sábado, dezembro 30, 2017

FELIZ 2018
Não fujo à normalidade, deixando aqui os meus votos sinceros de um Feliz Ano de 2018.
Desejo a todos os que me acompanham que as suas relações com as comunidades onde se inserem sejam de harmonia e de respeito.
Desejo que o ódio que serpenteia aí por tantos lados se esvaia e que seja a ternura que presida aos nossos valores e ideais.
Deixo uma palavra muito especial para 2 entes muito queridos que não poderei reencontrar. Refiro-me à Zinha minha amiga de muitas lutas, sem a qual não teria sido possível o que conseguimos de bom na escola da Lourinhã. E refiro-me ao Manuel Machado, o Manel da GelPinhos como era conhecido. Para os que não acreditam na política e nos políticos quero dizer-vos que este foi um homem que provou que se pode ser bom e trabalhar na causa pública merecendo o respeito de todos. Conheci-o e nunca mais deixei de ser seu amigo embora as voltas da vida nos tenham separado. Respeitei-o e respeito-o ainda hoje considerando-o um exemplo de um Homem de valores. Deixa um vazio difícil de preencher. Que a sua memória permaneça como um farol nas relações entre as pessoas.  

sexta-feira, dezembro 22, 2017

EM MODO DE BOAS FESTAS
Até 28 de Dezembro. Que a alegria inunde os vossos corações.

quarta-feira, dezembro 20, 2017


É TEMPO DE REVIVALISMOS

È tempo de Natal e tempo de recordações nos assaltarem. Quando não somos nós a desenterrá-las no mais fundo do baú das nossas memórias, são farrapos do passado que nos assaltam sem estarmos preparados para isso.

Um destes dias recebi uma mensagem através deste blog de uma pessoa que há cerca (ou há mais) de 40 anos eu não sabia dela. Refiro-me ao Lino Sebastião que foi aqui funcionário bancário do Banco Pinto de Magalhães. Ele acabou por sair de Peniche para uma outra localidade, e só a mulher dele que também era professora aqui na Zona Oeste fui encontrando esporadicamente.

Pois o Lino contactou comigo porque mantém em poder dele algum do espólio da Húmus, cooperativa livreira criada nos tempos do anterior regime, que por extinção decretada pela PIDE/DGS veio a dar origem à livraria Arco Íris.

O Lino como veio percebendo que eu gostava de ir transmitindo acontecimentos do passado que determinaram muito do presente de Peniche hoje, sugeriu-me que nos encontrássemos para analisar aquele espólio e percebermos se em parte terá utilidade para este

Incipiente “contador de histórias”.

Esse espólio refere-se aos aspectos mais específicos da contabilidade da Húmus e da livraria que lhe sucedeu. Isso não significa que não possam vir a ser úteis para conhecer melhor os anos 60 e 70 de Peniche e das suas gentes. Mas o que este encontro a concretizar valerá mais é pelas memórias que nos irá suscitar. As gentes que conhecemos e com quem colaborámos em actividades ditas mais ou menos subversivas na altura.

O Lino fazia da parte daquele grupo de actividades mais intensas onde estavam os Carlos, o Mota e o Vital, o Adelino leitão, o Desejável, o Delgado, o inevitável Zé Rosa e tantos, tantos outros que quiseram e souberam fazer de uma vida solidária o seu objectivo.

Ao contrário do que é hoje imaginável os telefones eram um bem de luxo. Não existiam telemóveis, nem internet. O livro era o grande educador e os jornais a melhor de todas as fontes de informação.     

domingo, dezembro 17, 2017


OS CANAIS TELEVISIVOS DE MÚSICA

Os mil e um canais de televisão por cabo que nos são oferecidos (salvo seja) permitem uma escolha múltipla de assuntos e temas. Eu substitui à hora de jantar os telejornais por canais de música. Estes últimos existem para todos os gostos. Desde a pop à clássica. È claro que não resisto a fazer umas passagens rápidas pelas notícias. Para rapidamente sair delas. A primeira meia hora dos telejornais é insuportável, tal o massacre que nos impigem de notícias que acham que são do nosso agrado. As audiências comandam os tempos nas televisões.

Um dia destes estavam a perorar sobre o que acham que é “o último escândalo nacional”. A história das “raríssimas” e das gambas e vestidos da sua presidente. Na SIC fizeram em 5 minutos o julgamento e ditaram a sentença, atribuindo culpas a associados e políticos que apoiaram a associação. Acabado o julgamento a Srª D.ª Clara de Sousa que faz parte do grupo dos juízes das televisões que temos, começa a disparar pedidos de auxilio para uma autodenominada “SIC Esperança”. A minha cabeça estalou. Então as associações não estão imunes a atitudes desonestas dos seus dirigentes e eu devo dar o meu dinheiro a quem a senhora Clara disser. E se a Associação apoiada por ela for também objecto de pensamentos menos puros de quem movimenta esses dinheiros? Nunca vi a SIC divulgar o deve-haver das ofertas. E se também existirem por lá no gabinete da direcção gambas fritas? Se existirem a D. Clara também será acusada por apoiar essa causa, como a SIC insinua que deve ser o Ministro Vieira da Silva. Porque razão a senhora Clara de Sousa não percebe que a seguir a acusar de fraude uma associação de apoio a necessitados, da forma como o faz, está a

abrir a porta a que pensemos que todas as outras sejam iguais. Porque é que o sr. Balsemão é mais honesto que o senhor Vieira da Silva? Afinal não são os dois políticos?

Haja Deus.

Voltemos aos canais de música.  

quarta-feira, dezembro 13, 2017


PORQUE NÃO SOU CRISTÃO

”A época das pessoas distintas, receio-o, está quase a terminar. Duas coisas contribuem para isso. A primeira é a crença de que não há mal em  se ser feliz contanto que ninguém sofra com isso; a segunda é a aversão pela impostura, aversão essa que é tanto de índole estética como moral..

..No fundo,  o que há com as pessoas requintadas é que elas odeiam a vida, tal como esta se manifesta nas tendências para a cooperação,na ruidosa vivacidade das crianças e, sobretudo, no que se refere ao sexo, pensando que tudo isso é produto de uma obsessão. Numa palavra, pessoas distintas são aquelas que têm as mentes mais repugnantes.”  

