terça-feira, maio 31, 2016


DIA DOS IRMÃOS

Tinha um irmão e morreu. Extemporaneamente foi levado com 62 anos apenas. E já lá vão 13 anos. O tempo é demolidor.

Portanto teria ficado sem irmãos para festejar o dia de hoje, se não tivesse tido a felicidade de fazer crescer a minha amizade com algumas das pessoas que se cruzaram comigo ao longo da vida, de uma forma tal que os meus sentimentos por essas pessoas se terem confundido desde sempre com a relação que tinha com o meu irmão de sangue.

Aliás, penso que ser o mesmo sangue (?) que nos corre nas veias nunca determinou em mim maior proximidade.

A minha relação com o Victor Mamede e com o Álvaro Carolino nunca precisou de sangue para ser do tamanho das nossas vidas. Amei-os com a mesma singularidade com que amei o outro filho dos meus pais. Falo-vos de mais 2 que partiram na voragem dos tempos.

Resta-me o Tonha e o Calhas. Sobram estes dois para eu sentir que o meu porto de abrigo continua a ter amarras a que posso recorrer. No dia dos irmãos celebro os que já não posso ver mais (senão no meu coração) e os 2 que estão sempre prontos para mim.

Para estes vai neste dia o abraço físico que ainda posso dar. Para todos uma lágrima de alegria por ter sempre podido contar com eles.

  

segunda-feira, maio 30, 2016


I FEIRA DO LIVRO DE PENICHE

Organização do CICARP - Subsidiada pela CMP

1969

Quem ler este título hoje, considerará que raio de acontecimento vulgar é este para poder servir de mote a um post num BLOG.

1969 era o ano a seguir aos acontecimentos em Paris que ditaram uma cooperação entre trabalhares e estudantes que levou à queda do General de Gaulle.

Em Portugal Marcelo caetano tinha ascendido a 1º Ministro por força da incapacidade física de Salazar e defendia com todo empenho o que restava do Estado Novo.

Em Peniche um grupo de jovens e adultos pouco satisfeitos com o muro que se erguia à volta da sua terra, por força dos adeptos do regime que impediam todo e qualquer ar fresco que permitisse uma discussão mais aberta dos acontecimentos culturais e políticos que irradiavam por essa Europa fora, foram criando formas de discussão nos cafés e em Associações que permitissem perceber melhor o que se passava à sua volta.

Criam então como fórum de discussão um Cine Clube, o CICARP (Centro de Iniciação Cinematográfico da Associação Recreativa Penichense), que a pretexto de que o cinema tocava todas as formas de arte, consegue realizar colóquios sobre música, sobre a condição feminina, sobre literatura e que atinge um dos seus corolários na realização da I Feira de Livro de Peniche. Isto em 1969 e com o apoio da Câmara Municipal de Peniche que na altura tinha um Presidente escolhido dos quadros da Acção Nacional Popular, o partido de apoio ao Estado Novo. Por uma questão de justiça refira-se que o Presidente da Câmara da Altura era Victor João Albino de Almeida Baltazar, nosso conterrâneo da Atouguia da Baleia e que viria a ser demitido do cargo em Setembro de 1969.

Não quero referir nomes dos integrantes do CICARP que vieram a meter esta lança em África. Foram muitos e de um trabalho generoso. Jovens e mais velhos. Alguns já conoctados como opositores ao regime, mas muitos outros arriscavam ficar com a sua identidade manchada por serem gente da oposição. E essas coisas nesse tempo pagavam-se caras com o impedimento de exercerem cargos públicos, a cassação de passaporte e outros castigos mais ou menos subtis.

Publico uma foto da época com um grupo de gente que trabalhou arduamente para tornar possível a realização deste evento que à altura parecia inatingível. Alguns deles já desparecidos de entre nós infelizmente, mas que perdurão para sempre na nossa memória.

Para terminar resta dizer que a última grande aventura do CICARP foi a realização de um festival de baladas na Associação com José Afonso, José Carlos Vasconcelos e Adriano Correia de Oliveira, sendo que alguns dias depois foi extinto por determinação da Direcção da altura, presidida por José Fernandes Bento o líder local da ANP.




  

sábado, maio 28, 2016

HISTÓRIA DAS 3 FADAS
Todos conhecem o Carlinhos, aquele rapaz muito bacano que em pequeno dava cabo dos nervos à professora. Certo dia, a professora pediu a toda a turma para inventarem uma história.

