sexta-feira, junho 28, 2019


NO TEMPO EM QUE OS ANIMAIS FALAVAM

Este post é dedicado a todos os que com menos de 45 anos só podem imaginar estas coisas no reino das fábulas (ou ultimamente nos escritos em redes sociais)

Um amigo enviou-me estes documentos que encontrou nas suas pesquisas na Torre do Tombo. Dispenso-me de quais quer comentários porque o que se documenta fala por si.







quarta-feira, junho 26, 2019


FIQUEI MAIS BURRO

Será que a gente com a idade fica cada vez mais incapaz de raciocinar? Hoje, ao passar na Rua dos Hermínios encontrei a colocação de pinos em zonas do casario com o objectivo de impedir o estacionamento de veículos.
foto 1
Se quanto aos colocados na e que se veem na 1ª foto, não tenho dificuldades de compreender a sua utilidade, já os da 2ª foto são para mim chinês puro e duro.

foto 2
Não sei de quem é a responsabilidade da sua colocação. Se da Câmara Municipal se da Junta de Freguesia.

No entanto quer seja uma entidade ou a outra aquilo precisa de ser muito bem explicado. Aquele edifício tem umas portas que eram de garagens e/ou de oficinas, que penso que um dia em que se recupere aquele espécime fabuloso do que de mais imponente existe em termos urbanísticos na Cidade de Peniche, deverá retomar a traça original.

Então e aqueles pinos numa zona de entrada de garagens são colocados ali para quê? Não se cometeram já suficientes erros urbanísticos em Peniche, para estar a inventar mais alguns?

Sr. Presidente da Câmara explica-me aqueles pinos em frente a uma porta de garagem. È para impedir que os carros sejam guardados?

O que raio estará a acontecer em Peniche. Ou será que aqueles pinos serão para empalar alguns idiotas que se servem a si próprios em vez de servirem o nosso Concelho.

 

 

segunda-feira, junho 24, 2019


AS CRIANÇAS E AS NOVAS CORRENTES DA PEDAGOGIA

Como criar condições para as crianças serem felizes? Estas são as interrogações que ao longo do tempo têm sido feitas por cientistas que se dedicam à pedagogia ao longo dos tempos. Isto porque são todos unânimes em considerar que crianças felizes se tornarão adultos criativos, responsáveis e com um elevado nível de sociabilização e tolerância.

Vou recordar aqui um tempo da minha tenra juventude. Nesse tempo existia em Peniche um médico (o Dr. Serra) que todos conhecíamos pelas suas idiossincrasias. Casado com a D. Juvite (ou Judite?) era pai do Parrana que era da minha idade. O Parrana (que mais tarde haveria de ganhar nome de gente, António Abreu Vaz Serra) andava normalmente descalço. Por opção. Talvez não dele, mas do pai. Passados mais de sessenta anos sou capaz de perceber porquê. O Parrana sentia como nenhum de nós o tacto da terra e das pedras. E os pés dele foram desde muito novo programados para se defenderem da agressividade dos caminhos, das tripas do peixe (quando ía para a Ribeira) dos cacos que então se espalhavam nas ruas, visto que não existiam varredores nem carros de aspiração de lixos.

O Parrana estudou, acabou por ser oficial miliciano e tinha uma capacidade extraordinária para o desenho. Eu próprio entre aqueles que mais admirei acabei por lhe comprar um desenho a tinta-da-china de S. Leonardo e que figura na minha galeria de quadros de gente de Peniche.

Hoje, os pátios das escolas são de materiais à base de produtos derivados do petróleo, o mesmo em relação aos parques infantis. As ruas são alcatroadas e percorridas por batalhões de varredores e máquinas de aspiração. As ruas são locais para o tráfego automóvel e deixaram de pertencer aos jogos de futebol entre crianças. Estas calçam sapatilhas de marca para jogar. Os pés deixaram de ter contacto com a terra e até no jardim se vêem empedrados para que a terra molhada não incomode os pés incólumes dos cidadãos.

Já não se joga à banca. E jogar às escondidas e aos polícias e ladrões deixou de ser possível. Para que as crianças se portem bem à mesa dá-se-lhes um smartphone. E já nem os desenhos animados são vistos. É panda e mais panda que invadem os canais pagos. Não se ensina os nossos meninos a optarem pela TV2. Só por breves instantes as nossas crianças sentem o cheiro a peixe. Já não há candonga. E os putos não roubam peixe na Ribeira. Os Jardins Escola passaram a ser centros de formatação. E não são os Educadores os culpados. Se não o fizerem serão tratados como párias.

