sexta-feira, maio 31, 2013

NESTE caminhar, todos somos solidários. A todos, quisemos Nós lembrar a amplitude do drama e a urgência da obra que se pretende realizar. Soou a hora da acção! Estão em jogo a sobrevivência de tantas crianças inocentes, o acesso de tantas famílias infelizes a uma condição verdadeiramente humana, a paz do Mundo e o futuro da civilização. Que todos os homens e todos os povos assumam as suas responsabilidades.


Paulo VI in “Populorum progressio”

terça-feira, maio 28, 2013

A ESPERANÇA JÁ CÁ NÃO MORA

No país. Na minha terra. Na Europa de que nos alimentaram os sonhos. De tratado em tratado fomos conduzidos por políticos vigaristas até ao desastre em que hoje nos encontramos. Nunca fomos ouvidos sobre nada no que respeita às grandes decisões sobre a Europa. E mesmo hoje depois do estado a que chegámos ninguém quer ouvir o povo português sobre se deseja assim continuar, ou se pretende mudar alguma coisa.

Tudo quanto cheirar a prebendas é distribuído entre eles e os filhos e os afilhados e os primos e cunhados os amigos de escola e os seus protegidos a concelhia a que pertencem e a jota que os suporta.
O resto é escumalha.

Os políticos (ou os que brincam a tal) fazem do cargo que exercem um hobby para ocupar as horas vagas dos seus afazeres quotidianos. Só conta a vassalagem e a subserviência. Os erros que os nossos cometem são perfeitamente omissíveis. Alguém irá ficar com a responsabilidade do crime. Não os nossos amigos, companheiros e camaradas. Esquecemo-nos do mais importante. Que passamos a vida a dizer que o principal responsável foi quem se desleixou e não previu o que se estava a passar. Isso só vale se são os outros que estão em causa. Não é válido para os nossos.

Quando a podridão corrói o poder este começa a esboroar-se e desaparece na voragem do poder.
Quando o exercício do poder se realiza utilizando as pessoas como bodes expiatórios dos nossos erros e incapacidades, o futuro fica comprometido definitivamente.

É então que morre a esperança. E o sol deixa de brilhar para todos nós. Os que se alimentaram da mentira e do compadrio irão ficar isolados num deserto de ideias e apoios. Perde-se a superioridade moral dos que sempre falaram em nome da verdade e do povo. E o povo não perdoará a quem o traiu.

segunda-feira, maio 27, 2013

BENFICA
2 Frases que me marcaram na última semana:
Rui Costa:
- A História de um clube escreve-se com os triunfos que conquista e não com os aplausos que recebe

Jorge Nuno Pinto da Costa:
- Deus lhe dê (referindo-se a Luis Felipe Vieira) uma vida longa e cheia de saúde para que ele continue por muitos anos como Presidente do Benfica

sábado, maio 25, 2013

A FRASE DE
MIGUEL SOUSA TAVARES
Porque não hão-de ser os palhaços a sentirem-se ofendidos com a comparação?

quinta-feira, maio 23, 2013

ÓBIDOS

Sou do tempo em que ir a Óbidos era uma aventura um pouco mais entusiasmante do que ir aos Remédios a pé pela estrada velha. Óbidos era o Montez e a sua ginja que evoluiu para formas mais sofisticadas de ser bebida. Mas a ginja do Montez era muito mais que uma ginja de qualidade inigualável. Era bom porque existia o Montez que nos contava as histórias que mais pareciam lendas.
Óbidos soube acompanhar o evoluir dos tempos. Ainda lá voltei há 28 anos para pedir a minha mulher em casamento. E voltei depois disso a um restaurante ímpar perto da escola EB e que hoje já não existe, com a minha mulher e os meus filhos. Depois disso Óbidos por uma ou outra razão deixou de ser lugar dos meus devaneios. Mas tenho acompanhado a magistral influência que o Dr. Telmo Correia tem exercido sobre aquele concelho.

Óbidos Vila Natal. Óbidos medieval. Óbidos e a Semana Santa. Óbidos capital do chocolate. Óbidos o Mundo dos Livros. As semanas de Música Clássica. As Óperas.