Sir Bertrand Russel

O livro que empresta o título à minha conversa de hoje, tal como “O Drama de Jean Barrois” terão contribuído de forma decisiva para o esfumar da minha fé em Deus e nas religiões como testemunho de crença em algo para além da vida.

Claro que tenho um grande e enorme respeito por aqueles que têm fé. Quer acreditem num deus ou em muitos. As religiões tornaram-se em determinados momentos a única forma de aliciar a humanidade para o bem comum.

Acima de tudo acredito na capacidade do Homem de se regenerar. Seja ele cristão ou muçulmano. Seja ele budista ou ateu. O homem enquanto factor determinante da bondade é que me move.

Por isso não posso deixar de ter vómitos quando vejo pessoas ministrarem aquilo que dizem ser sacramentos e depois se comportarem como se fossem demónios. Os padrecas que abençoam os que vão ser fuzilados. Ou que abençoam as tropas antes de irem para a guerra. O que separa estes filhos da mãe dos ministros do Daesh que oferecem 7 rapariguinhas virgens no paraíso a quem morrer em nome da sua fé?

Vem tudo isto a propósito do ódio destilado por certos (falsos) cristãos quando as coisas não lhes correm de feição. Seja na vida empresarial, seja nas actividades sociais, seja nas causas políticas. Destilam ódio. Manifestam-se com raiva. Expelem fel por todos os seus poros. Esquecem-se do amor à comunidade que deveria presidir aos seus actos. Formam-se nebulosas nas suas retinas que não lhes permitem ver que à sua frente está um outro ser humano. È o momento em que amar a Deus sobre todas as coisas e aos outros como a si mesmo passa a fazer parte olvidada das suas idiossincrasias para se fixarem em si mesmos. È o momento em que deixam de ser cristãos para passarem ao requinte que nunca as abandonou de facto, por mais orações que os seus lábios pronunciem. Vemos então a sua busca desenfreada pelo poder e pela grandeza que acham que lhes é hereditária e própria de si pelo nascimento. E se sentem apoio à sua volta, com um séquito a que julgam ter direito tornam-se então soldados romanos para EM VEZ DE CELEBRAREM O ADVENTO SE VANGLORIAREM PELA PÁSCOA.

Não sou cristão porque não sou capaz de mentir de mim para mim. Acredito acima de tudo no Homem. Não acredito em falsos profetas. Não acredito em falsos diáconos, nem em padres que fazem pactos com o demo. Acredito na bondade e no amor. Acredito na alegria. Odeio a hipocrisia.     

 

terça-feira, dezembro 12, 2017


AS CRIANÇAS EM TODA A SUA INGENUIDADE PERGUNTAM:

- Mamã? Quantos presidentes dura uma rainha?
 Trump
 Obama
 Bush
 Clinton
 Bush (pai)
 Reagan
 Carter
 Ford
 Nixon
 Kennedy
 Eisenhower
 Truman

domingo, dezembro 10, 2017

VEJAM E SURPREENDAM-SE
è uma prenda de Natal
https://www.youtube.com/watch?v=xmI9uwYzH9o

sábado, dezembro 09, 2017


SE CAMÕES FOSSE VIVO HOJE, ESCREVERIA ASSIM:

I

As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo o que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se do quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!

II

E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!

III

Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.

IV

E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!


(Luiz Vais Sem Tostões)

quarta-feira, dezembro 06, 2017


AI CAMARADAS, ASSIM NÃO VAMOS LÁ

Uma das coisas admiráveis em Engeles, Marx e mesmo em Lenine, foi a capacidade que manifestaram em analisar a realidade, perceber a sua evolução e conseguir descriptar em antecipação o futuro. Podemos não concordar com os resultados dessa análise. Abominar as suas interpretações. Odiar as suas teses e conclusões. Considerar mesmo determinantes para fomentar o ódio os meios que consideraram a serem utilizados para derrubar a escravidão do homem pelo homem. Capital e trabalho tornaram-se antagonistas totais e em nome dessa incompatibilidade criaram-se outras formas de escravidão, tão odientas como as que pretenderam substituir.

Mas não podemos negar que interpretaram o presente de forma sagaz.

Que dizer quando o capital se torna o meio de criar emprego e gerador de mais-valias para os trabalhadores? Que dizer quando são estes que recusam liminarmente as teses da sua defesa e criam um espirito de corpo com a entidade empregadora onde não cabe o ódio entre uns e outros?

Que dizer quando o lucro é convertido em benefícios para quem trabalha e para todos aqueles que precisam de apoio?

Votar contra um voto de pesar pela morte de um dos homens que mais ajudou a desenvolver Portugal pode ser coerente para quem fomenta o ódio pode ser próprio de quem vive no passado, mas é limitativo para quem tem o dever de interpretar o futuro.

Porque não fazer uma proposta na Assembleia da República para encerrar a Fundação Champalimaud que ao que sei também cuida dos PCPs portugueses. Afinal foi construída e executa a sua função com lucros obtidos graças à força do trabalho. Porque não propor a extinção da Fundação Francisco Manuel dos Santos?

A ocupação das terras dos latifundiários no Alentejo e quejandos que riqueza veio a gerar para a melhoria material e social dos trabalhadores e das gentes Alentejanas? Ou do país em geral.

Camaradas do PCP ganhem juízo. Vocês podem ser úteis se o ódio não for o vosso alimento. Meninos do Bloco de Esquerda não copiem os vossos irmãos mais velhos. Uns e outros tornem-se parte da solução e não fonte do problema. Os empresários podem não prestar e alguns não prestam mesmo. Mas não os copiem e não se tornem iguais a eles.  

segunda-feira, dezembro 04, 2017


UM MAR DE NATAL

No dia 1 de Dezembro fez-se Luz em Peniche. O Natal ressurgiu em todo o seu esplendor. Coisas simples multiplicadas deram ao centro histórico de Peniche um ar de dias grandes que a generalidade da população presente agradeceu com sorrisos e alegria.

O Jardim público tornou-se de novo um lugar de crianças e velhos que apesar do frio não deixaram de sublinhar com corridas e risos infantis e um brilho nos olhos dos mais velhos. O parque infantil e o corredor que lha dá acesso eram a vitória dos nossos sorrisos contra a amargura que a pouco e pouco nos últimos anos se foi instalando na nossa terra.