Depois de todos os colegas lerem a sua composição, chega a vez do Carlinhos, que começa assim:

Vou contar a história das três fadas. Era uma vez uma prinsusa... Nisto a professora interrompe e diz: É princesa que se diz e não prinsusa!

- Não Sra professora, nesta história é mesmo prinsusa. Continuando:

Era uma vez uma prinsusa, que vivia suzinha na turre do seu castalho e estava traste, muito traste por estar suzinha. Resolve então enviar um bilhuto a um prinsusu que também vivia suzinho na turre do seu castalho. Escreveu muitos bilhutos até que um dia o prinsusu agarrou no seu cavalo e cavinhou, cavinhou, cavinhou pela florista até chegar ao castalho da prinsusa. Quando chegou à purta do castalho da prinsusa dá-lhe um pintapu e a purta cai. Sobe a correr até à turre da prinsusa, arrebenta com a purta do quarto da prinsusa, ele olha para ela, ela olha para ele, ele olha para ela .. e dá-lhe três fadas...

quarta-feira, maio 25, 2016


O AZULEJO EM PENICHE

Possui o nosso Concelho um património riquíssimo em azulejaria, sendo que algum dele já o perdemos irremediavelmente pela destruição do tempo e outro por força de algumas incapacidades de o reter em locais a que pertenceram. Em relação a este último caso estou a recordar os painéis de azulejos alusivos a S. Francisco que estavam colocados no convento de S. Bernardino e que foram retirados e (re)colocados em Torres Vedras. A História da Azulejaria do Concelho de Peniche, nomeadamente a religiosa, estará toda por fazer. Embora existam referências meritórias na obra de Mariano Calado relativas ao imenso património que por aqui abunda, seria de esperar que alguém se dedicasse com saber e tempo a esse estudo.

Por descargo de consciência publico aqui algumas fotos de azulejos que uma passeio rápido na cidade proporcionam, a quem se der ao trabalho de olhar.
















 

terça-feira, maio 24, 2016


O SANTUÁRIO DE Nª SRª DOS REMÉDIOS

Para recolher documentação para um post que tinha intenção de fazer aqui, fui hoje ao Largo do Santuário e à Igreja do mesmo nome.

Ao olhar para o estado de degradação a que chegaram os edifícios do antigo Colégio, não pude deixar de sentir uma enorme desolação. Já falta pouco para todo aquele conjunto entrar em estado irremediavelmente perdido. O que ali está a acontecer deveria envergonhar os seus proprietários.  Não tenho palavras que o descrevam.

Dir-me-ão que deveria haver intervenção de alguém ou alguma entidade ligada ao património. Talvez em última instância isso seja verdade. Mas se a Igreja não consegue cuidar do seu património, que o entregue a quem o possa preservar.

Afinal aquele espaço pode ser uma estância de turismo de 1ª qualidade.

Mas não fica por aqui a responsabilidade da Igreja e dos seus responsáveis. Entrando no Santuário o estado de degradação que alguns painéis de azulejos já atingiram é um pecado capital contra os responsáveis pela sua destruição.

Deixo-vos algumas fotos que o ilustram. Antes isso que eu continuar a escrever e dizer ainda alguma coisa de que me venha a arrepender.




   

segunda-feira, maio 23, 2016


À GUISA DE EXPLICAÇÃO

No meu baú fui encontrar este texto que não resisto a (re)publicar. Nos tempos que correm dói ter que ler coisas destas, mas é fundamental não nos esquecermos delas.

 

Quando recebo no email pedidos para retransmitir apelos ou quejandos, apago e sigo em frente. Desta vez parei e li. E depois de muito pensar decidi publicar esta carta. Acho-a muito bem escrita. Não sei quem a escreveu (apesar de dizer de quem é), mas salvo um ou outro aspecto que considero demagógico, penso ser um documento que bate no essencial. Porque raio de razão se consideram os criminosos dignos de uma cadeia de solidariedade em nome dos direitos humanos e hão-de ser as suas vítimas que recebem o rótulo de hostis e prevaricadores.

Mas são os média os principais promotores desta inversão de valores. Que jornalistas estagiários se empenhem na notícia eu compreendo. Mas o Editor ou o chefe de redacção têm o dever de separar as águas. Ou então não se admirem que a seguir sejam eles próprios a notícia.

Assunto: Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1

 

 De mãe para mãe...

Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.

Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc...

Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar.
Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusivé aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família.

Se você ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família.

No próximo domingo,  enquanto você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores...

Ah! Já me ia esquecia: Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar
-me quais "os meus direitos". 

