segunda-feira, fevereiro 28, 2011

“COMO SE BRINCAVA ANTES DA PLAYSTATION”

Com este título, dissertava há uns tempos o bloger do “Amigos de Peniche” sobre as brincadeiras de um tempo que nostalgicamente nos vem à memória. Um tempo em que muitas das brincadeiras apelavam ao imaginário e ao onírico.
Os medões apelavam às lutas entre índios e cowboys, ou aos filmes de capa e espada. As bexigas de de boi eram as bolas de futebol mais requisitadas e quantas vezes não encostavam as nossas mães as suas mãos ao nosso rabo pelo roubo dos botões de chapa e das vaidosas.
Quantas vezes as caixas de folha da banha, se transformavam em golpes de magia em lindos barcos que desciam o rio da ponte de S. Domingos em direcção ao Molhe Leste.

Pedia-me esse nosso amigo (e a outros bloger’s) que se eu tivesse imagens dos carros de rodas de cortiça que as nossas brincadeiras transformavam em corridas de Fórmula 1, que as mostrasse para sua delicia.

 O tempo passou e o desafio que me foi lançado entrou nos “ficheiros armazenados”. Até que ontem ao rever o meu material de Escola fui dar com um conjunto de fotos amarelecidas pelo tempo que fizeram despoletar aquela memória. São aproximadamente de 2002 quando se aproximava a passos largos o fim do meu tempo como professor. Nesse ano, com uma turma de que eu muito gostava, recriámos o tempo dos carros de rolamentos e dos de rodas de cortiça. Não foi fácil encontrar rodas de cortiça já nessa altura. Por milagre os 3As estavam a encerrar e do seu espólio em armazém arranjaram-me as suficientes para fazer carros de cana para essa turma. Quando ficaram prontos, fizemos nos pátios da Escola da Atouguia da Baleia umas corridas, sendo o 1º Prémio atribuído ao Tiago e ao Flávio Ex-aequo, que constou de um almoço num restaurante da Atouguia com os seus professores. Assim era o tempo das recordações. E as fotografias que documentam os carros e as corridas são as que seguem:

domingo, fevereiro 27, 2011

Apelidos terminados em "es"

A EXPLICAÇÃO:

O sufixo 'ES' no final dos apelidos provém de uma raiz hebraica sefardita e tem a conotação de 'Filho de...'.

Assim é com apelidos como Alvares que significa 'Filho de Álvaro', Rodrigues 'Filho de Rodrigo', Lopes 'Filho de Lopo' ou Fernandes 'Filho de Fernando '.

Só existe uma excepção gramatical a esta regra:
- Sócrates, que significa 'Filho da  _ _ _ _'.

sábado, fevereiro 26, 2011

FOTOGRAFIAS AÉREAS
Nos cinco continentes. Do fotógrafo Yann Arthus-Bertrand. O ser humano é levado a pensar na sua pequenez face a tanta beleza e grandeza.

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

AI AS MINHAS CRUZES…

Dizem-me ser do tempo. Dizem-me ser dos problemas de saúde que tenho vindo a alimentar durante os últimos 10 anos. O que é certo é que estas dores nas cruzes à mais de quinze dias que não me abandonam.

E este calvário que arrasto, obriga-me a repensar que estou (sou) velho, e que a cantilena de que “velhos são os trapos” não é assim tão verdadeira. Eu que este ano já tinha pensado em fazer as provas de acesso à Universidade Sénior, vi-me confrontado com estas dores insuportáveis que nem me deixam a paz de espírito necessário para poder estudar as matérias indispensáveis para poder ingressar no curso superior dos que não têm outro curso que não seja a discussão dos segredos da casa.
Não há Centrum que me valha.
Não é verdade que o espírito é que conte em questões de dimensionar a idade de cada um. Eu queria tanto ser capaz de ser mais ágil. Eu queria tanto não ter dores.

Não é que ser velho não seja interessante. Traz recordações, memórias, saberes, que de outra forma não são alcançáveis. Traz um saber de experiência feito. Traz a aproximação rápida e inexorável do momento em que tudo se torna finito. Ou dito doutra forma, traz o momento em que nos reformamos da vida.
A única coisa que destoa de tudo isto, são estas dores nas cruzes. O melhor é ir comprar um emplastro Leão (é a única coisa para que os Leões servem) e assentá-lo nas cruzes. Ajuda-me a suportar esta insuportável dor.

Pudesse eu comprar os emplastros suficientemente grandes para cobrir a Assembleia da República e o Palácio de Belém. Mas para estas dores não há remédio. Só se importar uns milhares de árabes.