Multiplicam-se as ofertas de forma criativa. Ao longo do ano. Óbidos tornou-se um destino para uma multiplicidade de pessoas e apetites. Pelas feiras de artesanato pululam as ginjinhas em copo de chocolate. O empreendorismo é a marca da Vila de Óbidos. O seu presidente soube alterar o habitual fatalismo com que as pequenas vilas do interior litoral vão aborrecendo os seus dias e deu-lhe um destino e várias causas.
Óbidos tornou-se uma referência que cumpre exaltar neste momento. E o seu presidente de Câmara alguém que merece ser reconhecido pela inteligência com que soube fazer surgir do nada todo um imaginário de brilhantes actividades.
Ver e perceber Óbidos, saborear a inteligência com que o Dr. Telmo Correia desenvolveu os mandatos que exerceu é de toda a justiça, num país em que o caciquismo se institucionalizou para perpectuar o poder. Sem outras razões.

quarta-feira, maio 22, 2013

O EXORCISTA
Foi um filme. Duro de ver. Agora é notícia porque alegadamente o Papa Francisco terá exorcizado um homem na praça de S. Pedro.
Exorcizar é retirar o Diabo do corpo de uma pessoa da qual se apossou e age através dela espalhando o mal, agredindo verbal e violentamente as almas puras que se atravessam no seu caminho.
As almas puras e com grandes capacidades psíquicas podem, rezando, fazer com que o demónio saia do corpo da pessoa possessa, não sem que antes o Anjo Negro tudo faça para impedir essa expulsão.

Explicado o fenómeno receio que algumas figuras públicas tenham problemas em se deslocarem ao Vaticano. O nosso Governo parece ser um lauto banquete para as forças do mal. Em algumas circunstâncias deixam perceber que estão a ser dominados pelo Demo. São momentos fugazes que um ou outro jornal em momentos de distracção do senhor do Mal, não se apercebe que está a vir à superfície.

terça-feira, maio 21, 2013

CARLOS ABREU AMORIM
- Professor Universitário
- Deputado do PSD
- Vice-Presidente da bancada Parlamentar do PSD
- Candidato do PSD a Vila Nova de Gaia
Frase que o define como homem e como político:
«”magrebinos” curvem-se perante a glória do grande Dragão»

MAGREBINOS - adj. e s.m. Relativo ao Magreb ou o que é natural ou habitante dessa região do Norte da África

Presumo que o dito deputado e candidato a Presidente da Câmara Municipal,
Tenha dito isto para ser pjerorativo para com quem não pertence à classe dos “Dragões”. Entretanto já veio pedir desculpas pela infelicidade da frase. (como é óbvio e com uma pessoa destas, acredito mais na sinceridade do que disse e no justo valor de que pensa o que disse, do que no seu pedido de desculpas). Penso que ele não quereria ofender os magrebinos. Porque ser do magrebe é tão honroso como ser natural da “mui nobre e invicta cidade do Porto”.
Então será desonroso não ser “Dragão”. O que acontece a milhões de portugueses que não sentem qualquer afinidade com esse animal pré-histórico ou lendário, com que o sr. Deputado se identifica. Ele é grande e gordo e deita lume pelos olhos e gafanhotos da boca quando se irrita, mas não me passaria pela cabeça ofendê-lo ou não gostar dele por isso. É a sua caracteristica fisica e cada um tem a que tem. Mas já me preocupa que um professor universitário diga coisas destas. Como é que eu posso confiar numa Universidade que o mantém como professor? E que tipo de licenciatura terão aqueles alunos formados por alguém que diz coisas deste tipo.
Quanto ao facto de ser deputado, nada a acrescentar. Não espero outras coisas dos deputados das escolhas do Relvas.

segunda-feira, maio 20, 2013

CARLOS QUEIRÓS
(1907/1949)
(fontes: DN de 2013/05/18 e Wikipédia)

Morreu novo, quem os deuses esqueceram… José Carlos de Queirós Nunes Ribeiro, publicou em vida apenas dois livros: - “Desaparecido” e “Pequeno Tratado de Não Versificação). Contemporâneo de Almada Negreiros, Jorge de Sena, Fernando Pessoa, José Gomes Ferreira, entre outros trabalhou em actividades culturais com alguns deles e cedo se tornou notado pela suas capacidades de análise literária e pelos trabalhos dispersos que ía desenvolvendo. Sobrinho daquela que Pessoa imortalizou, Ophélia, nunca se tornou notado porque o génio de Pessoa tudo ofuscou à sua volta.
Deixo-vos com 3 poemas de sua autoria que atestam bem da sua enorme qualidade como poeta.