 

sábado, maio 21, 2016

A PROPÓSITO DE ANIMAIS
Para cães que sabem ler...
Para cães de caganeira...


sexta-feira, maio 20, 2016


A CÃOZIFICACÃO DE PORTUGAL

A Assembleia da República entrou em modo de loucura. Salvé cães, gatos e quejandos. A Lei Portuguesa está convosco.

Faltam no entanto alguns passos decisivos:

- A Criação de um Serviço Nacional de Saúde para animais;

- Uma rede de cuidados continuados particularmente para animais vitimas de pulgas, carraças e percevejos, espalhada por todo o país;

- A Santa Casa da Misericórdia dos animais para distribuir comida aos mais carenciados;

- Escolas privadas e públicas para animais sendo que serão os seus legítimos representantes a escolher a opção desejada, cabendo ao Estado o seu suporte financeiro;

- Apoio na aplicação de próteses aos animais que pela sua provecta idade, ou por acidente provocado por motoristas descuidados, deles necessitem;

 

Ser cão (ou gato ou urso ou macaco ou pulga ou leão ou elefante) não é algo que se escolha. Mas é algo com que se tem que viver para o resto da vida. Andam bem os senhores deputados em apoiar de forma firme e denodada a família animal.
Afinal de contas quem apoiaria os árbitros quando a população leonina os apelida de camelos?

 

Desde que me conheço que em minha casa sempre existiram cães e gatos que tinham liberdade para dormir em casa, nesta se alimentarem e descansarem tipo SPA. Cagar é que não. Cagavam na rua em liberdade, como eu próprio o faço no Alto da Vela.

Hoje tem chip, tem coleira, tem papelinho para limpar a merda, tem vacinas e tem passeios na rua devidamente controlados. Só que já não tem cão.

NUNCA MAIS NA VIDA quero um cão ou gato em minha casa. E no dia em que começarem a incomodar-me com os passarinhos, abro a porta ao papagaio e ao canário e eles que vão morar para a Assembleia da República.

Odeio os protectores de animais que se recusam a ver as crianças que passam fome. Que não têm acesso ao SNS. Que são condenados na escola a serem “burros” sem que alguma lei os proteja.

 

Sou eu com certeza que estou errado.  Mas antes errar nisto que me sentir completamente anormal.

quarta-feira, maio 18, 2016


MULHER DA VIDA

“As línguas, meus caros, são umas bastardas.

Reparem: o português julga que vem do latim, essa língua imperial, mas nem sempre se lembra que o latim era outro: não o latim dos intelectuais romanos, mas a língua do padeiro. E do ferreiro. E da mulher da vida. E do soldado.”


Respinguei do Blog “Certas Palavras” do estudioso da Língua Portuguesa Marco Neves este pedaço de escrita.

Curto ler o Marco porque ele não puxa galões para si próprio. Não é rebuscado nem “doutoral”. E o que diz cai como bombas na minha cabeça deixando-me atordoado. Se me fosse possível recomendaria aos que me acompanham a leitura deste Blog porque encontram encantos nesta pátria que é a nossa língua, motivos suficientes para se sentirem felizes com o que dizemos e ouvimos.

 

À frente. Vem isto a propósito da expressão que ele utiliza para definir “prostituta”, que designa por “mulher da vida”. Presumo que no contexto em que a expressão surge a referência seria a de “mulher de má vida”: Embora que também aqui seja uma expressão muito pouco real. Até correm várias histórias no anedotário nacional sobre aquela expressão.

Agora “mulher da vida” era a minha mãe que foi formadora na área de costurar da tua avó, meu caro Marco. A minha mãe esforçou-se e trabalhou que nem uma danadinha para dar expressão de dignidade à educação dos seus filhos. Mulher da vida foi a minha avó. Uma autêntica força da natureza. Mulheres da vida serão tantas e tentas que em terras de mar ou de campo, nas cidades ou nas aldeias construíram mundos de Amor. Eu que sou um apaixonado pela tua avó Leonor há muitos e muitos anos, não posso senão discordar do contexto em que a expressão mulher da vida é utilizada.

Em tudo o resto, bem hajas caro Marco por existires. Por seres de Peniche. Por seres filho e neto de quem és. Por teres as mulheres que tens na tua vida. E já agora os homens que tens, já que é sabido que atrás de uma grande mulher está sempre um grande homem.

 

 

terça-feira, maio 17, 2016


EU FUI À FESTA DOS ÚLTIMOS

No Domingo à noite decidi ser do contra mais uma vez. Os outros ganharam e eu fui à festa dos vencidos ao estádio que melhor representa os perdedores: o José Alvalade.

