A todos os que por aqui passarem desejo umas festas felicíssimas. Claro que não será para muitos. A dor, a infelicidade e o ruir de muitas esperanças não permitirá a muitos poderem encarar com alegria este período.
Resta acreditar que existirá uma réstia de esperança algures para cada um de nós. Que possamos ser felizes apesar de tudo.
"Conversar em Peniche" não é necessariamente conversar sobre Peniche. Também mas não só. Algumas vezes assumirá um papel de raiva. Ou de guerra. Será provocador qb. Comprometido. Não será isento nem de erros nem de verdades (os meus, e as minhas). O resto se verá...
domingo, dezembro 22, 2013
sexta-feira, dezembro 20, 2013
HISTÓRIAS DE ENCANTAR...
CINDERELA
BRANCA DE NEVE
CAPUCHINHO VERMELHO
A BELA ADORMECIDA
JASMINE (in ALADINO)
A BELA E O MONSTRO
BARBIE NO 50º ANIVERSÁRIO
TWEETY AOS 60 ANOS
SUPERHOMEM
THOR
HOMEM ARANHA
BRANCA DE NEVE
CAPUCHINHO VERMELHO
A BELA ADORMECIDA
JASMINE (in ALADINO)
A BELA E O MONSTRO
BARBIE NO 50º ANIVERSÁRIO
TWEETY AOS 60 ANOS
SUPERHOMEM
THOR
MULHER MARAVILHA
BATMAN E ROBINHOMEM ARANHA
terça-feira, dezembro 17, 2013
O ÚLTIMO ABRAÇO QUE ME DÁS
Nesta quadra de Natal e quando tantas coisas que eu não gostaria que acontecessem se deram, recebi da minha filha um email com um recorte da revista "Visão". A leitura deste permitiu que vários sentimentos fluíssem em mim. Só refiro 2 deles. O Amor que senti pela minha filha por me ter enviado este recorte, e o que senti por ver um dos maiores escritores portugueses tocados pelas coisas simples que nos tornam humanos. Merece a pena.
por António Lobo Antunes
16:42 Quinta, 12 de Dezembro de 2013
Para Luís Costa
O ÚLTIMO ABRAÇO QUE
ME DÁS
in "Visão"por António Lobo Antunes
16:42 Quinta, 12 de Dezembro de 2013
O lugar onde, até hoje, senti mais orgulho em ser pessoa foi o Serviço de
Oncologia do Hospital de Santa Maria, onde a elegância dos doentes os
transforma em reis. Numa das últimas vezes que lá fui encontrei um homem que
conheço há muitos anos. Estava tão magro que demorei a perceber quem era.
Disse-me
- Abrace-me porque é o último abraço que me dá durante o abraço
- Tenho muita pena de não acabar a tese de doutoramento
e, ao afastarmo-nos, sorriu. Nunca vi um sorriso com tanta dor entre
parêntesis, nunca imaginei que fosse tão bonito.
Com o meu corpo contra o dele veio-me à cabeça, instantâneo, o fragmento de
um poema do meu amigo Alexandre O'Neill, que diz que apenas entre os homens, e
por eles, vale a pena viver. E descobri-me cheio de respeito e amor. Um rapaz,
de cerca de vinte anos, que fazia quimioterapia ao pé de mim, numa determinação
tranquila:
- Estou aqui para lutar
e, por estranho que pareça, havia alegria em cada gesto seu. Achei nele o
medo também, mais do que o medo, o terror e, ao mesmo tempo que o terror, a
coragem e a esperança.
A extraordinária delicadeza e atenção dos médicos, dos enfermeiros,
comoveu-me. Tropecei no desespero, no malestar físico, na presença da morte, na
surpresa da dor, na horrível solidão da proximidade do fim, que se me afigura
de uma injustiça intolerável. Não fomos feitos para isto, fomos feitos para a
vida. O cabelo cresce-me de novo, acho-me, fisicamente, como antes, estou a
acabar o livro e o meu pensamento desvia-se constantemente para a voz de um
homem no meu ouvido
- Acabar a tese de doutoramento, acabar a tese de doutoramento, acabar a
tese de doutoramento
porque não aceito a aceitação, porque não aceito a crueldade, porque não
aceito que destruam companheiros. A rapariga com a peruca no braço da cadeira.
