quarta-feira, fevereiro 28, 2007

O PASSADO E O PRESENTE...

terça-feira, fevereiro 27, 2007

SE O RIDÍCULO MATAR...
“A Voz do Mar” de 27 de Fevereiro de 2007 (nº1200), faz uma chamada de atenção na 1ª página para uma entrevista “com Dr. Júlio Coelho anterior Presidente do G. D. P.”. Na página 10 lá vem a referida entrevista que ocupa toda uma página da Voz do Mar, sem identificar o entrevistador, e que por não ser assinada presumimos que é da responsabilidade da Redacção do referido Jornal.
Para “disfarçar”, ou enganar os leitores menos avisados, o Jornal diz que é sua intenção debater a actual realidade do clube e para isso vai auscultar a opinião de anteriores Presidentes da Direcção do G.D.P., começando por ouvir precisamente o imediatamente anterior.
Ficamos à espera de ver quem são os anteriores Presidentes do Peniche que vão ser ouvidos, até porque toda a entrevista só serve para o anterior Presidente justificar a sua Gestão económica e desportiva posta em causa pelo actual Presidente. ¾ da entrevista versam questões financeiras (sem que no entanto a afirmação de Francisco Rachão seja muito claramente posta em causa), e ¼ de entrevista é para dizer o que o Peniche deverá fazer no futuro, mas não sem antes aproveitar para dizer que por razões profissionais já se demitiu de todos os cargos no GDP.
Isto é, o Dr. Júlio Coelho diz que sabe o que deve fazer-se (mas não fez) e afasta-se de tudo, e assim não terá de fazer nada (mas se não se fizer, a culpa não será sua, que bem avisou para se fazer).
Ficamos à espera de ver se os que lhe vão suceder na Gestão do Clube lhe seguem os passos, fazendo o que manda Frei Tomás...

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

O MINISTRO DA SAÚDE, AS URGÊNCIAS DOS HOSPITAIS E O PS

Quem lê o programa do PS, quem pensa que foi este partido o grande obreiro nos idos de 70, da criação do Serviço Nacional de Saúde, tem dificuldade em perceber a forma pouco hábil e “trauliteira” como o Ministro da Saúde do actual governo tem lidado com este problema das Urgências dos Hospitais.
Se acrescermos a isto que o Correia de Campos é dos técnicos mais competentes que temos na área da saúde, ficamos perplexos como o Ministro tem lidado de forma arbitrária e inconsequente com este assunto.
Acredito firmemente que o problema das Urgências precisa de ser revisto, pois não pode continuar a funcionar nos actuais moldes. Estude-se o problema, discutam-se as soluções com os interessados e decida-se. O que se está a fazer é que não é nada. Parece que o Ministro deu cabo dos neurónios do Técnico e Professor, e agora o que se vê é um “tolinho” que anda às voltas com este assunto sem saber o que lhe fazer.
Continuo a pensar que estas coisas não se resolvem com manifestações, mas o sr. Ministro tem que provar que sabe o que anda a fazer. Julgo que não é com ajuntamentos de rua, que só servem para tornar as pessoas menos racionais, que Peniche poderá valorizar o que tem e fazer prevalecer ideias que poderão ser úteis para melhorar o que precisar de ser corrigido. Na linha do que aliás já vi defendido por responsáveis autárquicos locais.
É bom que o Ministro pense no que é melhor para a saúde física e mental dos cidadãos portugueses. Por favor Dr. Correia de Campos, não dê cabo do resto do juízo que ainda sobra aos portugueses.
Quanto a mim, não irei à concentração promovida para o dia 3 de Março no Largo do Município. Não me dou bem com ajuntamentos. Falta-me o ar. Mas agradeço por uma informação escrita sobre o desenrolar de todo este embróglio.

