quarta-feira, dezembro 30, 2015


 

4 histórias

 

 4 RINS

 

No Curso de Medicina, o professor dirige-se ao aluno e pergunta:
- Quantos rins temos nós?
- Quatro! - responde o aluno.
- Quatro?

–replica o professor, um arrogante, daqueles que sentem prazer em gozar com os erros dos alunos.
- Tragam um fardo de palha, pois temos um burro na sala.  Ordena ao seu auxiliar.
- E para mim um cafezinho! - pediu o aluno.
O professor ficou furioso e expulsou-o da sala. O aluno era Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), o 'Barão de Itararé'. Ao sair, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o irritado mestre:
- O senhor me perguntou quantos rins 'NÓS TEMOS'. 'NÓS' temos quatro: dois meus e dois seus. 'NÓS' é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.

Moral da História:

 

 A VIDA EXIGE MUITO MAIS COMPREENSÃO DO QUE CONHECIMENTO.

 


BOA RESPOSTA

   Um mecânico está a desmontar a cabeça do motor de uma moto, quando vê na oficina um cirurgião cardiologista muito conhecido. Ele está a observar o mecânico a trabalhar. Então o mecânico pára e pergunta:
- Bom dia, doutor, posso fazer uma pergunta?
O cirurgião, um tanto surpreendido, concorda e aproxima-se da moto na qual o mecânico está a trabalhar. O mecânico levanta-se e pergunta:
- Doutor, repare neste motor. Eu abro-lhe o coração, tiro as válvulas, conserto-as, ponho-as no sítio e fecho novamente, e, quando acabo, ele volta a trabalhar como se fosse novo. Explique-me por que é que eu ganho tão pouco e o senhor tanto, quando o nosso trabalho é praticamente o mesmo!!
Então o cirurgião sorri, inclina-se e diz baixinho ao mecânico:
- 'Você já tentou fazer como eu faço, com  o motor a trabalhar?'
 

Moral da História:

 

QUANDO A GENTE PENSA QUE SABE TODAS AS RESPOSTAS, VEM A VIDA E MUDA TODAS AS PERGUNTAS.

 


MUITA CALMA

 Entra um senhor desesperado na farmácia e grita:
- Rápido, dê-me algo para a diarreia! Urgente!
O dono da farmácia, que era novo no negócio, fica muito nervoso e dá-lhe um remédio errado: um remédio para nervos. O senhor, com muita pressa, pega no remédio e vai embora.
Horas depois, chega novamente o senhor que estava com diarreia e o farmacêutico diz-lhe:
- As minhas desculpas, senhor. Creio que por engano lhe dei um medicamento para os nervos, em vez de um para a diarreia. Como é que se sente?
O senhor responde:
- Cagado... mas tou tranquilo.

Moral da História:

 “POR MAIS DESESPERADA QUE SEJA A SITUAÇÃO, SE ESTIVER CALMO, AS COISAS SERÃO VISTAS DE OUTRA MANEIRA".

 


PROBLEMA É SÉRIO

 
O sujeito vai ao psiquiatra
- Doutor - diz ele - estou com um problema: - De cada vez que estou na cama, acho que está alguém debaixo dela. Vou para baixo da cama ver e parece-me que há alguém em cima dela. P'ra baixo, p'ra cima, p'ra baixo, p'ra cima. Estou a ficar maluco!
- Muito bem. Eu trato de si durante dois anos, diz o psiquiatra. Venha cá três vezes por semana, e eu resolvo-lhe o problema.
- E quanto me vai custar isso? - pergunta o paciente.
- 75 € por sessão - responde o psiquiatra.
- Bem, eu vou pensar - conclui o sujeito.
Passados seis meses, encontram-se na rua.
- Então, como tem passado, por que é que nunca mais apareceu? - Pergunta o psiquiatra.
- A 75€ a consulta, três vezes por semana, durante dois anos, ia-me ficar caro demais. Um indivíduo que conheci no café curou-me por 10€.
- Ah sim? E como? - Pergunta o psiquiatra.
O sujeito responde:
- Por 10€ ele cortou os pés da cama...