Felizmente que começam a surgir escolas alternativas. Onde as crianças ficam a saber que quem põe os ovos são as galinhas. E que o leite não nasce no supermercado. Onde é permitido às crianças sujarem-se com terra. E onde em épocas de chuva podem saltar nas poças de água. Onde é salutar saltar à corda e jogar à bola com bolas de trapos. Escolas onde existem árvores de fruta e onde se banqueteiam as lagartas nas maçãs.

Tantos anos depois, a minha homenagem ao Dr. Serra.    

 

sexta-feira, junho 21, 2019


SABER ESTAR, EXISTIR, SER

Daniel Oliveira e João Miguel Tavares

Estes dois são jornalistas. Pelo menos têm carteira profissional que os atesta como tal. Ambos emitem no que escrevem uma atitude política. Ambos se afirmam como apartidários

O primeiro diz-se de esquerda e o segundo afirma-se como de direita.

O primeiro afirma e firma que a sua isenção termina sempre que aquilo em que acredita é ferido.

O segundo reafirma-se muitas vezes como isento e equidistante das questiúnculas partidárias.

O primeiro escreve no Expresso o segundo no Público. E é através destes órgãos de comunicação social que vão terçando argumentos.

O primeiro aparece em programas televisivos da SIC e o segundo na TVI.

Onde as coisas começam a aquecer é quando o primeiro é condescendente com o segundo e o segundo se torna verrinoso e acutilante com o primeiro.

O Daniel Oliveira manifesta-se comprometido ideologicamente. Quanto a João Tavares dá-se ao luxo de comprometer as comemorações do Dia de Portugal com a sua ideologia e no fim, afirmar-se virgem de comprometimentos.

Resta-me dizer que deixei de ver o “Governo Sombra” para não ter de o ouvir e lhe ver os vómitos.    

quarta-feira, junho 19, 2019


SINDICATOS DE PROFESSORES

Na sequência do que tenho vindo a exteriorizar sobre reivindicações de professores, fui apanhar uma lista (provavelmente incompleta) de instituições que se dizem representantes dos interesses dos professores. Lamentavelmente não encontrámos o SINDICATO DOS PROFESSORES DE OLHOS VERDES nem o SINDICATO DOS PROFESSORES GORDOS.

Compreendemos perfeitamente que as razões dos professores do Nordeste Transmontano, sejam diferentes das dos professores que leccionam no Parque das Nações, ou as daqueles que durante o ano lectivo corrigem testes nas esplanadas de Vilamoura e por aí fora…

Com tantos professores a necessitarem de dispensas de horários para actividades sindicais, mais as greves, mais as faltas por conta das férias, mais os atestados médicos as reivindicações dos professores começam a parecer um pouco abusivas.

Um sindicato é prova de maturidade democrática. 5, 10, 15 sindicatos para uma mesma classe laboral cheira a incompetência, incapacidade de lidar com as opiniões contrárias, ignorância sobre o papel de cada um na profissão que escolheu.

Ser professor é dar espaço à opinião dos outros e à sua capacidade criativas. Quem não sabe lidar com isso terá de escolher uma outra profissão, ou então, que venha mais um sindicato.  



SPZS – Sindicato dos Professores da Zona Sul

SPZC – Sindicato dos Professores da Zona Centro



SPM – Sindicato dos Professores da Madeira

SPRA – Sindicato dos Professores da Região dos Açores

SDPA – Sindicato Democrático dos Professores dos Açores



ANP – Associação Nacional dos Professores



segunda-feira, junho 17, 2019


GRRRRR!!!!

Oh professor que já foste

Oh professor que já não és

Oh professor que estás virado

Da cabeça para os pés

 

E de repente, perante a inevitabilidade de se ver perdido para a sua causa pessoal, demonstra o que lhe vai na alma. Ataca o Governo porque este não é de esquerda. Nem tem uma política de esquerda. Ser de esquerda é dar aos professores o que não é dado aos trabalhadores da função pública.

E eu (santa ingenuidade) que acreditava que um sindicato era uma representação solidária de trabalhadores. Os que trabalham a defenderem a dignidade da sua classe. O putativo candidato a altos voos no PCP acabou por dizer que a FENPROF é dos professores de esquerda. Então e os trabalhadores de direita que são professores e filiados no SPGL? Qual o lugar deles neste sindicato? É um convite à sua saída compulsiva?