sábado, fevereiro 24, 2007

ORAÇÃO PARTILHADA

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

RESCALDO

Acabado que está o Carnaval julgo que é justo elogiar o papel da Câmara Municipal no evento deste ano. Desde logo pelas condições que proporcionou para o desfile dos grupos. Refiro-me às bancadas proporcionadas para quem queria assistir, à instalação sonora ao longo de todo o percurso proporcionando a animação requerida, mesmo em momentos de paragem do desfile. Refiro-me ainda ao enorme palco onde se exibiram os grupos, acabando de vez com os pindéricos palcos utilizados em anos anteriores.
Depois o cuidado posto na limpeza das ruas junto dos bares e na Ribeira Velha. De manhã cedo os menos avisados nem em sonhos poderiam imaginar o estado em que se encontrava aquelas zonas pela actividade dos foliões durante toda a noite.
Daqui lanço uma sugestão para o próximo ano. Tentem conseguir que na quarta-feira algum grupo apresente a pantomina da “serração da Velha” ou do “enterro do Bacalhau” . Seria o renascer de uma tradição que aqui podemos ver durante os anos 50 e 60 e que agora parece perder-se no tempo. Para além de que muita gente continua falar dessa festa, perguntando se existe ou não.
PS: Segundo me relataram, na Assembleia Municipal realizada na sexta-feira de Carnaval, os Deputados Municipais do PS, insurgiram-se com os custos da deslocação do Presidente da Câmara e do grupo que o acompanhou à Praça da Alegria. Ao que parece os senhores que representam o PS considerariam que a relação custo-benefício dessa deslocação não seria compensadora em termos de publicidade para Peniche.
Onde estariam estes senhores quando o seu Presidente da Câmara, gastava o dinheiro de todos nós com o asqueroso Big Brother? Associar Peniche a esse horripilante programa era dinheiro mais bem empregue?
A memória colectiva é fraca. Mas um pouco de pudor nestas ocasiões não ficava mal a ninguém.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Quem acordou hoje de manhã cedo viu grupos de pessoas ainda mascaradas nas ruas, nos cafés ou nos bancos de jardim, conversando meio afónicas sobre os resíduos do Carnaval que já lá vai.
Parece que transportam consigo todo o peso da frustração pelo que já não se repetirá senão daqui a um ano. Restos de papelinhos e de serpentinas separam-se dos fatos trapalhões húmidos de suor. As bancadas vazias nas ruas são o último dos sinais. Já passaram as equipas de limpeza que devolveram á cidade um ar civilizado e urbano.
Uma mãe ou outra preocupa-se em casa pelo filho(a) que ainda não regressou. Amigos olham à sua volta procurando com ar surpreendido os(as) que se perderam pelas ruas desertas, enquanto um casal apaixonado troca um imenso e último beijo que a noite quente e sensual proporcionou.
Por entre os restos (rastos) do Carnaval sinto a maior das angústias perante aquele jovem inglês que procura o amigo desaparecido por entre a massa disforme que vê à sua frente...

terça-feira, fevereiro 20, 2007

3ª FEIRA DE CARNAVAL
O Corso

A assistência enquanto se refresca...

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

2ª FEIRA DE CARNAVAL
Uma mulher acompanha o marido ao consultório médico. Depois do marido fazer um check-up, o médico chama-a a outra sala e diz:
"O seu marido está com um stress profundo. A situação é muito delicada. Se a senhora não seguir as instruções que lhe vou dizer, o seu marido certamente vai morrer. São apenas 10 pequenas instruções que significarão a vida de seu amado esposo:

1.Todos os dias de manhã, prepare-lhe um pequeno almoço reforçado. Seja agradável e faça tudo para que ele se sinta bem;
2.Para o almoço, ofereça-lhe uma refeição nutritiva;
3.Para o jantar, prepare pratos especiais, tipo comida japonesa, Italiana e francesa;
4.Mantenha sempre uma boa quantidade de cerveja gelada no frigorifico;
5.Não o atrapalhe quando ele estiver a ver algum jogo de futebol na TV;
6.Pare de assistir a telenovelas;
7.Não o chateie com reclamações do universo feminino, porque ele provavelmente teve um dia exaustivo;
8.Deixe-o relaxado;
9.Não discuta os seus problemas com ele;
10. E, o mais importante, faça sexo com ele várias vezes por semana em todas as posições que ele solicitar. Satisfaça todos os seus desejos e fantasias.

No caminho para casa, o marido pergunta o que o médico lhe disse, e ela responde:
- Disse que vais morrer!!!

domingo, fevereiro 18, 2007

DOMINGO DE CARNAVAL
Atenção: Esta história contém linguangem que pode ser considerada menos própria. Para o facto chamo a atenção dos meus amigos leitores.