Moral da História:

 

MUITAS VEZES O PROBLEMA É SÉRIO, MAS A SOLUÇÃO PODE SER MUITO SIMPLES!

 

 

terça-feira, dezembro 29, 2015

VADE RETRO PAULO PORTAS
Não há bem que sempre dure, nem mal que muito ature

segunda-feira, dezembro 28, 2015


QUEM QUER PERCEBER O QUE LHE ACONTECEU?

Num notável artigo de opinião, escrito hoje no “Expresso Curto”, Nicolau Santos com palavras simples que todos entendemos, descreve a miséria em que caímos, origens e desenvolvimentos. Diz quem é quem nesta roubalheira.

Transcrevo na íntegra para vossa apreciação:


“Os Emídios Catuns que nos pregaram um calote de 6,3 mil milhões e andam à solta

Nicolau Santos, Diretor-Adjunto do “Expresso”

Bom dia.

Desculpem, mas não há peru, rabanadas e lampreias de ovos que me façam passar o engulho da fatura que neste final do ano veio parar outra vez aos bolsos dos contribuintes por mais um banco que entrega a alma ao criador, no caso o Banif, no caso mais 3 mil milhões. É de mais, é inaceitável, é uma ignomínia para todos os que estão desempregados ou caíram no limiar da pobreza por causa desta crise e mais uma violência brutal para os que continuam a pagar impostos (e que são apenas cerca de 50% de todos os contribuintes).

Todos nos lembramos do cortejo dos cinco maiores banqueiros portugueses (Ricardo Salgado, Fernando Ulrich, Nuno Amado, Faria de Oliveira e Carlos Santos Ferreira) a irem ao Ministério das Finanças e depois à TVI exigir ao então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, para pedir ajuda internacional. Todos nos lembramos como o santo e a senha da altura era o da insustentável dívida pública portuguesa por erros de gestão do Governo de José Sócrates. Todos nos lembramos das sucessivas reafirmações de que a banca estava sólida por parte do Banco de Portugal e do governador Carlos Costa. Todos nos lembramos dos testes de stress aos bancos conduzidos pela Autoridade Bancária Europeia – e como os bancos nacionais passaram sempre esses testes. E depois disso BPI, BCP, CGD e Banif tiveram de recorrer à linha de crédito de 12 mil milhões acordada com a troika. E depois disso o BES implodiu – e agora o Banif também. E depois disso só o BPI pagou até agora tudo o que lhe foi emprestado. E antes disso já o BPN e o BPP tinham implodido. E a Caixa vai ter de fazer um aumento de capital. E o Montepio é uma preocupação. É de mais! Chega! Basta!

No caso do Banif, é claro que o governador Carlos Costa tem enormes responsabilidades na forma como o problema acabou por ter de ser resolvido. No caso do BES foi ele também que seguiu a estratégia da resolução, da criação do Novo Banco e do falhanço total dessa estratégia – a venda rápida que não aconteceu, a venda sem despedimentos que também não vai acontecer, os 17 interessados que afinal eram só três, as propostas que não serviam, e o banco que era para ser vendido inteiro e agora vai ser vendido após uma severa cura de emagrecimento. É claro também que a ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, tem responsabilidades diretas no caso, por inação ou omissão. E é claro que o ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, geriu politicamente o dossiê.

Mas não confundamos os políticos e o polícia com os bandidos,
com os que levaram a banca portuguesa ao tapete. E para isso nada melhor do que ler o excelente texto que o Pedro Santos Guerreiro e a Isabel Vicente escreveram na revista do Expresso da semana passada com um título no limite mas que é um grito de alma: «O diabo que nos impariu» - ou como os bancos nacionais destruíram 40 mil milhões desde 2008. Aí se prova que houve seguramente muitos problemas, mas que a origem de tudo está no verdadeiro conúbio lunar que se viveu entre a banca e algumas empresas e alguns empresários do setor da construção. Perguntam os meus colegas: «Sabe quem é Emídio Catum? É um desses empresários da construção, que estava na lista de créditos do BES com empresas que entretanto faliram. Curiosamente, Catum estava também na lista dos maiores devedores ao BPN, com empresas de construção e imobiliário que também faliram». E como atuava Catum? «O padrão é o mesmo: empresas pedem crédito, não o pagam, vão à falência, têm administradores judiciais, não pagam nem têm mais ativos para pagar, o prejuízo fica no banco, o banco é intervencionado, o prejuízo passa para o Estado». Simples, não é, caro leitor?