Isto terá a ver com alguns dos princípios que adquiri de pequeno;

- Os últimos são os primeiros (acto de fé da minha cultura judaico-cristã)
- O 2º é sempre o primeiro dos últimos (cultura do campo da torre)

- Saber como festejam os perdedores (principio Universal para saber viver em Paz)

 

Estavam lá muito poucos. Mas mesmo assim houve de tudo. Gritos. Algumas chapadas. E ódio suficiente para aliviar a tensão.

Não me venham com histórias. As picardias daquela gente foram o sal e a pimenta necessários para o Bacalhau com natas que foi este último campeonato nacional de futebol, mais conhecido por 35.

 

Não merece a pena termos ilusões. Um nunca foi capaz de se governar a si próprio. O outro cospe no prato de sopa que o alimentou durante 6 anos. O outro ainda não passa de um “sem-abrigo” que vai perdendo acolhimento por onde passa.

 

É um grupo heterogéneo que vale pelo seu conjunto e por passarem o tempo a enganarem-se uns aos outros e aqueles que neles confiam. Chamemos a esta gente o “Grupo dos Vencidos da Vida” do séc. XXI. Valem por ser um grupo que se irmanou num único objectivo, estragar o que já não prestava.

 

Que o futuro permita que não se separem e não saiam de onde estão.

Gostei da festinha deles.  

segunda-feira, maio 16, 2016

PÊXE SECO
Vão lá os dias em que o peixe determinava a vida dos habitantes do Concelho de Peniche. Abundavam o chicharro, a sardinha e o carapau. Abundavam a chaputa e a raia. A abundância de peixe e o sol de Peniche permitiam a secagem de várias espécies   que constituíam refeições garantidas em tempos em que os frigoríficos eram luxo e um petisco sempre garantido para as tardes de domingo depois dos jogos do Peniche, nas tabernas em que as contas dos dinheiros “por fora” das pescas eram acertadas.

Peixe seco cozido com batatas e cebolas ainda irão entrar nos cardápios como refeições gourmets, elaboradas por chefs de renome internacional, tal como entraram os carapaus de escabeche ou “alimados” de boa memória.

Em memória dos velhos e velhas desse tempo que fizeram dos meus dias um manancial de livros de saber que merecem ser recordados, aqui vai esta foto do h. blayer e este pobre mas emotivo texto.

 

sábado, maio 14, 2016

MULHER PREVENIDA...
A Genoveva, rapariga bem (da linha, por sinal), estava nervosíssima com os preparativos do casório.
Entra a Tia Filipa Gentefina de Vasconcelos que, ao vê-la naquele estado lhe perguntou, de imediato, o motivo de tanta preocupaçao.
- Ai, Genoveva! Você 'tá tao down. Mas afinal o que é se passa ?
- Oh Tia, 'tou uma pilha!.. Eu 'tou enervadérrima, sei lá...
- Mas, oh Genoveva isso é naturalíssimo com o casamento...
- Oh Tia, você nem imagina !... ...o mundo vai-me desabar em cima... Veja lá que caso amanhã e, justamente quando preciso mais do meu corpinho, 'tou com o período... Nem sei que faço! 'Tou mesmo uma pilha...
- Mas, oh Genoveva, tenha calma, nao se enerve que eu falo com o Bernardo.
Ele é um rapaz 'tao bem... Ele é um querido - de certeza que vai entender.
- Oh Tia Filipa, você faz isso?
- Olhe, vou já ter com ele.
A Tia Filipa visita o Bernardo e expoe a situação:
- Bernardo, como 'tá, meu querido ?
- Oh Tia, 'tou bem. A que se deve esta visita ?
- Olhe: eu nem sei como é qu'eu hei-de começar... ...é q'a
Genoveva 'tá enervadérrima porque, justamente agora com a noite de núpcias e isso, 'tá a atravessar aqueles dias do mês que todas as mulheres têm, 'tá a ver?
- O quê 'tá com o período?
Mas, oh Tia, isso é uma coisa normal da vida das mulheres e não constitui um problema, até porque o amor q'eu nutro pela Genoveva é um amor essencialmente platónico.
- Oh Bernardo, você é um querido, você é benzérrimo.
Obrigadinho, vou já a correr a contar à Genoveva qu'ela 'tá uma neura.
Meia-hora depois:
- Olá Genoveva! Acalme-se rapariga !
- Entao, Tia Filipa? Conte-me q'eu nao aguento mais!
- Oh Genoveva, eu nao lhe disse que o Bernardo era um querido, q'ele era benzérrimo e q'ia compreender ? Olhe, falei com ele e ele disse que não havia problema nenhum e que o amor que sente por si até é essencialmente platónico...
- Ai mas que bem! Mas, oh Tia Filipa, o que é que é um amor platónico?
- Oh Genoveva, eu também não sei mas, pelo sim pelo não, vá preparando o rabinho