Juiz: Qual sua idade ?
Velhinha: Tenho 86 anos.
Juiz: Diga-nos, por palavras suas, o que lhe aconteceu no dia 1º de Abril do ano passado.
Velhinha: Estava sentada no alpendre da minha varanda, num fim-de-tarde suave de verão, quando um jovem, sorrateiramente, se sentou a meu lado.
Juiz: A senhora conhecia-o ?
Velhinha: Não, mas ele foi muito simpático.
Juiz: O que aconteceu depois?
Velhinha: Depois de uma amena cavaqueira, ele começou a acariciar-me a coxa.
Juiz: A senhora tentou impedi-lo ?
Velhinha: Não.
Juiz: Porque não?
Velhinha:Era muito agradável. Desde que o meu Alfredo faleceu, há 30 anos, nunca mais ninguém me tinha feito isso.
Juiz: O que aconteceu depois?
Velhinha: Acho que, pelo simples facto de não o ter impedido, ele começou a acariciar os meus seios...
Juiz: E nessa altura, a senhora deteve-o ?
Velhinha: É claro que não !
Juiz:Porque não?
Velhinha: Porque, Meritíssimo, ele me fez sentir viva e excitada. Não me sentia assim molhada, há 30 anos !
Juiz: O que aconteceu depois?
Velhinha: Ora, Sr. Dr. Juiz, o que faria uma mulher verdadeira, ardendo em chamas, já de noitinha, diante de um jovem ávido de amor? Estávamos sós e abrindo as pernas suavemente, disse-lhe: Podes possuir-me, rapaz !
Juiz: E ele, possuiu-a ?
Velhinha: Não !!!. Ele gritou: "1º de Abriiiiiiiilllllll...!!!" Foi então , que dei um tiro no filho da puta ...

sábado, fevereiro 17, 2007

SÁBADO DE CARNAVAL
Um rapaz vai a uma farmácia e diz ao farmacêutico:
- Senhor, dê-me um preservativo. A minha namorada convidou-me para ir jantar esta noite lá a casa, já saímos há três meses, a pobre começa a
estar muito quente e parece-me que me vai pedir para lhe pôr o "termómetro". O farmacêutico dá-lhe o preservativo e o jovem sai da farmácia. De imediato, volta a entrar, dizendo:
- Senhor, é melhor dar-me outro, porque a irmã da minha namorada, é uma boazona de primeira, passa a vida a cruzar as pernas à minha frente que ás vezes até lhe vejo as entranhas.
Acho que também quer algo, e como vou jantar hoje lá a casa...
O farmacêutico dá-lhe o preservativo e o jovem sai da farmácia. De imediato, volta a entrar, dizendo:
- Senhor, é melhor dar-me outro, porque a mãe da minha namorada também é boa como o milho. A velha, quando a filha não está ao pé, passa a vida a insinuar-se dum modo que me deixa atrapalhado, e como eu hoje vou jantar lá a casa... Chega a hora da comida e o rapaz está sentado à mesa com a sua namorada ao lado, a mãe e a irmã á frente. Nesse instante entra o pai da namorada e senta-se também à mesa. O rapaz, baixa imediatamente a cabeça, une as mãos e começa a rezar:
- Senhor, abençoa estes alimentos, bzzzz, bzzzz, bzzzz,... damos-te graças por estes alimentos.
Passa um minuto e o rapaz continua de cabeça baixa rezando:
- Obrigado Senhor por estes dons, bzzz, bzzz, bzzz....
Passam cinco minutos e prossegue:
- Abençoa Senhor este pão, bzzz, bzzz, bzzz...
Passam mais de dez minutos e o rapaz continua de cabeça baixa rezando. Todos se entreolham surpreendidos e a namorada diz-lhe ao ouvido:
- Meu amor, não sabia que eras tão crente...!!!
- E eu não sabia que o teu pai era farmacêutico!!!

Conclusão:
Não comente os planos estratégicos da empresa com desconhecidos, porque essa inconfidência pode destruir a sua própria organização.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

A NAZARÉ... E O SOSSEGO DA GUERREIRA...
Esta foto mandou-me o Hélder Blayer, lá dos Açores. Como bom Penicheiro não resisto a publicá-la.

"Há chambres
Há rooms
Há sôques nos olhos..."

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

EM 14 DE FEVEREIRO PENSO EM TI...
...querida Anita. Por todo o amor que te tenho e pelo que me dás diariamente. Pelo apoio na saúde e na doença. Nos bons e maus momentos. Pela minha vontade sempre renovada de estar contigo.
...minha querida filha, agora que também foste tocada pela seta de Cupido. Pelo desejo imenso que tenho de que sejas feliz e que o amor seja tão bom para ti, como tem sido para mim e para a tua mãe.
...Necas. Seria hoje mais um dia de aniversário para ti. Pelas saudades que tenho tuas. Em tanta coisa que desperdiçaste na tua vida.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

OS MEUS CUMPRIMENTOS
À Câmara Municipal de Peniche e à construtora que está a edificar em frente à Igreja da Ajuda. No passado sábado dia 10 de Fevereiro, foi postado um cartaz em local bem vísivel em que podemos antever o que ali será construído.