E quando quiser a solidariedade da classe docente? Pede só a dos professores de esquerda?

E os professores que até são do PS? E os do PSD? São escumalha e com estes não conta?
Se virmos bem. Você não existe para além do protagonismo que lhe foi oferecido por uma imprensa que precisa de notícias. Profissionalmente é ninguém. Politicamente desapareceu com a armadilha que o Costa lhe largou. Acabada a FENPROF o senhor vai desaparecer na voragem que já levou tantos iguais a si. O poder exercido por muito tempo é destruidor. E quando é sustentado em ambições pessoais, muito mais. Lembra-se do seu sorriso na AR? Foi o último.

sábado, junho 15, 2019

SUGESTÕES PARA MUDAR DE NOME

quinta-feira, junho 13, 2019


POSTAIS DE PENICHE (III)

PRAÇA COMERCIAL – Praça Jacob Rodrigues Pereira

São fotos do inico do sec. XX. É angustiante falar daquilo que hoje existe. Em 1º Plano o prédio do Montez. Irmão do do arquitecto que desenhou parte da proposta de urbanização da Vila de Peniche. Relacionadas com este prédio e com o seu proprietário existem um sem número de histórias. A venda de sopas. O aluguer de quartos para prostituição. A venda de impressos para o totobola… e mais uns quantos. A casa Montez possuía um espólio de antiguidades que se perderam na voragem da sua demolição.

Em 2º plano vemos a Casa Barnabé. Uma loja que vendia de tudo um pouco. No exterior podemos ver um Placard, onde as entidades oficiais, nomeadamente a CMP, as agências funerárias e mesmo particulares noticiavam AVISOS  e informações diversas. No candeeiro central um outro placard com os caratazes dos filmes que passavam no cinema local.

Ao fundo, um autocarro da firma torreense João Henriques dos Santos aguarda os passageiros.

Na foto maias antiga (1905) as árvores emprestam embelezamento à Praça do Comércio.

A vedação do Jardim Público com bancos, empresta lugares de lazer aos habitantes. A foto de 1905 tem um estar que lhe justifica a designação. Existe um comércio que é visível no estar das pessoas.

Nem sequer me atrevo a dizer-vos qual o arranjo da Praça que prefiro. È difícil classificar o que hoje existe.

quarta-feira, junho 12, 2019


BILHETES POSTAIS (II)

Foto de 1905 da Rua Conselheiro Hintze Ribeiro
Quem foi Hintz Ribeiro
 - Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro, nascido em 7/Nov/1849 em Ponta Delgada e falecido em Lisboa a 1/Ago/1907, foi um politico do final da Monarquia.

Distinto parlamentar e par do Reino, procurador-geral da Coroa, ministro das Obras Públicas, das Finanças e dos Negócios Estrangeiros e líder incontestado do designado Partido Regenerador, por três vezes assumiu o cargo de  primeiro-ministro). Foi um dos políticos dominantes da fase final da Monarquia Constitucional, ocupando a presidência do ministério mais tempo que qualquer outro naquele período.

A ele se devem importantes reformas, algumas das quais ainda perduram, tais como a lei das autonomias insulares(1895), o regime das farmácias e a criação do regime florestal (1901). O Decreto de 24 de dezembro de 1901, que regula o regime florestal, ainda está em vigor. Feito Conselheiro de Estado efetivo em 1891, recebeu múltiplas condecorações, entre as quais a grã-cruz da Torre e Espada.

Foi sócio efectivo da designada Academia Real das Ciências. (in Wikipédia)

Digamos que o nome da rua era de uma figura de reputação incontestável da época.

Com o advento da República a Rua perdeu este nome e ganhou o nome de Rua Marquês de Pombal. Isto é, caiu um monárquico e subiu à designação um outro monárquico. Digamos que não foi assim tão grande a limpeza.

A Foto é tirada de perto da Rua dos Proletários para baixo. Ao Fundo vê-se o edifício onde se situou a PSP e mais um dos Passos que foi abatido com sanha persecutória por vândalos que ocuparam os executivos municipais. Do Lado esquerdo vê-se também um dos muitos lindíssimos candeeiros de iluminação pública também destruídos em campanhas de modernismo municipal. A rua empedrada ganha em luminosidade que o alcatrão também destruiu. 

segunda-feira, junho 10, 2019


BILHETES POSTAIS (1)

Um amigo meu (e digo isto só de meia dúzia de pessoas) fez-me olhar com atenção para postais de Peniche e do Concelho. Fiquei perplexo com o que vi. Quando comparamos Peniche do inicio do séc. XX com os dias de hoje ficamos surpreendidos com tanto que mudou e em algumas circunstâncias para bem pior.