sexta-feira, maio 13, 2016


6ª FEIRA 13

O Brasil consumou o que nunca esperássemos ser verdade. Um País de opereta. Em que alguém com 1% dos votos nas últimas presidenciais e um processo de corrupção que o inibe de ser candidato a cargos públicos durante 8 anos, acaba a substituir a Presidente Dilma por esta que não é corrupta ter sofrido um processo de impedimento movimentado pelos engravatados brancos brasileiros. Os sem terra que se lixem…

 

Aqui sabido como é que os colégios particulares são um negócio de milhões em que alguns proprietários vivem do dinheiro dos contribuintes, misturando Igreja e vigarice, deturpam-se estes factos e mistura-se tudo para fazer destes saca-euros, miseráveis vítimas. Toda a gente tem direito a ter a melhor vivenda do mundo, mas que a pague. Toda a gente tem direito a ter um Ferrari, mas que o pague. Toda a gente tem direito a estudar na Suíça, mas que pague esse benefício. O resto são tretas do palhaço “tirica”.

 

Parece que o Sol agora fica desorientado sempre que há uma peregrinação a Fátima em Maio. Valha-nos a Nossa senhora da Nazaré.

 

Estou doente. Sinto-me infeliz.

Tenho de ir à Bruxa.

 

terça-feira, maio 10, 2016


O DIA QUE EU NÃO COMEMORO

Definitivamente não comemoro o DIA DA EUROPA.

Qual Europa? A da senhora Alemã e do seu Minstro das Finanças? A Europa que hostiliza e humilha a Grécia e Portugal? A Europa que destruiu um Muro em Berlim e construiu dezenas deles em sua substituição?

A Europa que distingue os Países do Norte como países de gente laboriosa e productiva e os Países do Sul como inaptos, lascivos e incapazes?

Que Europa existe hoje? Se é uma Europa sem fronteiras saúdo-o. Mas se só não existem fronteiras para os seus e para as outras etnias, religiões ou pensamentos diversos, a Europa fecha-se e torna-se xenófoba e déspota.

42 anos depois nunca pensei ver a Europa tão longe de mim.  

sábado, maio 07, 2016


TRATAMENTOS DE BELEZA
Um homem resolve fazer plástica no rosto em função do seu aniversário.
Ele gasta $5000 e se sente muito bem com o resultado.
No caminho para casa ele para em uma banca e compra um jornal. Antes de ir embora ele diz ao jornaleiro:
- "Desculpe por perguntar mas, quantos anos voçê acha que eu tenho?"
- "Mais ou menos 35" foi a resposta.
- "De facto eu tenho 47", responde o homem, sentindo-se verdadeiramente feliz.
Depois disso, ele vai ao McDonalds almoçar faz a mesma pergunta ao balconista, que responde:
- "Ah, voce aparenta uns 29".
- "De facto eu tenho 47".
Isso o faz  sentir realmente bem.
Enquanto estava no ponto de onibus, ele repete a pergunta a uma velha senhora. Ela responde:
- "Eu tenho 85 anos e minha visão ja não e mais a mesma. Mas quando eu era jovem, havia uma maneira infalivel de dizer a idade de um homem. Se eu puser minha mão dentro de suas calças e brincar com suas bolas por dez minutos, serei capaz de dizer sua idade exata."
Como não havia ninguém por perto, o homem pensou que nao haveria mal nenhum e deixou-a escorregar a mão para dentro de suas calças. Dez minutos depois a velha senhora disse:
- "Ok, esta feito. Você tem 47."
Espantado o homem disse:
- "Isso foi brilhante! Como fez isso?"
A velha senhora respondeu:
- "Eu estava atrás de voçê no McDonalds."

sexta-feira, maio 06, 2016


A MINHA ESCOLA

Quando um governo decide impor “moralidade” no funcionamento do ensino privado, “aqui-d’el-rei-peixe-frito” que estão a querer impedir o ensino privado e o direito a frequentá-lo.

ISTO É MENTIRA.