Bem anda quem assim procede.

Lamentável foi que isso não fosse feito quando os munícipes tinham ainda uma palavra a dizer. Não que dissessem alguma coisa. Está visto e bem visto que não há muita gente para dar a cara em luta pelos interesses colectivos.

Talvez até não haja muito a dizer. Já que Peniche está condenada ao cimento armado, provavelmente aquela poderá ser a melhor solução. Sinceramente não me apetece perder tempo a olhar para o que já está consumado pelos senhores vereadores.

Mas pelo menos agradeço a gentileza de me deixarem antever o que ali vai aparecer.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

REFERENDO 2007 REFERENDO – 2007

RESULTADOS NACIONAIS (%)
SIM 59,25
NÃO 40,75
ABSTENÇÃO 56,39

RESULTADOS DO CONCELHO DE PENICHE
SIM 64,33
NÃO 35,67
ABSTENÇÃO 61,96

FREGUESIAS DO CONCELHO DE PENICHE
Ajuda
SIM 70,86
NÃO 27,75
ABSTENÇÃO 65,26

Conceição
SIM 70,46
NÃO 28,01
ABSTENÇÃO 62,05

S. Pedro
SIM 66,18
NÃO 31,55
ABSTENÇÃO 65,40

Atouguia da Baleia
SIM 48,49
NÃO 49,91
ABSTENÇÃO 55,17

Serra d’El-Rei
SIM 72,88
NÃO 25,47
ABSTENÇÃO 59,65

Ferrel
SIM 73,44
NÃO 25,19
ABSTENÇÃO 69,12

Chegou ao fim mais um acto eleitoral(ou melhor dito, referendário). Olhando para os resultados de Peniche e do todo nacional, verificam-se algumas semelhanças. Em Portugal Continental, acima do Mondego é NÃO. Abaixo é SIM.
No concelho de Peniche existe uma bolsa em que é não, e resto do território é sim.
Onde nos afastamos nas semelhanças (para pior) é na abstenção. No País é 56,39%, no Concelho de Peniche é 61,96.
Ao longo do tempo em que temos participado em actividades em que a nossa voz pode ser ouvida, temos vindo a alertar para a falta de participação cívica da nossa população. E que se tem vindo a agravar de acto eleitoral em acto eleitoral. Sem que isso mereça uma atenção particular dos nossos responsáveis políticos, das nossas escolas, ou das instituições em geral.
A regra de ouro é: "Quem não participa não sabe, quem não sabe não critica, quem não critica deixa andar, quem deixa andar não causa mossa".

domingo, fevereiro 11, 2007

XXXIII

Quem conhece os outros é inteligente,
Quem se conhece é iluminado.
Quem vence os outros é forte,
Quem se vence a si próprio tem força de ânimo.


Quem se contenta é rico.
Quem se esforça por agir tem vontade.


Quem fica no seu lugar tem longa vida
Quem morre sem desaparecer atinge a imortalidade.

TAO TE KING
lao tse

sábado, fevereiro 10, 2007

PAI NOSSO (versão Damaia)
Hey brother que tás no alto
Não sejas cota não sejas ralha
Aceita no teu reino a maralha
Tas a ouvir Man? Yo
Dá-nos os morfes do dia a dia
Desculpa lá qualquer coisinha
Qu'a gente perdoa-lhes também
Livra-nos do mal, livra-nos da bófia
Tu tens o power
Tu tens a glory
Agora Man
Para sempre Man
Fica cool
Tasse bem
Yo

