segunda-feira, abril 29, 2013

DIAS ALUMIADOS

É comum nos dias que correm encontrarem-se anúncios em vários estabelecimentos a anunciar que se fazem trabalhos de costura. Eu e a minha mulher falámos sobre isto. Do tempo em que ela era menina e brincava com as amigas ao “aeroplano”, aos “batos” e um jogo acompanhado com uma cantilena de que ela ainda se lembra com uma bola contra a parede.
As raparigas da vila de Peniche estavam “condenadas” a serem empregadas de comércio, trabalharem nas fábricas de peixe, ou aprenderem a costura, para trabalharem nos alfaiates que proliferamvam por aqui, ou nas costureiras com nome feito. Uma ou outra arriscava a trabalhar por sua conta mas o período de mais trabalho era mesmo sazonal.
No Natal, no Ano Novo, na Festa de Nª Srª da Boa Viagem ou alguns anos ainda mais atrás, nos Círios. Depois havia um ou outro casamento que também era propício a comida melhorada e a roupa nova. Por serem dias de festa designavam-se antigamente por “DIAS ALUMIADOS”, tinha o facto de virem acompanhados de Festas Religiosas em que as velas se acendiam num sinal de Fé.

Tudo isto são recordações de um tempo que está a desaparecer. Comer galo ou galinha, perú ou outra ave qualquer deixou de ser sinónimo de festa. Aliás é ver quais os tipos hoje de carne mais barata. Como caíu também em desuso a matança de porco.
Estrear roupa deixou de ser sinal de festa. Com os ciganos, os chineses, a Cruz Vermelha e o Quim Zé, a roupa nova deixou de ser mobilizadora para agradecer a Deus a Graça dos dias. E também a Fé caíu em deseuso. Hoje impera a Caridade. Esta última é sinónimo de boa-vontade para com os “pobrezinhos” e serve para atenuar os nossos pecados.

Assim se esgotaram os dias alumiados, porque até nas igrejas existem cada vez menos velas e mais lâmpadas economizadoras de acordo com as normas da Comunidade Europeia.

sexta-feira, abril 26, 2013

TRANSCRIÇÃO
Do "Diário de Notícias" transcrevo na íntegra e publico a crónica de Baptista-Bastos publicado no dia 24/04 pp.
Ontem ao ouvir o que aconteceu reforçou-se em mim a ideia preconcebida que tenho tido ao longo dos anos em relação ao sr. Silva. Aquela arena já representa muito pouco daquilo que BB fala. Resta-nos a esperança.

O dia do milagre perfeito

por BAPTISTA-BASTOS24 abril 2013

Olho para os rostos destes que nos têm governado e não reconheço neles qualquer semelhança com os nossos rostos comuns. Observem bem: abreviados, ausentes. As sombras que neles poisaram são repintadas de vigílias tétricas em que se arredaram o bater comovido do coração humano e o pulsar da mais escassa ternura. Como conseguem viver nesta miséria de fazer mal, de nos fazer mal? Têm-nos extorquido tudo e ainda querem mais, numa obscura vingança, cujo propósito decidido e inclemente é o de nos tornar infelizes.


Pobres sempre o fomos. O domínio de uma classe sobre as outras exige essa forma escabrosa de brutalidade. E sempre houve quem se prestasse ao papel de serventuário do poder. Mas leiamos a História e ela no-lo ensina a resistir e a combater. Vejam 1383, 1640, os Atoleiros, as Linhas de Torres, o 5 de Outubro, o 25 de Abril. "Salta da cama, Bastos; a revolução está na rua!" A Isaura beija-me: "Toma cuidado!" Andei por muitas, e ela demonstra, com serena apreensão, os receios que a assaltam. "Desta vez vou só escrever." Temos dois filhos, o terceiro nascerá em pleno festim da liberdade, atravesso a madrugada de Lisboa e as ruas já exprimem uma espécie de selvagem alegria. Foram despertas pela voz de Joaquim Furtado que, no Rádio Clube Português, avisa-as de que aí está "o dia inicial inteiro e limpo", por que esperávamos.

