segunda-feira, novembro 29, 2010

PARA OS ARAUTOS DA DESGRAÇA
Para aqueles que passam a vida a denegrir o seu País (Portugal).
Para aqueles que confundem País e Governo, e que na ânsia de estoirar com o segundo estabelecem a regra da terra queimada e do quanto pior melhor.
Para aqueles que perdem horas de trabalho do seu dia tão precioso. roubadas à entidade que lhes paga para enviarem emails sobre o actual 1º Ministro de Portugal, como se ele tivesse alguma importância e a seguir a um mau não viesse sempre outro pior.
Para aqueles que desde as 1ªs eleições pós 25 de Abril se cansam em slogans de reafirmação do "Governo prá rua".
Para todos esses trancrevo um texto que lhes dedico com os meus votos sinceros de um Feliz Natal de 2010 e um Ano Novo de 2011 tão bom quanto for possível. Não digo mais nada, porque está lá tudo.

"EU CONHEÇO UM PAÍS..."*
*Nicolau Santos, Director - adjunto do Jornal Expresso, In Revista"Exportar"

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundialde recém-nascidos, melhor que a média da UE.

Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologiade transformadores.

Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis eos vende no exterior para dezenas de mercados.

Eu conheço um país que tem uma empresa que concebeu um sistema pelo qual você pode escolher, no seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, ofilme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou um sistemabiométrico de pagamento nas bombas de gasolina.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou uma bilha de gás muitoleve que já ganhou prémios internacionais.

Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nívelmundial, permitindo operações inexistentes na Alemanha, Inglaterra ouEstados Unidos.

Eu conheço um país que revolucionou o sistema financeiro e tem três Bancos nos cinco primeiros da Europa.

Eu conheço um país que está muito avançado na investigação e produção de energia através das ondas do mar e do vento.

Eu conheço um país que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para toda a EU.

Eu conheço um país que desenvolveu sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos às PMES.

Eu conheço um país que tem diversas empresas a trabalhar para a NASA e a Agência Espacial Europeia.

Eu conheço um país que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.

Eu conheço um país que inventou e produz um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.

Eu conheço um país que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.

Eu conheço um país que produz um vinho que em duas provas ibéricas superou vários dos melhores vinhos espanhóis.

Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis.

Eu conheço um país que construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade pelo Mundo.

O leitor, possivelmente, não reconheceu neste país aquele em que vive...

*PORTUGAL*
Mas é verdade.Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por~portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.

Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI,BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Out Systems, WeDo,Quinta do Monte d'Oiro, Brisa Space Services, Bial, ActivespaceTechnologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Portugal TelecomInovação, Grupos Vila Galé, Amorim, Pestana, Porto Bay e BES Turismo.

Há ainda grandes empresas multinacionais instalada no País, mas dirigidas por portugueses, com técnicos portugueses, de reconhecido sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal ea Mc Donalds (que desenvolveu e aperfeiçoou em Portugal um sistema que permite quantificar as refeições e tipo que são vendidas em cada e todos os estabelecimentos da cadeia em todo o mundo ) .

É este o País de sucesso em que também vivemos, estatisticamente sempre na cauda da Europa, com péssimos índices na educação, e gravíssimos problemas no ambiente e na saúde... do que se atrasou em relação à média UE...etc. Mas só falamos do País que está mal, daquele que não acompanhou o progresso.