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

GENTE DE POUCA FÉ

No início do século XX a família do meu pai constituía um clã muito respeitado na então vila de Peniche, família que veio a perder importância ao longo dos anos. O seu avô era o celebrizado “Baterremos”. Casado e com uma prole de 7 filhos, era proprietário de barcas (de onde lhe veio a alcunha) e de lojas de peixe, existindo ainda hoje os restos de uma delas na Ribeira Velha, que ostenta para quem a quiser reconhecer um painel de azulejos com a designação de “A Amiga de Peniche”.
Esse meu bisavô tinha um repertório de histórias que faziam a minha delícia quando o meu pai se dispunha a contá-las em tertúlias mais ou menos improvisadas. Uma delas era sobre um irmão dele, o “Joaquim Baterremos”, que ao que constava das crónicas apanhou uma bebedeira aos 16 anos por razões do coração, morrendo aos 33 anos dessa piela de que nunca mais se curou.
O Joaquim entrou por isso no anedotário da época por mérito próprio não abdicando nunca do lugar principal a que chegou a ascender. Uma das muitas que dele o meu pai contava e que hoje vou passar a escrito, é sobre uma época que se atravessou aqui na zona em que a chuva tardava em aparecer.
Na altura os recursos à água eram os dos poços individuais ou comunitários e pouco mais. A falta de água era um drama que atingia toda a gente por igual, pobres e ricos. Mais os ricos e remediados que os pobres, porque estes sempre viveram parcos na sua utilização. O drama das famílias mais necessitadas era a seca dos poços comunitários e dos riachos que por aqui haviam, tornando difícil até o simples acto de cozinhar.
A situação de seca tornou-se de tal forma insustentável que o pároco da época, decidiu organizar uma procissão de desagravo de Peniche de Baixo ao Senhor dos Remédios. Prepararam-se os meios e as preces e no dia aprazado lá saiu a procissão da Igreja da Conceição entre orações e cânticos, pedindo que a intervenção divina concedesse a Graça de uma chuvada ao seu povo devoto.
Ia a procissão a chegar aos Remédios quando de uma qualquer cortada aparece o Jaquim Baterremos de fato de oleado, botas de borracha, sueste e chapéu de chuva e integra-se na procissão. Blasfemo, ímpio, desavergonhado, bêbado, malandro, foram alguns dos epítetos que as beatas lhe dedicaram, para além do olhar feroz e excomungatório do padre, enquanto o Jaquim seguia imperturbável no meio do mulherio.
Chegados perto do Santuário, pára a procissão e aprestam-se os crentes para iniciarem as rezas finais. Nessa altura começam a cair uns pinguitos de chuva. Ainda as beatas, não tinham tido tempo para dizer MILAGRE! e já caía uma bátega de água que a todos começou a encharcar. Todos não. Enquanto mulheres, padre e sacristão fugiam a bom fugir para se abrigarem, o meu tio Jaquim Baterremos impávido e sereno, de chapéu de chuva aberto, vociferava em alto tom de voz: -GENTE DE POUCA FÉ!!! DESCRENTES!!! Castiga-os Senhor que não acreditam em Ti!!! SUAS FALSAS!
Consta-se que tão cedo não tornou a haver preces para que chovesse em Peniche.
Deixo à vossa consideração a moral da história, do meu tio bêbado e da chuva...
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Eu VOTO SIM à despenalização do aborto
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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

CURIOSIDADES...
>Saúde: IGS apura caso de doente que morreu após viagens entre Peniche e >Lisboa>>>>>Lisboa, 07 Fev (Lusa) - A Inspecção-Geral da Saúde (IGS) pediu hoje >esclarecimentos sobre o caso de um doente que faleceu após ter sido >obrigado a fazer várias viagens num dia, entre Peniche e Lisboa, por causa >do agravamento do seu estado de saúde.>>O caso foi noticiado na edição de hoje do Correio da Manhã, segundo o qual >"um doente, de 72 anos, em recuperação de uma operação, foi obrigado a >fazer várias viagens num dia, entre Peniche e Lisboa, por causa do >agravamento do seu estado de saúde e acabou por morrer".>>"Os seus familiares estão indignados, porque viajou centenas de quilómetros >até ser submetido a uma nova cirurgia, que acabaria por ser fatal devido a >uma embolia pulmonar", conta o matutino.>>O jornal revela que, no dia 11 de Outubro do ano passado, "o doente foi >enviado para o Hospital de Santa Maria e depois reencaminhado para o >Hospital de Peniche, de onde seguiu de novo para a unidade de saúde de >Lisboa, em que viria a falecer na madrugada do dia seguinte".>>"Foram três viagens em dez horas. Antes, a 21 de Setembro, já tinha sido >operado no Hospital de Santa Maria e tido alta médica 14 dias mais tarde. >Os bombeiros transportaram-no de ambulância para Lisboa sempre pela A8", >acrescenta.>>Fonte do Ministério da Saúde disse à Lusa que a IGS já solicitou >esclarecimentos aos dois hospitais.>>O processo foi desencadeado após a publicação da notícia no jornal, uma vez >que ainda não existia queixa da família.>>SMM.>>Lusa/Fim>
O sublinhado é meu
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quarta-feira, fevereiro 07, 2007

HOSPITAL DE PENICHE (capIII)

No dia em que a Assembleia Municipal de Peniche vai reunir para "Análise e tomada de posição sobre a proposta de encerramento do Serviço de Urgência do Hospital de São Pedro Gonçalves Telmo de Peniche", após tomada de posição do Município, eis que a página principal do Jornal diário mais lido em todo o País, o Correio da Manhã, sai com a seguinte notícia:

O corpo da notícia em sintese informa que: "Um doente, de 72 anos, em recuperação de uma operação, foi obrigado a fazer várias viagens num dia, entre Peniche e Lisboa, por causa do agravamento do seu estado de saúde e acabou por morrer
Os seus familiares estão indignados, porque viajou centenas de quilómetros até ser submetido
a uma nova cirurgia, que acabaria por ser fatal devido a uma embolia pulmunar."