Vi protecções de madeira à moda dos tempos antigos e bonecos de trapos de cores vibrantes tornando aquele lugar num mar de Festa. Vi barraquinhas de madeira com diversos atendimentos tornando mais comum o nosso dia-a-dia. Vi uma pista de gelo em miniatura para a brincadeira das nossas crianças com a dimensão adequada às possibilidades de uma Peniche simples e empobrecida. Vi uma grande árvore de Natal de luzes e uma miríade de pequenas árvores emprestando o efeito de uma multiplicação de cor pelos nossos olhos. Vi uma grande árvore do jardim com correntes de luzinhas tornando mais doce o olhar de todos nós. Vi o Coral Stella Maris emprestando voz àquele momento de alegria e sonho. Ouvi as vozes que cresceram e se multiplicaram concedendo-nos a Paz e a merecida alegria que nos vinha faltando nesta época de Natal.

Não vi televisões e discursos. Não vi nem bolos nem árvores, nem outros exemplos de exageros materiais tentando entrar no Guiness. Vi aquilo que nos é possível. Entregue com carinho e cordialmente à população como devem ser as coisas de Natal para quem pretende a Paz e Concórdia. Não vi vaidades vãs. Vi coisas à nossa medida. Não vi mais do que aquilo que somos. Gente simples e cordata estendendo os braços de Amor por todos aqueles que navegam neste imenso Mar de Natal.

sábado, dezembro 02, 2017

HISTÓRIAS DOS "APARA-LÁPIS"
Bons condutores
Um Nazareno estava a conduzir o seu automóvel novinho em folha, quando viu uma placa que dizia:
“Curva perigosa à esquerda”
Não teve dúvidas. Virou à direita!



Dizia-me um amigo meu:
- Só há uma maneira de manter um nazareno quieto e calado por mais de uma hora. É escrever “VIRE POR FAVOR” nos 2 lados de uma folha em branco e entregar-lha.



Receita nazarena para matar uma pulga
Coloca em cima da mesa, por esta ordem, um pouco de sal, uma garrafa de gin, um palito e uma pedra.
A pulga vai vêr o sal, vai pensar que é açúcar e vai comer. Depois fica com sede. Vê a garrafa de gin, pensa que é água e bebe. Fica bêbada, tropeça no palito, bate com a cabeça na pedra e morre de traumatismo craniano.




Andar na lancha do pai
A mãe, ao ver a filha de 10 anos voltar da pescaria com o pai, com o rosto todo inchado, fica indignada:
- Minha filha, o que houve?
- Foi uma vespa, mamã...
- Ela picou-te?
- Não teve tempo... o papá matou-a com o remo!




Acampar em segurança
Dois nazarenos foram acampar um dia para o pinhal. Ao escolherem um lugar para ficarem, um deles disse:
"- Ah Tóino, ficamos aqui no meio do pinhal..."
O outro discordou:
"- Nã senhor. Isso é o que fazem os palecos. Vamos é ficar no meio da estrada."
Palavra puxa palavra acabaram por ficar no meio da estrada. Durante  a noite, vinha um carro na direcção do acampamento, e, ao vê-los, desviou-se e bateu numa árvore do pinhal. Um deles saiu da tenda, olhou para o outro e disse:
"- Ah Quim tas a ver? Se ficássemos no pinhal o que nos acontecia?"

sexta-feira, dezembro 01, 2017

1 DE DEZEMBRO DE 2017
Celebrar a restauração de Portugal em 1640.
Feriado Nacional
até sempre Zé Pedro

quarta-feira, novembro 29, 2017


PEDRO ROLO DUARTE

Já não sei quando e onde foi a a primeira vez que o li. Sei que fiquei interessado em ler mais coisas dele. E fui lendo. No “Independente”. No “DNA”. Na “K”. Ultimamente na “Visão”. E em sites por aí fora. O Jornalista Pedro Rolo Duarte tornou-se uma referência para mim. Tal como o Ferreira Fernandes. Ou o Sena Santos. Mário Mesquita. E aquele que conheci melhor na Guiné-Bissau, o Adelino Gomes por quem sinto uma relação mais próxima. E mais uns quantos que me perdoarão não me recordar deles agora. O PRD faz parte desse grupo excepcional de pessoas que trabalha na comunicação social e nos transporta para um país onde merece a pena pensar, ser critico, gostar de, e acima de tudo ser pessoa. É isto. Eu lia o que ele escrevia e sentia-me gente. Claro que à medida que fui sabendo mais dele mais se tornou meu próximo. Ser Benfiquista é outra das suas virtudes.

O Pedro Rolo Duarte faz parte dos meus recortes, que tornaram o meu escritório no meu centro de informação. A “K” um dos meus números “1”. A sua perenidade está garantida no que escreveu e produziu. Sendo que o António Maria foi a sua melhor produção e que lhe vai dar a continuidade que merece.

Não me despeço dele. Continua aqui comigo nos meus recortes e nas minhas referências. Mas fico-lhe credor. Obrigado por isso e por tudo.

                           

segunda-feira, novembro 27, 2017


AEROGRAMA

ESCREVE-ME QUE É GRÁTIS

Em 1961 Na Guiné-Bissau, Angola e Moçambique eclodiam grupos independentistas de luta armada no propósito de declarar a independência daqueles territórios sobre domínio e administração de portuguesa.

Surgem em Portugal animados por grupos de carácter religioso e fascista movimentos de apoio na retaguarda aos combatentes portugueses que são enviados “rapidamente e em força” para combater os ditos “terroristas” (guerrilheiros) que pretendiam “destruir” a unidade do território português.

Entre esses movimentos ganha particular relevância o MOVIMENTO NACIONAL FEMININO, fundado e dinamizado pelas esposas dos altos dignatários do regime do Estado Novo que pretendia ser a guarda pretoriana dos ideais salazaristas.

Recorde-se que em 1961 não existia Internet, nem telemóveis. Nem no melhor Júlio Verne era imaginável essa fórmula mágica de contacto. Uma grande maioria de portugueses andava descalça, nunca tinha visto o mar e um telefone era coisa de ricos. Mais de 50% dos portugueses nem sequer tinham a 4ª classe. As casas não tinham frigoríficos, nem fogões, e ainda não se sabia por cá o que eram micro-ondas. Existiam alguns rádios que só funcionavam em casas com electricidade sendo que a maioria delas era iluminada por candeeiros a gás ou a petróleo. As televisões era um bem raro que só eram possíveis ver nas casas paroquiais onde se pagava 2$50 (1,5 cêntimos) para se poder ver, ou então entregava-se a senha que tinha sido distribuída à saída da missa de domingo.