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

A INCOMPETÊNCIA DOS SINDICATOS
Desde que em 2010 se verificaram as grandes contestações públicas de professores promovidas pelos sindicatos e com o apoio da esquerda radical, da esquerda conservadora e dos meios de comunicação, assistiu-se a um afrouxar de iniciativas que correspondeu a uma gestão criteriosa do Ministério da Educação das medidas que queria ver consolidadas.
Há cerca de um ano que os Sindicatos piam de mansinho aguardando o momento que lhes for mais propício do ponto de vista televisivo ou jornalístico, para obterem os dividendos que os seus Dirigentes procuram.
Começam agora a surgir notícias de um certo mal-estar nas escolas com o ambiente gerado nas aulas assistidas e com professores a serem avaliados por professores. E no entanto desde sempre que seria de prever este tipo de conflitos. Quem passou pelos Estágios Clássicos tendo as suas aulas assistidas e reuniões criticas com o grupo de estagiários e de Orientadores de Estágio para análise das ocorrências observadas na aula, sabe que a não ser que as pessoas sejam devidamente preparadas para este trabalho ele pode trazer traumas e conflitos que se podem tornar insanáveis. Também ninguém espera que seja o Ministério a promover acções de análise e de estudos comportamentais para poder compreender e conviver com esta nova formulação nas Escolas.
Desde que se sabe que este modelo de avaliação de Professores seria aplicado, já passaram uns quantos períodos de férias lectivas. Teria havido tempo suficiente para os Sindicatos promoverem Regionalmente acções de preparação dos Docentes, para perceberem e lidarem com os seus comportamentos e os dos observadores, num contexto de avaliação em sala de aula.
Teriam aí uma margem extremamente correcta de colaborarem com os professores que dizem defender e de se imporem perante o Ministério que perceberia então que os professores não temem ser avaliados, querem é que essa avaliação seja aplicada de forma correcta e justa.
Ganhariam poder os Sindicatos perante os seus e perante o “patrão”. Ao deixarem ao abandono milhares de professores, só empurrados pela raiva que fomentaram e sem os preparem para se defenderem, geraram um ambiente de descrédito que está longe de beneficiar quem quer que seja.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER
Fiz tropa no Batalhão de Reconhecimento das Transmissões na Trafaria. Diariamente para ir para lá e de lá regressar a Lisboa, apanhava em Belém o barco para a Trafaria. Sempre que vinha em serviço a Lanceiros 2 ou à Ajuda fazia a travessia. Isto entre 1967 e 1970. No quartel e no barco sempre ouvi falar dos rapazes e raparigas da Casa Pia que se prostituam na zona de Belém. Quando rebentou o “célebre” escândalo, fiquei perplexo. Parecia que estavam a falar de uma novidade quando toda a gente naquela zona estava cansada de ver e ouvir falar daquele espectáculo degradante. Tanto anos depois parecia a trilogia dos macacos: não, vês, não falas, não ouves!
Na passada semana o “Diário de Notícias” publicou excertos de um relatório sobre os Centros Educativos no âmbito do Ministério da Justiça, antigos Centros Reeducativos como o que existiu em S. Bernardino. Por razões profissionais fui obrigado a contactar com aquela realidade. Eu era Presidente do Concelho Directivo da Escola EB-2.3 de Atouguia da Baleia e éramos nós que colocávamos os professores que em regime de Extensão Educativa ali leccionavam o 2º Ciclo. Também éramos nós que mediante um protocolo assinado com o Centro de S. Bernardino, recebíamos no 3º Ciclo os alunos de lá que mais progressos educativos faziam.
Os professores que lá iam trabalhar falavam-me do que era a vivência daqueles jovens no seu dia a dia e em que consistiam as praxes a que eram submetidos nos primeiros dias da sua chegada lá. As atitudes de submissão a que eram sujeitos os mais novos e os mais frágeis chegavam a ser transportados para a sala de aula e a não ser que o professor fosse mais rigoroso, tinha de ouvir e calar o que via e ouvia se não queria ver a sua viatura vitima de maus tratos.
Também à escola chegavam reflexos dos seus comportamentos que só não atingiam limites perigosos porque o seu enquadramento era seguido muito atentamente por todos nós que ali trabalhávamos.
Que me recorde a não ser quando era o momento de distribuição das avaliações não aparecia ninguém do “Colégio” de S. Bernardino para se interessar pelos alunos de lá que estudavam na Atouguia. Ou quando eram por nós chamados por alguma rezão especial. Os alunos de S. Bernardino eram depositados na Atouguia e o assunto morria ali. O que me levava a concluir que os alunos ditos “problemáticos” de S. Bernardino, ou tinham qualidades para superar os seus problemas ou então afundavam-se para saírem de lá com a profissionalização feita em “marginalidade”. Muito me espanta agora que tenham descoberto os problemas daquele tipo de estabelecimentos.