Chego ao jornal, o Diário Popular, claro!, e já lá estão o Corregedor, o Fernando Teixeira, o Abel, o Zé de Freitas, o Jacinto, o Magro, o Bernardino, o Zé Antunes. A tensão é muito grande, e o desassossego que se nos impõe torna os nervos numa teia reticular quase dolorosa. Olhamo-nos e vamos às nossas tarefas. Os telefones azucrinam, os telexes retinam, os gritos soltam-se. Correm as horas. Andamos, uns e eu, num vaivém entre o Carmo e o jornal. Até que a História retoma os seus direitos. "Zé", digo para o Zé de Freitas. "O fascismo caiu." As lágrimas corriam-nos. E ele: "Vamos lá ver, vamos lá ver." Céptico por muito ter visto e em excesso ter sonhado. Telefona-me, de Beja, o Manuel da Fonseca. "Vem para Lisboa! Caiu o fascismo!" Ele: "Eh pá! Eh pá! Eh pá!" Mais nada; não era preciso dizer mais nada. "Não te esqueças de mandar provas à Censura", avisa o Fernando Teixeira. E o Zé de Freitas: "Ó Fernando, nesta altura, a Censura já foi para a p... que a pariu!"

Onde é que eu estava no 25 de Abril? Onde devia estar: com os meus camaradas inesquecíveis, a ajudar a escrever um jornal exacto, infalível, jubiloso, exaltante e alvoroçado. Este número não foi visado pela Comissão de Censura.

Vocês, reverentes e autoritários, não têm nada disto, nem nada a ver com isto. Memórias de um dia que se não fazia noite, um dia elementar e tão claro e liso como um milagre perfeito.

quarta-feira, abril 24, 2013

E DEPOIS DO ADEUS

Dizem que amanhã é feriado. Dizem que amanhã se celebra um tal de 25 de Abril. Quem eu vejo comemorar essa coisa são os partidos do dito cujo arco do governo. Os outros falam de um ideal que não souberam preservar quando permitiram que o 5 de Outubro se tornasse mais um feriado sem sentido. Quando colaram o 1º de Dezembro ao ideal monárquico esquecendo que se tratou antes de tudo um acto de Restauração da Independência Nacional, de que hoje tão liberalmente abdicámos. Quando a deixámos que a crise de 1383/1385 passasse em claro fazendo tábua rasa da vontade popular que fez do Mestre de Aviz a bandeira de um Portugal que se deu ao mundo com a ínclita geração.

Celebram o poder que conseguiram alcançar em seu próprio benefício a 25 de Abril os que reduziram à fome a maioria do povo português. Os que fazem feriado dum dia de Junho em que fala dum poeta que ninguém lê, e se esquece de mencionar o único Nobel da Literatura só porque pensa de maneira diferente.
Eu não tenho razões para celebrar o 25 de Abril. O meu dia da Liberdade tem a ver com Paula rego e com Vieira da Silva. Não tem a ver com comemorações apalhaçadas na Assembleia da República, nem na Fortaleza de Peniche. São os que agora se lamentam os culpados do dia de amanhã ser só um feriado que acabará em breve. Ao omitirem uma parte da História de Portugal, tornaram os jovens pobres de ideias, e sem referências para o seu futuro.

Estou solidário com a Associação 25 de Abril e com o Dr. Mário Soares. Afinal o que se celebra amanhã? O luto de Portugal?

terça-feira, abril 23, 2013

ESTUPIDAMENTE MAU

Então os Secretários de Estado agora despedidos, foram responsáveis por prejuízos da ordem dos 3,5 mim milhões de euros em apostas duvidosas com dinheiro de empresas públicas de transportes do Norte do País, tais como o Metro do Porto? Então e os Presidentes do Conselho de Administração que com eles trabalharam não sabiam de nada? Então é por causa de elementos do ex-actual governo do Sr. Passos que faltam milhares de milhões de euros nas empresas públicas e todos nós temos de sofrer? Então é por causa destes senhores que há portugueses a passarem fome? Que há doentes que não são tratados de forma eficaz? Então é por causa destes “trampolineiros” a quem o Coelho ofereceu “toca” que há jovens que não podem estudar? Subsídios de doença e de invalidez que não são pagos? É isto a que Portugal está reduzido?

Então é por causa de gente desta que vemos na TV um jovem do Concelho de Peniche fazendo um figuraço, como se tivesse encontrado o Paraíso? Não será que ele terá antes proferido as palavras chave: “-Abre-te Sésamo” e acabou por entrar na caverna dos ladrões?

sábado, abril 20, 2013

DUAS LOIRAS FRANCESAS
Uma menina loira chegou a casa em Paris a chorar depois de sair da escola.