Pois bem as senhoras de casacos de peles, lançaram uma iniciativa de apoio aos soldados que combatiam no “ULTRAMAR” particularmente interessante. Com o apoio “TAP”, foi lançado um sistema de correspondência gratuito para alivio dos traumas de guerra dos nossos soldados, que se designava por “AEROGRAMAS”. Em papel muito leve e só com uma folha servia para enviar e receber notícias. Desempenhavam então a função que hoje representam as mensagens dos telemóveis e do Facebook. Vou buscar este paralelo para poder ser melhor compreendido o papel dos aerogramas para milhares de soldados e suas famílias.

Quem tiver mais de 45 anos terá uma enorme dificuldade em compreender este sistema de comunicação criado como desiderato para aliviar as penas e as dores de quantos tiveram de ser submetidos a uma guerra que teve tanto de injusta como de inútil. Aqui fica este meu testemunho desse tempo.   
 

 

sábado, novembro 25, 2017


imagens para um sábado de outono...
extra "large"










um barco em apuros







quinta-feira, novembro 23, 2017


ESTÁ NA MODA

ASSÉDIO…
Um bicho do caruncho foi acusado de assédio sexual pela “VIP 7 dias”.

Andava a comer a secretária

 

RESOLVA UM PROBLEMA SIMPLES DE ELECTRICIDADE

Para quem estudou um pouco de Física é canja:

AS 2 LEIS DE KIRCHOFF E A SUA APLICAÇÃO NA PRÁTICA

- 1ª Lei (lei dos nós)

Num dado nó, a soma das correntes que entram é igual à soma das correntes que saem. Isto é, os nós não acumulam energia.
- 2ª Lei (lei das malhas)
A soma algébrica das tensões num circuito fechado, é nula
EXERCÍCIO

Baseando-se nas leis de kirchoff, equacione o circuito a seguir apresentado:

sábado, novembro 18, 2017


TESTES

Certo dia, o abade resolveu aplicar um teste em seus 3 melhores seminaristas. Amarrou um sininho no coiso de cada um deles, pegou uma revista Playboy e foi chamando um a um em sua cela.
Assim que mostrou a capa para o primeiro, ouviu-se um tlim-tlim-tlim.
- Meu filho, acho que você precisa meditar mais sobre sua vocação. Vá tomar um banho frio!
Chamou o segundo, mostrou-lhe a capa da revista, nada. Começou a folheá-la e tlim-tlim-tlim.
- Meu filho, acho que você ainda não está pronto para o chamado do Senhor. Vá tormar um banho frio!
Chamou o terceiro, mostrou-lhe a capa, nada. Começou a folhear a revista, nada! Mostrou-lhe o poster central, nada!
- Muito bem, meu filho! Meus parabéns! Vejo que você tem uma vocação muito nobre. Vai tomar um banho com os seus amigos.
Tlim-tlim-tlim!

QUESTÕES DE ADN

Havia um casal de meia idade que tinha duas filhas adolescentes lindíssimas.
Um dia decidiram tentar ter o filho rapaz, que tanto desejavam. E assim foi, depois de meses de tentativa, a mulher ficou grávida e, como seria de esperar, após 9 meses nasce um saudável bebé.
Sabendo que era um rapaz, o pai dirige-se à enfermeira para ver o seu filho.
Qual não é o seu espanto quando vê a criança mais feia que alguma vez tinha visto. Rapidamente aproxima-se da mulher e diz:
- Este filho não pode ser meu...basta olhar para as duas lindas filhas que já temos. Tu andaste a enganar-me com outro??
A mulher sorri e responde:
- Desta vez não!!!

LEIA SEMPRE TODAS AS ALÍNEAS DO CONTRATO

O Manel inscreve-se numa colónia balnear para nudistas do mais exclusivo que existe.
No seu primeiro dia, despe-se e resolve ir dar uma volta pelo complexo.
A certa altura cruza-se com uma morena, extremamente bem feita, e mal a vê PUFFF, uma erecção. Ela aproxima-se dele e pergunta:
- "O senhor chamou-me??"
- "Quem eu? Não! Mas porque é que diz isso?"
- "Bom, o senhor deve ser novo aqui. Existe uma regra que diz que sempre que uma mulher provoque "essa" reacção num homem, é sinal que ele a está a chamar, e pode fazer dela o que quiser." Sendo assim, lá vão os dois para um recanto um pouco menos exposto e o Manel faz o que tinha a fazer.
Continuando no seu passeio resolve passar pela sauna, mas no preciso momento em que está a entrar solta um sonoro peido.
Saido do "nevoeiro", aparece um homem, grande, peludo, forte que lhe diz:
- "O senhor chamou-me?"
- "Quem eu? Não! Mas porque é que diz isso?"
- "Bom, o senhor deve ser novo aqui. Existe uma regra que diz que sempre que alguem fizer o que o senhor acabou de fazer é sinal que me está a chamar e EU posso fazer o que quiser."
O gigante pega no pobre Manel, vira-o e... pronto... o desgraçado do Manel ganha um andar novo.
O Manel dirige-se a correr para a recepção entrega as chaves do cacifo o cartão e diz para a Recepcionista nua:
- "Tome lá minha senhora, vou-me embora, pode ficar com os 100 contos de jóia!"
- "Então mas o senhor nem cá ficou 3 horas. Não chegou sequer a conhecer metade do complexo."
- "Escute menina, eu tenho 62 anos, tenho uma erecção uma vez por semana, mas peido-me 15 vezes por dia, portanto, ADEUS!!"

O PAPA-TUDO
O rapaz vai se confessar:
- "Padre, ontem fiquei sozinho em casa com a minha namorada. E o senhor sabe como é... papo vai, papo vem, acabei papando ela!"
- "Meu filho! Não deveria ter feito sexo antes do casamento... Reze dez Ave-Marias e um Pai-Nosso."
No dia seguinte, o mesmo rapaz volta a se confessar:
- "Padre, ontem fiquei sozinho em casa com a empregada. E o senhor sabe como é... papo vai, papo vem, acabei papando ela!"
- "Mas meu filho! Com a empregada? Reze vinte Ave-Marias e cinco Pais-nossos."
Na semana seguinte, tá lá o sujeito novamente:
- "Sabe o que é, seu padre? É que só ficou eu e minha prima lá em casa... papo vai, papo vem, acabei papando ela também!"
No outro dia, ao vê-lo, o padre não acredita:
- "Meu Deus! Quem foi desta vez?!"
- "Não é nada não, seu padre! É que eu estava sozinho lé em casa e resolvi vim bater um papo com o senhor!"

