quarta-feira, janeiro 31, 2007

HISTÓRIAS DE COBARDIA

No tempo do “Peniche-Directo” foram muitas as lutas travadas para que aquele Jornal on-line sobrevivesse, enquanto os seus mentores o fossem capaz de aguentar. Sem subsídios e com muito raros apoios lá fomos levando o barco enquanto a força de braços o permitiu.
A nossa última luta foi contra a praga dos anónimos que tudo faziam para nos amedrontar. A história que vos vou contar é um desses episódios a que a defunta Alta Autoridade para a comunicação social deu cobertura.
Esta entidade sem curar saber se a pessoa que lhes escrevia tinha existência real ou não, deu cobertura ao cobarde que se escondeu no anonimato para nos tentar criar embaraços.
Percorremos cadernos eleitorais e outras bases de dados existentes no Concelho de Peniche e nunca encontrámos o “nojento”. Não existia, chegámos a essa conclusão.
Quanto à pretensa queixa acabou por morrer, após deliberação unânime da AA sobre a indevida acusação de que foi alvo o Peniche-Directo.
Por todo o simbolismo que encerra aqui vou transcrever para que conste todo o historial. E para que saibam todos os que através das mais diversas formas pretendam calar o que temos para dizer. Mais valerá errar do que ficarmos calados. Mordaças NUNCA MAIS!
Venham de onde vierem.
Aproveito para dedicar esta publicação ao meu Amigo Henrique Bertino. Ele entenderá porquê.









segunda-feira, janeiro 29, 2007

Meu caro amigo:


Do que você precisa, acima de tudo, é de não se lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que valem mais todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos, se eles forem meus, não seus. Se o criador o tivesse querido juntar a mim não teríamos talvez dois corpos ou duas cabeças também distintas. Os meus conselhos deviam servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição venha a pensar o mesmo que eu; mas nessa altura já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.


Agostinho da Silva
--------------------------------------------------------------------------------
Eu VOTO SIM à despenalização do aborto
--------------------------------------------------------------------------------

domingo, janeiro 28, 2007

SÃO NEGÓCIOS


Um amigo enviou-me um email, relatando uma situação ocorrida com um Banco também representado na praça de Peniche. Garantem-me ser verdadeira a ocorrência. Pela criatividade e presença de espírito relato-a aqui.


CARTA ABERTA AO BANCO X


Exmos Senhores Administradores do X



Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.


Funcionaria desta forma: todos os meses os senhores e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer produto adquirido (um pão, um remédio, uns litros de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.

Que tal?

Pois, ontem saí do meu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade.
A minha certeza deriva de um raciocínio simples.Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como, todo e qualquer outro serviço.Além disso, impõe-me taxas. Uma "taxa de acesso ao pão", outra "taxa por guardar pão quente" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.
Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco. Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobraram-me preços de mercado. Assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.
Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri. Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pão", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.
Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de conta". Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.


Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para gerir o "papagaio", alguns gerentes sem escrúpulos cobravam "por fora", o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos. Agora ao contrário de "por fora" temos muitos "por dentro".Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobraram-me uma taxa de 1 EUR.Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5 EUR "para a manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua".
A surpresa não acabou: descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quente".
Mas, os senhores são insaciáveis.A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer. Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações do v/. Banco.Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc, etc, etc. e que apesar de lamentarem muito e nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal. Sei disso.
Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados. Sei que são legais.Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.

-----------------------------------------------------------------------------

Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

-----------------------------------------------------------------------------

sábado, janeiro 27, 2007

REVIVALISMOS SEM COMPLEXOS


------------------------------------------------------------------------------

Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------

sexta-feira, janeiro 26, 2007

LEIRIA E O SEU DISTRITO (?)




Na passada 4ª Feira, 24 de Janeiro, publicou o DN um suplemento de 12 páginas sobre Leiria, que para os que não sabem é a capital do Distrito a que o concelho de Peniche parece que pertence.


Desfolhei atentamente esse caderno e nem uma palavra sobre a zona sul do Distrito. Desemprego, nada. Turismo, nada. Pesca, nada. Praias, nada.
É um grande e imenso nada.

Na visão estratégica da senhora Presidente da Câmara da cidade, nem uma palavra para um novo olhar para chamar a Leiria os habitantes do Distrito, como forma de relançar a sua importância e caminhar para um novo e mais influente pólo de desenvolvimento. Aquilo de que me pude aperceber é que Leiria não se revê no seu Distrito. Isto permite perceber melhor o sentimento de indiferença que também parece ter os dois sentidos dos habitantes aqui da zona, que ignoram soberanamente Leiria. Quer-se ir a Caldas. Vai-se a Torres. Deseja-se ir a Lisboa. Leiria é um frete inevitável, normalmente associado a questões da Segurança Social. E ponto final. Ha!!!!! E parece que existem uns subsídios que se caçam no Governo Civil. Para isso também lá se vai.