sábado, fevereiro 19, 2011

NEM TUDO O QUE PARECE É
Um grupo de anões resolve jogar futebol no domingo e alugam um campo.
Formadas as equipas, cada um pega no seu equipamento, quando reparam que o campo de futebol não tem balneário. Resolvem então perguntar ao dono de uma tasca ao lado se podem utilizar acasa de banho para trocar de roupa.
O dono diz que não há problema nenhum, e lá vão eles.
Entram todos na tasca, vão até à casa de banho, vestem-se e começam a sair da casa de banho.
Um bêbado, que estava sentado ao balcão, vê passar por ele a equipa azul. Estranha, mas continua a beber.
Quando, ao fim de pouco tempo, vê passar a equipa de vermelho, vira-se parao dono do bar e diz :
- Eu não me quero meter ... mas os teus matraquilhos estão a dar à sola!...

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

PARTILHAR
Nas campanhas eleitorais, sejam elas quais forem, uma das propostas/promessas mais abundantes para quem pretende atingir o topo daquilo a que se candidata, é que o seu exercício do poder se baseará numa auscultação constante das necessidades e do pensamento dos que o elegerem.
Para conseguir convencer os cidadãos invade-se o seu espaço como se esse fosse seu hábito, estar onde estão os cidadãos para melhor os ouvirem.
Uma vez eleitos marca-se um dia para o cidadão comum lhe ter acesso. Mas mesmo nesse dia, por razões imperiosas amiúdes são as vezes em que esses encontros terão de ser adiados.
Mas quando finalmente o cidadão lhe consegue chegar, o assunto requer sempre ouvir os responsáveis da área, as implicações do que é solicitado são sempre inúmeras e podem conduzir sempre a um descalabro financeiro ou legal se não forem devidamente meditadas.
Aqueles que frequentam os locais de lazer que o detentor do poder utiliza para seu próprio gáudio, conseguem uma conversa singular mas a parte final é sempre irremediavelmente a mesma, “ – passe pelo meu gabinete que falaremos melhor”. E então regressa-se ao esquema do parágrafo anterior.
Mais curiosa é a forma de sugerir iniciativas que correspondam a benefícios colectivos. A proposta é lida/ouvida e fica sempre para posterior apreciação. O que vier do exterior é para ser evitado. Só o que é pensado por si e mandado executar por si, de acordo com os seus objectivos e dos fins que pretende atingir é válido.
Não interessa se é bom ou mau. Não é iniciativa sua.
Para fazer vencer uma ideia a única alternativa é conduzir a proposta de forma a que o “patrão” fique com a convicção de que foi ele que a teve. Ou que lhe chegue pela via de um dois eleitos em quem ele confia.
Por isso o detentor do poder não gosta de pessoas colegialmente eleitas. Prefere assessores de quem se pode descartar a seu bel-prazer. Gosta de como obra de misericórdia expor o seu pensamento e iniciativas para serem aplaudidas. Se não o forem será lamentável para os que não souberam apreciar tal discernimento e capacidade intelectual.
Partilhar torna-se em definitivo uma maldição.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

O EXERCÍCIO DO PODER
Manifesta-se de diferentes maneiras. Para os que o exercem com Honra e Dignidade as atitudes manifestam-se de forma consensual ou quando existe desacordo os que no fim não são quem vê as suas posições escolhidas, não sente que perdeu e manifesta vontade de colaborar na execução da opção escolhida mesmo não sendo a sua.
Quem exerce o poder porque julga ter um contributo a dar à comunidade não procura obter pequeninos dividendos que o perpetuem no poder. O poder em si mesmo não significa nada. Só significa que podemos estar mais perto dos órgãos decisores para os influenciarmos e podermos com isso colaborar nos princípios que tornam o Homem mais Livre, mais Fraterno, mais Igual aos outros.
Querem um exemplo de um estadista próximo no tempo de alguém com este perfil? Nelson Mandela.
Infelizmente o exercício do poder tem vindo a degradar-se ao longo dos tempos. Os tiranos e os seus seguidores utilizam os meios mais diversos para se servirem nem que para isso tenham de pisar e subir à custa de familiares e amigos. À custa das convicções e ideais dos outros. Das suas crenças e das suas capacidades de apoio ao que acreditam.
Temos vindo a perceber como os partidos do Governo espalham ofertas pelos correligionários que os apoiam. Importante é não por em causa a acção de quem governa. Dizer que não se está de acordo é crime de lesa pátria. Por em causa determinadas medidas é o mesmo que pertencer a um bando de terroristas. Denunciar fórmulas autoritárias de concentração do poder é por em causa a continuidade de uma acção “justa” em oposição “aos outros” que se querem aproveitar dos “nossos momentos menos bons”.
E isto que serve para o Governo da Nação, serve para o poder interno dos partidos, ou para o exercício de uma acção de uma dimensão menos significativa como seja o exercício do poder autárquico.
O poder exerce-se partilhando, ouvindo, discutindo e aceitando. Quem não o entender está condenado ao isolamento ou a só ter como local para manifestar as suas aptências suicidárias uma qualquer ONG.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