domingo, novembro 28, 2010

CÃO VELHO, LEOPARDO JOVEM E MACACO BISBILHOTEIRO
Uma velha senhora foi para um safari em África e levou seu velho rafeiro com ela.Um dia, caçando borboletas, o velho cão, de repente, deu-se conta que estava perdido.Vagueando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cão percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direcção, com a firme intenção de conseguir um bom e farto almoço.O velho cão pensa depressa (pois os velhos pensam depressa):
- Oh, oh! Estou mesmo enrascado!
Olhou à volta e vê ossos espalhados no chão muito próximo de si. Em vez de se apavorar, o velho cão ajeita-se junto do osso mais próximo e começa a roê-lo, virando as costas ao predador, fingindo que não o tinha visto...Quando o leopardo estava a ponto de dar o salto para o abocanhar, o velho cão exclama bem alto:
- Este leopardo estava delicioso!!! Será que há outros por aí??Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um terrível arrepio na espinha, suspende o seu ataque já quase começado e esgueira-se na direcção das árvores e pensa:- Caramba!!! Essa foi por pouco!!! O velho rafeiro quase me apanhava...!Um macaco, numa árvore ali perto, viu a cena toda e logo imaginou como fazer bom uso do que vira. Em troca de protecção para si, informaria o predador que o cão não havia comido leopardo algum...E assim foi, rápido, em direcção ao leopardo. Mas o velho cão vê-o a correr na direcção do predador em grande velocidade e pensa:
- Aí há marosca...O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o acontecido e
O velho cão pensa depressa (pois os velhos pensam depressa):
- Oh, oh! Estou mesmo enrascado!
Olhou à volta e vê ossos espalhados no chão muito próximo de si. Em vez de se apavorar, o velho cão ajeita-se junto do osso mais próximo e começa a roê-lo, virando as costas ao predador, fingindo que não o tinha visto...Quando o leopardo estava a ponto de dar o salto para o abocanhar, o velho cão exclama bem alto:
- Este leopardo estava delicioso!!! Será que há outros por aí??Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um terrível arrepio na espinha, suspende o seu ataque já quase começado e esgueira-se na direcção das árvores e pensa:
- Caramba!!! Essa foi por pouco!!! O velho rafeiro quase me apanhava...!
Um macaco, numa árvore ali perto, viu a cena toda e logo imaginou como fazer bom uso do que vira. Em troca de protecção para si, informaria o predador que o cão não havia comido leopardo algum...E assim foi, rápido, em direcção ao leopardo. Mas o velho cão vê-o a correr na direcção do predador em grande velocidade e pensa:
- Aí há marosca...
O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o acontecido e faz um acordo com o leopardo.O jovem leopardo fica furioso por ter sido enganado e diz:
- Ó macaco, sobe para as minhas costas para veres o que vai acontecer àquele cão abusador...Agora, o velho cão vê um leopardo furioso, vindo em sua direcção, com um macaco nas costas e pensa rápido novamente:
- E agora, o que é que eu faço?Mas em vez de correr (pois sabia que as suas pernas cansadas não o levariam longe...) senta-se mais uma vez de costas para os agressores, fazendo de conta que não os via... Quando estavam suficientemente perto para ouvi-lo, o velho cão diz:
- Mas onde é que anda aquele macaco? Estou a morrer de fome...!!! Disse que me traria outro leopardo e até agora nada...

Moral da história: Não te metas com Cão Velho... Idade e habilidade sobrepõem-se à juventude e à intriga. A sabedoria só vem com a idade e a experiência.

sábado, novembro 27, 2010

sexta-feira, novembro 26, 2010

NOTÍCIAS DA NET
Num email dizem-me que 2010 anos depois Jesus acaba de voltar a ser crucificado em Israel.
Noutro enviam-me uma mulher num concurso a tentar adivinar um peso superior a 4,5 kgs e durante meia hora nunca diz um número superior a 4 kgs.
Noutro ainda enviam-me fotos e Mr. Obama numa de situações onde se pode constactar a sua simplicidade e estabelecem-se paralelos com as pessoas importantes cá da terra.
Vários outros esclarecem-me sobre a melhor forma de eu gastar dinheiro em plasmas, telemóveis e GPSs.
Estranhamente não tenho recebido as habituais reclamações sobre "a desarticulação do Hospital de Peniche".
2010 está a mesmo no ocaso e não há forma já de o corrigir. E para não nos desabituarmos preparam uma dose mais apurada de miséria para 2011. Os Deuses devem estar loucos.