A pergunta que se segue é: e o tal de Catum está preso? Não, claro que não. E assim, de Catum em Catum, ficámos nós que pagamos impostos com uma enorme dívida para pagar que um dia destes vai levar o Governo a aumentar de novo os impostos ou a cortar salários ou a baixar prestações sociais. Mas se fosse só o Catum… Infelizmente, não. Até as empresas de Luís Filipe Vieira deixaram uma dívida de 17 milhões do BPN à Parvalorem, do Estado, e tinham ainda por pagar 600 milhões de crédito do BES. O ex-líder da bancada parlamentar do PSD, Duarte Lima, deixou perdas tanto no Novo Banco como no BPN. Arlindo Carvalho, ex-ministro cavaquista, também está acusado por ilícitos relacionados com crédito concedido pelo BPN para compra de terrenos. E um dos homens fortes do cavaquismo, Dias Loureiro é arguido desde 2009 por compras de empresas em Porto Rico e Marrocos, suspeita de crimes fiscais e burlas. Mas seis anos depois, o Ministério Público ainda não acusou Dias Loureiro, nem o processo foi arquivado.

Dos 50 maiores devedores do BES, que acumulavam um crédito total de dez mil milhões de euros, «o peso de construtores e promotores imobiliários é avassalador». No BPN, «mais de 500 clientes com dívidas iguais ou superiores a meio milhão de euros deixaram de pagar». E a fatura a vir parar sempre aos bolsos dos mesmos. Por isso, o artigo de Pedro Santos Guerreiro e Isabel Vicente é imperdível. Para ao menos sabermos que o que aconteceu não foi por acaso. Que muita gente não pagou o que devia ou meteu dinheiro ao bolso – e esperou calmamente que o Estado viesse socializar os prejuízos enquanto eles privatizaram os lucros.

domingo, dezembro 27, 2015

PROMOÇÃO DE NATAL
Aproveitem hoje
A crise é total


terça-feira, dezembro 22, 2015


PARÁBOLA DA CIGARRA E DA FORMIGA (2 versões)

 

Versão alemã:

-----------------

A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas cervejecas, dá umas “quecas”, vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada. A cigarra está cheia de frio, não tem casa nem comida e morre de fome.

Fim.

Versão portuguesa
:

-----------------------

A formiga trabalha durante todo o Verão debaixo de Sol. Constrói a sua casa e enche-a de provisões para o Inverno.
A cigarra acha que a formiga é burra, ri, vai para a praia, bebe umas cervejecas, dá umas quecas, vai ao Rock in Rio e deixa o tempo passar.
Quando chega o Inverno a formiga está quentinha e bem alimentada.
A cigarra, cheia de frio, organiza uma conferência de imprensa e pergunta porque é que a formiga tem o direito de estar quentinha e bem alimentada enquanto as pobres cigarras, que não tiveram sorte na vida, têm fome e frio.

A televisão organiza emissões em directo que mostram a cigarra a tremer de frio e esfomeada ao mesmo tempo que exibem vídeos da formiga em casa, toda quentinha, a comer o seu jantar com uma mesa cheia de coisas boas à sua frente.

A opinião pública tuga escandaliza-se porque não é justo que uns passem fome enquanto outros vivem no bem bom. As associações anti pobreza manifestam-se diante da casa da formiga. Os jornalistas organizam entrevistas e mesas redondas com montes de comentadores que comentam a forma injusta como a formiga enriqueceu à custa da cigarra e exigem ao Governo que aumente os impostos da formiga para contribuir para a solidariedade social.

A CGTP, o PCP, o BE, os Verdes, a Geração à Rasca, os Indignados e a ala esquerda do PS com a Helena Roseta e a Ana Gomes à frente e o apoio implícito e falso do Mário Soares organizam manifestações diante da casa da formiga.

