sábado, maio 31, 2014

PALAVRAS NÃO SÃO NECESSÁRIAS




sexta-feira, maio 30, 2014

COSTA X SEGURO
Sinto uma grande afinidade intelectual e política por António Costa. Ao mesmo tempo sinto uma espécie de pele de galinha quando vejo e ouço António José Seguro.
O primeiro prima pela decência de ter opiniões e ser capaz de as discutir com urbanismo com adversários e “compagnon de route”.
O segundo tem o sentido aparelhístico da política. Para ele os partidos são máquinas bem oleadas em que as peças defeituosas (os que pensam por si próprios) são para colocar de lado. Entre Passos Coelho e António José Seguro venha o Diabo e escolha.
Seguro não tem perfil de 1º Ministro. Tem perfil de cobrador de favores políticos.
O que separa Seguro e Costa é de facto a política. Ou o sentido dela. No seu melhor. Que costa representa e de que Seguro não consegue convencer os portugueses.

Confio a minha carteira a Costa. Não a confio a Seguro nem a quem ele designar para a guardar.
Dito isto vou lamentar não poder votar PS quando forem as próximas legislativas se Costa se tornar seu líder. Isto porque acredito que no Distrito de Leiria tudo ficará na mesma. E eu vou recusar-me a dar peso político a este “grupinho” que tomou conta do PS em Leiria. Aqui restará sempre a solução definitiva de não confiar senão na minha intuição.
Mas para o País será bom que Costa ganhe as eleições internas. Ou o lodaçal em que estamos não secará.

quinta-feira, maio 29, 2014

JOSÉ RIBAU ESTEVES
É do PSD. Foi Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo entre 1997 e 2013. Nesse ano passou-se para Aveiro tendo sido então eleito de novo Presidente da Câmara, mas agora também com o apoio do PP.
Foi Secretário-Geral do PSD eleito no Congresso de 2006.

Desde que assisti pela primeira vez ao poder do exercício das maiorias partidárias em detrimento da qualidade que nunca mais o perdi de vista. Em 1999 em reunião promovida pela ANMP, na Secção de Municípios com Actividade Piscatória e Portos foi eleito o presidente da CM de Peniche Presidente, por ser da maioria PS que ali estava representada. O José Ribau Esteves que se voluntariou para o exercício desse cargo limitou-se a ficar como secretário.
De então para cá nunca mais JRE deixou de estar na primeira linha de um trabalho insano em torno do MAR, nas suas mais diversas vertentes.

Verifico agora que entre 28 e 30 de Maio se realizará o FÓRUM DO MAR, onde intervirá o supra citado na sua qualidade de Presidente do OCEANO XXI.
Quanto ao eleito para o cargo da secção da ANMP em 1999 não se lhe reconhece nenhuma actividade neste domínio desde esse tempo.
Pese o facto de eu politicamente estar nas antípodas de JRE, reconheço-lhe o mérito de ao longo destes mais de 10 anos se preocupar e empenhar nas actividades que possam trazer através do MAR uma maior valia à economia, Arte e Cultura Portuguesa.  

terça-feira, maio 27, 2014

E NÓS POR CÁ?
No último post conversámos sobre as eleições europeias globalmente. Mas merece a pena falar do que aconteceu em Peniche (concelho).
Desde logo pertencemos ao Distrito que ao longo dos anos tem mantido um posicionamento político virado à direita. Sem que se vislumbre qualquer capacidade dos partidos “ditos” de esquerda de alterarem esse sentido. O que não deixa de ser estranho, num distrito em que existe focos de uma militância de esquerda (e/ou republicana) muito acentuada. Recordo Marinha Grande, Alcobaça, Caldas da Rainha e Peniche. Mas tudo parece perdido. Vá lá saber-se porquê ou se isso interessa para alguma coisa.

Peniche em relação a estas eleições tem algumas curiosidades dignas de serem apontadas.
Na cidade a organização do acto eleitoral foi um autêntico desastre. Desde logo as Assembleias de voto quer na Escola Secundária, quer na Escola nº1 mal assinaladas. Escritas em papel A4 a esferográfica que mal dava para se verem. Sem indicações visíveis de forma clara para os votantes.
Na escola nº 1, misturaram as secções de voto das antigas freguesias da Conceição e S. Pedro tornando ainda mais difícil o enquadramento dos cidadãos.
Em boa hora o trabalho da Junta de Freguesia permitiu tornear todas estas dificuldades. Desnecessárias na sua maioria.
Ou foi incompetência de pessoal da Câmara Municipal de Peniche destacado para realizar este serviço, ou terá sido desleixo (propositado ou não). Mas era bom perceber o que se passou e responsabilizar quem prestou tão mau serviço aos cidadãos.

