segunda-feira, fevereiro 29, 2016


ROTEIRO PELO DISTRITO DE LEIRIA

A leitura do jornal local (A Voz do Mar), transporta-me sempre à realidade de Peniche, à sua indigência permanente e do Distrito que lhe coube em sorte.

Não é um problema cultural, económico ou político. É global e tudo indica de longa duração. Hoje mesmo o “Jornal de Notícias” publica um estudo com um título ameaçador e tremendo para Peniche: “Falta de sardinha ameaça parar pesca por 10 anos”.

Entretanto no passado dia 15 os deputados eleitos do PSD para a legislatura corrente visitam num périplo os concelhos do Sul do Distrito, Bombarral, Óbidos, Peniche e Caldas da Rainha. Afirmação de Teresa Morais cabeça de Lista é a de que “os deputados do PSD não visitam só a região quando há eleições e a prova disso é que estão em Peniche, cumprindo uma jornada de trabalho, para conhecer as boas práticas, contactar escolas, instituições e conhecer os problemas e as dificuldades”.

 

Como prova disto mesmo em Peniche os deputados visitaram uma empresa local que se dedica à produção de pranchas de surf. E por aqui se ficaram. Ao fim de 4 anos de criação da maior onda de miséria que a região e particularmente o Concelho de Peniche conheceram, o foco dos deputados eleitos do Distrito de Leiria é uma empresa de surf, por mais meritória que o seja. Qual pesca, qual agricultura, quais escolas… Eu percebo. 4 Concelhos para um dia é muita fruta. E depois podem contar sempre com a capacidade de esquecimento deste bom povo. E a sua apetência por SM.

Assim se vê a capacidade do PSD para enfrentar os desastre económicos e sociais que criou. Adorava que Deus existisse.

 

PS: Ao contrário de muita gente apelido de extremamente útil o trabalho que Luísa Inês tem vindo a desenvolver in “A Voz do Mar”. Num próximo futuro será impossível fazer a história de Peniche sem irmos ao arquivo do jornal e recolher muitas das suas reportagens. Que se cuidem os intérpretes dessas histórias. A notoriedade do presente em muitos casos, converte-se na condenação no futuro.   

sábado, fevereiro 27, 2016


UM INCRÍVEL EXEMPLO DE VIDA

São histórias assim que nos dão animo para viver !!!!! 


Quase ao final da prática dominical o sacerdote perguntou aos fieis, na igreja:  


"- Quantos de vocês conseguiram perdoar seus inimigos?" 
A maioria levantou a mão. 


O sacerdote voltou a repetir a mesma pergunta e então todos levantaram a mão menos uma pequena e frágil velhinha. 

"- Senhora Maria? A senhora não está disposta a perdoar os seus inimigos?"
 

"- Eu não tenho inimigos!"
respondeu ela, docemente.


"- Senhora maria, isto é muito raro!" 
disse o sacerdote, e perguntou: 

"- Quantos anos tem a senhora?"
 
E ela respondeu: 


"- 98 anos!"  

Os  presentes na igreja levantaram-se e aplaudiram a idosa, entusiasticamente. 

"- Doce senhora maria, conte-nos como se vive 98 anos e não se tem inimigos?"
 
A doce e angelical velhinha se dirige ao altar e diz em tom solene, olhando para o público emocionado: 


"- Já morreram todos, aqueles filhos da puta!"

 

quinta-feira, fevereiro 25, 2016


O SILÊNCIO DA CIDADE DE PENICHE

Percorremos as tuas ruas e vivemos o descalabro em que caíste. Sucedem-se os espaços vazios e os que se encerram sobre descalabros financeiros sucessivos. Em tempos numa rocha colocada estrategicamente a emoldurar uma rua, lia-se mais ou menos isto: “O progresso de Peniche é o resultado do labor dos seus pescadores.” Acabados os pescadores, o progresso parece desvanecer-se.

Parece que definitivamente nos voltamos para o Turismo e serviços. Isto tem um preço difícil de pagar e a que assistimos todos os dias. Longe vai o tempo em que Peniche era uma terra que não dormia. O labor de mais de uma centena de barcos da pesca do cerco e o transporte de milhares de quilos de peixe para as fábricas e para a distribuição em todo o país, enchia os nossos olhos e ouvidos de espanto e maravilha.

O Turismo, ainda uma indústria sazonal e muito fechada em áreas especificas está longe de trazer o labor sem horas com que a pesca nos brindava. Os serviços muito específicos e sem impacto financeiro dada a situação de crise em que todo o país vive não faz reviver a multiplicidade de actividades que outros tempos já viveram.