------------------------------------------------------------------------------------------------

Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------

quinta-feira, janeiro 25, 2007

AINDA O Bº DO CALVÁRIO


O que gostaria de partilhar convosco, é esta mistura de sentimentos que em mim se confundem quando olho para este bairro social. Carinho, ternura, frustração, angústia...


É o Bairro em que parte da família de minha mulher e de alguns amigos meus nasceu. É um Bairro que me habituei desde pequenino. A degradação é total. Interior e exteriormente. As casas hoje na sua maioria não têm condições de dignidade para nelas se habitar. Por outro lado não se cuida minimamente dele.


Quem passa por ele fica com uma sensação de vazio no estômago. E mesmo que não se entrem nas casas, ou que não se vejam os quintais, o que está à vista é demasiado degradante para podermos calar um grito de revolta.


Afinal os mais pobres de entre os pobres e a quem resta alguma ponta de dignidade, continuam a arrastar o seu "calvário".


Sabemos que a Câmara CDU, tem sensibilidade para esta situação. O seu Presidente e não só, destiguiram-se particularmente perante a população pelas suas preocupações sociais.


O Orçamento para 2007 não contempla uma acção séria para este Bairro. Que tal fazer uma rectificação orçamental?


Que tal fazer nascer o Natal desde já para aqueles que ali vivem? Aquele Bairro faz parte da identidade da Cidade de Peniche. Cuidem dele por favor.


Obrigado!



terça-feira, janeiro 23, 2007

ALGUMA POESIA

De vez em quando e quando me apetecer, vou deixar alguma poesia aqui. Se não tiver nome de autor é porque será minha (Deus permita que que seja muito pouca). Isto vai apetecer-me quando por razões que ninhuém sabe ( nem eu próprio), o género literário prosa me pareça demasiado para dizer o que quero.
I
O rectângulo come o rectângulo que sou
Porque sou um rectângulo
e não um quadrado ou um círculo?
Se isto tudo não fôr um sonho,
prefiro ser um ângulo
aberto para os outros fechado para mim.
Ou será o contrário?
Também isto agora já não importa
visto que sou um rectângulo
irremediavelmente fechado a 90º (que estopada!)
pelos quatro lados de mim...
E porquê outro rectângulo
a comer o rectângulo que sou?
Abaixo a fome!

------------------------------------------------------------------------------------------------

Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------

segunda-feira, janeiro 22, 2007

OLÁ BELMIRA!!!

Há pouco tempo (uns meses...) perguntei por ti ao Domingos. Nunca mais te vi, nunca mais tive notícias tuas. E eis que agora entras por minha casa adentro sem eu estar à espera.
Chamei a minha mulher e com a alegria dum menino a quem deram um chocolate, li-lhe o que escreveste. Se tu podesses imaginar a alegria que me deste ao dar noticías tuas.
E o que eu tinha para escrever hoje ficou para trás. Tu passaste a ser o centro do que hoje haveria de dizer. Imaginei uma prenda para te dar. Fazer um Blog cheio das recordações que guardámos daquele tempo? Nã! E fez-se luz no meu cérebro. Foi à cerca de 48 anos. No dia 10 de Junho de 1959. Às 16 00 horas...
O que segue é para ti... Com muita amizade. Com muito carinho. Vai dando noticías.




Na fotografia da esquerda para a direita: Saúl da Silva Batista (Simão Vaz); eu (Luiz de Camões); e Belmira Camarão (D. Catarina de Ataíde)

------------------------------------------------------------------------------------------------Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------























