Mais uma vez os resultados eleitorais aqui, no Concelho de Peniche, foram brilhantes. 71,85% de abstenções. É dos valores mais altos da abstenção a nível nacional. A cidade de Peniche e a Freguesia de Ferrel com 73,36% e 74,24% respectivamente foram recordistas nos valores da abstenção.
Nada justifica estes valores.
Por aqui passaram ainda que a trote as forças políticas ditas mais representativas. Mas o empenhamento foi nulo. Dando-nos uma clara indicação de que votar é um incómodo.       

segunda-feira, maio 26, 2014

TODOS PERDERAM
Perdeu o PS porque ficou de forma clara aquém dos resultados que ambicionava. Perdeu o PSD/CDS porque perderam. Perdeu o PCP que escondido atrás da sigla CDU continua a recusar ser um partido do poder. Perdeu o BE porque já é só um miserável destroço das excrescências que ficaram do PREC. Perdeu o Marinho que vai durante 4 anos tornar-se mais um burocrata de Bruxelas e lá perderá em definitivo a aureola de esperança com que motivou os portugueses.
Perderam os portugueses que votaram porque não resolveram problema nenhum. E perderam os portugueses que não votaram porque nunca saberão o que aconteceria se tivessem votado.
O Partido mais votado recolheu 10,6% dos votos dos eleitores portugueses.
Que representa esta incapacidade de chegar às pessoas?

Ontem ao ouvir os políticos pagos para dizer coisas nas TVs, de Marcelo a Sócrates todos os partidos ganharam em função das suas sensibilidades políticas. E dizem-nos isto sem qualquer tipo de pudor e de vergonha. Como se todos fossemos estúpidos.
Aqui neste burgo à beira mar plantado a abstenção ultrapassou os 70,00%. Quanto ao resto somos iguaizinhos ao Zé português. Haja Deus.

sábado, maio 24, 2014

ACTIVIDADES MANUAIS PARA OS MOMENTOS DE LAZER

https://www.youtube.com/watch_popup?v=1yWmqbltB-c 

sexta-feira, maio 23, 2014

QUEM NÃO SE FIA, NÃO É DE FIAR
BPP e BPN já eram. A saúde do BANIF ao que dizem, parece não ser grande coisa.
Agora vem com pezinhos de veludo o BES com contabilidades maradas, pondo em causa toda a sua credibilidade. Com as comadres a acusarem-se, parecem peixeiras dos bons velhos tempos da Ribeira.
Quantos bancos não estarão para aí marados e a gente sem saber “porra” nenhuma? Fazem campanhas disto e daquilo e daqueloutro. Com figuras que arrastam o Zé Povinho e afinal, são mais caloteiros e aldrabões que os “vígaros” encartados.

Se nós vamos ao banco pedir dinheiro emprestado, até a cor das cuecas querem saber. Mas quando lá vamos depositar dinheiro que garantias é que nos dão de que não nos estão a vigarizar e de que o nosso dinheiro fica entregue a coberto de aldrabões, vigaristas e ladrões?
Bancos… Quem poder que fuja deles.  

quarta-feira, maio 21, 2014

PERPLEXIDADES
Não se discute esta Europa ou a sua inexistência. Não se discute uma moeda falida, ou um escudo em ressurreição no coração dos portugueses. Não se analisam tratados e acordos para que nunca fomos ouvidos e achados.
Fala-se da II Grande Guerra, de um morto-vivo chamado Sócrates. Fala-se dos “400 golpes” e de “Sodoma e Gomorra”. È giro ver o Melo com o Rangel dos pequeninos. È giro ouvir o “irrevogável” falar dos pecados dos outros. “- Fala dela filha! Antes que te chamem puta a ti.”
Que eleições europeias? Quem estamos e para quê a eleger?

Dizem:
“- O Rei vai nu!”

Mas este rei inutilmente nu, também é cego e surdo. Nada lhe permitirá alterar o seu comportamento. Faz a fuga para a frente porque a sua certeza é de que pior que o fim é deixar de poder sonhar com os corredores do poder.

terça-feira, maio 20, 2014

RENDAS E RENDILHEIRAS DE OUTROS TEMPOS
Fotos de H. Blayer, propriedade da CMP








segunda-feira, maio 19, 2014

LIVRE
Chegou o tempo de tomar decisões. Falo das eleições europeias. A pouco e pouco, Governos sucessivos e irresponsabilidades de todas, fomo-nos afogando numa relação de pertença à Europa dos ricos, em que servimos de diversão e de cobaias. Servimos para salvar bancos alemães falidos, servimos para justificar situações de embustes financeiros, servimos para comprar submarinos e outros idênticos bens de primeira necessidade.
Entretanto só não servimos para poder manifestar sobre se estamos interessados em subir este calvário, quais Sisífios sem esperança. Ninguém nos pergunta se queremos pertencer a “esta” europa caduca, a “este” euro ignominioso, a esta perda de identidade cultural nacional.
Somos párias.