- O que é que você tem? Perguntou-lhe a mãe, uma bonita e também loira francesa.
- Tive zero a geografia.
- Por quê?
- Não sabia onde fica Portugal.
- Você não sabe? Que tola, passe-me aí o mapa de França.

E a mãe procurou, procurou ...

- Oh! Meu Deus, este mapa não é suficientemente pormenorizado; passe-me o mapa da região de Paris

E a mãe procurou, procurou...

- Também nada neste mapa, passe-me o mapa da cidade.

E a mãe procurou, procurou...

- Porra ... Portugal não pode ficar muito longe. A empregada é portuguesa e vem trabalhar todos os dias de bicicleta!

quinta-feira, abril 18, 2013

CONSUMMATUM EST

As notícias confirmam que o candidato do PS é um repetente que só pode confiar para se apresentar ao acto eleitoral, de que as pessoas têm fraca memória sobre as razões que levaram ao descalabro total do partido socialista em Peniche.
O problema não está em não ganhar as eleições. Está em fechar ainda mais as opções de escolha neste concelho.
Peniche está condenado a ser um concelho adiado. A exemplo do que acontece com o nosso país.
Surfemos enquanto as ondas existirem e aguardemos por melhores dias.

terça-feira, abril 16, 2013

A FALTA DE PUDOR

Quando eleições se aproximam é corrente manifestar interesse por aquilo que não importa a ninguém durante anos e anos, salvo nesses curtos períodos de tempo. Mas aí o despudor atinge todos. Fazem-se alcatroamentos rápidos, anúncios de obras que esperaram décadas, rotundas que ninguém quer, aparições fugazes em telejornais mesmo que pelas piores razões. É preciso é aparecer e dar nas vistas. Candidatos e pré-candidatos frequentam locais onde antes nunca foram. Os jornais nacionais e locais são um vespeiro de varejeira com notícias de bondade e de intenções nunca antes concretizadas e que após os actos eleitorais ficarão de novo para as calendas gregas. Ou com amor e caridade para os pobrezinhos nojentos que fora do período eleitoral olhamos para o lado para não os vermos.

Alguns que agora falam são responsáveis por anos de incúria ou os herdeiros desse património de incúria. É claro que estão na sua cadeira de conforto, mas não deixam por isso de ser um nojo por melhores intenções que pareçam ter. Cumpre aos eleitores separar o trigo do joio ou em última análise perceber se se trata exclusivamente de ervas daninhas, apareçam elas com as cores mais diversas ou com florações aparentemente distintas.
Durante muitos anos era necessário possuir um cartão de militante de um partido para ter sucesso. Na altura de votar nunca votes em quem tem o cartão de um partido e se tiver passado pelas “jotas” foge deles como o diabo da cruz. Ter pertencido a uma “jota” e ser político de profissão é sinónimo de incompetência e de oportunismo. Pelo menos é o que agora percebemos neste país.

Os papás passaram os seus legados político-profissionais aos seus meninos e agora deixam-lhes um emprego seguro: Assessor do Adjunto, em trânsito para uma Câmara Municipal ou para Deputado de qualquer coisa. Se não for eleito vai para secretário ou chefe de Gabinete de uma empresa público-privada. Daí a razão porque em tudo se corta menos nas PPPs.

Que merda de país.

segunda-feira, abril 15, 2013

Não roube! O Governo português detesta concorrência...

sábado, abril 13, 2013

ÚLTIMA HORA
Governo de Passos Coelho demite-se em bloco esta madrugada

sexta-feira, abril 12, 2013

O TRANSTORNO INTESTINAL

Desculpem. Eu deveria ter escrito a Remodelação Ministerial. Transtorno intestinal é uma diarreia. Um fluxo, um escoamento, ou uma evacuação do ventre liquida e frequente. Ora do que eu quero falar não é disso. Eu quero mesmo falar da substituição do ministro não-doutor (embora este seja já um não assunto), por dois ministros. Um deles vem de fora. Parece que é um intelectual de 1ª água, tal como o tio Gaspar, e o tio Álvaro Pereira. Os melhores de entre os melhores que vivem cá dentro não querem fazer parte deste “albergue espanhol” que é o Governo de Portugal. Vêm então de fora, com um nome reconhecido, para tentar apanhar o monte de cacos em que este país se transformou.