Apelo à Poesia
Por que vieste? — Não chamei por ti!
Era tão natural o que eu pensava,
(Nem triste, nem alegre, de maneira
Que pudesse sentir a tua falta... )
E tu vieste,
Como se fosses necessária!

Poesia! nunca mais venhas assim:

Pé ante pé, covardemente oculta
Nas idéias mais simples,
Nos mais ingênuos sentimentos:
Um sorriso, um olhar, uma lembrança...
— Não sejas como o Amor!

É verdade que vens, como se fosses
Uma parte de mim que vive longe,
Presa ao meu coração
Por um elo invisível;
Mas não regresses mais sem que eu te chame,
— Não sejas como a Saudade!

De súbito, arrebatas-me, através
De zonas espectrais, de ignotos climas;
E, quando desço à vida, já não sei
Onde era o meu lugar...
Poesia! nunca mais venhas assim,
— Não sejas como a Loucura!

Embora a dor me fira, de tal modo
Que só as tuas mãos saibam curar-me,
Ou ninguém, se não tu, possa entender
O meu contentamento,
Não venhas nunca mais sem que eu te chame,
— Não sejas como a Morte!

Província
Se eu tivesse nascido
No seio da província, era fatal
Que o meu sonho maior, o mais sentido
Seria triunfar na capital.
E depois de tê-lo conseguido,
Voltar à terra natal
E ser pelos conterrâneos recebido
Com palmas e foguetes,
Fanfarras, vivas e banquetes
Na Câmara Municipal.

Desaparecido
Sempre que leio nos jornais:
"De casa de seus pais desapareceu. . . "
Embora sejam outros os sinais,
Suponho sempre que sou eu.

Eu, verdadeiramente jovem,
Que por caminhos meus e naturais,
Do meu veleiro, que ora os outros movem,
Pudesse ser o próprio arrais.

Eu, que tentasse errado norte;
Vencido, embora, por contrário vento,
Mas desprezasse, consciente e forte,
O porto de arrependimento.

Eu, que pudesse, enfim, ser meu
— Livre o instinto, em vez de coagido,
"De casa de seus pais desapareceu..."
Eu, o feliz desaparecido

sábado, maio 18, 2013

FOTOS QUE CONTAM

sexta-feira, maio 17, 2013

NOTÍCIA DA LUSA:
“INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E TURISMO SÃO PRIORIDADES NA REVISÃO DO PDM DE PENICHE

Torres Vedras, Portugal 16/05/2013 13:35 (LUSA)
Temas: Ambiente, Autoridades locais, habitação e urbanismo, Desporto, Surf

Peniche, 16 mai (Lusa) - A Câmara de Peniche revelou hoje que está a rever o Plano Diretor Municipal (PDM) para responder aos desafios de desenvolvimento, como o turismo à procura de ondas e a investigação científica nas atividades ligadas ao mar.

O presidente da câmara, António José Correia (CDU), disse à agência Lusa que o atual PDM, datado de 1995, "está completamente obsoleto enquanto documento estratégico, impondo-se uma revisão adequada à realidade atual e aos cenários futuros de desenvolvimento do concelho".

O autarca explicou que a equipa técnica de revisão do documento vai ter em conta o novo turista que começou a surgir em Peniche não só na época balnear, mas ao longo do ano na procura de ondas para a prática de desportos de deslize e de ondas, nomeadamente o surf, desde que o concelho recebe desde 2010 a etapa do campeonato mundial da modalidade.

Os novos fluxos de visitantes, também ligados ao turismo náutico, às atividades marítimo-turísticas e ao mergulho, "requerem um correto ordenamento com estratégias que sejam atrativas para atrair investimentos" nessas áreas.