O que não diz com igual clareza é que os factos ocorreram entre 21 de Setembro e 12 de Outubro de 2006.

Isto é, lança o alarmismo sobre os serviços dum Hospital, sem dizer claramente a que Hospital se refere, num acontecimento que ocorreu vai para 5 meses, sem que na altura tivesse suscitado qualquer reacção de quem quer que fosse.

Detesto que façam de mim estúpido e que tentem instrumentalizar-me. A quem serve esta notícia? Porquê só agora falar disto? Porquê hoje precisamente?

Te esconjuro mafarrico!!!

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terça-feira, fevereiro 06, 2007

O homem que sabia de mais...
O meu pai era um homem de muitas histórias. Desde logo as suas próprias histórias. Histórias construídas numa vida de trabalho e de estudo. Histórias feitas de uma época em que contar histórias era construir um saber de experiências feitas, contadas de boca em boca, de pais para filhos e de avós para netos. Por vezes as histórias eram tantas vezes contadas, que quem contava já não sabia onde a realidade se confundia com a fantasia, na velha dicotomia de que, “quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto).
Depois também havia as histórias de quem ia até à cerca do Zé Gago, à oficina do Mestre Horácio, para ali meter dois dedos de conversa. Juntavam-se no Verão emigrantes saudosos e aqueles que nunca daqui saíram, para os reencontros amigos todos os anos repetidos. O Joaquim Pinto, mais o Jaquim Gordo seu secretário e pau para toda a obra. O Snr. Acelino, para quem havia uma cadeira de braços, estrategicamente colocada no centro da Oficina, ou não fosse ele o decano dos conversadores, e por vezes o Henrique Coutinho em épocas de retocar o velho Renault. O António Serafim e o João Cândido. Dos que vinham de fora, eram presenças de sempre o Lio, até a morte o levar num estúpido acidente contra uma árvore que já não existe. Depois o Rui Gonçalves, o Renato, O Daniel e tantos e tantos outros que da oficina fizeram “consulado de Verão”.

Quantas vezes a oficina ficava entregue aos amigos que conversavam, enquanto o meu ia experimentar um carro ou comprar uns parafusos ao Joaquim Santos ou aos Mamedes.
A tertúlia continuava até à hora de almoço, estendia-se pelo Café Aviz e continuava tarde fora. Dia após dia até a morte os ir separando e tornando a juntar uns e outros onde quer que eles estejam.
Recordo muitas histórias contadas, que me comoviam umas e faziam rir outras. De entre muitas delas recordo uma cena passada com um turista que aqui veio e que levou para a sua terra alguma coisa que contar.
Era um senhor dos seus quarenta e tais anos, que tinha um problema qualquer no carro. Alguém lhe indicou a oficina do meu pai. Ele lá foi e perguntou quem era o snr. Horácio Costa. O meu pai apresentou-se e o homem lá contou a avaria. Aberto capot e pondo o carro a trabalhar, o meu pai foi ouvindo o motor tentando pressentir o que de errado haveria. Enquanto isso, o homem não se calava, repetindo sem cessar: -Não será disto, ou daquilo, ou daqueloutro...
E se for... e não será...
A certa altura, prevendo a tempestade começaram a calar-se as vozes dos conversadores daquele dia. Conhecendo o meu pai como conheciam sabiam que só podia avizinhar-se mau tempo. Fez-se um silêncio de morte só interrompido pela voz do fala-barato que continuava a dar os seus palpites.
Até que o meu pai parou com o que estava a fazer, desligou o motor do carro, fechou o capot e perante a perplexidade do “chico esperto” apontou-lhe o interior da oficina e disse: - Olhe! Sabendo tanta coisa sobre avarias como sabe, tem aí dentro a oficina mais apetrechada de ferramentas que existe em Peniche. Arranje você o carro!
E assim se construiu mais uma história de Verão, na oficina do Mestre Horácio.