O senhor que não olhava para ninguém, olhava para o vazio. Ali, na sala de
quimioterapia, jamais escutei um gemido, jamais vi uma lágrima. Somente feições
sérias, de uma seriedade que não topei em mais parte alguma, rostos com o mundo
inteiro em cada prega, traços esculpidos a fogo na pele. Vi morrer gente quando
era médico, vi morrer gente na guerra, e continuo sem compreender. Isso eu sei
que não compreenderei. Que me espanta. Que me faz zangar. Abrace-me porque é o
último abraço que me dá: é uma frase que se entenda, esta? Morreu há muito
pouco tempo. Foda-se. Perdoem esta palavra mas é a única que me sai. Foda-se.
Quando eu era pequeno ninguém morria. Porque carga de água se morre agora, pelo
simples facto de eu ter crescido? Morra um homem fique fama, declaravam os
contrabandistas da raia. Se tivermos sorte alguém se lembrará de nós com
saudade. De mim ficarão os livros. E depois? Tolstoi, no seu diário: sou o
melhor; e depois? E depois nada porque a fama é nada.
O que é muito mais do que nada são estas criaturas feridas, a recordação
profundamente lancinante de uma peruca de mulher num braço de cadeira. Se eu
estivesse ali sozinho, sem ninguém a ver-me, acariciava uma daquelas madeixas
horas sem fim. No termo das sessões de quimioterapia as pessoas vão-se embora.
Ao desaparecerem na porta penso: o que farão agora? E apetece-me ir com eles,
impedir que lhes façam mal:
- Abrace-me porque talvez não seja o último abraço que me dá.
Ao M. foi. E pode afigurar-se estranho mas ainda o trago na pele. Durante
quanto tempo vou ficar com ele tatuado? O lugar onde, até hoje, senti mais
orgulho em ser pessoa foi o Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria
onde a dignidade dos escravos da doença os transforma em gigantes, onde só
existem, nas palavras do Luís, Heróis.
Onde só existem Heróis. Não estou doente agora. Não sei se voltarei a
estar. Se voltar a estar, embora não chegue aos calcanhares de herói algum,
espero comportar-me como um homem. Oxalá o consiga. Como escreveu Torga o
destino destina mas o resto é comigo. E é. Muito boa tarde a todos e as
melhoras: é assim que se despedem no Serviço de Oncologia. Muito boa tarde a
todos e até já, mesmo que seja o último abraço que damos.
segunda-feira, dezembro 16, 2013
UMA HISTÓRIA...
O avô conta ao seu neto João as grandes mudanças que aconteceram na sociedade, desde a sua juventude até agora:
« Sabes, João, quando eu era pequeno, a minha mãe dava-me dez escudos = (+/-) 5 cêntimos de hoje.
Com isso, mandava-me à mercearia da esquina.
Então, eu voltava com um pacote de manteiga, dois litros de leite, um saco de batatas, um queijo, um pacote de açúcar, um pão e uma dúzia de ovos.
O neto João retorquiu:
- Mas
... avô, nesse teu tempo não havia câmaras de vigilância ?!... »
sábado, dezembro 14, 2013
OUÇAM...
...e esqueçam a porcaria dos governantes que temos e das leis com que nos espoliam todos os dias. A nós, aos nossos filhos e outros descendentes.
Que o Demo os acolha em sua glória e o Stevan Segal execute o trabalho como é sua obrigação.
http://www.youtube.com/watch_popup?v=cgJRlu3ws3w
Que o Demo os acolha em sua glória e o Stevan Segal execute o trabalho como é sua obrigação.
http://www.youtube.com/watch_popup?v=cgJRlu3ws3w
quarta-feira, dezembro 11, 2013
PAI NATAL: - MEU QUERIDO AMIGO
Venho
por este meio apresentar-lhe as minhas saudações natalícias. Votos de que
esteja bem de saúde bem como as suas simpáticas renas. Bem preciso que elas
estejam em forma, para poderem chegar ao meu país e à minha terra.
Posto isto, quero aqui deixar os meus pedidos para o meu sapatão deste ano de 2014:
Pedido – Por favor manda embora o Governo do meu país e protege os velhos, as crianças, os jovens e os doentes, que tão maltratados têm sido. Que se alguém tirar que sair do meu país, sejam estes governantes doentiamente maldosos e incompetentes e os seus comparsas do dinheiro de quem são fiéis servos. Libertai Portugal meu querido Pai Natal, de quem o está a destruir.