QUE DIA É HOJE?
Dizem-me que é dia dos namorados... Acabadinho de chegar ainda não sei o que isso é. Só sei que "curto" as mamocas da minha mãe, os "bjinhos" que ela me dá, o calorzinho da minha cama. Sei que vejo muita gente à minha volta e não percebo muito bem o que querem. Quando choro é porque estou sujo ou porque tenho fome. E nessas alturas gosto que me ajudem.
Estou a pensar que ser crescido não deve ser grande coisa. E que está a chegar a hora do leitinho.
Quero lá saber que seja 14 de Fevereiro.

domingo, fevereiro 13, 2011

TESTE DE ALCOOLEMIA
Olhe a foto abaixo...
E verifique com os elementos que lhe são dados se corresponde ao perfil de alguém que vive obcecado pelo alcool...

Viu a foto?
Não lhe ficou indiferente?
Se você viu a bem a foto e não distinguiu uns metros a baixo da senhora um anúncio de um BAR,
então é porque não é mesmo dependente de alcool. PARABÉNS!

sábado, fevereiro 12, 2011

PARA AQUELES QUE CASARAM AGORA, OU AINDA CONSEGUEM MANTER O 1º CASAMENTO
Quando completei 25 anos de casado, introspectivo, olhei para a minha esposa e disse:
-Querida, há 25 anos nós tínhamos um “carocha”, um apartamento caindo aos pedaços, dormíamos num sofá cama e víamos televisão a preto e branco num ecrã de 14 polegadas. Mas, todas as noites, eu dormia com uma mulher de 25 anos. Agora nós temos uma mansão, dois Mercedes, uma cama super King Size e uma TV plasma de 50 polegadas, mas eu durmo com uma senhora de 50 anos. Parece-me que és a única que não está evoluindo.
A minha esposa, que é uma mulher muito sensata, disse-me então, sem sequer levantar os olhos do que estava fazendo:
- Sem problemas. Sai de casa e encontra uma mulher de 25 anos de idade que queira ficar contigo. E se isso acontecer, com o maior prazer eu farei com que tu, novamente, consigas viver num apartamento caindo aos pedaços, dormindo num sofá cama e conduzindo um carocha.
Sabem que fiquei curado da minha crise de meia-idade?
Estas mulheres maduras são realmente o máximo! E PARA COMPLETAR e já temendo a resposta perguntei-lhe ainda:
- Mas querida, responde-me, onde está agora aquela mulher linda e sexy com quem eu me casei?
A minha mulher respondeu, sem levantar os olhos do que estava fazendo:
- Querido, comeste-a! Olha bem para o tamanho da tua barriga!!!

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

VIVER NO EQUILIBRIO
Há hora a que escrevinho estas linhas num conversando que pretendo sereno embora incisivo, já sabemos que vai ser apresentada na Assembleia da República a 10 de Março uma Moção de Censura ao Governo, que tudo apontaria para que fosse aprovada por unanimidade.
O seu proponente é um “grupelho de rapazolas” bem instalados na vida que assumiram como sua a luta de toda a Classe trabalhadora. A face visível destes fecmls e udepistas de trazer por casa são professores universitários, jovens filhos da classe média e média alta que têm a sua implantação nas grandes cidades e no litoral, onde pululam jovens entediados com uma vida sem aventuras.
Mais uma vez a luta não é contra o Socas embora ele seja o pretexto. O alvo destes bloco de pivots frustrados é o PCP que lhes retira o protagonismo junto das classes operárias, seja isso o que for.
O poder tem manifestações interessantes e esta é uma delas. A Censura não é para ocupar o lugar do censurado mas para evitar que outro seja o censurador. Mal sabia eu que tinham ficado tantos lápis azuis afiados do tempo do Estado Novo.
O Poder é exercido mal ou bem por quem o conquista. Aos vencidos resta combaterem-se entre si para terem direito ao título do vencido menos estropiado.
E o que é ridículo é que tanta gente contra o Governo a Censura não vai passar, o Governo não vai cair e não vamos ter eleições. Aos rapazinhos da “24 de Julho” também não interessaria muito eleições nesta altura. A falta de certezas numa vitória suficientemente ampla não motiva o PSD para embarcar nesta farsa. O PCP sabendo que a Censura no fundo é contra si próprio não vai aprová-la. E o Portas que haja o que houver só pretende vender cobertores na Feira do Relógio dirá que sim mas também.
A política é um exercício de equilíbrios e de cálculos matemáticos.
Se pudessem votar, médicos e juízes, professores e polícias, maquinistas e enfermeiros, desempregados e funcionários públicos, jovens licenciados e pescadores, agricultores e pequenos comerciantes, outro seria o resultado. Mas felizmente o povo não vota estas coisas. O povo limita-se a ser povo, a cheirar mal a ver “reality shows” e a andar em transportes públicos quando não houver greve.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