quinta-feira, novembro 25, 2010

JOAQUIM GOMES
Comunista. Indefectível de Álvaro Cunhal. Meu vizinho durante uns anos (esteve preso em Peniche de onde fugiu). Amigo do meu sogro. Um cidadão preso e presa da sua fé em ideais de que nunca abdicou.
Um amigo de Peniche. Vi-o e falei com ele inúmeras vezes em algumas das suas muitas visitas a Peniche, onde regressou sempre sem traumas, para transmitir às gerações mais novas o que foi a sua experiência e um tempo que é desejável que esteja afastado para sempre.
Morreu no passado sábado dia 20 de Novembro com 93 anos. Julgo que Peniche lhe deve uma homenagem. Nem que seja uma lápide na que foi a cela onde esteve detido.
Não por ter sido um lutador anti-fascista (muitos outros o foram). Mas por ter sido capaz de fechar dentro de si as dores de uma prisão ignóbil e regressar sempre a Peniche com amizade, para pedagogicamente nos transmitir as suas vivências. Para que não se esqueça.
Conheço pessoas que estiveram aqui presas e seus familiares que fizeram jura de aqui nunca mais regressar. Pelas memórias que não conseguem apagar. Não ele. Homem simples de palavras simples e sentimentos lineares, a sua luta era pela felicidade dos outros mais do que pela sua própria. Morreu um homem bom.
Cairá num saco roto a minha proposta de uma homenagem ao amigo de Peniche. Chegando a altura do 25 de Abril vão fazer uma festa estafada e sem sentido. Esquecendo que a história se escreve todos os dias para lá das greves e dos gritos nas manifestações.
Eu por mim já fui lançar um cravo vermelho no fosso da Fortaleza para assim o honrar.

terça-feira, novembro 23, 2010

memórias do futuro (narrativa de uma família)
Falo com inúmeras pessoas que trabalharam comigo nas diversas escolas por onde passei e só ouço dizer: - vou reformar-me (ou reformei-me).
Não posso acreditar que alguém tenha ganho com esta fuga em frente. Nem os próprios, nem as escolas, nem o Sistema Educativo. Quando decorrer o tempo suficiente para uma análise fria e desapaixonada do primeiro decénio do século XXI em Portugal, poderemos então avaliar até que ponto foi ou não meritória esta ampla saga que vamos atravessando.
Penso que as culpas pelo que de mau estará a decorrer irão ser repartidas. Nenhum País o é sem o povo que o define. Vem tudo isto a propósito de um livro que acabo de ler sofregamente. O título do livro é o título deste blog. O autor é Daniel Sampaio. Trata de uma vida vivida. É o encontro de alguém com a sua juventude, com a sua maioridade e com o seu declínio.
É aquilo que sabem os que já viveram muito e espera os que ainda vão a percorrer a vida. Por falar do que sabemos ou adivinhamos é que vale a pena. É um encontro entre o ser e não ser coisa nenhuma. Quando se fala de livros que merecem a pena ser lidos e levar connosco para onde formos, este é um deles.

sexta-feira, novembro 19, 2010

O PORTO DE ÁGUAS PROFUNDAS
Já li e ouvi afirmações de Vitória sobre o abandono da ideia do porto de águas profundas em detrimento da Praia dos Supertubos. Não houve, tanto quanto sei uma razão de causa e efeito.
O Porto de Águas Profundas nasceu da ideia na altura de reequacionar a localização dos Portos em Portugal, como forma de competir com outros destinos europeus para recepção de mercadorias que atravessassem o Atlântico. Recordo-me desta ser uma bandeira do industrial
Henrique Neto no advento dos Governos socialistas de António Gueterres.
A ideia caiu, tal como o próprio, por razões mais políticas do que de estratégia de desenvolvimento. Na altura pagaram-se por muitos milhares de euros estudos e mais estudos para o Plano de Desenvolvimento Estratégico de Peniche e do Oeste. Desses estudos como de tantas outras iniciativas, não restou senão uma memória efémera e talvez em parte o IP6, a Escola Superior de Tecnologias do Mar e em alguma medida o arranjo do fosso das muralhas.
Também na altura, surgiram localmente alguns slogans sem consequências, com o objectivo de salvar as ondas e as praias dos apetites gulosos dos estrategas de um desenvolvimento então designado por selvagem.
Não houve propriamente um movimento cívico de defesa das praias e das ondas. Existiram isso sim algumas “cenas” de desafio ao poder local e governamental. Designar como Vitória do Surf sobre os contentores, a não-existência do Porto de Águas Profundas não passa de uma figura de retórica interessante, mas que não passa disso mesmo.
Calma pessoal! Com isto não estou a dizer que ganhou ou perdeu a melhor das causas. É mais uma das situações que nunca saberemos. Neste momento há que defender os Supertubos como fonte de crescimento para os desportos náuticos e de estratégia de desenvolvimento turístico. O resto é o mesmo que acreditar em resultados de excelência só porque somos cool.
A ideia do PAP assentava num Pólo de desenvolvimento para Peniche-Cidade que assentava em nós como um destino Atlântico. O que iremos ser, é mais o resultado do que não fomos capazes de ser.
Os estudos sobraram e outros serão feitos e vendidos à medida daquilo que desejarmos que reproduzam. Ficam o Turismo e os Desportos Náuticos investimento em que não utilizámos um cêntimo, porque nos foi legado pela mãe natureza.