 

quarta-feira, novembro 15, 2017


PAI NATAL

OU O ESPÍRITO DO DITO CUJO

Desde que há mais de 30 anos que me casei com a Anita que chega a esta altura do ano e é uma festa. Ela aprendeu com a família dela a viver este período de tempo em êxtase, e estendeu-o a mim, aos meus pais e à família do meu irmão. E eu que tenho uma alta curtição em ver a casa em festa e cheia de luzes, sinto que é muito curto o momento que se vive. Assim tenho vindo cada vez mais cedo a montar os adereços para que festa dure cada vez mais tempo. Então tudo para eu com a minha provecta idade conseguir instalar todo o cenário possível. Claro que existe uma parte que é da responsabilidade da nossa decoradora particular. A minha cunhada.

Assim tudo fica adiado menos este trabalho. Bom, se fosse trabalho eu não o faria. É pura diversão.

Entretanto dou a conhecer-vos 2 episódios assinaláveis para se irem entretendo enquanto monto a árvore de Natal.

ÚLTIMA HORA

Em nota chegada à redacção do nosso blog, enviada por fonte fidedigna (mas não identificável) afirma-se que este ano "não vai haver Presépio".
A notícia é justificada por várias razões, que aqui se transcrevem:
"- a vaca está louca e não se segura nas patas;
- os Reis Magos não podem vir porque os camelos estão no Governo;
- o burro está a presidir o…Sporting;
- Nossa Senhora e São José foram meter os papéis para o Rendimento Social de Inserção;
- a ASAE fechou o estábulo por falta de condições e
- o Tribunal de Menores ordenou a entrega do menino Jesus ao pai biológico!

PARA QUE NÃO ACONTEÇA ESTE ANO O QUE ACONTECEU EM 2016. SUGESTÃO DE RECLAMAÇÃO.

“Querido” Pai Natal:
Acharás estranho que te escreva hoje, dia 26 de Dezembro, mas quero
esclarecer certas coisas que me ocorreram desde que te mandei uma
carta, cheio de ilusões, na qual te pedia que me trouxesses uma
bicicleta, um comboio eléctrico, um Nintendo 64 e um par de patins.
Quero dizer-te que me matei a estudar todo o ano, tanto que, não só
fui um dos primeiros da minha turma, mas também que tirei 20 a todas as disciplinas, não te estou a enganar. Ninguém se portou melhor que eu, nem com os pais, nem com os irmãos, nem com os amigos, nem com os vizinhos. Fiz recados SEM COBRAR, ajudei velhinhos a atravessar a rua e não houve nada que não fizesse pelos meus semelhante e, mesmo assim,
C'A GANDA LATA, O PAI NATAL!!!
E que... olha que deixar debaixo da árvore de Natal uma porcaria dum
pião, uma m… duma corneta e um maldito par de meias, QUE GANDA PORRA!!!
Quem pensas que és, ó barrigudo?
Ou seja, porto-me como um imbecil a merda do ano inteiro para que
venhas com uma merda deste calibre; e não sendo isto suficiente, ao
estúpido da merda do filho da vizinha, esse idiota sem educação,
malcriado e desobediente que grita com a mãe, A esse cavalão,
trouxeste-lhe tudo o que te pediu. Por isso agora quero que venha um
terramoto ou qualquer coisa assim, para irmos todos à merda, já que
com um Pai Natal tão incompetente e falso como tu, é melhor que a
terra nos engula. Mas não deixes de regressar no ano que vem, que vou
rebentar a pedrada as VACAS das tuas renas. Começando por essa merda do Rudolph, que tem nome de gay. Vou-tos espantar para que te lixes, e andes a pé, como eu, GANDA CABEÇUDO!, já que a bicicleta que te pedi era para ir para a escola, que fica longe como a merda da minha casa.
Ah!!! E não me quero despedir sem te mandar para a  … oxalá que quando tiveres subido muito alto se  vire o trenó e leves
um grande tombo, por seres tão filho da mãe. Por isso, aviso-te que
no próximo ano vais ficar a saber o que é um miudo maldito, sacana e
um bocadinho f.
Atentamente,
Nano.
P.S. O pião, a corneta e o par de meias, podes vir buscá-los quando quiseres e mete-los onde levam as galinhas!!!!!

 

terça-feira, novembro 14, 2017


QUATRO PEQUENAS HISTÓRIAS QUE ACHO QUE VÃO GOSTAR DE LER

…e que nos tempos que correm fazem bem ao nosso ego.

 Um menino de 4 anos tinha um vizinho idoso cuja esposa havia falecido recentemente.
Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele e sentou-se simplesmente no seu colo.
Quando a mãe lhe perguntou o que tinha dito ao velhinho, ele respondeu:
- Nada. Só o ajudei a chorar.

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Os alunos da professora do primeiro ano estavam a examinar uma foto de família.
Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferentes dos outros. Alguém sugeriu que essa criança tivesse sido adoptada.
Logo uma menina disse:
- Sei tudo sobre adopção, porque eu fui adoptada.
Logo outro aluno lhe perguntou:
- O que significa "ser adoptado"?
- Significa - disse a menina - que tu cresceste no coração da tua mãe, e não na barriga!
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Sempre que estou decepcionado com meu lugar na vida, eu paro e penso num menino que conheci.

Ele queria muito ter um papel na peça da escola. A mãe disse que tinha procurado preparar o seu coração, pois ela temia que ele não fosse escolhido.
No dia em que os papéis foram distribuídos, eu fui com ela buscá-lo à escola. O menino correu para a mãe, com os olhos brilhantes de orgulho e emoção:
- Adivinha, mãe!
E disse aquelas palavras que continuariam a ser uma lição para mim:
- Eu fui escolhido para bater palmas e espalhar a alegria!