AS 7 MARAVILHAS GASTRONÓMICAS DE PORTUGAL
Depois das Berlengas vamos ter um novo flop. Não é difícil saber quem se apresentará a concurso se o patrocínio for da Região de Turismo do Oeste. Também não será difícil de saber que a receita gastronómica variará entre a massada, o sequinho e um qualquer robalo (re)inventado.
A proletária “Caldeirada” e a luxuriosa “Lagosta Suada à Moda de Peniche” irão fazer companhia ao extinto “Vinho Branco das areias” e às moribundas rendas de bilros.
No entanto que magnifico repasto seria numa mesa em toalha de linho bordejada por uma renda de bilros, servir uma lagosta suada à Moda Antiga de Peniche. Recordo a receita que o senhor Acelino cedeu com a especial recomendação de que não morresse com ele.
Mais vale perder com o que é nosso genuinamente, do que com o que nunca passou pelo teste da aprovação generalizada. Se que caldeiradas existem muitas. Mas somos únicos em algumas coisas. Orgulhemo-nos daquilo que foi passando por gerações sucessivas.
Não sei o que vai acontecer. Mas temo que mais uma vez sejamos preteridos pela moda ou pela política rasteirinha de trazer por casa.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

CARA Drª ISABEL ALÇADA
Ex.ma Srª Ministra da Educação

Aprendi a gostar de si e a respeitá-la pelos valores que via subjacentes nos livros que assinava. Aos meus alunos costumava dizer: “Façam da vossa vida “UMA AVENTURA”, em que o que aprendem e apreendem são os tesouros da vossa vida.
Quando instalei a Escola onde acabei por me reformar em 2000 com 38 anos de serviço e 60 anos de idade, recebi uma biblioteca vazia de livros. Nesse tempo, ao abrir o séc. XXI ainda se considerava que do recheio de uma escola não fazia parte a literatura. Pois bem, quando reuni com os professores para escolher alguns livros para começarmos a criar a nossa própria Biblioteca, insisti de seus livros serem imprescindíveis para os alunos duma terra de características agrícolas e do interior dum concelho.
Serve esta introdução para lhe dizer que gosto de si e que não me reformei para fugir a nada. Apesar de ter estado um ano de baixa por ter sido operado a um cancro do pulmão, não quis pedir a reforma por doença. Queria sair da Escola pelo meu pé e quando chegasse a altura de naturalmente sair, o que veio a acontecer. Posto isto vamos ao que interessa.

Faça-me o favor de ao fim de uma vida de trabalho nas escolas onde passei por todos os cargos possíveis e imaginários, tendo sido professor do 2º, 3º ciclos e Secundário, onde trabalhei quando não se ganhava nas férias, tenho um conhecimento aprofundado do que é uma Escola, para que serve e quem a serve. Tenho sido muito crítico do papel que os professores têm desempenhado nas Escolas, alheando-se delas, e utilizando muitas vezes os seus benefícios mas sem vontade de participar nos sacrifícios. Sou um opositor feroz do papel dos Sindicatos, que se têm utilizado de professores, Ministério e Escolas para poderem beneficiar as suas classes dirigentes, incluindo os seus cargos intermédios.
Mas reconheço que a Escola ainda é dos sítios em que melhor as coisas correm neste país. Quantos dirigentes das escolas ao longo dos anos foram acusados de corrupção? Compare a senhora Ministra esses valores com os políticos e terá uma agradável surpresa. Os professore são absentistas? É porque a senhora Ministra não frequenta os centros de Saúde. Adiante.
O que me fez passar do sério com a senhora Ministra, foi esta história da EVT.
Tivesse a senhora Ministra proposto que se retomassem as disciplinas de Trabalhos Manuais e Educação Visual e eu cairia rendido aos seus pés.
Num tempo que todos criticamos por se tornar ausente de valores, minimizar o Trabalho Manual, tornando-o o menino pobre do nosso Sistema Educativo é que eu não estava à espera. Afinal a senhora é igual à “cambada” que a rodeia. Eu que sou Agente Técnico de Engenharia e que não tirei curso nenhum à pressa para me tornar “senhor doutor engenheiro”, eu que tenho orgulho em ser filho de um serralheiro mecânico e de uma costureira, eu próprio que tirei um curso de Formação de Serralheiros, sinto que o labor manual é visto por si e pelos que a rodeiam como um asco e uma coisa repelente.
A senhora entrou na paranóia de que ser desempregado licenciado é preferível a ser operário desempregado. Isto porque se calhar os licenciados comem “gourmet” enquanto os trabalhadores manuais continuam a comer sopa de feijão encarnado com arroz.
Perdi o respeito e a admiração que tinha por si. Com tanto que há para corrigir e melhorar nas escolas, acabar a sua destruição visando o Trabalho Manual, só lembraria a um Governo de mentecaptos da qual a senhora acedeu a fazer parte.
Deixo-lhe com mágoa a citação de um provérbio chinês:
“O que diz, ouve-se. O que se escreve, lê-se. O que se faz, vê-se”.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