Os funcionários públicos e os transportes decidem fazer uma greve de solidariedade de uma hora por dia (os transportes à hora de ponta) de duração ilimitada.

Fernando Rosas escreve um livro que demonstra as ligações da formiga com os nazis de Auschwitz.
Para responder às sondagens o Governo faz passar uma lei sobre a igualdade económica e outra de anti discriminação (esta com efeitos retroactivos ao princípio do Verão).

Os impostos da formiga são aumentados sete vezes e simultaneamente é multada por não ter dado emprego à cigarra. A casa da formiga é confiscada pelas Finanças porque a formiga não tem dinheiro que chegue para pagar os impostos e a multa.

A formiga abandona Portugal e vai-se instalar na Suíça onde, passado pouco tempo, começa a contribuir para o desenvolvimento da economia local.

A televisão faz uma reportagem sobre a cigarra, agora instalada na casa da formiga e a comer os bens que aquela teve de deixar para trás. Embora a Primavera ainda venha longe já conseguiu dar cabo das provisões todas organizando umas "parties" com os amigos e umas "raves" com os artistas e escritores progressistas que duram até de madrugada. Sérgio Godinho compõe a canção de protesto "Formiga fascista, inimiga do artista...".

A antiga casa da formiga deteriora-se rapidamente porque a cigarra está-se cagando para a sua conservação. Em vez disso queixa-se que o Governo não faz nada para manter a casa como deve de ser. É nomeada uma comissão de inquérito para averiguar as causas da decrepitude da casa da formiga. O custo da comissão (interpartidária mais parceiros sociais) vai para o Orçamento de Estado: são 3 milhões de euros por ano.
Enquanto a comissão prepara a primeira reunião para daí a três meses, a cigarra morre de overdose.

Rui Tavares comenta no Público a incapacidade do Governo para corrigir o problema da desigualdade social e para evitar as causas que levaram a cigarra à depressão e ao suicídio.

A casa da formiga, ao abandono, é ocupada por um bando de baratas, imigrantes ilegais, que há já dois anos que foram intimadas a sair do País mas que decidiram cá ficar, dedicando-se ao tráfego da droga e a aterrorizar a vizinhança.

Ana Gomes um pouco a despropósito afirma que as carências da integração social se devem à compra dos submarinos, faz uma relação que só ela entende entre as baratas ilegais e os voos da CIA e aproveita para insultar Paulo Portas.

Entretanto o Governo felicita-se pela diversidade cultural do País e pela sua aptidão para integrar harmoniosamente as diferenças sociais e as contribuições das diversas comunidades que nele encontraram uma vida melhor.

A formiga, entretanto, refez a vida na Suíça e está quase milionária...

 

sábado, dezembro 19, 2015



AVISO AO PAI NATAL (para memória futura)
Carta ao Pai Natal enviada a 26/12/2014. Mais vale prevenir que remediar...

“Querido” Pai Natal:
Acharás estranho que te escreva hoje, dia 26 de Dezembro, mas quero
esclarecer certas coisas que me ocorreram desde que te mandei uma
carta, cheio de ilusões, na qual te pedia que me trouxesses uma
bicicleta, um comboio eléctrico, um Nintendo 64 e um par de patins.
Quero dizer-te que me matei a estudar todo o ano, tanto que, não só
fui um dos primeiros da minha turma, mas também que tirei 20 a todas as disciplinas, não te estou a enganar. Ninguém se portou melhor que eu, nem com os pais, nem com os irmãos, nem com os amigos, nem com os vizinhos. Fiz recados SEM COBRAR, ajudei velhinhos a atravessar a rua e não houve nada que não fizesse pelos meus semelhante e, mesmo assim,
C'A GANDA LATA, O PAI NATAL!!!
E que... olha que deixar debaixo da árvore de Natal uma porcaria dum
pião, uma m… duma corneta e um maldito par de meias, QUE GANDA PORRA!!!
Quem pensas que és, ó barrigudo?
Ou seja, porto-me como um imbecil a merda do ano inteiro para que
venhas com uma merda deste calibre; e não sendo isto suficiente, ao
estúpido da merda do filho da vizinha, esse idiota sem educação,
malcriado e desobediente que grita com a mãe, A esse cavalão,
trouxeste-lhe tudo o que te pediu. Por isso agora quero que venha um
terramoto ou qualquer coisa assim, para irmos todos à merda, já que
com um Pai Natal tão incompetente e falso como tu, é melhor que a
terra nos engula. Mas não deixes de regressar no ano que vem, que vou rebentar a pedrada as VACAS das tuas renas. Começando por essa merda do Rudolph, que tem nome de gay. Vou-tos espantar para que te lixes, e andes a pé, como eu, GANDA CABEÇUDO!, já que a bicicleta que te pedi era para ir para a escola, que fica longe como a merda da minha casa.
Ah!!! E não me quero despedir sem te mandar para a  … oxalá que quando tiveres subido muito alto se  vire o trenó e leves
um grande tombo, por seres tão filho da mãe. Por isso, aviso-te que
no próximo ano vais ficar a saber o que é um miudo maldito, sacana e
um bocadinho f...
Atentamente,
Nando.