Pai
Natal:
Pedi
demais? Havia de ver o que tenho em carteira. Mas como não o quero impedir de
satisfazer outros pedidos de amigos e conhecidos seus, tão merecedores de
atenção quanto eu, fico-me por aqui por estas coisas mais evidentes.
Obrigado pelo que conseguir. Fico-lhe grato.
Quero
dizer-lhe em primeiro lugar que julgo que desde o Natal anterior me portei bem.
Não me inscrevi em nenhum partido político, logo não fiz promessas que não
poderei cumprir. Para além de ter votado na minha mulher e no meu alter-ego
Henrique Bertino, não votei em mais ninguém. Também não faço parte de nenhuma
seita religiosa e não ando a tirar fotografias de mim mesmo quando pratico
algum acto mais bondoso. A minha mão esquerda não sabe rigorosamente do que a
minha mão direita faz.
É claro
que tenho tido algumas atitudes que poderão ser encaradas por alguns como um
tanto verrinosas. Mas trata-se de questões de valores que defendo e aos quais
não posso fugir. Mas se o Pai Natal não for muito exigente penso que me pode
relevar esses pecadilhos já que foram cometidos em defesa do bem comum.Posto isto, quero aqui deixar os meus pedidos para o meu sapatão deste ano de 2014:
Pedido – Por favor manda embora o Governo do meu país e protege os velhos, as crianças, os jovens e os doentes, que tão maltratados têm sido. Que se alguém tirar que sair do meu país, sejam estes governantes doentiamente maldosos e incompetentes e os seus comparsas do dinheiro de quem são fiéis servos. Libertai Portugal meu querido Pai Natal, de quem o está a destruir.
Pedido –
Libertai a minha terra (Peniche) dos oportunismos fúteis e pueris que a
conduzem para a sua autodestruição. Que quem governa possa governar e que quem
perdeu deixe governar quem ganhou. Que aquela gentinha da Assembleia Municipal
ganhe juízo e sejam verticalmente honestos, não querendo na secretaria ganhar o
que o os eleitores não lhe deram. Que na Câmara Municipal não se tente destruir
a possibilidade de o executivo desenvolver o trabalho que deve, sem entraves,
de forma a provar o que é capaz ou não de fazer. Sejam vigilantes mas não
travões.
Pedido –
Que se retirem os cartazes que ainda restam em alguns locais, com as “fronhas”
dos candidatos autárquicos. Já chega de propaganda espúria.
Pedido –
Que se retirem os cartazes em que se prometiam obras em Bairros Sociais em
momentos ante eleitorais e que não se realizaram nunca. Que se prometa só o que
se pode cumprir. E reafirmo aqui que antes a recuperação do Bairro do Calvário
que 500 carnavais de Inverno ou de verão.
Pedidos
- Que se limpem as dunas das areias removidas da limpeza do fosso das muralhas.
Já chega de incúria.
Pedido –
Que se tome uma atitude definitiva sobre a Biblioteca Municipal. Para quando e
para quê? Um povo que lê é um povo com uma sabedoria imensa. E isso é
contraproducente para os políticos. ABAIXO AS RUINAS DA BIBLIOTECA. Morra. Pum!
Pedido –
Que se tome uma decisão sobre o edifício António Bento. Ou vai ou não vai. E se
não vai não finjam.
Obrigado pelo que conseguir. Fico-lhe grato.
terça-feira, dezembro 10, 2013
domingo, dezembro 08, 2013
UMA AULA DE EDUCAÇÃO SEXUAL
Anita, de sete anos, regressa a casa vinda da escola.
Tinha tido a primeira aula de educação sexual.
A mãe, muito interessada pergunta:
-Como é que correu?
- Quase morri de vergonha! - respondeu a pequena Anita.
- Porquê? - perguntou a mãe.
Anita respondeu:
- O Zezinho, o menino com o cabelo ruivo, disse que foi a cegonha que o trouxe.
- O Marco, da livraria, disse que veio de Paris.
- A Cristina, a vizinha do lado, disse que foi comprada num orfanato e o Tó disse que foi comprado no hospital.
- O Paulinho disse que nasceu de uma proveta
- O André disse que nasceu de uma barriga de aluguer.
A mãe de Anita respondeu quase sorrindo:
-Mas isso não é motivo para te sentires envergonhada...