quinta-feira, novembro 18, 2010

NÃO HÁ GAIVOTAS NO CÉU
Afinal não existirem gaivotas não é tão traumático assim.
O céu é mais azul. As paredes dos prédios ganham em cor. Os carros não parecem camuflados prontos para uma luta de guerrilha. Não sentimos as “cagadelas” a caírem ao nosso lado como petardos.
Estranha-se e depois entranha-se uma qualidade no meio ambiente que em Peniche há muito perdemos. Ainda se as gaivotas surfassem…
Existe pelo menos uma geração de Penicheiros que já não se recorda da sua terra sem os telhados carregados de gaivotas e ninhos, sem os ataques às mulheres que vêm do mercado. Essa praga invadiu o nosso quotidiano de forma absurda. Por mim fiquei feliz por o Arquipélago das Berlengas ter passado ao lado na aceitação dos portugueses que se sentem atraídos pelos recantos mais belos do nosso país.
A Reserva ainda não me fez sentir a “bondade” da sua intervenção nas ilhas. Sinto-a mais como um meio de gerar “coutadas feudais”, com este ou outro nome. Mas se calhar sou suspeito em relação a esta matéria, porque vejo os ambientalistas das Berlengas mais como fanáticos da Al Qaeda, do que como gente empenhada na preservação sustentável das ilhas.
As Gaivotas já existiam na ilha antes da Reserva e nunca incomodaram ninguém na península. Tinha até um certo romantismo o acompanhamento dos barcos de pesca pelas simpáticas aves. Como eram giros os ratos e as lagartixas. E havia um equilíbrio natural. Pescadores, fauna e flora auto-regulavam-se. Agora todos os anos gastam-se milhares de euros para apanhar ovos dos telhados em campanhas há muito perdidas para regular o nascimento daqueles predadores. O trabalho da ASAE compreendo. Ninguém é dono de nada por melhores que sejam as suas intenções. Em França os Sarkozy expulsaram os ciganos. Como se faz para fazer desaparecer as gaivotas e os seus progenitores reservistas? Pode ser que apareça uma dieta mediterrânea desenvolvida à base de gaivota e de ambientalistas. Com a crise que está instalada e a fome (que dizem) lhe anda associada, pode ser que a caça (sem defeso) aos infames passarocos e seus amigos resolva o nosso problema.
PS: Posso parecer demasiado cruel. Perguntem-me quanto me custa por ano o arranjo e limpeza de telhados e a pintura do carro.

quarta-feira, novembro 17, 2010

O QUE PODE O ENGENHO HUMANO






terça-feira, novembro 16, 2010

FINALMENTE A EXPLICAÇÃO!

"Uma mulher pergunta a um mestre chinês:
- Mestre, por que um homem que faz sexo com várias mulheres é chamado
de campeão e uma mulher que faz sexo com vários homens é chamada de
prostituta?

E o mestre responde:
- Filha...Veja bem, uma chave que abre várias fechaduras é uma
chave-mestra. Já uma fechadura que abre com qualquer chave, não serve
para nada."

segunda-feira, novembro 15, 2010

INTERRUPÇÕES
Por razões múltiplas e diversas este Blog irá sofrer interrupções várias até ao final do corrente mês. Um grande pedido de desculpas aos que me acompanham neste percurso que já se prolonga por vários anos.
Regressaremos com a vontade de sempre.
Para não nos afastarmos completamente, serão publicadas notas de humor e de espanto que espero vos amenizem os dias.

sábado, novembro 13, 2010

A VELHINHA, O BALDE, A TINTA, OS FRANGOS E UM GANSO
Um fazendeiro resolveu ir a pé da cidade, de volta para sua fazenda.
No caminho, comprou um balde e um galão de tinta,dois frangos e um
ganso vivo. Quando saiu, parou e ficou matutanto sobre como levar as
compras para casa.