P.S. O pião, a corneta e o par de meias, podes vir buscá-los quando
quiseres e mete-los onde levam as galinhas!!!!!

sexta-feira, dezembro 18, 2015


SER CRISTÃO

Tanto quanto compreendo as coisas ser cristão, é ter Cristo como exemplo e tudo fazer para lhe seguir as pisadas e ensinamentos.

Por que entendo as coisas tão simples como isto, tenho comigo perplexidades que não me abandonam.

Cavaco Silva será cristão? E Paulo Portas? E Adriano Moreira que aceitou ser membro de um governo que detinha pessoas presas por delito de opinião? E Ricardo Salgado será cristão? E Durão Barroso?

Estão a perceber o que me confunde?

Quando vejo figuras que se dedicam (aram) a atormentar outros seres humanos numa Igreja ajoelhando-se perante o símbolo do ideal cristão, fico perplexo. Depois penso. Com certeza que se confessaram e tal como fazem política assim lidaram com o padre confessor. Depois foram perdoados com 2 Pai-Nossos e 3 Avé-Marias, comungaram e lá seguiram o seu caminho para poderem ser exemplos para os incautos cidadãos.

Ser cristão é a melhor solução para quem curtir o pecado.   

quarta-feira, dezembro 16, 2015


O NATAL EM PENICHE

Quem passa pela baixa (e não só) da cidade de Peniche sente um vazio enorme na alma.

O actual executivo do PC decidiu acabar com as festividades do Natal. Que seja. Não lhe chamem festas do Natal. Chamem-lhe Festa de Família. E tudo se justificará.

A tristeza das iluminações de Natal. 3 miseráveis luzinhas aqui, 2 outras ali. E nem música. Não gostam de Música de Natal ponham Música Clássica. Mas por favor deem-nos música. Encham as nossas almas de encanto.

É claro que sei que o actual presidente da Câmara já não é candidato nas próximas eleições. E que se está borrifando para quem as ganha. E sei que as almas dos comunistas estão em fanicos ao pensar que este final de ano é doloroso com o PS a governar e eles a dizerem que sim.

O dinheiro foi-se. E quem quiser Natal que faça o seu presepiozinho em sua casa. Nas ruas da Cidade de Peniche não.

Odeio a insensibilidade dos responsáveis da Câmara Municipal de Peniche.    

segunda-feira, dezembro 14, 2015


EU E AS PRESIDENCIAIS DE JANEIRO DE 2016

Como já vem sendo hábito venho por este meio (até parece que estou no notário) fazer a minha manifestação de vontade sobre as próximas Presidenciais.

Isto porque quero que quem aqui vem perceba claramente a pessoa que vêm encontrar. Eu sou muito transparente nas minhas posições políticas. E às tantas era fácil eu dizer que este Blog é isento e independente e depois ir tentando minar com diversas opiniões a vossa atitude. Tornar-me-ia tão vigarista como os que reprovo nesta luta que se avizinha pelo poder institucional.