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segunda-feira, fevereiro 05, 2007

SER-SE VELHO

Há muitos anos atrás, quando eu era um jovem estudante em Lisboa era para mim confuso o que faziam aqueles velhos todos, dia após dia, a verem as obras que a Câmara espalhava de forma criteriosa pela grande cidade, de forma a manter ocupados todos aqueles velhos ociosos.

Depois quando comecei a trabalhar e me tornei menos jovem e mais perceptivo ao que se passava à minha volta, vi que isso acontecia em todo o lado. Até em Peniche.

Até que eu próprio cheguei a velho e dei por mim a ver a evolução das obras. Foi então que me ocorreu fotografar e dar conta do que ía vendo. Aos meus amigos (poucos) que fazem o favor de me ler e acompanhar por essa diáspora "penicheira" acaba por ser útil que de vez em quando lhes mostre o que vá vendo.

A Igreja da Ajuda irá ser para já o objecto desta curiosidade ociosa da minha parte. Pela ansiedade que desenvolveu. Pelo que representa. Por tudo quanto para nós significa. Afinal foi aqui que nasceu Peniche no imaginário de todos nós.
Afinal já colocaram duas informações que aqui reivindicámos. Quem é o empreiteiro e de onde vem uma parte do dinheiro. É de todos nós. Falta saber que obra se vai realizar e qual o prazo de execução. Contra os puristas continuo a afirmar que como cidadão tenho o direito de saber e sem precisar de me movimentar muito. A administração que não teme, informa. A que tem "rabos de palha" esconde-se atrás da burocracia e da papelada.


PS: Já depois desta postagem vos ter sido apresentada, vi hoje que um novo cartaz foi acrescentado aos anteriores, informando que a obra foi licenciada, e quem é o dono da obra. Não retiro pois um milimetro ao que fica dito anteriormente.


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domingo, fevereiro 04, 2007

MERECE A PENA ESTAR VIVO


Dos Açores recebi esta fotografia. Ou esta imagem. É o meu afilhado com o seu gato Ziri. Ver esta fotografia encheu-me de ternura. Acordou tudo quanto em mim há de melhor. Partilho-a convosco com a convicção de que ela poderá ser tão boa para vós como o foi para mim. Gostar do menino. Do gato e da sua confiança no menino. Ou do fotógrafo que captou o momento irrepetível. Inda bem que o telemóvel não tocou.

Foto: Hélder Blayer

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sábado, fevereiro 03, 2007

HOSPITAL DE PENICHE (capII)

Nota de imprensa da agência Lusa de 02 de Fevereiro

«Urgências/Peniche: Deputado socialista questiona Governo sobre encerramento O deputado socialista António Galamba questionou hoje o Governo sobre como tenciona assegurar o acesso a cuidados de saúde à população de Peniche, residente e sazonal, caso a urgência do hospital seja encerrada. Os peritos que estão a estudar a nova rede de urgências propõem no seu relatório final o encerramento de 15 urgências hospitalares, tendo acrescentado a urgência do Hospital de São Pedro Telmo, de Peniche, à lista dos serviços a fechar. Em requerimento apresentado hoje na Assembleia da República, o deputado eleito por Leiria afirma que "a sugestão de encerramento do serviço de urgências básica do Hospital de São Pedro Telmo, em Peniche, (Ó) não foi objecto de discussão pública". Segundo o deputado, não existe "nenhum dado objectivo novo que tenha surgido desde o dia 30 de Setembro de 2006, data do início da discussão pública da proposta inicial" de encerramentos, da qual não constava a urgência de Peniche. O documento sublinha ainda que na proposta da comissão técnica colocada em discussão pública é apresentado como justificação para a manutenção do serviço desta urgência básica "a existência de turismo e a distância/tempo de trajecto". António Galamba questiona Correia de Campos sobre "quais as razões ou os factos que determinaram (Ó) que o serviço de urgência seja extinto, com reencaminhamento para o Hospital Distrital de Caldas da Rainha ou para o Hospital de Torres Vedras". O deputado lembra ainda que está em curso a elaboração de um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde sobre a organização dos cuidados de saúde na Região Oeste pelo professor Daniel Bessa. "A existência de turismo e a distância/tempo de trajecto" já não são critérios que sustentem a proposta inicial, o que é que mudou, alguma situação concreta em matéria de turismo ou de acessibilidades no município de Peniche", interroga António Galamba»
Como ontem dizíamos, questões técnicas discutem-se de forma técnica. Este é o caminho. Por outro lado queremos manifestar a nossa satisfação pela forma civilizada e ponderada como o Presidente da Câmara de Peniche tem vindo a manifestar-se nos diversos órgãos de comunicação social. Não é com histerismos que podemos atingir os nossos objectivos. Senti orgulho como penichense da forma como a minha terra esteve representada.
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sexta-feira, fevereiro 02, 2007