Enquanto coçava a cabeça, apareceu uma velhinha que lhe disse estar
perdida e lhe perguntou:

- Pode me explicar como chegar até a Estrada das Andorinhas, 1603?

- Bem, minha fazenda fica próxima a esse local. Eu a levaria
até lá, mas ainda não resolvi como carregar tudo isto.

A velhinha sugeriu:
- Coloque o galão de tinta dentro do balde, carregue o balde em uma
das mãos, um frango sob cada braço e o ganso na outra mão.

- Muito obrigado, - disse o homem - é uma boa idéia.

A seguir, partiram os dois para o destino.
No caminho, ele disse:
- Vamos cortar caminho e pegar este atalho, pois economizaremos muito tempo.

A velhinha o olhou cautelosamente e disse:
- Eu sou uma viúva solitária e não tenho marido para me defender. Como
saberei se quando estivermos no atalho você não avançará em cima de
mim e levantará minha saia para fazer amor comigo?

- Impossível, estou carregando um balde, um galão de tinta, dois
frangos e um ganso vivos. Como eu poderia fazer isso com tanta coisa
nas mãos, sendo que se soltar as aves elas fugirão?

- Muito simples: coloque o ganso no chão, ponha o balde invertido
sobre ele, coloque o galão sobre o balde e eu seguro os frangos...

terça-feira, novembro 09, 2010

DE 0 A 20
Alguns municípios portugueses que assinaram com o Ministério da Educação a transferência de competências deste para as autarquias, vêm agora denunciar esse contrato alegando que não recebem verbas suficientes para poderem ser responsáveis pelo Ensino Básico.
Desde sempre que fui céptico em relação a esses protocolos. Não acredito na capacidade técnica e pedagógica das autarquias para se responsabilizarem pelo acto educativo. As Câmaras Municipais são na sua generalidade fóruns de interesses político-corporativos que vão mudando de sentido com a alternância de quem exerce o poder. E, salvo raras e honrosas excepções a Educação nunca é uma das prioridades do poder político. Se por ela e com ela poder atingir o poder, tanto melhor. Mas uma vez conquistado perde a importância e retoma o seu lugar subalterno. Crianças e jovens até aos 18 anos não votam.
Espero por bem que ao Municípios portugueses denunciem de todo esses contratos.

O Complexo Escolar dos Arcos em Óbidos foi reconhecido pela OCDE como um dos melhores edifícios escolares do mundo. E Óbidos é aqui tão perto. O Presidente da Câmara Municipal de Óbidos (Telmo Faria) é professor. Tem a percepção e a sensibilidade.
Óbidos tem aquilo que falta à maioria das Autarquias: Percepção, sensibilidade, oportunidade e capital humano. Sem ideias e sem coragem não se chega a lado nenhum.
O que é imediato acaba por ser finito. Não perceber isto é condenar o futuro.
Muito gostaria que políticos locais, Pais e Encarregados de Educação, Professores e outros responsáveis fizessem uma visita ao Complexo Educativo dos Arcos. Talvez que com humildade e vontade de ver, aprendessem alguma coisa.