António José Correia adiantou ainda que o novo PDM deve também ter em conta a investigação dos recursos marinhos, cujo centro de investigação da Escola Superior de Tecnologia do Mar de Peniche está em construção na cidade, mas também o porto de pesca e a indústria transformadora de pescado.

Para potenciar essas áreas e contribuir para o investimento tecnológico, o autarca exemplificou que podem vir a ser criados parques empresariais e mecanismos que facilitem o licenciamento desses investimentos.

No novo modelo de desenvolvimento para o concelho, o município pretende atrair pessoas aos núcleos urbanos já existentes e apostar na reabilitação urbana, sem criar novas zonas habitacionais.

Para valorizar as atividades económicas, é intenção criar no PDM zonas do território com potencial agrícola, zonas para a instalação de projetos de investigação e zonas "ambientalmente sensíveis" ou zonas de risco para não se destruir recursos naturais.

O documento vai também ter em conta as potencialidades das energias renováveis, a preservação dos cordões dunares e das arribas da orla costeira e os circuitos pedonais da Rede Natura.

Uma comissão presidida pela Agência Portuguesa do Ambiente foi criada para acompanhar o processo de revisão, que deverá estar concluída no primeiro semestre de 2015.

A autarquia está a recolher contributos e propostas dos residentes, no âmbito da discussão pública do plano estratégico.
FYC // ROC
Lusa/Fim”

Nota à Margem: Os políticos na má acepção da palavra), ou os que se comportam como tal, deveriam ter memória. Ou pelo menos deveriam ter pudor. O actual PDM que o PCP critica agora de forma veemente, foi cozinhado pela coligação PSD/PCP em 1994/1995, a troco de um lugar de vereador para com pelouros no executivo camarário e do lugar de Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Municipal nesse mandato.
A aprovação do ainda em vigor PDM de Peniche, foi aprovado à pressa por essa coligação nefanda, por força de uma artimanha legal (um ponto de ordem à mesa), proposta por um membro da AM do PCP, que obrigou à passagem à votação desse documento, quando ainda não estavam esgrimidos todas as questões colocadas com diversas oposições a algumas utilizações indevidas do território concelhio, em favor do cimento armado e dos seus promotores, quer os proprietários dos terrenos onde posteriormente se viria a edificar, quer os restantes agentes imobiliários.
É pena que as comadres se tenham zangado agora. Mas falta referir que o nado-morto que é o actual PDM foi parido com a conivência do PSD (putativo pai) e do PCP (putativa mãe).
Leiam as actas da altura que são bem elucidativas desse acto de amor dúbio que envolveu essas 2 forças políticas locais.
Quanto a documentos de estratégia de desenvolvimento para o concelho, já foram elaborados pelo menos 3 desde essa altura, que consumiram milhares de euros ao município. Vão-se gastar mais uns quantos milhares sem proveito. O que hoje vale, daqui a 5 anos será obsoleto e estúpido como apelida agora o actual executivo, o que foi feito na altura.
Faz-se porque se tem que fazer e introduzem-se ideias peregrinas para colorir uma mensagem que toda a gente sabe de antemão que não será para cumprir.
A não ser, que se entre em conversações com a Drª Maria de Cavaco Silva, para que ela interceda por um milagre junto da virgem. Mas vai ser engraçado ver o PCP sem maioria absoluta na Assembleia Municipal aprovar um PDM que não carece de negociações. A mim cheira-me que desta vez o cliente que prestará o servicinho será o PS. Coisas de bruxaria.

quinta-feira, maio 16, 2013

O CAIR DO PANO
Para quem já participou num espectáculo a expressão que dá mote a este blog de hoje, representa a descarga de toda a emotividade que durante algum tempo dominou o dia-a-dia. Os resultados podem ser os que se pretendiam atingir, serem profundamente grosseiros, terem ou não excedido as expectativas, ou serem simplesmente medíocres.
Assim é o momento de cair do pano, quando um governo se demite ou é demitido, quando um presidente é eleito ou termina um mandato, quando se morre seja em que circunstâncias forem, quando termina um jogo. O último minuto pode ser determinante. Pode ser a fronteira entre o êxito e a desolação total.
Falo do que vocês pensam que falo e falo também de outras coisas que só me recordo delas, porque o que me pesa no dia de hoje, não me permite pensar em esperança e alegrias. Tudo o que ficou para trás ficou comprometido.
O 2º é o primeiro dos últimos. O derrotado não gravará o seu nome na história.