O HOSPITAL DE PENICHE

Lisboa, 01 Fev (Lusa) - Os peritos que estão a estudar a nova rede de >urgências propõem no seu relatório final o encerramento de 15 urgências >hospitalares tendo acrescentado a urgência do hospital de Peniche à lista >dos serviços a fechar.>>A proposta final da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação >das Urgências foi hoje apresentada à Comunicação Social pelos peritos que >começaram a desenhar o novo mapa das urgências em Julho do ano passado.>>A primeira proposta deste grupo de peritos - que esteve em discussão >pública durante os meses de Outubro e Novembro de 2006 - propunha o >encerramento de 14 urgências hospitalares.>>Já este ano, e após uma nova análise técnica e dos contributos recebidos >durante o período de audição pública, o grupo entregou ao Ministro da Saúde >uma proposta que defende o encerramento do serviço de urgência do Hospital >São Pedro Gonçalves Telmo, em Peniche.>>António Marques, porta-voz desta comissão técnica, explicou que na origem >da proposta deste encerramento está a área de influência analisada.>>"É de prever que as pessoas deverão ir para as Caldas da Rainha ou Torres >Vedras", disse António Marques, explicando a medida.>>SMM.>Lusa.


Quando ontem à hora de almoço, nós em casa ouvimos pela 1ª vez que o Hospital de Peniche teria sido acrescentado à lista dos 14 Serviços de Atendimento Permanente que a Comissão de peritos encarregada de estudar os locais a desenvolver e, as localidades a abater para este tipo de Urgências, a notícia não nos apanhou completamente de surpresa.

De facto quando a 1ª lista foi divulgada o que nos surpreendeu foi Peniche não ter sido incluída.

A medida segundo a dita Comissão é de natureza económica e técnica. Económica por pretende dar uma melhor e mais completa cobertura ao todo nacional. Técnica porque "Peniche tem como alternativa Torres Vedras e Caldas da Rainha, que têm cuidados mais diferenciados, e o transporte de doentes para Peniche acabaria por atrasar os cuidados necessários a uma vítima grave.

Existem duas possibilidades para encarar esta proposta. Com o coração ou com a razão.

Com o coração: vamos dizer que como está funciona bem; que é todo um concelho que fica à mercê de um INEM que não se sabe se funcionará; que os utentes de Peniche não vão para Caldas ou Torres em caso de Urgências graves, vão directamente para Lisboa; que se vai adensar e complicar os Serviços daquelas Unidades já tão atafulhados; etc.

Com a razão: vamos ter que provar que do ponto de vista económico é mais rentável para o Estado manter aqui a funcionar um Seviço de Urgência Básica; vamos ter que provar que é melhor e mais adequado manter este Serviço aqui em Peniche do que extingui-lo.

O que não se pode é combater uma proposta baseada num determinado tipo de argumentos, com outros que não foram considerados pertinentes na análise global do estudo efectuado. Isto é, o que valeu para as outras localidades, tem de valer também para Peniche. Independentemente do amor que temos à nossa terra.

Vir afirmar que as acessibilidades é que determinaram esta proposta, é uma verdade do senhor de "La Palisse" que não resolve a questão. Este é um dos preços que temos a pagar por estarmos mais perto de tudo. Como as outras cidades com a melhoria da rede viária. Não é por aqui que podemos ganhar esta guerra (?).

Vir com manifestações para a rua? Também não me parece adequado. Os ministros deste Governo (1º Ministro incluído), adormecem que nem uns anjinhos, ao som do ruído dos manifestantes.

Pedir a impugnação dos últimos resultados eleitorais autárquicos e repor no executivo o defunto presidente da Câmara? Também não me parece que seja a solução. Noutras localidades em que o PS ganhou as eleições está a acontecer o mesmo.

Mantenho que argumentos Técnicos combatem-se com argumentos técnicos. Argumentos económicos combatem-se com razões de carácter economicista.

Vamos ter que provar que a medida está errada. Ou vamos ter que suportar mais esta provação. E se não podermos ganhar esta guerra(?) mais vale irmos para uma uma que tenha mais hipóteses de êxito.

Lamento não poder lançar canais de esperança. Mas esta é a forma como eu vejo este problema que é nacional, e não local.

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quinta-feira, fevereiro 01, 2007

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