segunda-feira, novembro 08, 2010

VAMOS CONVERSAR SOBRE A MORTE
No último número da Visão é publicada uma entrevista que deveria ser de leitura obrigatória no Ensino Secundário. O assunto é o último livro de António Lobo Antunes, “Sôbolos Rios Que Vão”, na circunstância o entrevistado, e o entrevistador é Ricardo Araújo pereira (esse mesmo).
Sendo o assunto um livro, o tema da entrevista é a Morte (temática do livro) apesar de ninguém morrer nos livros de ALA. Fiquei a saber que existe outra pessoa que gosta tão pouca da “vaca da morte” como eu.
Fiquei a saber também que o que fez irromper o escritor terão sido as Selecções do Reader’s Digest do período da 2ª grande Guerra, o Almanaque da Bertrand, o Pato Donald e as "Aventuras do Mandrake". Presumo que o Flash Gordon não terá sido citado só por puro esquecimento. Sinto-me feliz por ter tido os mesmos gostos na leitura que um dos grandes da nossa prosa.
A morte, a leitura e o cancro aproximam-me de ALA.
A senhora de quem não gosto comecei a contactar com ela desde muito novo. A minha avó (Guilhermina Baterremos) era a cangalheira de Peniche. Num tempo em que se compravam os caixões em esqueleto e que eram alindados pela minha avó com seda e florzinhas que os tornavam mais artísticos e menos tétricos. Ainda hoje tenho em casa quadros feitos com os Cristos que sobejaram dos caixões. É uma espécie de vingança que tenho contra ela. Ajudei Cristo mais a sua Cruz a não serem enterrados e desaparecerem na voragem da oxidação.
No que ao cancro diz respeito (os dois) tratámos mal o fdp e ele parece que separou de nós como o Demo das cruzes da minha avó. Não me dá prazer falar desse mete nojo. É um mal execrável que apanha as pessoas distraídas e tenta corroê-las por dentro como se fosse alguém da sua intimidade. Eu pelo meu lado e ao que percebo o ALA também, não queremos nada com esse nojento e com os serviços que presta à Parca.
Do que não queremos fica o que pedimos emprestado. As aventuras que nos levaram muito pequenos nos braços do sonho, as rápidas das Selecções e os livros condensados que me permitiram ter um vislumbre sobre o que mais tarde haveria de conhecer. Também para mim estas coisas têm a ver com a herança de meu avô, homem que acreditava que era na Fraternidade e na Liberdade que tudo quanto é bom pode acontecer. Sobre os rios que vão sinto-me bem pelo caminho que percorri. Desde os tempos em que jogava às escondidas com o meu irmão no armazém dos caixões, às horas que roubei ao estudo lendo o Mundo de Aventuras, ou ao que usei com paixão para dar um murro nos cornos do sacana do cancro que ousou chatear-me.
Afinal, parece que não falei assim tanto da Morte. Ou terei falado?

domingo, novembro 07, 2010

UMA QUESTÃO DE CHEIRO
Dois jovens alentejanos passeavam pelo campo quando a Maria parou e perguntou ao Manel:
- Como é que o cavalo sabe que a égua "o quer"?
Ao que o Manel responde:
- Pelo cheiro.
A Maria continua a andar e pouco mais à frente pára e pergunta:
- Manel, como é que o cão sabe que a cadela 'o quer'?
O Manel respondeu:
- Pelo cheiro, Maria.
Mais à frente a Maria torna a perguntar:
- Manel, como é que o touro sabe que a vaca 'o quer'?
O Manel responde (ainda pacientemente):
-Oh Maria, já te disse que é pelo cheiro!!!!!!!
Depois de uma curta pausa, a Maria pergunta:
- E tu, ó Manel, és maricas ou tás engripado?

sábado, novembro 06, 2010

PARA QUEM PRECISA DE PAZ NESTES TEMPOS DIFÍCEIS





















sexta-feira, novembro 05, 2010

REDES
Vou assistindo com alguma perplexidade (escolhi esta palavra que define em absoluto o que sinto) o desenvolvimento dos meios hoje disponíveis para traçar e ampliar os grupos de pessoas que pretendem fazer parte das nossas relações individuais.
Só posso falar do que sinto.
Claro que se o meu amigo Abel Campos quiser juntar-me ao grupo de pessoas com que partilha ideias, acho isso óptimo e (até porque o vejo tão pouco) adiro de imediato.
Agora se uma pessoa que se cruza comigo no dia a dia e nem os bons dias me dá me envia um pedido de amizade num sistema em rede, telefono para o meu amigo Osama, peço-lhe uma granada ofensiva e essa é a minha resposta.
Mas mais grave que isto é ainda os sacanas dos políticos a quererem que eu me ligue a eles em rede. Nunca nenhum deles me falou. Nunca nenhum se preocupou em conhecer os meus anseios. E agora, porque vão disputar eleições propõem-me um pacto de amizade. Sr. Cavaco Silva dispenso a sua amizade. Sr. Manuel Alegre não lhe permito entrar em minha casa, a não ser através dos seus livros.
Um dia destes dei-me ao trabalho de ver o que dizem (escrevem) os amigos, dos amigos, dos amigos dos meus amigos. E fiquei abismado. O que as pessoas dizem. E ainda há quem ponha em causa confessar-se a um padre. Antes uma confissão do que dizer o que li.
Isto já não são redes. São serviços de Informações, criados para se poderem conhecer pessoas e chantagear com elas.
Os que me conhecem sabem que seria incapaz de recusar um apelo de amizade das pessoas que conheço e com quem privo. E de com eles partilhar angústias e alegrias, esperanças, sonhos e frustrações. Quanto aos outros, lamento mas já não tenho tempo para me ocupar deles.