domingo, janeiro 21, 2007


MAIS UM DOMINGO


Aos domingos a minha mulher não vai trabalhar. E normalmente tenho cá a minha filha. Aos domingos saímos mais tarde de casa. Vamos comprar o jornal ao Mário Bandeira (que não passe a publicidade, gratuita mas publicidade que ele e a Idalina merecem), e depois vamos à procura de uma esplanada de praia para tomar o café, ler o Jornal e de iPod, deixar passar as horas até irmos almoçar.
Hoje foi um domingo como os outros. Mas vi duas coisas que me chamaram especialmente a atenção. Normalmente vou até ao Baleal. Mas não vou à ilha de carro, que fique aqui clara esta minha rejeição.
A quantidade de ciclistas vestidos a rigor que hoje ultrapassei e com quem me cruzei, era inusitada. Alguns deles reconheci. E achei estranho... Alguns moram na Papôa, ou no caminho dos Remédios, ou em Vila Maria e andam a fazer exercício ao Domingo. Muitos têm a sua residência num círculo de 3 a 5 kms do local de trabalho. E deslocam-se diariamente de automóvel, entupindo as ruas da cidade. Ao domingo vestem aqueles trajes coloridos e impressionantes e vão passear até ao Baleal. Quem será o médico que aconselhou isto, para eu não ir lá...
Como não havia corrente eléctrica no Baleal, não havia café. (Quando será que a EDP começa a ser penalizada com estes imensos prejuízos que provoca na nossa indústria de Turismo?)
Não havia café no Baleal, viemos até ao Quebrado onde o vi. Vi e fotografei. A ternura do olhar do "Quiabá" encheu-me de Paz neste Domingo.

------------------------------------------------------------------------------------------------Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------

sábado, janeiro 20, 2007

A esperança existe...


No momento em que escrevo esta crónica a moda é o Apito Dourado e as tempestades por essa Europa fora. Refiro-me à moda que agora ocorre nos média e muito particularmente nas televisões. Parece-me que todos lamentam imenso não haver um só caso de um ventinho ciclónico ao menos. Se nós tivéssemos nem que fosse um só caso sempre tínhamos alguma coisa para abrir os telejornais. É espantoso como funciona a guerra das audiências.
Pretende-se ter mais telespectadores que os outros canais. Maior audiência representa mais publicidade, mais publicidade representa mais dinheiro, mais dinheiro representa maiores lucros, mesmo que isso se faça utilizando a dor alheia.

Contesta-se a ausência de valores esquecendo porventura que este incêndio foi ateado por quem deveria ser exemplar nas suas atitudes: - Os senhores deste mundo.
Contesta-se a formação cívica das gerações mais jovens, mas esquecemos que eles são produto das nossas omissões na transmissão dos valores culturais que constituem o nosso melhor e mais rico legado.
O morte de Sadam e a decapitação depois de mortos dos seus ministros é um exemplo claro do que quero dizer. Os genocídios em África e na Ásia são outro exemplo.
Quem já se esqueceu dos tempos em que os negros não podiam frequentar as mesmas Universidades dos brancos nos EUA. Pois! No país que pretende dar exemplos de democracia ao mundo.
Mas quem estiver atento a pequeninos nadas verificará que existe esperança no nosso futuro colectivo. Basta que nos deixemos surpreender pelo que à nossa volta vai acontecendo.
É comum passar pelas escolas primárias à hora de saída dos meninos e meninas e estarem dezenas de pais, irmãos e irmãs, avós, tios e tias, aguardando a saída das suas crianças para as conduzirem no regresso a casa. Tenho encontrado antigos colegas meus de escola que o fazem com um sorriso nos lábios. E conversamos sobre os nossos velhos tempos (das fugas à escola) em oposição a uma escola de hoje segura atractiva e sem palmatória.
Não é já estranho em lugares centrais da cidade, vermos pessoas com fatos de “ver-a-Deus” preparando-se para embarcar em modernos autocarros. Pessoas que conhecemos e que não são propriamente “burgueses” endinheirados. Muitas dessas pessoas são aposentados ou pensionistas. Vão a Lisboa ao Teatro. Vão ver os espectáculos do La Féria. E o Teatro que em tempos que já lá vão, para a maioria do povo de Peniche só podia ser o que era apresentado no circuito fechado das salas do Sr. Prior, hoje é uma forma de arte cultivada e admirada por todos ao mais alto nível.

Estes casos do dia a dia são referências de uma nova ideia que está a germinar e que irá florescer. Provavelmente são coisas insignificantes. Pequeninos nadas. São coisas que estão a acontecer à nossa volta e que nem sempre damos por elas. De facto o que dá nas vistas são aqueles grandes títulos relatando o que de mais torpe se revela na natureza humana.
Um sorriso não vende jornais. Uma criança que dá a mão ao seu avô para este atravessar a rua não é notícia. Mas acredito que poderão contribuir decisivamente para melhorar o mundo que nos rodeia.
------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu VOTO SIM à despenalização do aborto
------------------------------------------------------------------------------------------------

sexta-feira, janeiro 19, 2007

O TEMPO...

Que cura tantas vidas. Que as transforma. Que permite ultrapassar paixões, amores e ódios. Que altera as pessoas e os ideais. Recordo o muito que li sobre a Santa Inquisição e sobre o Mal odioso e obsceno que espalhou por toda essa Europa. Só que hoje o Santo Ofício está do lado dos que ontem arderam, com a mesma raiva e nojeira animal.
O tempo também atinge as nações e as terras. Algumas vezes permitindo beneficiá-las (raramente), outras vezes trazendo o caos e a desordem, aonde ontem era um oásis de Paz.
Permitam-me que vos ilustre o Tempo. A opinião, fica para quem a tiver e quizer descrever.