- Não, já sei, mas não me atrevi a dizer-lhes que como nós somos pobres, tiveste que ser tu e o pai a fazer-me...!!!
Tinha tido a primeira aula de educação sexual.
A mãe, muito interessada pergunta:
-Como é que correu?
- Quase morri de vergonha! - respondeu a pequena Anita.
- Porquê? - perguntou a mãe.
Anita respondeu:
- O Zezinho, o menino com o cabelo ruivo, disse que foi a cegonha que o trouxe.
- O Marco, da livraria, disse que veio de Paris.
- A Cristina, a vizinha do lado, disse que foi comprada num orfanato e o Tó disse que foi comprado no hospital.
- O Paulinho disse que nasceu de uma proveta
- O André disse que nasceu de uma barriga de aluguer.
A mãe de Anita respondeu quase sorrindo:
-Mas isso não é motivo para te sentires envergonhada...
- Não, já sei, mas não me atrevi a dizer-lhes que como nós somos pobres, tiveste que ser tu e o pai a fazer-me...!!!
sábado, dezembro 07, 2013
BURRA MAS HONRADA
Uma garota, ia sair pela primeira vez com um homem. A mãe dela apreensiva, deu algumas instruções:
- Olha minha filha, ele te convidou pra sair, você vai;
- Ele vai te levar pra jantar, você vai;
- Ele vai te convidar pra conhecer o apartamento dele, você vai;
- Ele vai te oferecer uma bebida, você aceita;
- Ele vai te convidar pra ir pro quarto, você vai;
- Ele vai te convidar pra tirar a roupa, você tira;
- Ele vai te pedir pra deitar na cama, você deita...
Mas, na hora em que ele for subir em cima de você pra desonrar a sua família, você não deixa, viu minha filha?
Tudo avisado, a garota saiu.
Quando chegou, foi contar pra a mãe o ocorrido:
Quando chegou, foi contar pra a mãe o ocorrido:
- Tudo o que a Senhora falou era verdade, mãe!Ele fez tudinho! Só que na hora que ele foi subir em cima de mim pra desonrar minha família...
- Você saiu da cama, né, filha? Perguntou a mãe, apreensiva.
- Melhor!!!!! Eu subi em cima dele e desonrei a família dele!
quinta-feira, dezembro 05, 2013
quarta-feira, dezembro 04, 2013
de... 4 CASAMENTOS E UM FUNERAL
Funeral
Blues
w.h. auden
w.h. auden
Pare os relógios, cale o telefone
Evite o latido do cão com um osso
Emudeça o piano e que o tambor surdo anuncie
a vinda do caixão, seguido pelo cortejo.
Que os aviões voem em círculos, gemendo
e que escrevam no céu o anúncio: ele morreu.
Ponham laços pretos nos pescoços brancos das pombas de rua
e que guardas de trânsito usem finas luvas de breu.
Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste
Meus dias úteis, meus finais-de-semana,
meu meio-dia, meia-noite, minha fala e meu canto.
Eu pensava que o amor era eterno; estava errado
As estrelas não são mais necessárias; apague-as uma por uma
Guarde a lua, desmonte o sol
Despeje o mar e livre-se da floresta
pois nada mais poderá ser bom como antes era.
Evite o latido do cão com um osso
Emudeça o piano e que o tambor surdo anuncie
a vinda do caixão, seguido pelo cortejo.
Que os aviões voem em círculos, gemendo
e que escrevam no céu o anúncio: ele morreu.
Ponham laços pretos nos pescoços brancos das pombas de rua
e que guardas de trânsito usem finas luvas de breu.
Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste
Meus dias úteis, meus finais-de-semana,
meu meio-dia, meia-noite, minha fala e meu canto.
Eu pensava que o amor era eterno; estava errado
As estrelas não são mais necessárias; apague-as uma por uma
Guarde a lua, desmonte o sol
Despeje o mar e livre-se da floresta
pois nada mais poderá ser bom como antes era.
terça-feira, dezembro 03, 2013
EUROPA: - UM FIM TRÁGICO
Quando
trabalhei na Guiné-Bissau como cooperante nos anos 70 do século passado,
conheci um outro cooperante lá o Zé Manel dos Santos que foi a primeira pessoa
a chamar-me a atenção para a decadência da Europa, um continente que perdia os
seus valores, a sua criatividade, a Beleza da explosão da Arte nos corações dos
seus artistas. Aproxima-se o Tempo da decadência da Europa, dizia o Zé Manel, e
do florescimento de outros continentes como fontes civilizacionais.