quarta-feira, maio 15, 2013

OU ENLOUQUECI, OU ESTOU BURRO DE TUDO, OU SOU PARVO, OU JÁ MORRI E O QUE ESTOU A SENTIR SÃO AS PENAS DO INFERNO POR TER SIDO TÃO HORRÍVEL TODA A VIDA

O Presidente da República de Portugal, o Presidente de todos (?) os portugueses dá-se ao desfrute de afirmar que o encerramento da 7ª avaliação da Troika foi uma inspiração de Nª Srª de Fátima. Foi o espírito do 13 Maio que inspirou os autores de tal “façanha”.

Com esta tirada, o Sr. António, cortou relações com todos os que não são católicos. Com todos os católicos que põem em causa as aparições de Fátima. Corta relações com todos os que professam outras religiões de inspiração não cristã. Corta com os agnósticos. Com os ateus. Ele, assume as visões da Srª d. maria, sua ilustre esposa, como suas e di-lo aos portugueses.

Que a Escola Secundária de Peniche o faça, impondo o culto da religião católica nos espaços públicos de todos os alunos fazendo com que uma parte deles se sinta segregada, não me admira. Trata-se de uma “escolinha” de província, sem importância alguma. Ser tendenciosa é um assunto que lhes diz respeito, embora ponham com isso em causa os valores da República e da Constituição. Que aqueles a quem cumpre a defesa da escola pública assumam o assunto.

Agora que o Presidente da República de Portugal no seu afã de defender o “seu” governo, venha com uma “boca” destas, isso torna-se insuportável. Para quê? Para que os católicos reformados e pensionistas, aceitem o pesadelo que sobre eles se irá abater? Para que os portugueses desempregados e com fome aceitam como penitência de Nª Srª as provações que sentem? Para que os velhos doentes e em situação de degradação física, sem que possam adquirir medicamentos que aliviem a sua dor, suportem o seu sofrimento em nome de uma eventual pena pelos seus pecados?

Nª Srª de Fátima não estava nos seus melhores dias quando inspirou os canalhas que encerraram a 7ª avaliação da Troika a Portugal. E o Sr. António melhor faria em estar calado definitivamente.

terça-feira, maio 14, 2013

EU SOU DO TEMPO…
Voltei ao baú do meu avô. Sempre que lá volto sou surpreendido.

Tenho acompanhado muito à distância a eventual privatização dos CTTs. Recordo também uma crónica de Luís Osório numa revista de um semanário, em que ele se referia ao Centro Comercial em que se tornaram e estações de correio com a venda de produtos alguns deles bem estranhos, como seja um livro de citações de Salazar.
Enfim os tempos que temos são estes e nós como povo, temos a tempestade que semeámos. Em 1974/1975 temíamos os comunistas. Depois agarrámos no socialismo e “toca” de o fechar numa gaveta. Agora vivemos o ultraliberalismo, que ceifa as pessoas como ervas daninhas permitindo que só medrem os que por razões espúrias, atingem momentaneamente o acesso aos diversos poderes.

Hoje vivemos o momento exacto, sendo que o minuto seguinte surge sem qualquer sustentabilidade afirmada no que aprendemos ou fixámos no minuto anterior.
È o tempo do viver global. Da Internet. Dos chats. Das formas de comunicação virais. Em que cada um perde a sua identidade para poder somar “gosto” ao seu currículo. As cartas perderam-se. A escrita desapareceu como forma de partilha entre os amigos. Hoje ninguém pede a direcção de ninguém. Pede-se o número de telemóvel e o contacto no limite é por sms. O exercício da escrita com o grau de responsabilização que lhe é conferido tornou-se completamente obsoleto.