Esquecem-se no entanto duma coisa. Para Governar é preciso amar e para amar é preciso conhecer. Vejam o que se passou com o Tio Álvaro. Parece um elefante numa loja de loiça. Faz pena. Os seus alunos perderam um excelente professor (ao que dizem) e nós ficámos com um Ministro que já faz parte do anedotário nacional. O Tio Gaspar porque andava sempre encafuado nos livros, não sabia que existem pessoas para além do seu computador e para além das estatísticas que nunca acerta (ao que consta). Resultado, até Salazar já lhe chamaram, e isso não pode ser considerado um elogia na hipotética Democracia em que vivemos.
Vem mais um de fora e outro de dentro. O de dentro sabe ao que vai. Faz parte do grupo dos que nos ofendem diariamente. E nos humilham. O de fore até pode ser um cérebro. Até pode vir com as melhores das intenções. Mas existe um vírus em Portugal que o vai infectar e a breve trecho o irá tornar tão mau e tão pouco engolível como todos os outros.

Para resumir: - A merda é sempre a mesma… (Agora é que estou a ver por que me lembrei do transtorno intestinal)

quinta-feira, abril 11, 2013

E SE TE DESSEM UM SÔCO NO ESTÔMAGO?

É indiscutível que há muitos anos (desde que foi Ministra da Educação) que não morro de amores por Manuela Ferreira Leite. Até porque tem uma cara de pau que me impede de todo ouvi-la. Até que de repente, de forma inesperada dei por mim a ouvi-la acerca da situação político-económica do nosso país.
E fez-se luz em mim sobre uma série de questões que eu não tinha visto com a clarividência com que ela as abordou.

1º - Denunciou a actual situação como uma crise política antes de uma crise económica

2º - Foi muito clara que os partidos da actual maioria se limitam a teatralizar as inconstitucionalidades detectadas pelo TC

3º - Elucidou-nos sobre os perigos dos caminhos que trilhamos. Já passamos da austeridade pura e dura para entrar numa situação de pobreza extrema, que pode ser a mãe de todos os perigos.

4º - Recordou que estamos pior agora passados 2 anos do que quando iniciámos este caminho e que, nem daqui a 10 anos conseguiremos equilibrar o défice, sendo que quando o fizermos, Portugal estará reduzido a cinzas.

Manuela Ferreira Leite não é propriamente uma anarquista, nem uma mulher de esquerda. É insuspeita, o que mais me assusta. Para quem ela deu o recado, agora que está definitivamente afastada dos projectores da política eu calculo, mas não posso ter a certeza.
A Drª. MFL esclareceu melhor que os que pretendem alguma coisa da política as pessoas em geral sobre o que verdadeiramente se passa. Disse que o incumprimento das metas que nos tinham sido estabelecidas há muito tempo que estava comprometido. Muito antes das decisões do TC.
Disse que o que o TC decidiu representa 1% do valor do Orçamento de Estado. Ora toda a gente que queira poupar 1% do seu orçamento saberá fazê-lo. E o Estado melhor que ninguém. Só é drama poeque pretendem lavar os seus erros com detergentes inócuos.
Aprendi muito ontem à noite. E acima de tudo aprendi que só uma pessoa dá crédito a este Governo miserável que está a conduzir este país à miséria extrema.

E aguentamos tudo sem capacidade de reagir.

quarta-feira, abril 10, 2013

PENSANDO COM OS MEUS BOTÕES

Sentei-me à secretária, preparei um scotch, acendi o cachimbo, coloquei na aparelhagem a 6ª Symphonie (sim, a “Pathétique) de Tschaikowsky, e enquanto a música fluía e se ouviam os primeiros acordes, dei por mim a pensar no tempo político que atravessamos.
A loucura dos tempos apossou-se das pessoas e dizem coisas tão certas quanto inesperadas. Pacheco Pereira ontem à noite pela 1ª vez pede a demissão do Governo e a dissolução da Assembleia da República. José Sócrates diz que este (ou o que vai aparecer a seguir) é já um Governo de iniciativa presidencial. O ministro doutor, que ainda é ministro e doutor, mas vai deixar de ser as duas coisas acusa o “malandreco” do 1º Ministro que lhe deve o lugar de em conluio com o prior do Crato lhe tirarem o tapete debaixo dos pés. Eu faço contas à vida para ver de que forma poderei ajudar a minha filha que quer continuar a estudar. Terá de trabalhar, não vejo outra solução com os cortes a que já fui submetido e aqueles que hão-de vir.