Os partidos responsáveis por este desconfiar dos portugueses, estão no seu lugar de conforto. Os auto-ditos partidos de esquerda combatem contra quem lhes parece que lhes rouba votos e são pouco esclarecedores sobre uma ténue esperança de darem voz aos portugueses em referendo, sobre isto, e aquilo e aqueloutro.
E eis que do nada, surge uma voz até aqui diferente. Tão diferente que incomodou a esquerda conservadora portuguesa. Interessa-me saber Rui Tavares.
Pela sua particular honestidade. Inabitual em políticos. Pela sua coerência enquanto deputado europeu. Pela capacidade que teve em dar o tal murro na mesa.
Pelo exposto e porque tenho procurado dizer o que faço em matéria de política, para que não inventem sobre a minha vontade, se no próximo dia 25 estiver vivo e de saúde ao contrário daquilo que tenho feito ultimamente, desta vez irei votar LIVRE.

Se me enganar espero bem ter tempo para corrigir o erro.

   

sábado, maio 17, 2014

Estava curada!
O João e a Maria, estavam internados num hospital psiquiátrico.
Um dia, durante o seu passeio habitual, o João saltou para dentro da piscina e afundou-se de imediato.
Maria saltou rapidamente para a piscina e conseguiu salvá-lo.
Quando o director teve conhecimento do acto heróico da Maria, deu imediatamente ordem para que esta fosse dada como curada.   Mandou chamá-la e comunicou-lhe:

- Tenho boas e más noticias a comunicar-te:  As boas são que vamos dar-te alta, visto teres demonstrado possuir capacidade racional para ultrapassares uma situação de crise, e salvares a vida de um doente. O teu acto mostra que estás recuperada!  
- As más notícias são de que o João, depois de o teres salvado, enforcou-se na casa de banho com o cinto do roupão, lamentamos imenso, mas está morto!

E a Maria respondeu: 
- Ele não se suicidou, eu é que o pendurei a secar!

quinta-feira, maio 15, 2014

O DESASTRE
O desastre não é ter que ouvir o Paulo Rangel nas TVs. Basta mudar de canal. O desastre não é ter de suportar o Seguro, mais o Assis, mais o Jerónimo e a Margarida Matias. Basta desligar as TVs.

O desastre não é ouvir dizer (por todos eles) que é importante votarmos (o que querem dizer é que é importante votarmos neles), porque senão vem aí o caos e as trombetas do Apocalipse irão ecoar.

O desastre não é ver os lugares, vilas e aldeias a tornarem-se áridas, sem seres humanos, nem perspectivas de qualquer tipo de desenvolvimento. Basta tornarmo-nos insensíveis. O desastre não é as crianças passarem fome, os velhos não terem dinheiro para cuidar das suas maleitas e os jovens terem de emigrar. Basta assobiar e olhar para o lado.

O desastre Senhor, o verdadeiro desastre, é o Benfica ter perdido ontem em Turim. Nada apaga esta profunda tristeza em mim.

terça-feira, maio 13, 2014

DIA SEGUINTE
"- Estás melhor?"
Perguntas tu a seguir a uma noite minha
mais chata a que assististe.

Estou melhor, estou pior, sei lá?
Se com isso queres perguntar
se sou feliz, ah, não, Estou pior.

Como poderia eu ser feliz
Se a onda que vejo agora rebentar
desfeita em espuma,
nunca mais se voltará a formar...

sábado, maio 10, 2014

HISTÓRIAS DE SEXO
Devido ao falecimento do avô, aos 95 anos, o jovem Camilo foi visitar
a avó, de 90 anos. Quando chegou, Camilo, ao encontrar a anciã
chorando, tentou confortá-la. Um pouco depois, quando a avó ficou mais
calma, Camilo perguntou:
- Diz-me, avó, como morreu o avô?
- Morreu ao fazermos amor - confessou a avó.
Camilo, espantado, respondeu-lhe que as pessoas de 90 ou mais anos não
deveriam fazer amor, porque é muito perigoso. Ao que a avó lhe
respondeu:
- De há cinco anos a esta parte, já só fazíamos ao domingo. E com
muita calma, ao compasso das badaladas do sino da igreja. Era ding
para meter e dong para tirar... Se não fosse o filho da puta do homem
dos gelados com o seu sininho... o avô ainda estaria vivo!