quinta-feira, novembro 04, 2010

TANTA CRISE E EU AQUI…
Quem vive em Peniche está no melhor dos mundos. A crise serve para trocar emails contra o governo mais ou menos agressivos.
De resto com as poupanças das compras que não se fazem, na feira mensal que está interrompida até Deus ver, foi forçada mais uma instituição bancária a assentar arrais em Peniche, porque anda por aí muito dinheiro à solta que carece de ser aplicado.
Novas grandes superfícies preparam-se para durante o Natal fazer a sua aparição e receber também os dividendos das riquezas que tornam Peniche um Oásis no circuito das misérias de um Portugal mendigo e à mesa da sopa dos pobres.
Quem entrar em Peniche e vir a revolução que tende a transformar a cidade numa Fortificação medieval com um fosso capaz de nos defender dos invasores mauzões, percebe que esta terra está finalmente a tornar-se num El Dorado. Por isso eu curto aqui viver.
È claro que existem situações menos agradáveis. Aqueles escombros do que deveria ser uma Biblioteca Municipal, aquele edifício do Traquinas, aqueloutro do António Bento, o Bairro do Calvário, são exemplos de situações que precisam de serem pensadas, meditadas, projectadas e meditadas, para serem resolvidas. E se conseguirmos realizar um grande Festival com Televisões a transmitirem em directo e onde caibam os egos mais volumosos, então é certo e sabido que não teremos carcinomas urbanísticos a desvirtuarem a beleza deste paraíso.
Lá para o inicio do próximo ano, quando virmos os fundos que deram entrada neste Concelho pela pesquisa e exploração do petróleo da bacia, perceberemos então as razões das prioridades dos nossos líderes.
Conquistado o direito a uma economia saudável, já passamos para o estádio seguinte. O da diversão pura e simples. Agarra tu também na tua prancha e vamos dar uma surfadela.

quarta-feira, novembro 03, 2010

ANDY IRONS
Ao ser anunciada ontem a sua morte nos EU por dengue, e por ter sido uma das figuras emblemáticas da etapa que se resalizou à poucos dias em Peniche, deixamos aqui uma homenagem ao tri campeão mundial.
http://www.youtube.com/watch?v=pmzfc3eQ-bo&feature=related

terça-feira, novembro 02, 2010

A LEI DE MURPHY
“Se algo pode correr mal, correrá mal”

Julgo que terá sido por ter reflectido na Lei de Murphy que o 3.764º líder do PPD/PSD terá dito no facebook que o que vier a seguir só pode ser pior.
Mas também não disse nada de novo. Desde um primeiro período de euforia após o 25 de Abril, as coisas têm sempre vindo de mal a pior para o mexilhão.
Com FMI ou sem ele não há nada que não nos tenha já acontecido. Chegámos ao ponto de até termos raiva para com aqueles que recebem uns trocos para comprar a “merda” com que se afundam.
Aos “artistas” do BPN oferecem-lhes pulseiras de alta tecnologia (que sai dos nossos impostos) para poderem estar em casa que nem uns “nababos”. E revoltamo-nos contra os ladrões e os ciganos por receberem uma esmola mensal. Fossem as senhoras da Conferência de S. Vicente de Paula a dar-lhes e as coisas não serviriam para tanto papaguear.
Tenham calma: “Sorria…amanhã será pior”.