Hoje, 40
anos passados, isso tornou-se por demais evidente e são muitos que referem essa evidência hoje clara, à qual se
mantiveram alheios durante dezenas de anos.
Bem se
tentou uma União Europeia que aproveitasse o que de melhor havia da Alma da
Europa, mas cedo os incompetentes e os trauliteiros da política se aproveitaram
dos sonhos e os tornaram em pesadelos. Quando um qualquer durão barroso se
torna presidente da UE é porque atingimos mesmo o limite da degradação do ideal
europeísta. Monnet, Shuman e Adenauer sonharam criar as bases de um
envolvimento social dos cidadãos europeus que impedisse a hostilidade e o
domínio de alguns estados sobre outros estados mais frágeis. Tudo em debalde.
Hoje assistimos à mais dolorosa das vilanias que é o domínio económico de
alguns países mais poderosos sobre outros mais carenciados, conduzindo milhares
de cidadãos europeus, na Grécia, Espanha, Itália, Portugal e Irlanda a situações
de pobreza extrema, que passam a depender de atitudes assistenciais suprimido
que foi ou está em vias de o ser o Estado Social.
Alguns
políticos portugueses viram com algum tempo o que estava a acontecer.
Infelizmente o facilitismo e a ignorância permitiu que o pior acontecesse. E hoje
um grupo de mafiosos, corruptos e servidores da hegemonia dos poderosos tomou
conta de governos e centros de poder, entregando os destinos de uma europa
podre aos donos da economia mundial.
Nota: Portugal
manteve, em 2013, o 33.º lugar no Índice de Perceção da Corrupção da
organização Transparência Internacional, mas perdeu pontuação numa lista que
este ano inclui mais um país do que em 2012.
segunda-feira, dezembro 02, 2013
AVALIAÇÃO DE PROFESSORES
Já
manifestei o meu desacordo substantivo com a actual equipa do Ministério da
Educação. São “broncos” e burros”. São “incompetentes” e “voláteis”. Destruíram
tudo quanto de positivo se tem vindo a criar ao longo de muitos anos e em substituição
desses valores têm vindo a edificar uma escola para ricos e a deixar cair a
escola dos pobres onde podem ensaiar novas experiências assistenciais. Recusam
tudo quanto cientistas competentes têm vindo a desenvolver em defesa de modelos
educativos democráticos (caso da autonomia das escolas) e garroteiam todo e
qualquer espaço de criatividade que ao espaço escolar compete.
Tudo isto já afirmei aqui.
Mas isso não me torna mais susceptível a aceitar que no que concerne a avaliação de professores esbarre no poderoso muro corporativo doa agentes docentes.
Tudo isto já afirmei aqui.
Mas isso não me torna mais susceptível a aceitar que no que concerne a avaliação de professores esbarre no poderoso muro corporativo doa agentes docentes.
Tudo
serve para recusar qualquer forma de avaliação seja ela qual for. Na televisão
ouvem-se os mais tenebrosos argumentos a defender essa recusa, próprios de quem
é tão incompetente e ignorante como aqueles que determinam modelos de avaliação
de professores esquecidos desde o tempo da idade média. Aqui há dias uma docente
afirmava que se recusava a fazer prova de capacidade para leccionar, porque
tinha feito uma licenciatura e um mestrado e essa seria a maior prova de que
poderia leccionar. Nada mais completamente falso. A professora em questão até
poderia ter um doutoramento, mas isso jamais faria dela uma professora se lhe
faltarem qualidades pedagógico-didácticas para tal. O que não faltam aí são
professores com licenciaturas e mestrados sem que isso represente qualquer
valor acrescentado para as escolas ou para os alunos. Saber não é sinónimo de
que se saiba transmitir conhecimentos. Isso também se aprende e nem todos são
capazes de o fazer, tenham embora as licenciaturas que quiserem. Quanto aos
mestrados, estamos conversados sobre o que os mestrados que fazem se aplicam de
perto ou de longe ao percurso escolar do docente.
No dia
em que os professores aceitarem ser avaliados de forma credível eu mudarei de
opinião sobre a credibilidade que me merecem. Até lá merecem-me tanta quanto o
Ministério da Educação.
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