sexta-feira, maio 09, 2014

PORQUE ME ABANDONASTE?
Vou retomar a frase de desespero tão citada na Páscoa cristã, a propósito de Peniche e do mar de promessas com que fomos brindados há tão pouco tempo. “Talqualmente” o Governo e o 1º Ministro, só que estes não são do executivo. São os que bramam contra. São os que dizem “Governo para a rua”. São os que tentaram apoderar-se do espírito de Abril.

Quando chegados ao poder, somos todos iguais. E nem um pedido de desculpas por tudo o que dizemos e não cumprimos. “Cadê” as intervenções sempre prometidas e nunca cumpridas nos Bairros sociais, nomeadamente o do Calvário? Onde a limpeza dos montes de entulho sobrantes da limpeza do fosso das Muralhas? Onde e quando, ou para que tempo a resolução do problema da Biblioteca Municipal que cada vez mais menos faz falta como tal. E o Museu das Rendas de Bilros? E…
E se a gente começar a tentar explicar aos munícipes porque é que as coisas não correm como idealizámos. Eu sei da treta da crise e isso tudo. Mas quando das eleições em que o actual executivo começou a ser castigado já a crise era profunda e mesmo assim existem promessas que não deixaram de ser apresentadas. O resto faz parte da história de enganos em que todos caiem quando os eleitores conferem o poder a alguém. As promessas não são para cumprir.
O que me preocupa a nível autárquico é o mesmo que me preocupa a nível nacional. Não vislumbro num horizonte do próximo futuro o que quer que seja que represente alternativa.
O que me pode levar a fazer uma forte ligação com o VOTO BRANCO. Para poder ter também eu, uma saída limpa.

quinta-feira, maio 08, 2014

OH MINISTRO QUE JÁ FOSTE, OH MINISTRO QUE JÁ NÃO ÉS…
OH MINISTRO QUE ESTÁS VIRADO DA CABEÇA PARA OS PÉS!

Vem isto a propósito do actual ministro da educação. Não consigo lê-lo, vê-lo ou ouvi-lo. Provoca-me pele de galinha.

Este “cavalheiro” que ficará como o caucionador da destruição do espírito académico e de investigação que levou a muitos portugueses a distinguirem-se na área da investigação. Esta espécie de merceeiro escolar, para quem as contas em numerário valem mais que a integração escolar de milhares de crianças e jovens, assume-se solidário com estes servidores neo-liberais e dá-se ao desplante de aparecer todo orgulhoso numa foto de família com os seus cúmplices na destruição do Portugal social em boa hora recuperado no 25 de Abril. Ele e o Ministro da Saúde a quem pesam milhares de portadores de Hepatite C sem tratamento. Ou os que morrem em casa porque não existem meios de socorro para lhes valer. Felizes estão os operadores privados da área da saúde que enchem os bolsos com os nossos tostões. Ele e o Ministro da Solidariedade social que assiste à fome que grassa no país sem uma medida que isso contrarie. Que assistem aos milhares de desempregados que entram em esquemas de humilhação pessoal para sobreviverem, enquanto ele assiste às missas e comunga, como as velhas beatas da Idade Média, que assistiam aos Autos-de-Fé enquanto rezavam Pai-Nossos e Avé-Marias.

Livrem-me desta gente. Seja como for.

segunda-feira, maio 05, 2014

SAÍDA LIMPA
Com pompa e circunstância, todos os “tratantes” que nos mentem diariamente, nos enganam e humilham, apareceram ontem na hora de jantar em casa de todos nós para anunciar que o Governo tinha optado(?) por escolher uma saída da treta para sair do programa de entendimento com a troika.

Logo aqui umas quantas mentiras. Não foi o Governo que optou por coisa nenhuma. Foi o dito 1º Ministro. A mando dos senhores da alta finança do norte da europa que estão fartos de perder tempo e dinheiro com este país de opereta. Os restantes elementos que compõem o Governo são simples marionetas neste jogo maior que eles e do que aqueles que os comandam.
Portanto a Alemanha, a Finlândia, a Dinamarca disseram que terá de ser assim. Ou não será nada. Não foi uma escolha foi uma determinação tomada por quem pode.
Esta a 2ª mentira do senhor que se diz 1º Ministro.
A 3ª mentira e a mais grave de todas é a que ele diz ao afirmar: “Podemos estar tranquilos, é a decisão certa”. Quando este senhor diz uma coisa já sabemos que irá acontecer exactamente o contrário. Os portugueses têm razão para temer o que se irá seguir.