------------------------------------------------------------------------------------------------Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------

quarta-feira, janeiro 17, 2007

FINALMENTE


Após alguns anos de apatia (pelo menos para nós, habitantes de Peniche), iniciaram-se finalmente as obras na Igreja da Ajuda.

Mais uma vez não recebemos qualquer informação sobre o que se vai fazer, o prazo das obras, quem é a firma contratada, qual é a licença de obras atribuída.

O júbilo que temos por vermos satisfeita uma exigência legítima, é mais uma vez coarctado pela indiferença com todos nós, munícipes e paroquianos somos tratados. Abaixo de cão.

Salve-se ao menos o desejo de finalmente vermos aquele templo recuperado.

------------------------------------------------------------------------------------------------

Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------

terça-feira, janeiro 16, 2007

Ser de Peniche de Cima...

É saber que a Rua da Alegria é a maior Avenida do Mundo


É ter de forma gratuita a melhor máquina de lavar roupa que a última tecnologia de ponta permite, e utilizá-la

É fazer do Portão o melhor meio de comunicação social existente


É conseguir que cada rua seja um espelho da casa de cada um dos seus habitantes, sem poluição nem degradação



É ter no Quebrado a melhor estância termal do planeta



É apanhar banhos de sol sem toalha, corpo enrolado na areia e encostado à muralha

É no Bairro do Calvário ter uma referência familiar que o torna no “nosso Bairro” contra tudo e contra todos



É acompanhar todos os seus moradores à sua última morada

------------------------------------------------------------------------------------------------

Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------

segunda-feira, janeiro 15, 2007

As seitas

No final do século XX e neste início do século XXI, os meios de comunicação social referem-se muitas vezes a “seitas”, sempre que falam de pequenos grupos de fanáticos religiosos ou políticos.
Pessoalmente estou pouco de acordo com este conceito geral sobre o que são seitas. Para mim seitas são grupos de pessoas que pela sua atitude misto de “conspiração” e de “segredinhos” se tornam diferentes dos outros, não sendo atractiva a sua companhia e mesmo constituindo-se como células que não são acessíveis ao comum dos mortais.
Existem “seitas” nas escolas entre os alunos e às vezes mesmo entre os professores. Todos conhecemos aqueles “grupinhos” (normalmente de meninas) que se juntam entre si soltando risinhos e palavras estereotipadas, calando-se sempre que alguém se aproxima. Ou quando somos adultos e nos tornamos professores, grupos de colegas que se juntam (normalmente sempre à mesma mesa) trocando conversas mais ou menos sussurradas, tornando impossível a sociabilização entre pares e iguais. Isto o caso das escolas.
Se formos para os partidos políticos ainda é pior. Normalmente grupinhos de 3 a 6 pessoas constituem um mundo à parte dentro do próprio partido mesmo para os seus próprios confrades. E quando se aproximam eleições dentro do partido ou a nível municipal ainda se torna tudo mais grave. Parecem conspiradores a tramar todos os que os rodeiam. Se bem que neste caso existe alguma razão para isso e ainda mais quando se trata de pequenos concelhos ou regiões. Quem pertencer aos grupos dirigentes locais tem grande probabilidade de poder alimentar-se das migalhas que se escaparem no banquete dos pequenos reizinhos locais. Prepara-se então tudo conspirativamente para que muito poucos saibam muito, um saiba tudo e muitos saibam nada. Se a história tiver que ver com situações regionais, aí o banquete ainda é mais apetecível pois as prebendas podem ser muito maiores. Desde logo a visibilidade que se ganha, depois a possibilidade de chegar a voos mais altos na partilha do poder o que é um manjar dos deuses.
Mas grave e incompreensível é quando se trata de seitas religiosas ou de grupos dentro de uma qualquer religião. Quem é que se sente atraído por grupos que mais parecem de corpos estranhos à sociedade que outra coisa? Se bem me lembro a proposta era “ide, pois, fazei discípulos de todos os povos...” Quem se sente atraído pelo oculto e pelo que não se percebe? Grupos religiosos fanáticos, fundamentalistas ou não, rodeiam-se de sinais de morte, de miséria e de fome e espalham o seu ódio pelos quatro cantos da terra. E o que é mais grave é que o fazem em nome do amor ao próximo e à liberdade.
Há minha volta vejo sinais de medo e de angústia. Vejo crianças que já não sabem onde encontrar as âncoras que as ajudem a tornarem-se adultos. Vejo jovens fechados em si mesmos em nome do que se deveriam soltar e libertar para os outros. Vejo adultos a atropelarem-se para chegar primeiro onde houver para dividir as sementes de esperança que restam.
Gostaria de perceber que saímos de nós para os outros e que caminhamos de mãos dadas. Que não nos fechamos em casa, mesmo que essa seja a casa do Senhor da nossa Religião (ou de religião nenhuma) e que vimos para a rua transmitir o que temos de melhor, mais voluntarioso e solidário.
Angustia-me que aqueles de entre nós que deveriam ser o símbolo da tolerância e do não-julgamento, se deixam subjugar pela tentação dos julgamentos públicos sem que uma ponta de bondade se note nas palavras.
Muitos que esperam de mim outro tipo de “conversa” não irão gostar muito desta. Não me desculpo. Apeteceu-me escrever isto.
------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu VOTO SIM à despenalização do aborto
------------------------------------------------------------------------------------------------