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Conta uma testemunha ocular de uma grande cidade:
Num frio dia de Dezembro, alguns anos atrás, um rapazinho de cerca de 10 anos, descalço, estava em pé em frente a uma loja de sapatos, olhando a montra e tremendo de frio.
Uma senhora aproximou-se do rapaz e disse:
- Você está com pensamento tão profundo, a olhar essa montra!
- Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos - respondeu o garoto...
A senhora tomou-o pela mão, entrou na loja e pediu ao empregado para dar meia dúzia de pares de meias ao menino.  Ela também perguntou se poderia conseguir-lhe uma bacia com água e uma toalha. O empregado atendeu-a rapidamente e ela levou o menino para a parte detrás da loja e, ajoelhando-se  lavou os seus pés pequenos e secou-os com a toalha.
Nesse meio tempo, o empregado havia trazido as meias. Ela calçou-as nos pés do garoto e também comprou-lhe um par de sapatos.
Depois entregou-lhe os outros pares de meias e carinhosamente disse-lhe:
- Estás mais confortável agora.
Como ela se virou para ir embora, o menino segurou-lhe na mão, olhou o seu rosto com lágrimas nos olhos e perguntou:
- Você é a mulher de Jesus?

 

domingo, novembro 12, 2017


DIA DE ANOS DO BLOG – 11

DIA DE REFLEXÃO

Penso muito neste assunto. Nos anos que vão correndo e na minha teimosia em manter este blog ao longo de tantos anos. Valerá a pena? Ainda existem leitores (amigos ou inimigos) que me acompanham?

Se eu partir do princípio que este é um lugar para conversar continuará a fazer sentido a sua existência. Afinal de contas tornei-me praticamente num eremita e este é um dos poucos lugares onde ainda posso conversar.

Por outro lado constitui um lugar onde posso fazer ginástica ao cérebro o que pode ser extremamente útil para impedir (ou minorar) doenças degenerativas.

Existe ainda o “bichinho” da intervenção política que teimo em cultivar. Não falo de tricas. Falo de ideias e de ideais. Falo de princípios e de valores. É um lugar permanente de combate em defesa de convicções minhas e de outras pessoas com quem partilho as suas.

Porque tenho algum material de leitura e de experiências que umas foram recolhidas pelo meu avô Benjamim, outras pelo meu pai e outras ainda por mim próprio, aproveito o Blog para as partilhar. Algumas sobre Peniche desde tempos imemoriais, outras mais genéricas.

Como sabem sempre fui muito dedicado a livros e a autores. De vez em quando vou referindo alguns que acabo por adquirir. No canto inferior esquerdo da minha secretária vão convivendo pacificamente as minhas 3 últimas aquisições: “Antígona” de Sófocles; “Reaccionário Com Dois Cês” do Ricardo Araújo Pereira; “Até Que As Pedras Se Tornem Mais Leves Que A Água” do António Lobo Antunes ; “Sonetos Completos” de Antero de Quental pelo livro e pelo prefácio do José Manuel dos Santos um muito querido Amigo. São leituras díspares e que me dão cabo da cabeça. É verdade. Mas aos 73 anos só posso ter orgasmos intelectuais na confusão. 

Por último e talvez o mais importante vou falando das minhas memórias pessoais. Não tenho problemas em relatar os meus “desastres” pessoais. Foram também eles que me tornaram a pessoa que hoje sou. Algumas são relevantes para perceber o que permitiu chegar aqui. As minhas memórias não são exaustivas. Há muita coisa de que já não me lembro. E ainda bem. Já basta eu não ter ficado satisfeito quanto mais reviver porcarias impróprias para consumo. Sempre fui muito selectivo nas minhas memórias. Culpem-me disso.

Tudo isto para justificar 11 anos de Blog. Os próximos tempos vão ser utilizados a pensar se sou capaz de continuar. Ou se merecerá a pena. Se ninguém ler isto… Paciência. Eu li e gostei desta análise. E não tive que gastar dinheiro em psicólogos clínicos nem em psiquiatras. Sempre dá para comprar mais uns livros.

 

sexta-feira, novembro 10, 2017


A ZINHA

De seu nome Maria da Conceição Costa. Conhecia-a em 1981 em Peniche no decorrer duma acção de trabalho que aqui se realizou para elaboração de Planos Individuais de Trabalho que se teriam de organizar para a Formação de Professores em exercício. Mais tarde vim a retomar o contacto com ela quando fui trabalhar para a Escola Preparatória da Lourinhã em 1985.

Enquanto fui Presidente do Conselho Directivo daquela escola foi sempre solidária comigo naquele órgão de gestão (10 anos) e mesmo depois de vir para a Atouguia da Baleia e de me reformar, nunca mais perdemos o contacto um com o outro.

A Zinha era uma alentejana dos quatro costados.

Com muita facilidade nos tornámos amigos. Eu, ela e a Margarida fomos um trio de antes quebrar que torcer. Nunca fizemos das nossas relações profissionais ponte para as relações pessoais e vice-versa. De nós 3 se podia afirmar firmemente que serviço era serviço e cognac era cognac.

Muitas peripécias vivemos em conjunto a mais caricata de todas foi a de que na primeira vez que tomámos posse, esse mesmo dia, coincidiu com a visita de Cavaco Silva à Vila da Lourinhã. A Zinha estava farta de saber que eu era de esquerda, mas com a naturalidade alentejana que lhe era peculiar, veio pedir-me que a ajudasse a fixar uma bandeira do PSD num pau que teríamos de ir buscar a uma sala de Trabalhos Manuais. E lá fui eu o “gajo” de esquerda arranjar a bandeira do PSD para a minha colega de direita.

Com o tempo mantive a minha Utopia na esquerda e a Zinha perdeu as ilusões quer com o PSD quer com a direita. Isto sem nunca abdicar das suas ideias. É que ela era filha de um latifundiário alentejano e com a Reforma Agrária ficou reduzida com a família à expressão mais simples. Nunca foi ressarcida de quaisquer valores. Isso não a impediu nunca de ser uma mãe de família bondosa e poderosa. O conceito de matriarca era natural nela.

Na Escola desenvolvia actividade na área social. A Zinha sempre esteve ao lado dos mais necessitados. A Zinha foi minha amiga e minha irmã. A doença minou-lhe o corpo e a pouco e pouco foi tomando conta daquele sobreiro orgulhoso e digno.