ENTROU NA MODA
Ser contra o governo e em particular contra o Sócrates. Raramente alguém conseguiu reunir um tal consenso de opiniões. Recordo o tempo em que o Cavaco era 1º Ministro. Muita gente em geral e a comunicação social em particular afiavam as unhas para o “esfarraparem”. Nesse tempo o “Independente” e o seu director Paulo Portas montaram uma cadeia de ataques ao Sr. António verdadeiramente vertiginosa. Só que o homem ía a votos e as maiorias absolutas sucediam-se fazendo calar os invejosos e os caluniadores.
Mas nada se compara com o que agora acontece com o Socras. Ele leva “porrada” de todos os lados. Os que o rodeiam “porrada” levam. Quase se torna crime afirmar-lhes alguma decisão bem tomada. A (In)Justiça portuguesa com os sindicatos dos Juízes à frente tudo fazem para torpedear a acção do homenzinho. A Igreja que perdeu os seus privilégios reza loas ao seu desaparecimento e nunca foi tão critica com a acção governativa. Aceitaram tudo no tempo do Estado Novo agora sentem-se beliscados ao menor sinal de perda de poder. E ele vai perdendo votos atrás de votos até à derrota definitiva.
Só me recordo de um tal unanimismo em torno de uma figura governativa. Aquele que unia todos os opositores ao tio António Salazar e aos seus descendentes.
Quase que tenho pena dele. Só não me consigo apiedar porque ele destruiu as esperanças de todos os que nele confiaram. Uma das grandes promessas que fez ao Povo Português quando foi eleito pela primeira vez com maioria absoluta, foi a de que iria criar milhares de postos de trabalho. Nem digo o que aconteceu.
A desculpa é a de que foi a crise internacional e tal e coisa que deu cabo desta merda toda. A isso respondo com a certeza de que os grandes estadistas são os que preparam os seus países para terem uma resposta ao que de pior possa acontecer. Com o Agente Técnico de Engenharia Civil José Sócrates tornámo-nos os mendigos da Europa. Devemos a toda a gente. Somos uma espécie de ciganos romenos. Sem ofensa para os ciganos claro. Com uma mão à frente e outra atrás, desconfiamos de amigos e dobramos a coluna perante que nos pode garantir apoio. Toda uma Companhia Limitada de lambe botas e de “chulecos” reúne-se cirandando pelos corredores do poder esperando pelas migalhas que escorrem dos pratos de manjares da corja dita “socialista”.
Espero ainda ter vida e saúde para ver cair esta cambada. E para observar onde vão acomodar as ossadas. Que lugares de reforma lhes serão ofertados pelos que os vão substituir.

domingo, fevereiro 06, 2011

A VELHINHA MAFIOSA
A velhinha subia a rua transportando dois enormes sacos negros, desses que são usados para o lixo. Um deles, roto, deixava de quando em quando cair no chão parte do conteúdo, neste caso notas de 100 Euros. Há um polícia que a interpela:
- A senhora tem de ter mais cuidado. Está a deixar cair dinheiro desse enorme saco... - disse-lhe o guarda.
- Muito obrigada, senhor guarda. Tenho de voltar atrás e apanhar o dinheiro que me caiu... - agradeceu ternamente a velhinha.
O polícia, curioso não a liberou de imediato:
- Esse saco enorme, cheio de dinheiro, de onde vem? Não é dinheiro roubado, não?
- Que ideia, senhor guarda! Não!
- Disse ela quase indignada.
- Eu moro ali ao lado do estádio de futebol, ali em baixo, sabe?O polícia assentiu.- Tenho ali uma casinha com um jardinzinho, umas roseiras, umas buganvílias... e os espectadores, à entrada e à saída têm o hábito de se encostar aos arbustos e urinar mesmo em cima dos meus canteiros e estragam-me as flores todas. De maneira que nos dias de jogo eu escondo-me atrás do muro com a minha tesoura de podar e quando eles estão com o membro de fora eu apareço e digo:
"- Ou me dás cem euros ou corto!"
O polícia riu-se em gargalhadas francas.
- Não me parece nada má ideia.
Preparava-se para deixar a velhinha seguir o seu destino quando lhe perguntou:
- Mas... e o outro saco, também tem dinheiro?
- Ah, senhor guarda, sabe como é, nem toda a gente paga...