A cidade de Peniche neste período de invernia tem dias em que mais parece uma cidade fantasma.

Não falo já de uma actividade cultural e/ou recreativa digna de registo. Neste campo somos o que fomos e, para além do “facebook” uma vivência a raiar a cusquice, pouco consegue animar as hostes.

Vivem hoje pequenos grupos de uma relação muito agregadora em torno de projectos comunitários muito próprios. É a Casa do Benfica, é p Vila Maria, são os bares da Ribeira velha, ou uma ou outra convivência mais intima ainda sobre grupos musicais sem expressão, ou encontros de fim-de-semana mais minoritários ainda.

Sobre actividades políticas ou de associações sectoriais a que assistimos o resultado é cada vez mais indigente, pois servem exclusivamente interesses pessoais egoístas e de ascensão individual. 

O silêncio de Peniche tornou-se uma imensa gritaria que ensurdece os poucos que ouvem. 

segunda-feira, fevereiro 22, 2016


O AQUÁRIO

Não conheço as condições em que a CMP cedeu terreno público na Praça Jacob R. Pereira para a instalação de uma esplanada no edifício das arcadas, que mais tarde se acabou por converter numa extensão do terreno do prédio em que está inserida.

Mas sei que quem de direito deveria por os assistentes jurídicos a estudar o assunto, para verificar se o encerramento temporário daquela pastelaria permite a devolução do terreno público aos munícipes.

Ninguém duvida que o que foi feito atenta contra o bom senso. E que só é possível em Peniche. Que põe em perigo os transeuntes quando se deslocam naquele passeio.

Que coloca uma situação de desfavor e/ou de manifesto favorecimento de um arrendatário em relação a outro. Porque razão a pastelaria deverá ter o seu espaço ampliado se o mesmo não acontece em relação à loja de modas situada ao lado.

O que é certo é que em Peniche é usual uns comerem os figos. A outros rebentam-lhes os beiços.

sábado, fevereiro 20, 2016

VIDA DE PULGA
Duas PULGAS se encontram um dia, uma delas com uma tosse que não tinha tamanho..
- "*COF* *COF*" falou a primeira
- "O que foi?" - perguntou a outra
- "*COF* passei o dia todo *COF* no bigode *COF* de um motoqueiro *COF*"
- "Você é maluca?, faca que nem eu, procure um lugar quentinho, se possivel, procure uma garota, e fique naquele lugarzinho..."
Assim, as duas se encontram no dia seguinte, a tosse da primeira tinha crescido geometricamente.
- "*COF COF COF*" falou a primeira
- "PO!, não te falei ontem o que você devia ter feito?" - perguntou a segunda
- "*COF COF COF* eu *COF* fiz, *COF*, procurei uma garota, *COF* fiquei naquele lugarzinho, *COF*, quentinho, húmido *COF*...."
- "E dai?" - pergunta a outra
- "Bem *COF*, o lugar estava *COF* tão bom que *COF* eu dormi *COF*"
- "Sim?" - a outra morrendo de curiosidade
- "*COF* quando *COF* acordei, eu *COF COF COF* estava de novo no bigode do maldito *COF* motoqueiro."


quinta-feira, fevereiro 18, 2016


ESTAMOS A SER UTILIZADOS

A rapidez com que a notícia se espalha está a impedir uma análise minimamente cuidada da própria notícia. Dei por isso com enorme pesar perante os recentes acontecimentos com uma mãe que foi retirada do Tejo e que aparentemente terá levado com ela para o rio 2 filhas de tenra idade.

Numa 1ª reacção sentimo-nos apiedados da triste mãe, vítima de maus tratos e que se terá passado da cabeça porque alguém abusador terá tentado também abusar das meninas.

Os dias foram passando e sem sabermos muito mais começamos a ter dúvidas sobre as nossas suspeitas. Ao fim da tarde de hoje a PJ acaba por deter a mãe das meninas por suspeita de tentativa de homicídio das 2 meninas.

E assim vamos mudando de alvo da nossa ira consoante a informação que colhemos se vai aprofundando. E tornamo-nos nós próprios cúmplices de erros e calúnias, embora que induzidos por uma imprensa leviana e mórbida que para vender notícias perde o sentido da deontologia e da sobriedade informativa.

Somos filhos da pressa e de um mundo em ebulição.

E temos de passar a ser nós próprios guardiões do bom-senso. O que torna tudo mais difícil.  

segunda-feira, fevereiro 15, 2016


SPOTLIGHT

Existem filmes que são obras de arte. Pela sua beleza estética. Pela direcção de actores. Pelo argumento que servem. Pelo conjunto de questões que abordam e que questionam o papel do espectador como pessoa.