Até que esta semana inesperadamente a Zinha tombou definitivamente. Não consigo encontrar palavras que me confortem perante esta morte dura e nojenta. A minha amiga merecia ter sido feliz e não teve tempo para o ser suficientemente. Como merecia. Que eu te possa merecer minha amiga.

quinta-feira, novembro 09, 2017


O ABSURDO E O SUICÍDIO
(Albert Camus – in “O Mito de Sísifo)

Só existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, aparece em seguida. São jogos. É preciso, antes de tudo, responder. E se é verdade, como pretende Nietzsche, que um filósofo, para ser confiável, deve pregar

com o exemplo, percebe-se a importância dessa resposta, já que ela vai preceder o gesto definitivo. Estão aí as evidências que são sensíveis para o coração, mas é preciso aprofundar para torná-las claras à inteligência.

Se me pergunto em que julgar se uma questão é mais urgente do que outra, respondo que é com ações a que ela induz. Eu nunca vi ninguém morrer pelo argumento ontológico. Galileu, que detinha uma verdade científica importante, abjurou-a com a maior facilidade desse mundo quando ela lhe pôs a vida em perigo.

Em um certo sentido, ele fez bem. Essa verdade não valia a fogueira. Se é a Terra ou o Sol que gira em torno um do outro é algo profundamente irrelevante. Resumindo as coisas, é um problema fútil. Em compensação, vejo que muitas pessoas morrem por achar que a vida não vale a pena ser vivida. Vejo outras que paradoxalmente se fazem matar pelas ideias ou as ilusões que lhes proporcionam uma razão de viver (o que se chama uma razão de viver é, ao mesmo tempo, uma excelente razão para morrer). Julgo, portanto, que o sentido da vida é a questão mais decisiva de todas. E

como responder a isso? A respeito de todos os problemas essenciais, o que entendo como sendo os que levam ao risco de fazer morrer ou os que multiplicam por dez toda a paixão de viver, provavelmente só há dois métodos para o pensamento: o de La Palisse e o de Don Quixote. É o equilíbrio da evidência e do lirismo o único que pode nos permitir aquiescer ao mesmo tempo à emoção e à clareza. Em um assunto simultaneamente tão modesto e tão carregado de patético a dialética clássica e mais sábia deve, pois dar lugar -convenhamos - a uma atitude intelectual mais humilde e que opera tanto o bom senso como a simpatia.

O suicídio sempre foi tratado somente como um fenômeno social. Ao invés disso, aqui se trata, para começar, da relação entre o pensamento individual e o suicídio.

Um gesto como este se prepara no silêncio do coração, da mesma forma que uma grande obra.

segunda-feira, novembro 06, 2017


SMAS PRA TI TAMBÉM

                                            "Aquilo de que a democracia mais precisa são coisas que cada vez
                                            mais escasseiam: tempo, espaço, solidão produtiva,
                                            estudo, saber, silêncio, esforço, noção da privacidade e coragem."     
                                            Pacheco Pereira
Afinal quando é que recebo a factura da água que tenho para pagar? E como pago? Estão à espera de juntar 2 ou 3 recibos para eu ter que declarar falência? O que é que os SMAS afinal andam a fazer com as nossas “tontas”?

E que não me falem de uma carta/circular que me enviaram. Eu não percebo nada do que lá está escrito. Não me esclareceu rigorosamente nada. Só me confundiu. E eu costumo ser alguém que até consegue ler linguagem encriptada. Afinal não é por acaso que fui professor mais de 40 anos. E quem lê respostas de alunos de todo o país e mesmo alguns de além mar, tem alguma capacidade para entender coisas estranhas. Mas o que o SMAS diz ou é nada ou menos que nada.

O que tenho afinal de fazer para pagar a água que consumi? Sejam claros e rápidos na resposta. Já estou cansado. Ou isto foi alguma armadilha para quem recebesse o executivo camarário?

domingo, novembro 05, 2017

DE REGRESSO À CHUVA...
Uma família está a viajar de carro quando um sapo se atravessa no caminho. O marido, que está a conduzir o carro para e põe o sapo na berma da estrada.
O sapo mostra-se agradecido e diz ao homem que lhe vai conceder um desejo.
O homem diz: "Faz com que o meu cão ganhe a próxima corrida de cães." O sapo pede para ver o cão e quando repara que este apenas tem três patas diz ao homem que será quase impossível fazê-lo ganhar a corrida. Pede então ao homem para formular outro desejo.
O homem diz: "Então faz a minha mulher ganhar o próximo concurso de beleza da área". O sapo pede para ver a mulher. A mulher sai do carro e aproxima-se do sapo. O sapo vira-se para o homem e diz-lhe "Será que eu podia ver o cão outra vez?"

Dois amigos encontram-se. Diz um para outro: Eh Zé ! Ontem tive uma sorte danada!
Conta lá, Luís!

Vê lá tu, que no autocarro vi uma garota de gritos! Como o autocarro vinha não cheio não tive oportunidade de me chegar junto dela. Assim que as pessoas começaram a sair, surgiu essa hipótese. Foi canja!
Saímos e fomos para a pensão. Não é que ao subir as escadas da dita pensão, vi a minha mulher a descer com um sujeitinho.
A sorte que eu tive por ela não me ter visto!!!!!



AS NOVAS LEIS DE MURPHY
* Todo o corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone.
* A probabilidade do pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor da carpete.
* Mais vale um pássaro na mão do que um a voar sobre a nossa cabeça.
* Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
* Toda a partícula que voa encontra sempre um olho.





quinta-feira, novembro 02, 2017


“PÃO-POR-DEUS”
VERSUS
“WALLOWEEN”
A sociedade de consumo decidiu que a tradição portuguesa do “Pão-por-Deus” seria pouco rentável economicamente. Assim impôs a história “amaricana” do walloween. Primeiro com o incentivo dos professores de Inglês que há falta de outros elementos motivadores lançaram esta mascarada.
Perdoem-me os que são adeptos desta forma de festejar a tradição celta do “final de verão”. Quando os mortos regressam ao mundo dos vivos para recolherem alimentos de que precisam durante o seu eterno descanso. E a tradição portuguesa de entregar bolos secos feitos no forno a lenha lá de casa a quem ajudou nas colheitas, essa simples e arcaica forma de festejar foi preterida porque as colheitas já não se fazem com o impacto de outrora. Os filhos dos jornaleiros agora vão às Misericórdias e à Caritas.
O “pão-por-deus” já foi. Agora até se pede nas livrarias e nas floristas. Como se os livros fossem para comer. Se a Natália Correia me ler, vem buscar-me ao mundo dos vivos.
Assim como assim eu prefiro a velha e arcaica tradição portuguesa. Ou porque já sou velho. Ou porque a língua portuguesa é a minha pátria. Deixo o Walloween à trumpalheira americanice e eles que se banqueteiem nela.