Ninguém impede o ensino privado de funcionar por uma das 2 seguintes respostas:

 

- Quando e ensino público não tem resposta na sua área de influência, surgindo então os designados contratos de associação. Ou:

- Quando um grupo de pais quer uma resposta mais específica para o ensino dos seus filhos, quer do ponto de vista religioso (ou sem ele), quer do ponto de vista técnico cientifico, e então. Estabelecem parâmetros que correspondam à sua admissão naquele estabelecimento de ensino. Escolhem os professores que mais desejam para os seus filhos, o tipo de actividades, e os currículos que lhes oferecem mais garantias no futuro.

 

É claro que no 1º caso os alunos não poderão ser penalizados economicamente por aquilo que o Estado deveria dar mas não dá, e no 2º caso, verificada a adequação dos currículos, o Estado não pode nem deve opção pode nem deve opor-se ao seu funcionamento e os pais pagarão o luxo de ter uma escola onde queiram os seus filhos. Serão os pais que pagam e que serão responsabilizados pela educação dos seus filhos.

 

Esta questão que opõe escolas privadas contra o Estado é de todo uma falsa questão. O que os privados em alguns casos querem é encher as algibeiras à conta dos contribuintes. Que sentido faz eu estar a pagar uma escola confessional num local em que o ensino público tem a resposta que deve ter?

 

Nenhum de nós de Peniche esquece o triste exemplo que foi a desgovernação de uma escola privada por um gestor megalómano, que tudo fez para construir um reino só seu.

Quantos destes gestores não proliferam por esse país?

 

RECUSO-ME A PAGAR ESCOLAS PRIVADAS SE AS PÚBLICAS DEREM COBERTURA AO SEU PÚBLICO ALVO.

Sou a favor das escolas privadas se os paizinhos e as mãezinhas ricas dos meninos as pagarem.

 

  

quinta-feira, maio 05, 2016


QUANDO SE CHEGA A VELHO PERDE-SE A PACIÊNCIA

Para tudo. Para a falta de saúde. Para a falta de dinheiro. Para ler certas coisas (entre as quais eu próprio me incluo). Para ouvir certa gente.

Num afã verdadeiramente meteórico tem vindo a senhora dona que dizem ser a actual proprietária do CDS a falar de tudo e a propor tudo e mais alguma coisa. Os analistas dizem que é para se demarcar dos laranjas.

Ela propõe e propões como se não tivesse acabado de sair agora do Governo. Então onde estavam todas estas propostas quando a dona era ministra e o CDS era Governo?

Maldita seja! Malditos sejam os hipócritas! Malditos todos os que pretendem fazer de mim estúpido e tolo.

Que a terra lhes seja pesada.

segunda-feira, maio 02, 2016


VIVA O 1º DE MAIO

Não faço com este grito nenhum regresso ao passado. Recordo só que se celebra o dia da Mãe e do Pai e dos Avós, se comemoramos o dia da Pátria da Ressureição dos Mortos e Ano Novo e da Paz, celebrar o dia de quem trabalha e que com o seu trabalho permite que os povos possam tornar-se economicamente viáveis, celebrar quem com o seu trabalho permite apoiar idosos, sustentar Hospitais, permitir a existência de Escolas, de Reformas, de apoios às crianças, quem tudo isto alimenta merece no mínimo a nossa homenagem.

É isso o dia 1º De Maio, Dia do Trabalhador.

O chico espertismo em Portugal, fazendo de todos nós estúpidos, contornou em período de crise esse emblema e abrindo hipermercados com preços enlouquecedores para os que têm dificuldades, levou trabalhadores a romperem com os seus valores e os consumidores a “cagarem” em colegas trabalhadores por assim poderem comprar mais barato. Esta é uma das tentações de Cristo no Deserto quando o Demo lhe oferece todas as riquezas do Mundo.

É assim Jerónimo Martins a preparar-se para sacar o mais que poder em Portugal e depositar na Holanda. São assim os Belmiros Azevedos deste mundo. E apesar do apelo do Papa Francisco para que se respeitem os trabalhadores e o seu trabalho, para eles isso só é importante se servir para lhes encher algibeiras.

Os Pingo Doce e os Continentes deste Mundo não verão desde que eu possa evitar a cor do meu dinheiro. E sempre que os vir a assistir à missa mais crescerá em mim esta firme convicção de que Deus não existe.
Sofrem as crianças mortas ao chegar à praia e eles cada vez mais ricos. Quem é que no seu juízo perfeito pode acreditar em Deus?