 

Sou de esquerda. Ou do centro esquerda como queiram. Desde logo o professor martelo está nas minhas antípodas. Como se isto não bastasse não me esqueço que ele sempre foi o “fazedor” de factos políticos. Até o seu amigo (?) Balsemão ele conseguiu torpedear. Dito isto, não me esqueço que ele nas suas conversas em família fintando uns quantos incautos e menos atentos telespectadores, foi preparando este espaço como trampolim para o objectivo que pretende. Intimo de Salazaristas, foi afinando o diapasão à medida que o tempo foi passando permitindo a si próprio uma roupagem de independência que agora apresenta como uma medalha. Por mim de Cavacos estou farto.

 

Vamos agora aos outros. Marisa Matias e o sr. prior vão cumprir o doloroso dever de se apresentarem ao eleitorado para que os seus partidos ganhe, tempo de antena. Quanto a vcs não sei. Mas eu já dei para esse peditório.

 

Henrique Neto. Conheço-o desde os tempos do MDP/CDE. Voluntarioso. Ddedicado às suas causas. Temerário e um industrial que na indústria dos moldes fez crescer a nossa região e o nosso país. Sempre devotado à causa pública tem uma maneira muito singular e de discordar e raramente de concordar. Parece sentir uma grande frustração por não ter sido nunca aproveitado politicamente. Dói-me (porque o conheço) aquilo em que se tornou. Não lhe sinto nem esperança, nem futuro. Não é o meu candidato.

 

Vou votar em SAMPAIO DA NÓVOA. É um homem da cultura e do saber. É um homem de causas e de esperança. É da esquerda humanista e social. Isto chega-me.

   

sexta-feira, dezembro 11, 2015

BOAS FESTAS
Este fim de semana deixo-vos a todos com estes meus votos. É o meu contributo neste momento que se deseja Feliz e pleno de esperanças. Muita saúde e alegrias neste período e no próximo 2016.
Subam a escada da Vida com sonhos e de mãos dadas com os que amais.



quinta-feira, dezembro 10, 2015

E QUEM NÃO TIVER INTERNET?
Ontem fiz uma tentativa para assistir ao lançamento do livro de José Pacheco Pereira sobre o Cunhal. Lá estava eu às 18 30 horas. Mas é claro que não começou quando devia. Porque haviam pessoas que se tinham atrasado para o "acontecimento". Fiz o que podia. Comprei o livro e já depois das 19 vim-me embora. Nenhum Marcelo por mais mediático que seja é mais importante que eu. Isto aprendi eu com o meu pai e o Pacheco Pereira tem sido muito insistente neste aspecto. As pessoas valem por serem pessoas. Só por isso. Depois devem pagar o preço dos degraus que sobem. E esse preço é tanto mais elevado quanto mais próximo se está do topo da escadaria.
Pagar eu o preço de servir de escadote? Já dei para esse peditório.
Logo à noite ouço a quadratura do círculo. E procuro ler o que ele escreve. O Zé Pacheco pereira não tem de se preocupar com os cabeçudos que o querem afastar. Tratam-se de atitudes obscenas que só classificam quem as toma. Desses actores de pacotilha não restarão vestígios. Tu meu amigo ainda tens o 5º volume para escrever.


De resto queria deixar uma só critica mas essa não é ao JPP. É a quem organizou a apresentação do livro. Entrou nas atitudes comuns informar estas coisas via internet. E quem não tiver internet? Quem não tiver acesso à porcaria das redes sociais?   

segunda-feira, dezembro 07, 2015


AS RUINAS DO CARMO

No passado sábado fui passar o dia com a minha filha. A manhã foi “consumida” em Lisboa. Enquanto a minha mulher e a minha cunhada faziam compras eu dediquei-me a passear em locais que há muito não revia.

O Martim Moniz deixou-me aparvalhado. Já não reconhecia aquele espaço. Independentemente de se ter tornado um espaço comercial da euro Ásia, também o edificado deu um enquadramento espectacular a um espaço praticamente abandonado durante muitos anos mesmo no centro da cidade. Fui em direcção à baixa passando pela rua Barros Queiroz. Vi a Igreja de S. Domingos e entrei. Sentei-me numa cadeira para descansar e vi as centenas de turistas que admiravam os “ossos” que sobraram daquele local de culto, depois de um incêndio em 1959 que horrorizou todos quantos no nosso país sofrem com a destruição do nosso património histórico.