Voltando ao baú do meu avô, fui lá encontrar exemplares de telegramas (os sms dos anos 20 a 60 do século passado) que no caso concreto eram autênticos trabalhos de arte para uma comunicação mais personalizada. Existiam muitos para os períodos festivos, mas também existiam alguns possíveis de serem utilizados em qualquer altura. Estes exemplares são de 1930. Deixo-vos com carinho sendo uma memória de que já muito poucos recordam.

domingo, maio 12, 2013

JÁ NÃO CHEGAVA O GOVERNO... AINDA HAVER A NOITE DE ONTEM PARA ME ROUBAR O MEU RESÍDUO DE ESPERANÇA NUM AMANHÃ MELHOR.
Que as imagens a seguir, enormes e voluptuosas sejam um lenitivo para os dias que se seguem...

sexta-feira, maio 10, 2013

10 DE MAIO
Perfazem hoje 100 anos sobre o nascimento de um dos maiores actores da cena portuguesa - João Vilarett.
Nos idos de 60 do século passado, aquando desta data, o cinema de S. Jorge organizava um espectáculo de manhã a que eu sempre assistia. Vilarett já tinha morrido. As luzes da sala apagavam-se e ficava um foco que incidia sobre um micro que estava à boca de cena e no pano corrido.
A voz do "dizeur" enchia então a sala e nós os espectadores ouviamos num silêncio sepulcral os poemas tal como ficaram gravados para todo o sempre. No fim, todos nos levantávamos e aplaudíamos a VOZ que nos tinha transportado para só onde o espírito pode estar.
Era o tempo do "fascismo"(?). Eu hoje preciso de reviver João Vilarett e escolhi 2 poemas que cabem no tempo que passa.
Que a sua voz e a sua memória vos acalente neste tempo doloroso em que todos vivemos.
http://www.youtube.com/watch?v=qmYDmOv38zA&list=PL40D0FEAA1AE52E86

quinta-feira, maio 09, 2013

COMO SE APRENDE A ODIAR
"Que vem a ser um homem revoltado? Um homem que diz – não. Mas, se ele recusa, não renuncia: é também um homem que diz sim, a partir do seu primeiro movimento. Um escravo que toda a sua vida recebeu ordens considera subitamente inaceitável uma nova ordem. Quel é o conteúdo desse «não»?
Significa, por exemplo, «as coisas já duraram em demasia», «até aqui, sim; daqui em diante não»; «estão a ir demasiado longe»; «há um limite que não poderão ultrapassar»."
Albert Camus in “O Homem Revoltado”

Tenho vindo a desenvolver dentro de mim um raciocínio de ódio com o que se está a passar no meu país que me assusta. Estarei eu a tornar-me um homem de ódio? Ao ouvir ontem mais um dos “canalhas” que fazem parte do actual governo dei por mim a imaginar-me sentado à mesa a falar com um tal de Rosalino e ao ouvi-lo dizer que me iam aplicar impostos retroactivamente, eu puxar duma pistola e dar um tiro na cabeça daquele desgraçado de merda. Eu que acredito no diálogo percebi que cheguei ao termo daquilo que é suportável.
Existem princípios que aprendi na minha vida e que transmiti àqueles com quem trabalhei. Um deles é que não se pode castigar 2 vezes a mesma pessoa pelo mesmo crime. Outro é que ninguém pode ser espoliado com retroactividade pelos valores que lhe foram atribuídos quando fez um determinado contracto. Outro princípio que eu julgava válido era o de que o Estado era uma pessoa de bem.
Estes miseráveis têm conseguido derrubar todos os valores em que fomos educados. E dizem-no com uma impunidade inacreditável. Resta a revolta. Ou o terrorismo. Ou o crime. Chamem-lhe o que quiserem, para fazer parar esta canalhada.
Sempre paguei os meus impostos. Sempre descontei o que me disseram para descontar. Nunca tive dois empregos. Nunca vivi à custa do Estado. Trabalhei e fui pago pelo meu trabalho. Não fui eu que gastei mais do que o que tinha. Foi o Estado que gastou acima das suas possibilidades. Por incompetência de muita gente. Que sejam esses os penalizados. Ou passarei a acreditar que só existe uma forma de resolver esta ladroagem que nos assalta. Pegar em armas.

quarta-feira, maio 08, 2013

PERTURBADOR

Mateus 8:1-4
1 Quando ele desceu do monte, grandes multidões o seguiram.
2 Um leproso, aproximando-se, adorou-o de joelhos e disse: "Senhor, se quiseres, podes purificar-me!"
3 Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: "Quero. Seja purificado!" Imediatamente ele foi purificado da lepra.
4 Em seguida Jesus lhe disse: "Olhe, não conte isso a ninguém. Mas vá mostrar-se ao sacerdote e apresente a oferta que Moisés ordenou, para que sirva de testemunho".