terça-feira, outubro 31, 2017


COISAS QUE RETENHO NA POLÍTICA LOCAL

Explicar aos eleitores preto no branco os erros cometidos pelo PCP nas suas candidaturas no Concelho de Peniche. O que falhou, porque falhou e a quem atribuir a responsabilidade desses erros. É fácil dizer que terá acontecido uma hipotética “traição” de um dos considerados seus indefectíveis. Seria assim se não tivessem sido alertados em tempo oportuno para os seus erros de casting. E depois existe aquela característica que está a condenar mais e mais o PCP que é a de que toda a gente está errada, os únicos que têm razão são a meia dúzia deles que afastados da realidade consideram que só eles determinam o futuro. O dono do PCP veio a dizer isto mesmo ao afirmar que os cidadãos que trocaram o PCP por outra realidade irão ver muito depois que fizeram mal. Nunca foi o PCP que apostou no cavalo (burro) errado. Os culpados são sempre os outros. E o mau feitio demonstrado na derrota eleitoral dá para perceber que o PCP já não controla nada. Limita-se a sobreviver. De vez em quando ganha. Mas também aqui importa reflectir o que essas vitórias trouxeram de novo aos mais pobres de entre os pobres. À classe trabalhadora. Isto para utilizar uma linguagem que é muito cara ao PCP. Resta fazer uma última e inevitável pergunta. E os responsáveis por este desastre eleitoral do PCP vão continuar impunes?

E o que se passa numa conjuntura tão favorável como esta ao PS de Peniche? Como passa em 17 anos o partido socialista de principal força política no concelho de Peniche a última de entre as últimas? Quem foi o responsável disto e em nome de quê? Porquê esta humilhação? E mesmo a eleição em sede de Assembleia Municipal da sua presidência limitou-se a ser um acto táctico e para evitar que o PSD a obtivesse. Também com o PS não se sabe, nem consta que exista ou venha a existir uma análise sistémica ao que se passou com este partido a nível local. Parece esgorado de ideias e de capacidade de resposta. Onde outros se renovam (não incluo neste caso o PCP) e se tornam criativos e afectivos para a generalidade das populações, o PS manifesta-se envelhecido e rendido ao peso das ambições individuais. Os mais jovens no PS não conseguem dar a volta. Os que querem a todo o custo fazer parte das listas para as legislativas tentam conseguir lugares que o justifiquem, mesmo que isso não represente dividendos para o Partido a nível local, regional ou nacional. Que o partido fique reduzido a cinzas a nível local, isso pouco importa. Quem adere a estes farrapos políticos fá-lo por comodismo ou por descargo de consciência. Em tempos de nada resta o que já é só uma miragem. Não sou dos que pensam que o PS é vítima de ambições sociais. Essas já têm o espaço ocupado pelos “cristãos-novos”. Em minha opinião o PS é vítima de si próprio e de um crescimento insustentável. E não há o rolar de cabeças habitual nestas situações?

sábado, outubro 28, 2017


O SABER NÃO OCUPA LUGAR
Existem os que leem. Existem os que ouvem com atenção. Existem os que não se dão ao trabalho de usar os neurónios e olham para a televisão. E existem ainda os que para justificarem que estão vivos, escrevem no facebook e frequentam centros de ocupação de tempos livres que agora pomposamente se designam por «universidades seniores».
A todos dedico uma parte do meu blog de hoje com informação que os tornará a todos mais ricos do ponto de vista dos conhecimentos. Vamos lá então:
 
SABE O QUE É UM PALÍNDROMO? NÃO?!
Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao contrário.
Exemplos: OVO, OSSO, RADAR. O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:
SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.
Diante do interesse pelo assunto (confesse, já leu a frase ao contrário), tomei a liberdade de seleccionar alguns dos melhores palíndromos da língua de Camões:
ANOTARAM A DATA DA MARATONA
ASSIM A AIA IA A MISSA
A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA
A DROGA DA GORDA
A MALA NADA NA LAMA
A TORRE DA DERROTA
LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL
O CÉU SUECO
O GALO AMA O LAGO
O LOBO AMA O BOLO
O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO
RIR, O BREVE VERBO RIR
A CARA RAJADA DA JARARACA
SAIRAM O TIO E OITO MARIAS
ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ

E já agora. E sabe o que é tautologia?
É o termo usado para definir um dos vícios, e erros, mais comuns de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso ' subir para cima ' ou o ' descer para baixo ' . Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:
- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livreescolha
- superávit positivo
- todosforam unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a últimaversão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito .
Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, ' surpresa inesperada ' . Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.




E PARA ALIVIAR A PRESSÃO DE PENSAR
Porque é que um nazareno usa bolsos de plástico quando é o dia de pagamento????
Para guardar o salário líquido!!!!!
Sabiam que vai ser lançado um dicionário para masoquistas ? Tem precisamente as mesmas palavras que os outros, só que não estão por ordem alfabética.
Duas PULGAS se encontram um dia, uma delas com uma tosse que não tinha tamanho..
- "*COF* *COF*" falou a primeira
- "O que foi?" - perguntou a outra
- "*COF* passei o dia todo *COF* no bigode *COF* de um motoqueiro *COF*"
- "Você é maluca?, faca que nem eu, procure um lugar quentinho, se possivel, procure uma garota, e fique naquele lugarzinho..."
Assim, as duas se encontram no dia seguinte, a tosse da primeira tinha crescido geometricamente.
- "*COF COF COF*" falou a primeira
- "PO!, não te falei ontem o que você devia ter feito?" - perguntou a segunda
- "*COF COF COF* eu *COF* fiz, *COF*, procurei uma garota, *COF* fiquei naquele lugarzinho, *COF*, quentinho, húmido *COF*...."
- "E dai?" - pergunta a outra
- "Bem *COF*, o lugar estava *COF* tão bom que *COF* eu dormi *COF*"
- "Sim?" - a outra morrendo de curiosidade
- "*COF* quando *COF* acordei, eu *COF COF COF* estava de novo no bigode do maldito *COF* motoqueiro."