domingo, janeiro 14, 2007

ABANDONO

Por teu livre pensamento
foram-te longe encerrar.
Tão longe que o meu lamento
não te consegue alcançar.
E apenas ouves o vento.
E apenas ouves o mar.

Levaram-te a meio da noite:
a treva tudo cobria.
Foi de noite, uma noite
de todas a mais sombria.
Foi de noite, foi de noite,
e nunca mais se fez dia.

Ai dessa noite o veneno
persiste em me envenenar.
Oiço apenas o silêncio
que ficou em teu lugar.
Ao menos ouves o vento!
Ao menos ouves o mar!

David Mourão-Ferreira

Foto do Pedro Cabral

------------------------------------------------------------------------------------------------Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------

sábado, janeiro 13, 2007

A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude
------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu VOTO SIM à despenalização do aborto
------------------------------------------------------------------------------------------------

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O CENTRO DE SAÚDE DE PENICHE


Visto do exterior é um caos. Onde o estacionamento diz que é para ambulâncias, são carros particulares.


Onde o estacionamento diz que é para médicos, até as empresas lá estacionam.


E o que se vê por fora adivinha-se por dentro. Os utentes são números indesejáveis. As listas de espera não são para respeitar.
O ambiente entre funcionários é de cortar à faca. O que sobra para os utentes é o desespero. Entra-se com uma gripe, sai-se com uma doença de nervos.
Compreende-se que haja que fazer restrições, mas naquilo a que as pessoas têm direito que se cumpram esses direitos. E que eles sejam claramente anunciados. Para que não seja a atitude discricionária de médicos, enfermeiros e funcionários a imperar.

CENTRO DE SAÚDE DE PENICHE - A QUEM INTERESSA O CAOS?

------------------------------------------------------------------------------------------------

Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------

quinta-feira, janeiro 11, 2007

O PALERMA
Acabei de assistir à cerca de uma hora na RTP1 à Grande Entrevista, conduzida de forma admirável por essa grande senhora da televisão que é a Jornalista Judite de Sousa.
O entrevistado foi o "palermóide" Ricardo Araújo Pereira, um dos fedorentos que têm feito sorrir este "macambúzio" país nos últimos tempos.
É tão fácil percebermos todos agora porque raio de razão Lobo Antunes o foi precisamente escolher, para apresentar o seu Babilónia.
A entrevista a que tive o privilégio de assistir foi um exercício de inteligência pura, invulgar neste país e ainda mais raro por ser na televisão. Corro o risco de comparar o que vi, com os momentos de prazer fruidos com Agostinho da Silva, Vitorino Nemésio e outros de cariz semelhante.
Apeteceu-me gritar e pular deste lado de cá. Ver o fedorento falar da avó e das pessoas que contribuíram para a sua aprendizagem, é um acto de grandeza de carácter que só os grandes palermas são capazes.
Eu ganhei o meu dia. E vocês meus amigos?
------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu VOTO SIM à despenalização do aborto
------------------------------------------------------------------------------------------------
ADENDA
AO ÚLTIMO BLOG

Não sejam parvos! Sai mais barato estacionar nos Largos 5 de Outubro e D. PedroV, que estar a encher de moedas os parquímetros da R. 13 de Infantaria e da Praça Jacob R. Pereira.
Que seria dos bem-governados se não fossem os mal-governados?
------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu VOTO SIM à despenalização do aborto
------------------------------------------------------------------------------------------------

quarta-feira, janeiro 10, 2007

SÓ AS MOSCAS MUDAM...