Ver aqueles postais fez-me parar para reflectir. E em alguns casos pensei que merece a pena partilhar convosco o que vi.

LARGO 5 DE OUTUBRO (Largo da Misericórdia)

foto do inicio do sec. XX
A Imponência dos prédios no topo do Largo é deslumbrante. Entre a Igreja da Misericórdia e o prédio do topo vê-se o inicio da Rua Tenente Valadim com prédios que ainda hoje são os mesmos. O rés-do-chão é ocupado dum lado por uma casa de vinho tinto onde depois se veio a instalar o café/taberna do Ápio. 2 Curiosidades no anúncio: a 1ª é de que era a única casa que vendia vinho tinto genuíno, sinal de que noutros locais não seria. A 2ª é de que era vendido em medidas legais, e nós podemos imaginar que em tantos locais de Peniche se vendia medidas de ½ litro com falcatrua na medida. Ao lado um outro estabelecimento: a “CASA PENINSULAR” que vendia café, Mercearia e Padaria.

Em 2º plano à direita veem-se 2 prédios e entre eles um imponente passo de uma via sacra que existia em Peniche e da qual não resta hoje qualquer vestígio. Neste espaço veio a construir-se um vetusto edifício nos anos 30/40 do século passado que constituiria o depósito de vinhos do Silvano com residência de família no 1º andar. Terá sido uma obra considerável a que substitui aqueles 2 prédios, mas lamentamos o Passo não ter sido integrado na construção.

foto de 7 de Junho de 2019
No topo do Largo onde existia um prédio que se harmonizava com a praça existe agora um enorme e pavoroso buraco. Onde existiam pessoas em amena cavaqueira e beneficiando da paz do largo, é hoje uma amálgama de carros e ferros.

O branco dos prédios tornou-se um amarelo sujo que esmorece quem por lá passa.

Só posso dizer que para nós habitantes da terra que é Peniche o tempo não ajudou a melhorarmos pelo menos no nosso centro histórico. 100 anos depois e muitos milhares de contos (ou dezenas de milhares de euros), o que resta do Largo da Misericórdia é um pandemónio sem eira nem beira que mais valia ter ficado como estava. O PCP dono do prédio que resta bem poderia ao menos dar uma de mão no seu imóvel. Mas aqui também se aplica a máxima conhecida do “bem prega Frei Tomaz…”

Haja Misericórdia

sábado, junho 08, 2019


UM BOM FIM-DE-SEMANA


No dia em que Salim e Samira se casaram, ela levou um grande baú de madeira para casa. À noite, pediu ao marido para que respeitasse sua individualidade e nunca abrisse o baú. Durante 50 anos, apesar da curiosidade, Salim nunca abriu o baú. Até que, na comemoração dos 50 anos de casamento, ele não se conteve e pediu para Samira mostrar o que havia lá dentro. Ela atendeu ao pedido. No baú, Salim viu 48 mil reais e quatro batatas. O homem perguntou: - Querida, pra que você guarda essas batatas? Samira explicou:
- Amor, é que cada vez que eu traia você com outro homem, eu colocava uma batata no baú.
Mesmo chateado, Salim pensou bem e falou:
- Acho que posso lhe perdoar. Quatro batatas, em 50 anos de casados, significam uma traição a cada 12 anos e meio. Mas, e esses 48 mil reais?
E Samira disparou:
- É que toda vez que o baú ficava cheio de batatas, eu vendia.


Uma loura acaba de ser contratada por uma empresa e pedem-lhe para ir buscar cafés à rua. Ansiosa por mostrar eficiência, ela agarra num termos e dirige-se, apressada, ao café mais próximo.
Chegada ao café, mostra o termos ao empregado e pergunta: "Você acha que este termos dá para 6 cafés?"
"Acho que sim" responde-lhe o empregado.
"Então dê-me dois normais, duas italianas e dois descafeínados."