Descansado parti para a 2ª parte do meu passeio Praça da Figueira em direcção ao Rossio. Sentei-me num banco a admirar aquela magnifica praça de Lisboa. O movimento. As casinhas de vendas de Natal. A alegria das crianças. As mães à procura das prendas para oferecerem. E no meio disto tudo do banco onde me sentei via as ruinas do Carmo sobressaindo dos telhados. Tirei 2 fotos que lamentavelmente perdi ao passa-las da máquina para o PC. Felizmente que no Google encontrei o que vi.



Aquelas ruinas são uma história de Lisboa e de Portugal que me soube bem rever ainda que à distância. Também eu salvo as devidas proporções sou um pouco uma ruina do que fui. Coxo e muito desgastado do meu coração, ando uns metros e tenho de descansar. Graças ao menos que consigo descrever o estado de verdadeira felicidade que foi rever espaços que fizeram parte da minha juventude e dos meus primórdios de adulto.

Lisboa é uma cidade que merece a pena ser vista e amada. Assim a saibamos merecer.

sábado, dezembro 05, 2015

A QUESTÃO SERÁ MESMO O NOME
Um emigrante veio a Portugal e trazia consigo um potente cão, um Doberman.
Foi ao Alentejo mostrar o seu "perro" ao seu compadre.
- Compadre, tenho aqui um cão muita valente, dá cabo de qualquer coisa que ladre.
- Olhe, eu por acaso também tenho aqui um cão, eu chamo-lhe o RASTEIRINHO, o gajo é muita mau. Dá-me cabo das galinhas todas .
- O que é que você diz se a gente juntasse os animais ?
- Bora.
Quinze minutos depois, após terem ocorrido milhares de gemidos e latidos, o Doberman já não tinha uma perna e estava praticamente "serrado" ao meio .
- Epa, o seu cão é muita mau. Como é que ele se chama?
- Olhe , eu chamo-lhe o rasteirinho , mas lá fora chamam-lhe CAOcrodilo


sexta-feira, dezembro 04, 2015


REQUIEM PELO CINEMA PARIS

Tenho estado de férias. Os reformados também tiram férias. Eu não sabia mas aprendi à minha custa. Como é que são as férias de um reformado? Eu explico.

Se adoece ainda faz menos do que aquilo que já não fazia. Se fica sem internet o reformado tira mais que fazer ao já não fazer “nadica” de nada. Nestes momentos de férias o reformado dorme de dia e à noite não tem sono. Quando chega o Natal, a decoração do “lar doce lar” ocupa os momentos já tão expressivos de lazer continuado.

Foi num momento de férias assim que a notícia me fez entrar em ebulição e me trouxe os meus dias de Campo de Ourique e da Estrela. O cinema Paris, ali na Domingos Sequeira, vai ser demolido.



Regressei aos meus 16/17 anos aluno da Machado de Castro e posteriormente do Instituto Industrial. Aos meus quartos alugados naqueles bairros tão semelhantes a Peniche. Às minhas tardes de domingo no Jardim da Estrela. Às milhares de vezes que passei junto ao Paris para ir para as aulas ou quando vinha delas e ía para casa. As dezenas (centenas?) de vezes que comprei bilhete e numa gazeta às aulas, fazia do Paris a minha Formação para a cidadania. Eu, o Jorge Machado, o Joseph. O meu afilhado Luís. O Zé Maria Martiniano. O Zé Puto. E tantos e tantos outros.

O Paris interrompeu-me as férias por tudo aquilo que representou (e representa para mim). Campo de Ourique sem o Paris, sem o “Vergas”, sem as tascas, sem o Jardim da Parada ou a Basílica é impensável para mim.

Estou a ficar irremediavelmente velho. As coisas que me ajudaram a crescer vão desaparecendo, tal como as pessoas. Eu vou restando. Nesta roleta da vida ainda não saiu o meu número. Sabe-se lá porquê. Por isso posso ainda escrever sobre as minhas memórias. E sabe-me bem fazê-lo. Mesmo que esteja de férias.