Há 5 anos atrás (o tempo que já lá vai) o defunto Peniche Directo, publicava a foto que a seguir reproduzimos sobre a "rebaldaria" existente no Largo 5 de Outubro.


Cinco anos depois pelas 11 horas da manhã de hoje fotografámos este largo e o que se lhe segue, o Largo D. PedroV

O que eu quero dizer na minha, é que a falta de capacidade de fazer cumprir o que se determina, põe em causa a credebilidade de sucessivos executivos camarários e da PSP. O espectáculo de incumprimento que ilustramos verificam-se todos os dias. Quem nos visita percebe que os sinais de trânsito nesta zona não são para cumprir.

Quem quer cortar o cabelo, estaciona no largo 5 de Outubro. Quem quer ir ao "Carvalho & Maia" ou à "Clínica da Ajuda" estaciona no Largo D. PedroV.

A minha sugestão é que se criem condições rigorosas para o seu cumprimento, ou em alternativa retirem de lá os sinais se eles não existem para ser cumpridos.

Assim é que não! Assim só serve para definir como uns grandes "bananas" quer quem está no executivo camarário, quer quem deve fazer cumprir a lei.

------------------------------------------------------------------------------------------------

Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------

segunda-feira, janeiro 08, 2007

VIVER EM PENICHE

A revista “ÚNICA” do jornal “EXPRESSO” de 6 de janeiro pp, traz um artigo sobre o “top” 50 das cidades portuguesas.
No “ranking” e numa pontuação para diversos items de classificação, a cidade de Peniche aparece classificada em 21º lugar. Este resultado é bem melhor do que nós temos em mente quando comparamos a nossa cidade com outras mesmo de dimensão semelhante à nossa.
São 20 os critérios escolhidos pelo Jornal “Expresso” e a pontuação a atribuir a cada um varia entre 0 e 100 pontos.
São-nos atribuídos menos de 50 pontos (uma classificação negativa), em ESPAÇOS VERDES, GOVERNANÇA E CIDADANIA, CAPACIDADE DE ATRACÇÃO ESTUDANTIL e DESEMPENHO ECONÓMICO. Em todos os outros parâmetros, foi-nos atribuída uma classificação de 50 ou mais pontos. Num total de 2000 pontos viemos assim a somar 1040 pontos.

Com os mesmos pontos que nós aparece Portalegre e abaixo de nós surgem cidades como, Leiria e Vila Nova de Gaia, e abaixo dos 1000 pontos Chaves, Santarém, Almada, Castelo Branco, Portimão, Barreiro e Amadora.
Independentemente do juízo de valor que possamos fazer sobre este tipo de classificações e quem as realizou, o que é verdade é que valem o que valem e merecem ser meditados.
Alguns dos factores negativos que nos apontam podem ser corrigidos com criatividade e força de vontade. Só nos parece mais difícil melhorar o desempenho económico porque temos uma economia muito dependente e que é limitada em grande parte por causas que nos são exteriores.
Curioso é como se percebe tão bem o nosso défice de participação democrática. Quem havia de dizer...
------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu VOTO SIM à despenalização do aborto
------------------------------------------------------------------------------------------------

domingo, janeiro 07, 2007

A minha sincera e sentida Homenagem a António Petinga (1925-2007), companheiro de lutas, trabalho, e também de muitas tardes de divertimento e amizade.



Tem seu triunfo a morte, o amor é festejado,
e o grande Tempo e o tempo futuro.
A nós nenhum trunfo é dado.

À nossa volta só um afundar de astros. Eco de luz, sem voz.
Mas, sobre o pó, a canção do futuro
soará para além de nós.


Ingeborg Bachmann (1926-1973)



------------------------------------------------------------------------------------------------

Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------


sábado, janeiro 06, 2007


Uma amiga, amigas tem.
Da tua vida... não contes nada a ninguém!

------------------------------------------------------------------------------------------------

Eu VOTO SIM à despenalização do aborto

------------------------------------------------------------------------------------------------

sexta-feira, janeiro 05, 2007

ELE HÁ CADA UM...
O Hélder Blayer enviou-me dos Açores um email que não resisto a publicar aqui, com o objectivo de partilhar este sentimento de frustração em que vivo por ver o porto de Peniche a definhar de dia para dia:
O maior navio porta-Containers do Mundo "Emma Maersk", de bandeira dimarquesa, opera entre o porto de Rotterdam - Holanda) e o Extremo-Orienta Singapura, dispõe de 11 Gruas especiais para containers que podem operar simultaneamente,