sábado, fevereiro 05, 2011

NÃO HÁ QUE DIZER. SOMOS DO BENFICA
Estavam 3 Benfiquistas e 3 Portistas na estação do Oriente, à esperade comboio para irem ao Dragão ver o Porto-Benfica.Os três Portistas vão até à bilheteira e compram três bilhetes. A seguir, vão os três Benfiquistas até à bilheteira, mas só compram um bilhete.Os Portistas ficam espantados e perguntam:
- Como é que vocês são três e só compram um bilhete? Vocês não têmhipótese de fazer a viagem e passar o mesmo bilhete para os três!..
- Não se preocupem que vocês vão ver... - respondem os Benfiquistas.
Mal entram no comboio os três Benfiquistas dirigem-se à casa de banho e apertam-se lá dentro o melhor possível de maneira a fechar a porta.Quando vem o Revisor, pica os bilhetes dos Portistas, vê a luz da casa de banho acesa, bate à porta e diz:
- BILHETE, por favor!!!
A porta abre-se só com uma frinchinha, através da qual sai uma mão como bilhete. O Revisor, agradece e segue.
Os Portistas acham a ideia fantástica, e decidem fazer o mesmo, naviagem de regresso.
- Estes Lampiões são uns génios!... vamos fazer o mesmo.
No regresso, os três Portistas compram só um bilhete, mas osBenfiquistas não compram nenhum.
- Como é que vocês vão viajar sem bilhete? É impossível!!!
- Vocês vão ver, está tudo sob controlo - objectam os Benfas.
Quando entram no comboio, os Andrades espremem-se todos para dentro de uma casa de banho, e fecham a porta. Os Benfiquistas fazem o mesmo na casa de banho da carruagem ao lado.Passado uns minutos, sai um dos Benfiquistas, bate à porta da casa de banho dos Portistas e diz:
- BILHETE, por favor!!!

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

4 DE FEVEREIRO DE 1961 /4 DE FEVEREIRO 2011
Passam hoje 50 anos sobre a data em que se iniciou em Luanda a luta pela independência das Colónias Portuguesas. Tema tabu até Abril de 1974, foi a partir daí assunto muito difícil de abordar pelas marcas que deixou, pelas peras que gerou, pelos lares que entraram de luto, pelos que se sentiram espoliados por tudo o que deixaram para terem de recomeçar de novo a sua vida. Ainda agora não é fácil falar nisto.
Muitos de nós que fizeram a guerra não suportam a ideia de que esse, foi um tempo em vão. E que aquilo em que sempre aprenderam a acreditar, afinal era para deitar fora.
Escrevo estas linhas com uma cuidadosa cautela. Recuso-me a ferir na sua susceptibilidade familiares e amigos.
Os mentores da carnificina que se instalou nas antigas colónias, de Timor à Guiné-Bissau, instalados em gabinetes com ar condicionado, não tiveram sentimentos de culpa pelas campanhas organizadas contra povos que só aspiravam a serem senhores do seu próprio destino. E não me venham dizer que eles não são capazes. 800 anos de história temos nós e somos um país falido e sem futuro.
O Brasil, Angola e até Timor começam já a ser quem nos cede dinheiro para podermos sobreviver. Futuramente Moçambique e Cabo Verde vão conseguir tornar-se países economicamente viáveis enquanto esta pátria da tanga se irá afundar na corrupção e no opróbrio.
50 anos depois somos um exemplo de mediocridade enquanto os países que projectámos vivem o inicio da sua afirmação como nações de pleno direito.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

QUE PARVO QUE SOU…
Os “Deolinda” lançaram nos espectáculos que estão a realizar nos Coliseus um tema que começou por causar espanto às plateias, depois uma forte adesão e por último tornou-se o grito comum dos jovens que o ouviram.
Obviamente que num ápice chegou ao “You Tube”. Muitos consideram já este tema um hino da juventude desencantada deste país. Para os menos atentos são por coisas (causas) destas, aparentemente pouco significativas que se iniciam os movimentos juvenis que rapidamente se convertem em grandes manifestações de massas populares.
Para os que passam o seu precioso tempo a embandeirar em arco com as vitórias de Pirro que conseguem. Para os que com tanta ineficácia e propósitos tão serôdios como os dos primeiros os tenta derrubar para os substituir. Para todos esses estes avisos passam ao lado.
Depois quando vêm as multidões em fúria nas ruas de Paris, ou nas praças tunisinas ou do Egipto admiram-se e auto-flagelam-se por terem estado desatentos. Os jovens começam a estar fartos. Os pais dos jovens começam a estar fartos. Estamos todos a começar a ficar fartos da política e dos que se servem dela.
Em Portugal me parece que o grito do Ipiranga já começou a ouvir-se. Escutem-no e arrepiem caminho.
Publico com a devida vénia ao “You Tube” onde o fui buscar o “Hino” dos jovens desesperados e a letra desse hino. Para que conste.