Não há saídas limpas. Mas todas as saídas que este governo tomar, serão sempre sujas e muito sujas. Porque são feitas à custa da miséria de um povo esbulhado por eles. São feitas à custa da sopa dos pobres a que condenaram uma parte significativa da população portuguesa. São feitas à custa de doentes e velhos que morrem porque não têm dinheiro para cuidarem da sua saúde e dos meios auxiliares que lhes podem conferir dignidade para os seus últimos dias. São saídas sujas à custa de milhares de estudantes que deixam de ter acesso à educação e ao ensino mais apropriado às suas condições reais de desenvolvimento. São saídas sujas conseguidas à custa de milhares de jovens que têm de seguir o caminho da diáspora por não encontrarem no seu país a possibilidade de se tornarem úteis e poderem usufruir de bens essenciais à sua subsistência.

Governo sujo para saídas sujas à custa de centenas de milhares de desempregados que engrossam o ócio, a miséria e o desespero.

sábado, maio 03, 2014

PARA APRENDER A FOTOGRAFAR
Nunca é demais aprender algumas técnicas de fotografias, agora que com a era digital e o acesso a telemóveis de grande qualidade todos podemos intuir o fotógrafo que existe em cada um de nós.
Isso não despensa cuidados nos enquadramentos e em alguns aspectos que ao fotógrafo amador parecem menos relevantes. Por tudo isto levo um vídeo ao vosso conhecimento que vos poderá servir de ajuda. Boas fotos!

http://www.youtube.com/embed/lncwRnV4Gsg?rel=0

quinta-feira, maio 01, 2014

O MEU PRIMEIRO 1º DE MAIO E HOJE
Vão lá perto de 50 anos. Eu estudava em Lisboa no Instituto Industrial. Morava em Campo de Ourique. Comigo estudava um grupo de Peniche de que se destacavam o Jorge Machado, o Parina/Zé Júlio, o Zé Manel Puto, o Zé Maria Martiniano e o Colaço, entre outros. Mas estes eram os mais assíduos nas nossas tertúlias de “O Meu Café”, do Vergas ou do Paris. Fazíamos rumo de Campo de Ourique ao Jardim da Estrela e daí à Buenos Aires onde se situava o Instituto. Pelo caminho dava sempre para um jogo de matraquilhos ou para ver os cartazes dos filmes candidatos ao nosso visionamento.
Um dia, deparamos com a Ferreira Borges, a Domingos Sequeira, enfim tudo quanto era acesso a Campo de Ourique pejadas de polícia de choque. Rapidamente soubemos por panfletos caídos no chão que se preparava para aquele local uma manifestação do 1º de Maio, como forma de repúdio pelo estado novo. Em breve começamos a ter que fugir à frente da polícia de choque que espalhava cacetadas vigorosas em todos os que encontrassem pelo caminho. Ao mesmo tempo os jactos de água afastavam-nos de veleidades, enquanto carrinhas de vidros foscos passavam fotografando todos os que se encontravam nas ruas. Os proprietários dos cafés e restaurantes com o calor da amizade só existente nos bairros, davam-nos guarida e encerravam as portas. Digamos que foram 2 horas de aprendizagem sobre o peso dos bastões nas costelas e sobre solidariedade humana.

Passaram muitos anos sobre tudo isto. Sobre lutas para conseguir mais direitos aos trabalhadores. Algumas dessas lutas conduziram (antes do 25 de Abril) à prisão de muitos cidadãos, ou mais recentemente a dificuldades no relacionamento com entidades patronais ou mesmo com Governos mais ou menos adversos às lutas das classes operárias.

Depois de tudo isto hoje saí de casa com a minha Anita e fomos ao LIDL. Aberto como todos os outros supermercados. Trabalhadores de esquerda, ou militantes de partidos ferozes contra o Governo PSD/CDS, percorriam os mesmos corredores que eu e outros compradores, servidos por aqueles para quem o 1º de Maio já não existe. Que estranho é viver tantos anos e ver tudo mudar. O que ontem merecia a luta e o sacrifício de muitos trabalhadores, hoje não passa de um eufemismo.
Já não haverá luta de classes? Ou seremos todos carne para canhão deste lobo voraz que se chama “o grande capital financeiro”, sem rosto e por isso indetectável?