A somar a isto tudo vêm aí as eleições autárquicas. Em Peniche, o meu Concelho de nascimento e onde estou recenseado tudo parece igual ao mesmo de sempre. Cada vez menos pessoas lhes ligam qualquer importância. A Lei Autárquica mantém-se igual ao que sempre foi, isto é, sem dinheiro as Câmaras são meros instrumentos de funcionamento de burocratas. Assim como uma andorinha não faz a primavera, uma etapa do Mundial de Surf não define a actividade de um executivo autárquico. A Assembleia Municipal continua a ser a mesma arena de ineficácia que sempre foi. A única coisa que muda é a Freguesia do “relvas”. E porque muda embaraça alguns autarcas que não se atrevem a avançar com nomes. Aqui neste Concelho já todos os partidos são do “arco da governação”. O que os torna todos iguais. O PS espera tirar dividendos da situação governativa nacional, mas não me parece muito motivado para continuar a afundar-se no desastre para que a sua última experiência autárquica o lançou. O PSD autoflagela-se por inépcia e má consciência. Sobram os comunistas que se passeiam no executivo como nunca sonharam possível.
Eu para terminar este longo exercício filosófico vou fazer o meu vaticínio: O número de abstenções vai subir em flecha e ultrapassar (ou andar lá muito perto) os 50%. O número de votos em branco vai aumentar. Tal como os nulos. Quem ganhar, ganha por falta de comparência o que traz sempre o gosto amargo da inoperância e da inutilidade. Quem perde, perde mais que umas eleições. Perde voz e capacidade de intervir. Serão pessoas que não representarão nada nem ninguém.

Terminei este exercício de Tarologia ao mesmo tempo que os últimos acrdes soam e o scotch terminou. Onde é que errámos? Preferia dizer daqui a uns meses que quem errou fui eu. Seria bom para o Concelho de Peniche.

segunda-feira, abril 08, 2013

PARA BOM ENTENDEDOR

Dedico com sinceridade este excerto do livro de Arthur Bloch ao governo português. Desconhecer o que segue é incompetência, incultura e ignorância. Quem o desconhece e aceita um cargo governamental deveria ser julgado e preso como criminoso.

Lei de MURPHY

           Se algo pode correr mal, correrá mal.

Corolários:

1. Nada é tão fácil quanto parece.
2. Tudo leva mais tempo do que você pensa.
3. Se houver a possibilidade de várias coisas correrem mal, correrá mal a que provocar mais estragos.
4. Se perceber que há quatro modos possíveis de algo correr mal, mas conseguir ultrapassá-los, aparecerá imediatamente um quinto.
5. Deixadas entregues a si próprias, as coisas tendem a ir de mal a pior.
6. Quando está pronto para fazer qualquer coisa, aparece outra que tem de ser feita primeiro.
7. Qualquer solução gera novos problemas.
8. Não se pode fazer nada que resista à asneira porque as asneiras são demasiado abundantes.
9. A natureza está sempre do lado do defeito escondido.
10.A mãe natureza é uma cabra.

