio agora, porque essa e a última porra de estação! E todos os filhos da puta que vão voltar para casa e desejam entrar na merda desta composição, coloquem os seus cús mal-cheirosos no comboio, porque vamos sair com este caralho daqui a segundos"!!
A mãe foi até a sala e falou ao filho:
"Nós não usamos esse tipo de linguagem aqui em casa!!
Vais já para o teu quarto e ficas lá durante 2 horas, de castigo!
Quando voltares, podes brincar com o comboio, mas vais ser bem educado."
Duas horas depois o miúdo sai do quarto e volta a brincar com o comboio.
Então, ele pára e a mãe ouve o filho:

"Todos os passageiros que vão desembarcar, lembrem-se por favor de levar a sua bagagem de mão. Agradecemos a todos por terem escolhido a nossa companhia e esperamos que tenham tido uma boa viagem! Esperamos revê-los proximamente!"
E a criança continuou:

"Para aqueles que se preparam para o embarque, pedimos que guardem as suas malas de mão debaixo dos assentos. Lembrem-se, por favor, de que é proibido fumar. Esperamos que todos tenham uma boa viagem!"

A mãe, toda orgulhosa do filho, dirigiu-se a sala para elogiá-lo, quando o miúdo acrescentou:

"E para aqueles que estão fodidos com o atraso de 2 horas, reclamem com a vaca que tá lá na cozinha!!!"

sexta-feira, março 04, 2016


HENRIQUE RAPOSO

Este é o nome de um jornalista que escreve com regularidade crónicas no jornal diário online do “Expresso”. Não gosto particularmente dele. É dos articulistas de que dispenso a leitura. Acho-o demasiado próximo de uma direita civilizada e que anda por aí de pé-ante-pé para de forma subtil se infiltrar. Não gosto do que escreve. Acho no entanto que está muito próximo da actual linha editorial do jornal em que trabalha.

Isto quer dizer que já gostei mais do “expresso” que hoje gosto. Sic, Expresso, Visão, tornaram-se todos farinha do mesmo saco. E muito sinceramente estou farto.

Com 71 anos de idade e leitor desde o 1º dia do Expresso (guardo o 1º nº religiosamente) já tenho direito a manifestar a minha opinião.

E quero afirmar convictamente que sendo de esquerda, existiu sempre uma leitura do Expresso que eu nunca dispensei. Mas está a tornar-se “sacana” demais para o meu gosto. Não sei se é a vontade que o senhor RC tem de mostrar que não é incondicional do “mano”, mas a isenção tende sempre a manifestar-se em plano inclinado. E o lado para que está a pender não me agrada.

Voltemos a HR. Este post vem a propósito de um livro publicado por ele recentemente com o título de “Alentejo Prometido”, que parece que tem suscitado grande polémica pela forma crua como descreve o “seu” Alentejo.

Num tempo em que o “botas” é publicado, tem estátua e recebe o título do português mais importante de sempre.

Num tempo em que as televisões emitem cenas de pornografia pura às horas mais inusitadas.

Num tempo em que ministros, banqueiros, presidentes de instituições de renome são conhecidos por serem corruptos e vigarizarem cidadãos incautos.

Num tempo em que tudo isto acontece é estranho que exista alguém que se sinta ofendido com uma linguagem mais crua (na visão de alguém) para descrever as suas (dele) memórias.

HR pode não ser o meu jornalista escolhido, mas é de certeza um jornalista que defendo em absoluto. Com direito a ter opinião e a publicá-la. Ainda que depois eu não goste dela. Mas tenho um remédio excelente. Vai para o caixote do lixo. Que é o que eu faço com os telejornais da SIC. Estão proibidos em minha casa.  

 

quarta-feira, março 02, 2016


FRUIR OS DIAS

É uma habilidade que só se compreende bem ou em circunstâncias muito penosas, ou em momentos de exaltação de felicidade. Por vezes somos apanhados distraídos. Ou adormecidos. Ou em estado pré catatónico e não sentimos quanto aquele momento pode ser único na nossa vida.

Inúmeros filósofos e pintores e músicos mulheres ou homens extraordinários passam por nós e não damos por eles. Mas lá vem o dia em que os redescobrimos e ficamos perplexos com a nossa distracção.

Quantas vezes não nos cruzamos com pessoas de ar sisudo e fechado? Assusta olhar para elas porque somos levados a crer que o mundo do Velho Testamento retomou o seu lugar de ódio e ira. São pessoas que nos assustam porque delas só transparece ódio.

Percebemos então porque sofrem as crianças. Porque se torna difícil a um casal superar as suas desconfianças e diferenças.

Hoje (e cada vez mais) é complicado perguntar a um amigo (ou amiga) pela mulher (ou pelo seu homem). “Já não estamos” é a resposta invariável. E isto nem sequer tem a ver com idades. Tem a ver com o egoísmo de querer sentir vontade de não partilhar o que cada um entende a melhor maneira de se sentir bem.

Cada um por si tornou-se a regra de ouro. Até percebermos que fomos cremados já há muito tempo, embora caminhemos.