Tenho para mim que o fundamento desta parábola está antes que tudo na ideia de que na época que relata, o maior anátema que podia cair sobre um ser humano era ser leproso. A lepra estava para aquela época como a SIDA e a droga estavam para o tempo que vivemos. Estes pensamentos perturbadores têm a ver com uma conversa que ouvi ontem entre 2 pessoas “muito católicas” que conversavam sobre a morte de um homem cigano cujo corpo se encontrava na casa mortuária da Igreja de Nª Srª da Conceição. Uma delas afirmava mesmo que quando viu os ciganos sentados à porta da Igreja tinha dado a volta por outro lado para não passar junto deles.

Ao ouvir isto, veio-me esta parábola à mente e as palavras do actual Papa Francisco sobre qual deve ser a actitude do cristão no mundo de hoje, fundamentalmente no que respeita à sua relação com os mais hosyilizados e sobre a visão que o cristão deve dar sobre si mesmo perante os outros.
Os ciganos, os romenos e os drogados são os nossos leprosos de hoje.
È lastimável que tão pouca atenção se preste ao que é importante e ocorre à nossa volta e só nos sintamos motivados para cantorolar as orações como quando éramos pequeninos e diziamos a tabuada de cor, ou então, nos fiquemos pela caridadezinha para podermos fazer figura.

terça-feira, maio 07, 2013

EXAMES DA 4ª CLASSE
Que sensação estranha é esta que sinto hoje de que estamos a passos largos a recuar para um tempo que eu julgava morto e incinerado e com as cinzas espalhadas ao vento?

Quem é este Crato e o que é que o convenceu que era um pedagogo? Será que voltaremos ao tempo da admissão ao 1º ciclo e assim sucessivamente?
Onde estão os professores que fizeram as maiores manifestações dos últimos anos, quando se considerou que os professores teriam de ser avaliados? Até hoje ainda não ouvi um professor nas TVs, ou um representante dos EES afirmar ser favorável a este golpe de teatro. A este regresso a um ensino bafiento e salazarento. Ainda por cima põem crianças de 9 anos a assinar termos de responsabilidade? E não há uma grande prova de força a nível nacional para impedir este acto de violência mental contra crianças indefesas. Onde está o Procurador da República? Onde estão as Comissões de Protecção de Menores? Quem move uma acção contra o Ministro da Educação por permitir uma barbaridade destas?
Mas os professores não são indignam. Estão calados. E não se indignam porque ao que me dizem têm medo. Um medo atávico de não serem colocados. De perderem o emprego.
Curioso. Quando era a avaliação deles até reformados eu vi a engrossarem as manifestações. Quando se trata da avaliação dos meninos e meninas deste país, eles que se lixem. Os pais que cuidem deles. Continuo incapaz de compreender a classe docente à qual pertenci. Eu achava e aprendi com grandes mestres que era um grupo de homens e mulheres que lutavam por valores. Por serem solidários. Por serem os primeiros na luta por causas e não pelos seus interesses pessoais.

Já não conheço nada.
Hoje uma jornalista estagiária da TVI, de quem esta estação de televisão se serve e depois descarta, afirmava para uma menina que se sentia perdida numa escola que não era a sua: “- Agora é que é a sério!”
Que pena a criancinha não ter a capacidade cognitiva para lhe dizer que a licenciatura em jornalismo daquela anedota com um microfone nas mãos, tinha sido feita a brincar.

segunda-feira, maio 06, 2013

PRÉ-CAMPANHA ELEITORAL AUTÁRQUICA

Entrámos num período interessante da vida das populações. Vamos ouvir, ver e ler inúmeras promessas, auto-elogios e acusações entre os diferentes partidos que entram nesta corrida.