sábado, abril 06, 2013

sexta-feira, abril 05, 2013

MORAL E ÉTICA NÃO RIMAM COM POLÍTICA

Os pais que se esforçam para pagar as propinas dos seus filhos que estudam na Universidade. Os pais que reduzem o seu número de refeições diárias para pagar o sustento dos seus filhos estudantes. Os pais que vêm recusada uma bolsa de estudo para os seus filhos porque não atingem os valores exigentes necessários para tal. Os pais que assistem à reprovação dos seus filhos, porque os professores com o grau de exigência que lhes compete ter, não podem ter em conta se o estudante passa fome, ou se se alimenta em cantinas sociais, ou se dorme em quartos exíguos para poder estudar, ou se desenvolve trabalhos a tempo parcial para poder estudar. Todos estes pais e os seus filhos, e os portugueses em geral, não podem compreender um 1º Ministro que nos diz a todos que temos que ser exigentes connosco próprios e productivos quanto baste e aceita ao seu lado como homem da sua confiança total um trafulha. Nenhum de nós pode compreender e aceitar um 1º ministro e um Ministro da Educação que negativaram em absoluto as “Novas Oportunidades” e no entanto delas se aproveitam para vigarices inconcebíveis e ainda por cima demoram meses para tomar uma posição de exigência em relação a si próprios e aos seus pares. Este Ministro da Educação é o mesmo que instituiu os exames a partir do 4º ano de escolaridade, para dar credibilidade ao que os jovens estudantes aprendem. Mas ao que parece a credibilidade e a honestidade é só para os outros. Este é um Governo de oportunistas. Todos são coniventes com o desastre nacional e com as vigarices desenvolvidas por qualquer um dos seus colegas de Governo. Não era um tal Portas que enquanto jornalista passava a vida a denunciar vigarices? E agora fica calado tendo ao seu lado o Rei dos Impostores? Mas os que agora na oposição acusam estes trapaceiros, não são melhores. É ver-se o que têm aceitado quando têm o poder, seja ele a nível nacional, regional ou local. É uma pena que a nobre Arte da política tenha sido tão desvirtuada por estes “chicos espertos”. Mas a sua hora chegará e não lamentarei o opróbrio em que se virem atolados.

quinta-feira, abril 04, 2013

GRÂNDOLA 1 - GOVERNO 0
Relvas já foi... faltam os outros!

quarta-feira, abril 03, 2013

ó noite dos lumes interiores

vem deitar-te sobre a pele

ó boca das estrelas sanguíneas
vem pousar-te sobre a minha

ó espelho devolve-me o rosto
que me corta a respiração

ó luz cujo brilho desconheço
desce e rompe a treva dos gestos

ó ave branca sobre a lua
vem dormir nos meus sonhos

ó corpo deixa-te incendiar
pelo néctar dos vinhos nocturnos

ó amor vem e clama
eu cantarei os passos que nos separam

ó rumor do canto que te evoca
deixa as palavras saírem límpidas

Al Berto
in DIÁRIOS
Ed. Assírio & Alvim

terça-feira, abril 02, 2013

DIALÉCTICA
Dialética (do grego διαλεκτική (τέχνη), pelo latim dialectĭca ou dialectĭce) é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que leva a outras ideias e que tem sido um tema central na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos. A tradução literal de dialética significa "caminho entre as idéias".
"Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão.". Também conhecida como a Arte da Palavra” –Wikipédia

Despeço-me do meu amigo Jorge Saldanha, retomando a essência daquilo que nos aproximava. O discordar, o discutir, o contradizer ideias e ideais, sabendo os dois que aquilo que fazíamos nos aproximava mais e mais e mais.
Éramos cúmplices do sonho e da busca de valores que acreditávamos poderiam fazer avançar o que de melhor o Homem tem: a sua capacidade de pensar.
Estou cada vez mais só, sabendo que no entanto o estar mais só não significa a capacidade de viver entre pares e iguais. Estas duas semanas têm sido dolorosas. Pelos que vejo passarem daqui para o futuro. Sinto que tudo isto tem para mim um resultado final. Fazer-me ler, pensar, discutir, ouvir música. E procurar viver com dignidade. Sem nunca deixar de combater por aquilo em que acredito.
Um abraço Jorge.

segunda-feira, abril 01, 2013

REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA

Suspende-se a Constituição por tempo indeterminado. Se o meu governar colide com essa Lei espúria, não é que eu decrecto que está errado, é a Lei que não presta e tem de ser revogada.
Bokassa II recupera o seu poder custe o que custar. Um séquito muito restrito de apoiantes acolita o trono do todo-poderoso e irredutível imperador.
As crianças vão para a sopa dos pobres. Os velhos vão para asilos tutelares. Os doentes voltam às mezinhas dos tempos anteriores à Ponte Salazar. O Estado Sou Eu. Os meus amigos são promovidos a Doutores e a Presidentes do-que-quer-que-seja. Se não existirem presidências vão para Assessores. Ou Assessores dos Assessores.
Roubam-se indiscriminadamente empresários, reformados, aposentados, trabalhadores. A cultura sou eu a visitar às escondidas lugares com mais de uma entrada, para poder passar incólume sem que os meus detractores me vejam à entrada ou à saída. Fujo das pessoas como o diabo da cruz. Eu nasci para Governar, não foi para prestar contas. Aquele simulacro de senadores que deveria fiscalizar as acções do Poder, só serve enquanto servir. Mas sente-se já a traição no ar. Até tu Brutus. Até tu!