http://www.youtube.com/watch?v=URMaWfaEgQ4&feature=related


QUE PARVA QUE SOU

Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração "casinha dos pais"
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração "vou queixar-me pra quê?"
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração "eu já não posso mais!"
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

“O FUTURO COMEÇA HOJE”

Uma breve troca de impressões com o recém-eleito Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD local, remeteu-me para um conjunto de reflexões sobre política e estratégia concelhia.
Mais importante que um conjunto de promessas vãs é estabelecer algumas das linhas forças em que consensualmente acreditamos ser possível realizar e nas quais as forças politicas independentemente dos resultados eleitorais se irão empenhar.
O modelo que tem sido utilizado nas autárquicas está esgotado. O que estabelece a diferença entre quem ganha e quem perde é a simpatia (e aceitação do candidato) pela população em geral. E o seu comportamento enquanto exerce o cargo.
Ninguém lê os manifestos programáticos dos que se propõem e na maioria das vezes nem sequer se sabe quem são os que lhe seguem na lista.
Importante é saber que o Concelho de Peniche merece mais do que isto. E que pode ser feito mais do que isto.
Faltam 3 anos para novas eleições autárquicas. É tempo de se começarem a desenvolver pólos de discussão sobre o nosso futuro colectivo. Que não fiquem confinados ao sectarismo político-partidário. Estamos a atravessar um período de crise de valores e de capacidade de discussão dialéctica sobre o que é fundamental (que une todos) e sobre o que é acessório (que permite estabelecer a diferença entre uns e outros).
A acompanhar esta crise veio uma outra de carácter económico e social que transformou as populações em puros indigentes. Será importante pois saber qual o papel dos municípios neste imbróglio. Desenvolvidas que estão as actividades mais prementes no ambiente e acesso aos bens essenciais, parece ser de questionar que papel lhes reserva o futuro. O social, a educação, o cultural e o desporto parecem ser os bens que lhes estarão reservados no primeiro quarto do século XXI. Ou será outro?
Respondida esta questão podemos saber quais são as nossas preocupações prioritárias.
Depois disto os candidatos. Ou então não. E o afastamento entre as populações e as autoridades autárquica vai-se acentuar até deixarem de fazer sentido. E voltaremos à fórmula mágica do Estado Novo: O Presidente da Câmara nomeado pelo Governo.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

SERÁ DESTA?
Os jornais de hoje noticiam que se pretendem diminuir o número de municípios que existem em Portugal. Ao que parece alguns deles perderam completamente o significado que justificava tal classificação.
O toque foi dado pela Câmara Municipal de Lisboa ao extinguir um número significativo de Freguesias. De 53 irão passar para 23.
Já aqui e no Jornal local tivemos a iniciativa de referir o absurdo da existência de 3 freguesias na Cidade de Peniche. 2 delas em dimensão territorial e em caracterização são completamente incongruentes. Para além de que representam uma despesa sem sentido. Os fundos que recebem praticamente nem são suficientes para pagar a um funcionário. É a Câmara Municipal quem lhes atribuindo subsídios lhes suporta os devaneios de funcionários, subsídios que atribuem e Feiras, Festas e Romarias que visitam com os poucos idosos necessitados que ainda lá residem.
Para além disto as Freguesias de S. Pedro e Conceição na Cidade de Peniche só existem para justificar uns quantos lugares políticos para meia dúzia que ficam de fora dos lugares da Câmara e da Assembleia Municipal. É o rebuçado que se atribui para os calar. Objectivamente não se justificam nem aos fundos que consomem.
É claro que isto não é fácil de conseguir. Quem primeiro tomar a iniciativa vai ficar muito mal visto. Se a pequena política for a resposta, será acusado de tudo menos de santo. Em Lisboa, PS e PSD entenderam dever separar o que é fundamental do que é acessório e entenderam-se. Aqui, com a ausência de um pensamento cívico claro, será muito mais difícil. Aqui será muito mais natural funcionarem as capelinhas e os interesses da rua de cada um.
A substituição das 3 Freguesias da Cidade por uma única Freguesia, designe-se ela Freguesia de Peniche, ou Freguesia de S. Pedro Gonçalves Telmo para manter a relação icónica, é uma medida de visão larga e projectada para o futuro. Continuar como estamos é revelador de uma incapacidade de romper com o “status quo” que nos deixará por décadas no mesmo marasmo.