Este filme (SPOTLIGHT) é tudo isso e muito mais. È o que um homem (um grupo de homens) tem de trabalhar para conseguir atingir as franjas do poder. E como o poder é frágil, esboroa-se ao primeiro contacto com quem não o teme e nada lhe deve.

 

Ao poder para que se torne aceite interessa-lhe que exista uma área cinzenta. O preto e o branco dividem. O cinzento admite que as nuances se evidenciem. Nada é exactamente o que parece. A crueldade está em forçar a aceitação pelos outros daquilo que sabemos que os repugnaria não fora o cinzento. E à medida que os anos do exercício do poder se prolongam, mais a mancha de cinzento se alonga, retirando espaço ao preto e ao branco.

 

Vem isto a propósito das insinuações que se ouvem no nosso concelho sobre alegadas vendas de terrenos pouco transparentes por parte do executivo municipal, favorecendo alguns empreendedores. Não sei, se calhar não sabe ninguém, que fundo de verdade têm estas insinuações. Acredito isso sim que tenha havido nos casos que se enunciam o mesmo grau de transparência que houve noutras situações. Só que, existem casos mais sensíveis que deveriam ser abordados de forma mais explícita. Só isto e nada mais.

Porque se alguém tem dúvidas acrescidas, tem meios ao seu dispor através do Ministério da titela para esclarecer as suas interrogações.

A não ser que, como se aproximam as eleições autárquicas, seja altura de por a circular alguns boatos, com o propósito de conseguir de forma pouco clara, o que não se consegue pela discussão de ideias e de projectos.     

sábado, fevereiro 13, 2016


ASSÉDIO SEXUAL

 

Um homem passa pela sua colega de escritório e diz-lhe que o
cabelo dela cheira muito bem.
A colega vai imediatamente ao gabinete do chefe e diz-lhe que
quer fazer queixa dum colega por assédio sexual.
O Chefe admirado pergunta-lhe:
-Mas, afinal, qual é o mal de um colega lhe dizer que o seu
cabelo cheira bem?
-Chefe !!! ... Ele é anão.

quinta-feira, fevereiro 11, 2016


O NOME DE DEUS É MISERICÓRDIA

Recordo claramente o Deus dos meus primeiros anos de vida. Era um Deus castigador. Furibundo. Tudo o punha mal disposto. Ameaçador. Vivia-se num mundo de pecado a que as crianças não escapavam. Aliás, as crianças eram muitas vezes a raiz do pecado e urgia castiga-las. Havia um mundo subterrâneo e sinistro onde imperavam Demónios e os seus agentes. Bruxedos e feitiçarias eram o seu alimento. Mais uma vez as crianças e as mulheres eram o seu húmus. À volta de tudo isto havia uma Igreja Imperial e doutrinária que apoiava, defendia e incentivava este modelo de Deus. Era os restos de uma Igreja Inquisitorial que sentia o seu terreno a esboroar-se e ela própria vitima se tornou vítima dos medos que semeou.  

À medida que os anos foram passando e o meu intelecto se foi desenvolvendo ficou sem espaço para anátemas e medos. Era uma época de descoberta que se adivinhava, onde tudo o que diminuísse a capacidade humana de se libertar não tinha lugar. O fim da II Guerra Mundial, a revolta dos estudantes em Paris, a queda do Muro de Berlim, o fim do Império Soviético e outros Ipirangas que se foram ouvindo e acontecendo roubaram lugar ao mundo do oculto e deram primazia a sonhos e à esperança. Foi aqui que nasceu e foi germinando um novo Deus feito de Amor e de Misericórdia de que o actual Chefe da Igreja é o seu expoente máximo.

É que os sinais de ódio são tantos e desenvolvem-se de tanta maneira que só o amor os pode extinguir. Aqui bebeu e se foi tonificando a nova mensagem da Igreja. Que infelizmente demora a espalhar-se. A misericórdia contém perdão e e carinho. Contém alegria e Paz.

Não são fáceis os caminhos do perdão.

terça-feira, fevereiro 09, 2016

AINDA A CRISE


Mais 2 bancos em risco de colapso





segunda-feira, fevereiro 08, 2016


DIAGNÓSTICOS…

 

Um médico, em Dublin, queria descansar e ir pescar. Então aproximou-se do seu assistente e disse-lhe:


- Murphy, amanhã vou pescar e não quero fechar a clínica. Acha que consegue cuidar dela e de todos os pacientes?