Algumas das suas carcterísticas
- Comprimento - 397 metros
- Boca - 63 metros
- Calado (carregado) - 16 metros
- Deslocamento - 123.200 tons
- Propulsão - motor diesel de 14 cilindros em linha, de 110.000 BHP, veio e hélice.
- Velocidade de cruzeiro – 27 nós (50 Km/h)
- Custo estimado - Acima de US$ 145 milhões.
- Capacidade: 15.000 TEU's (1 TEU = 1 Container de 20 pés)
- Tripulantes – 13
- Primeira Viagem: 08/09/2006

Curiosidades: O armador Moller-Maersk informou que a pintura de silicone que recobre a carena (parte do casco abaixo da linha d'água), reduzirá a resistência do casco na propulsão, e economizará cerca de 1.2 milhões de litros de combustível por ano.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

UMA NÃO-RESPOSTA A UM NÃO-COMENTÁRIO

Uma das coisas que julguei nunca fazer, ao lançar este blog, foi responder a comentários anónimos. Ao fim de tão pouco tempo ele surgiu, escondido atrás deste mundo imenso que é a net. Decidi não o excluir, não lhe responder directamente, mas aproveitar a abertura que me dá para esclarecer o óbvio.

Manterei os comentários anónimos desde que utilizem uma linguagem aceitável(no meu entender claro). Mesmo que se orientem no sentido de me espancarem. Não é por isso que serão ostracizados. Os insultos e a pancadaria a coberto do anonimato, só classificam quem os profere e pratica. Ponto final no esclarecimento.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

VOLTO À EDUCAÇÃO
Quando me reformei, pretendi passar um tempo sem falar da minha ex-profissão. Mas já lá vão 2 anos e meio e penso que agora posso no que puder dar o meu contributo para o que acontecer na minha terra. Neste momento tenho um dedo que adivinha que há gente com poder decisório aqui pelo burgo, que anda convencida que descobriu o “ovo de Colombo” da Educação. Ouviram falar da “CARTA EDUCATIVA” e julgam ter descoberto a panaceia para todos os males com que nos debatemos nas Escolas.
A Carta Educativa é um dos muitos instrumentos (não é o único) que se podem utilizar para atingir determinados fins.
A Carta Educativa é um instrumento de planeamento que pode ser feito por uma empresa sem sensibilidade nesta área e que mesmo assim, pode o resultado final ser um óptimo instrumento de trabalho para a eficácia de um conjunto de medidas que visem a rentabilização dos meios do concelho.
A Carta Educativa pode ser desenvolvida tendo como promotor um gestor imobiliário que faça adequar edifícios, mobiliário e equipamentos aos utentes que terá de servir, de forma rentável e com poupança de custos.
A Carta Educativa deverá passar a fazer parte do Plano Director Municipal, visando a eficácia dos Planos Urbanísticos Municipais. Dito isto assim, sem nenhuma falha no raciocínio, verifiquei que grave é poder dizer o que é uma Carta Educativa, sem nunca ter pronunciado a palavra Escola e a palavra criança. Palavras que deveriam de forma exigente dominar todo este processo lógico. De forma evidente e objectiva. Não as deixar nunca para a subjectividade da perversão humana.
O que quero dizer na minha é que em primeiro lugar a Carta Educativa serve para poupar dinheiro ao Estado e em última análise às autarquias, adequando os meios escolares ao território e nunca o contrário. Não é por acaso que de futuro para haver uma Escola construída ou beneficiada estruturalmente, o Município deverá ter aprovada pelo Governo a sua Carta Educativa, onde já estão previstos os cortes de desenvolvimento, e o grau de crescimento social de um determinado território.
Os velhos tempos da Escola Socrática deram lugar à Escola de Orwell. O primado do social sobre o económico desaparece aqui definitivamente. Existem fotografias aéreas do que era a Atouguia da Baleia antes da Escola EB-2.3. Comparem com o que existe hoje. O que ali está enche de orgulho os autarcas e a população que se envolveram naquele projecto. E não havia Carta Educativa. Daí o cuidado que é necessário colocar no que vier a ser aprovado em termos de Carta Educativa.
A responsabilidade dos que a tiverem de aprovar é muita. Demasiada. Poderão ficar para sempre ligados ao matar da Escola Viva e promotora de desenvolvimento que lhe cumpre ser. Compreendo que tem de ser feita. Mas todo o cuidado é pouco com os pressupostos que lhe forem colados. E que eu saiba não foram feitos inquéritos sobre esta matéria às Freguesias, às Associações, aos Encarregados de Educação às populações e às Escolas.
Não ouvi dizer que o Conselho Municipal de Educação tivesse sido convocado para emitir pareceres Orientadores para a execução da Carta Educativa. Se se julga que é depois desse instrumento estar feito ainda que na forma de anteprojecto, que ele há-de ser discutido e reformulado, está a condicionar-se a sua aprovação o que não é bonito e deixa muito a desejar.