 
Uma outra loira entra num Boeing 747 com bilhete de classe económica e senta-se nos lugares de classe executiva.
A hospedeira diz-lhe que tem de se sentar na parte de trás do avião, ao que a loira responde:
- Deve haver algum engano porque eu sou super loira, super inteligente e vou para as Caraíbas.
A hospedeira percebeu que não consegue resolver o caso e chama o comandante.
Este diz à loira para se sentar na parte de trás do avião que são os lugares de classe económica. Ela responde:
- Deve haver algum engano porque eu sou super loira, super inteligente e vou para as Caraíbas.
O comandante aí, diz-lhe umas palavras ao ouvido, a loira levanta-se e dirige-se para os últimos lugares do avião.
A hospedeira, curiosa, pergunta ao comandante:
- O que é que lhe disse?
O comandante responde:
- Disse-lhe que esta parte do avião não vai para as Caraíbas

quarta-feira, junho 05, 2019


EM PENICHE NÃO SE PASSA NADA

É comum ouvirmos as pessoas daqui do burgo dizerem isto. Não posso discordar mais desta afirmação. Passa-se muita coisa. Algumas interessarão a uns, outras interessarão a pessoas diferentes. E isto não é só de agora.

Já nos mandatos anteriores acontecia o mesmo. Aliás nos 2 mandatos anteriores Peniche parecia um sempre em Festa. Tudo se fazia para que as TVs cobrissem as iniciativas. Mas não falemos de águas passadas.

Eu, há alguns anos que aderi através do site da cmp à recepção das informações relevantes sobre atividades do município ou particionadas por este. Aquilo de4 que estou a falar é hoje designado por “Newsletter”. Que é uma forma estereotipada de designar “Noticias”.  E é espantos a quantidade de eventos que se realizam em Peniche e no Concelho. Abri uma caixa para guardar todas a que chamei “COISAS INTERESSANTES”. A última, nº9, comporta actividadaes até 19 de Junho.

E depois existem uns livrinhos com informações espalhados em lugares convencionados.

Falam de actividades ma sede de concelho, na Freguesia da Atouguia da Baleia, na Serra de El-Rei e em Ferrel. Mas duvido que a generalidade das pessoas o saiba. A informação não chega às pessoas. E sobre isto batatas…

Em tempos, na Praça Jacob Rodrigues Pereira existia um placard electrónico com informações. A corrosão e a inércia da cmp acabaram com esse placard.

Talvez não fosse má ideia reedita-lo. Nem que tenham de o colocar num prédio. Ofereço-me para considerarem a hipótese de o colocarem no meu.

Mas isto não resolverá nunca a inércia das pessoas. Gostamos de dizer que não há porque isso desculpabilizamo-nos. Mas lá que se fazem coisas… fazem-se.

Agora nem todos são obrigados a aderirem aos meios sofisticados da NET. Sejam simples. Ajudem-nos a saber.

Isto dito por mim não vale nada. Eu sei. Manda quem pode.

segunda-feira, junho 03, 2019


E AGORA?

Mais um ano já feito. Ainda se os desfizesse. Mas fazê-los não parece de quem tem muito juízo. (Já li isto em qualquer lado)

O tempo, a passagem dos anos é uma coisa fantástica. A gente aprende e apreende tanto.

Ser velho é lindo. É saber. É ver com outros olhos que nunca antes acreditávamos que tínhamos.

Tem coisas que magoam. A perda de alguns dos nossos mais queridos. Ficamos com a memória deles e tantas vezes quando estamos sós, damos por nós a conversar com eles. A desejar que estejam ao nosso lado e nos escutem.

Depois pensamos no meio que nos envolve. No meu caso particular Peniche e o seu Concelho. Desde logo viver numa ilha é gratificante. Conhecemo-nos todos ou a maior parte de nós. Depois podemos ter uma visão profunda e vasta de um mar que nos rodeia e nos enche de esperança para um além imenso. O Mar, todo este esplendoroso mar. Depois somos um Concelho tão pequenino que nos é fácil perceber que as batatas, as couves e as cenouras não nascem nos supermercados. Temos ainda a capacidade dos ilhéus em nos sentirmos felizes com todos os que vindos de fora nos escolhem para viver. Estabelecemos uma espécie de osmose com todos os que aqui calem vindos do nada que é tudo o que fica para lá dos nossos limites.

Assim é que algarvios e gentes do norte, nazarenos e ciganos, pretos e asiáticos somos Peniche. Claro que a nossa condição territorial nos traz problemas de limitações globais que não é resolúvel com os Facebooks estúpidos que nos invadiram. Mas enfim, os deuses que foram tão pródigos em tanta coisa tinham de cuidar das outras terras espalhadas por esse mundo fora.

Mas a ideia que quero que fique de mais um aniversário meu é de um epitáfio que me poderá ser afixado na sepultura: “Ele gostava tanto da vida, que só de pensar que morreria já tinha saudades dele”.