- Sim, senhor! - Respondeu Murphy.
O médico foi pescar e voltou no dia seguinte.


- Então, Murphy, como correu o dia?


- Cuidei de três pacientes. O primeiro tinha uma dor de cabeça e, então, eu dei-lhe paracetamol.
- Bravo, meu rapaz.


- E o segundo? - Perguntou o médico.


- O segundo teve indigestão e eu dei-lhe Guronsan- informou Murphy.


- Bravo, bravo! Você é bom nisso... E o terceiro? - Perguntou o médico.


- Bom, doutor, eu estava sentado aqui e, de repente, abriu-se a porta e entrou uma linda mulher. Ela arrancou a roupa, despiu tudo, incluindo o sutiã e as cuequinhas. Depois deitou-se sobre a marquesa, abriu as pernas e gritou: «AJUDE-ME, pelo amor de Deus! Há cinco anos que eu não vejo um homem!''


- Nossa Senhora, Murphy, o que é que você fez? - perguntou o médico.


- Eu pus-lhe gotas nos olhos, doutor!

 

sábado, fevereiro 06, 2016

in MEMORIAM
Eu estou velho. E farto de tanto orçamento. Mas o meu consolo é que eles envelheceram comigo. Ou pensavam que era só eu...










quarta-feira, fevereiro 03, 2016


QUAL ZICA QUAL QUÊ!? VIRUS ASSASSINOS SÃO A ECONOMIA, AS FINANÇAS, o DÉFICE E TODAS ESSAS TRETAS.

A gente liga a televisão ou o rádio, abre os jornais e só ouve, vê e lê as trapalhices da economia. O que é que a gente sabe?

Sabemos que nunca ouve uma desproporção tão grande entre ricos e pobres. 1% da população mundial tem tanto dinheiro como os 99% restantes.

Sabemos que sempre que um banco implode, são os contribuintes que são penalizados com mais impostos para cobrir o dinheiro que perderam em beneficio de uns quantos ladrões que nem impostos pagam.

Não sabemos para onde vão os lucros das grandes empresas ou dos grandes senhores do dinheiro, mas sabemos que quando estão atrapalhados nunca lhes ficam com as casas por não terem dificuldades financeiras.

Sabemos que nunca existiram tantos jornalistas conhecedores de assuntos económicos e tão capazes de dar opiniões sobre o que se devia ter feito e não se fez, mas nenhum deles é capaz de lançar uma empresa e se tornar uma referência no mundo dos negócios.

Sabemos que nunca existiram tantos economistas a opinar, mas também nunca houve tanto cidadão comum a não perceber nada de nada e a ficar em termos financeiros tão mal que todos os dias mais engrossa a fila para a sopa dos pobres.

Por favor CALEM-SE. Não “caguem mais postas de pescada”. Deixem-nos empobrecer em paz. Quem é rico não vos ouve. Quem é pobre não precisa de vos ouvir. Quem ainda está no limbo, precisa de estar com a cabeça descansada para ver se dá de comer aos seus.

 

segunda-feira, fevereiro 01, 2016


CRISTAS

O Galo tem crista. É o seu indicador visível de autoridade e poder. É-lhe inato. Galo que se quer a tomar conta de capoeira tem de ter crista. Depois tem também para se impor aquele vozeirão com que canta, remetendo as galinhas para um carcarejar subalterno e permanente.

O galo usa poleiro. Onde se exibe em toda a sua imponência. E onde sacode e agita aquela sua crista símbolo de autoridade e de exigente sexualidade.

 

Mas de que estamos a falar exactamente? Do galo? Não me parece. Eu cá acho que estamos a falar de política à Portuguesa. Mais propriamente da Assunção. Dita Cristas. Que meteoricamente entrou no CDS (exemplo acabado do PP), se assentou na cadeira que melhor lhe serviu e aguardou a queda do seu ídolo para lhe poder dar continuidade.

 

Sua Graça anda pelo país a fazer a sua apresentação. No Distrito de Leiria presumo que irá passar um tempo suplementar. Desde logo porque há 12 anos è cabeça de lista nste distrito onde caiu de paraquedas e sem se saber porquê. Tem uma divida de gratidão para com o Distrito de Leiria onde encontrou acolhimento quando poucos lhe reconheciam a existência. Depois porque só lhe reconhecemos a existência de 4 em 4 anos. E daqui partiu para a conquista do palco onde pretende exibir a “crista” e a sua determinação.

 

Por mim galo só no Natal e na Festa de Nª Sª da Boa Viagem como era no tempo da minha avó.