Algumas Notas à margem
O Que é a Carta Educativa?
A Carta Educativa é actualmente entendida como um instrumento de planeamento, como uma metodologia de intervenção no planeamento e ordenamento da Rede Educativa inserida no contexto mais abrangente do ordenamento territorial, a qual tem como meta atingir a melhoria da educação, do ensino, da formação e da cultura num dado território, ou seja, ser parte integrante do seu desenvolvimento social.
Quais os objectivos da Carta Educativa?
A Carta Educativa visa a racionalização e redimensionamento do parque de recursos físicos existentes e o cumprimento dos grandes objectivos da Lei de Bases do Sistema Educativo e dos normativos daí emanados, nomeadamente:
- prever uma resposta adequada às necessidades de redimensionamento da rede educativa colocadas pela evolução da política educativa e pelas oscilações da procura da educação, rentabilizando o parque escolar existente;
- caminhar no sentido de um esbatimento das disparidades inter- e intra-regionais, promovendo a igualdade do acesso ao ensino numa perspectiva de adequação da rede educativa às características regionais e locais, assegurando a coerência dos princípios normativos no todo nacional.
A Carta Educativa deverá ser um instrumento fundamental de planeamento que permita aos responsáveis desenvolver uma actuação estratégica no sentido de:
- orientar a expansão do sistema educativo num determinado território em função do desenvolvimento económico e sociocultural;
- tomar decisões relativamente à construção de novos empreendimentos, ao encerramento de escolas e à reconversão e adaptação do parque optimizando a funcionalidade da rede existente e a respectiva expansão;
- definir prioridades;
- optimizar a utilização dos recursos consagrados à educação;
- evitar rupturas e inadequações da rede educativa à dinâmica social e ao desenvolvimento urbanístico.
A quem compete a elaboração da Carta Educativa?
Nos termos do Artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 7/2003, de 15 de Janeiro:“A elaboração da carta educativa é da competência da câmara municipal, sendo aprovada pela assembleia municipal respectiva, após discussão e parecer do conselho municipal de educação.”O Ministério da Educação, através das Direcções Regionais de Educação, presta o apoio técnico necessário, disponibiliza toda a informação indispensável à elaboração da Carta Educativa e suporta 50% das respectivas despesas.A Carta Educativa, integrando o Plano Director Municipal, está sujeita a ratificação governamental, mediante parecer prévio vinculativo do Ministério da Educação, entidade com a qual as câmaras municipais devem articular estreitamente as suas intervenções, por forma a garantir o cumprimento dos princípios, objectivos e parâmetros técnicos estatuídos.Os municípios podem articular entre si e com o Ministério da Educação as propostas de reordenamento da rede de nível supra-municipal.
Fonte: www.dapp.min-edu.pt

terça-feira, janeiro 02, 2007





















OS FILHOS DA T'ELISA

São de Peniche de Cima. Juntam-se no portão e sabem tudo o que por lá passa. Sabem de tudo o resto porque conversam uns com os outros e gostam de saber o que vai por casa do vizinho. Os filhos da t'Elisa sabem tudo o que cheire ou soe a cuscuvilhice.
Neste momento sentem-se todos ultrapassados. E se a sua indignição não sobe de tom é porque finalmente a côr do seu coração preside aos destinos da terra.
Mas lá que chateia, chateia... Os "Bonzinhos d' Ajuda" foram murados. E preparam-se para grandes obras ali, sem que alguém saiba o que vai surgir.
Mais uma vez um local nobre da Cidade é esventrado e revolvido sem que o pessoal saiba o que ali vai surgir. A prática de resolver nos gabinetes sem dar cavaco a ninguém mantém-se.mantém-se. Tanto faz ser o PSD, como o PS, como agora a CDU, chegados lá acima a ligação às populações vai às ortigas.
E no entanto não custava nada pôr ali um boneco com o que se pretendia fazer. Ou se já não se foi a tempo, pôr o boneco do que se vai fazer. Não digo que isto se faça em todos os locais onde se constrói. Mas pelo menos em locais significativos ou significantes para as pessoas. Em locais onde está o nosso coração.Tudo menos assim!
Rompem-se-me os "tampos do pêto" por ter de dizer estas coisas. Mas este é o melhor favor que posso fazer ao executivo camarário. Acordá-los como diria o Fernando Lopes Graça. Senão tornam-se iguais aos outros.
As pessoas estão à espera de que vocês sejam diferentes. Não as desiludam.