Uns bajulam-se com o que fizeram no tempo das vacas gordas. Outros sobre os analgésicos com que contribuíram para entorpecerem a miséria com que se debatem as populações no tempo das vacas magras. Outros ainda vagueiam entorpecidos entre o torpor que espalharam e a vontade com que pretendem sugar ainda mais o sangue da manada.

Se dou a entender que este é o tempo dos vampiros é porque é isso mesmo que quero dizer.
Por mim já decidi. Vou comprar uma trança de alhos. Um crucifixo. E só saio durante o dia.
Vou evitar os ajuntamentos. E onde existir alguma coisas que me cheire a filiação partidária ou a tentativa pseudo-independente de atingir o poder local, fugirei como o diabo da cruz.
Os jornais locais serão interditos para quem pretenda salvaguardar as suas reservas de sanidade mental. Não ir ao mercado aos sábados, nem às feiras mensais. As festas organizadas pelos executivos municipais são locais a evitar. Onde se virem máquinas da câmara será melhor desviar caminho.

Terminadas as eleições autárquicas poderemos recomeçar a nossa “santa vidinha” seja quem for que as ganhe. Eu por mim só tenho uma certeza: - No concelho de Peniche, a fazer fé no que já foi anunciado, todos iremos perder.

sábado, maio 04, 2013

A ERA DA ELECTRÓNICA E O HOMEM:
O homem, quando chega aos 60 anos, entra para a era da eletrónica:
- baixa freqüência, baixa potência e alta fidelidade!

sexta-feira, maio 03, 2013

O BUCOLISMO NA CIDADE DE PENICHE
Recordam-se de Barnadim Ribeiro?
"À sombra dos arvoredos
o teu gado apascentavas;
e se os ventos eram quedos
mil vilancetes cantavas
conformes os teus segredos.
Então teu gado engordava,
tinhas pasto todo o ano.
Todo pastor confessava
sêres tu o mais ufano
que então nas serras andava."
Assim se tornaram as ruas da nossa cidade, preparando-se para o Verão que nos traz os turistas que irão entrar em encantos pelos bens que a Natureza lhes guarda numa terra à beira-mar.
A campanha eleitoral para as autárquicas representa momentos idílicos que podemos viver se nos deixarmos vaguear nas ruas da nossa cidade.
Bem hajam os que nos trazem paz de espírito.

quinta-feira, maio 02, 2013

IGNORÂNCIA PURA E DURA

Que eu cometa as minhas gafes é perdoável. Limito-me a ser um cidadão comum. Tenho algumas ideias com quem muita gente não concorda, mas tenho aproveitado os saberes com que me vou cruzando para poder compreender melhor as situações com que me vou deparando.
Gosto de música e sou muito eclético nos meus gostos. Mas prefiro ouvir música do que falar dela. Gosto ou não gosto. E se é verdade que sempre que estou aqui a escrever ouço música, o som ambiente que procuro pode ir dos clássicos ao fado, ao rock ou ao country. Enfim tenho os meus dias. Mas nunca ouvi os “concertos para violino de Chopin” como Pedro Santana Lopes.
Para ler a “Montanha Mágica” e “A Morte em Veneza” vou aos meus livros e saco da prateleira Thomas Mann, não correndo o risco do tio Cavaco Silva de poder abominar o que encontra em Thomas More. Ah, e na minha escola os Lusíadas tinham 10 cantos, sendo que o 9º era o mais lido pela rapaziada do meu tempo.

Mas a esperança deste país não reside em mim e eu não corro o risco de o representar de forma indevida. Dizem agora que cerca de 2300 licenciados em direito concorreram à carreira diplomática. Dizem-me ainda que na prova de cultura geral só passaram 44 candidatos. Entre outras questões a que não souberam responder estaria a de qual foi o rei português que travou a Batalha do Salado, que poeta escreveu uns versos onde se pode ler, “Eu quero amar, amar perdidamente…”
Isto é, se um diplomata pode desconhecer aspectos de cultura geral que fazem parte da História deste país, porque não podemos ter um primeiro ministro ignorante em música ou um Presidente da República pouco dado a literaturices?

Este é o nosso país.

quarta-feira, maio 01, 2013

NO DIA DO TRABALHADOR...
...O DESCANSO DOS GUERREIROS