domingo, outubro 31, 2010

QUE A TERNURA ENCHA OS NOSSOS DIAS...















sábado, outubro 30, 2010

PEDIR TEM LIMITES...
Joãozinho falava com sua mãe pedindo uma bicicleta nova. Sua mãe decidiu que seria uma boa oportunidade para Joãozinho tomar consciência de suas atitudes e falou: -
"Bem, Joãozinho, agora não é época de Natal e nós não temos dinheiro para sair comprando qualquer coisa que você queira. Que tal você escrever uma carta para Jesus e pedir para ganhar uma bicicleta?"
Ele finalmente resolveu se sentar e escrever a tal carta:
"Querido Jesus:
Fui um menino bonzinho este ano e gostaria de ganhar uma bicicleta nova.
Seu amigo, Joãozinho."
Mas Joãozinho lembrou-se que, na verdade, Jesus sabia que tipo de menino ele era. Então, rasgou a carta e resolveu tentar mais uma vez:
"Querido Jesus:
Tenho sido um menino legal este ano e quero uma bicicleta nova.
Sinceramente, Joãozinho."
Bem, Joãozinho sabia que não estava sendo totalmente honesto. Rasgou a carta mais uma vez e tentou novamente:
"Querido Jesus:
Acho que fui um menino bonzinho este ano. Posso ganhar uma bicicleta ?
Joãozinho."
Foi então que Joãozinho olhou para o fundo de sua alma, o que, aliás, era o que sua mãe queria desde o começo. Ele sabia que aprontava de montão e que não merecia nada. Amassou a carta, jogou-a no lixo e saiu correndo para a rua. Ficou vagando sem rumo, meio deprimido, pensando no modo como tratava seus pais. Estava mortificado. Às tantas, estava em frente a uma igreja. Joãozinho entrou, ajoelhou-se e meditou no que fazer. Finalmente levantou-se e dirigiu-se para a saída, olhando todas aquelas imagens... De repente, pegou uma santa pequenininha e saiu correndo. Foi para casa, escondeu a santinha embaixo da sua cama e escreveu a seguinte carta: "Jesus:
Tenho sua mamãe. Se você quiser vê-la novamente, dê-me uma bike.
Assinado:
Você sabe quem."

sexta-feira, outubro 29, 2010

JEAN-PAUL
O Sartre, tinha razão: - Os dados estão lançados.
Num espaço de tempo relativamente curto iremos ter dois grandes actos eleitorais. Em Janeiro as Presidenciais. 6 meses mais tarde, mais coisa menos coisa, teremos de novo legislativas.
Para o 1º acto eleitoral perfilam-se desde logo os 5 candidatos mais visíveis a que teremos que adir o eterno candidato do PCTP/MRPP. Daqui não virá grande mal ao mundo. Parafraseando o Jardim, ganha o Sr. Silva. Esperemos que com mais de 50% dos votos à 1ª volta, para nos pouparem a uma 2ª volta sem sentido e sem perspectivas seja qual for o opositor.
Ainda em relação às presidenciais tudo aponta que o 2º candidato mais votado venha a ser o Sr. Alegre (vcs conhecem, é o amigo do Sr. Feliz). Mas também perspectivo que a sua derrota será mais dolorosa que a do Mário que ele combateu de forma execrável. É que o Mário tem a Democracia nos seus genes. O Alegre não consegue digerir as derrotas.
Depois temos o Fernando, dito o Nobre. Que é o único out-sider no meio disto tudo. Só por ser o único que não é político apetece votar nele. Mas o Fernando é como o Belenenses. A gente gosta mas não entranha.
Por último vêm o Francisco e o Moura. Estes dois são abcessos benignos. Não fazem bem nem mal. Servem para preencher os tempos de antena. E para alguns poderem andar a colar cartazes.
Haja o que houver as presidenciais não acrescentam um avo à República Portuguesa. E isto é o que sinto de melhor quando se comemoram os seus 100 anos.
Depois… bem depois tudo volta a reunir para escolher os futuros predadores do Estado Português. Existe um provérbio português que eu adoro nestas circunstâncias: “-Atrás de mim virá, quem de mim bom fará”.
Que diferenças substantivas existem entre os dois maiores partidos? Rigorosamente nenhumas. Basta ver uma procissão em Peniche e ver quem são as personagens que seguram as varas do pálio.
Não é uma alternância de governação que se vai dar. É uma alternância de benefícios. Eu como já vi este filme inúmeras vezes desde o 25 de Abril, não pago bilhete para o espectáculo. Vou aguardando que se cansem.

quinta-feira, outubro 28, 2010

ESTUDO ACOMPANHADO: O GRANDE FLOP
Esta actividade curricular que explicámos na última postagem as razões da sua inclusão foi sempre uma mal-amada.
Necessária mas nunca verdadeiramente assumida, não serviu nem para a recuperação de alunos com dificuldades de aprendizagem, nem para a consolidação de conhecimentos nos alunos de grau de desenvolvimento regular, nem sequer para criar doses extras de conhecimento para aqueles que desejavam ir mais longe nas suas aprendizagens.
Quando me refiro nestes termos a esta actividade estou a falar em termos generalistas. Haverá casos em que terá cumprido os efeitos que lhe estavam subjacentes. Tudo mais uma vez dependeu da generosidade que alguns professores colocaram na sua aplicação.
Para os Pais e Encarregado de Educação a referência a uma actividade com esta designação, teria a ver com um suplemento de estudo na própria escola visando uma melhoria nas aprendizagens. A breve trecho perceberam o seu engano e as explicações vieram a retomar o seu lugar preferencial no preenchimento das lacunas que os alunos transportam consigo da sala de aula. E muitas vezes (o que é lamentável) recorre-se a professores explicadores que também são professores dos mesmos alunos em Estudo Acompanhado. As explicações passaram a ser um dos melhores recursos dos professores para rentabilizarem os seus conhecimentos. Afinal na Escola o vencimento é certo e não sofre alterações (para melhor) significativas, cumpram ou não com aquilo para que estão contratados.
Na escola, a actividade de EA é mais do mesmo. Na sala de estar da professora, a explicação decorre em moldes de correcção de lacunas e aprofundamentos significativos. Dir-me-ão que isso terá que ver com o elevado número de alunos com que se trabalha na escola. Conheço casos de explicações dadas a grupos de 12 alunos.
Estudo Acompanhado com efeitos mensuráveis fazia-se nos colégios de freiras ou no Nuno Álvares de Tomar, com freiras e perfeitos sem formação pedagógico. Ou depois disso em algumas unidades de ensino com projectos pedagógicos autónomos.
O que agora acaba foi mais um grande flop de mais um “idiota” que passou pelo Ministério da Educação e que fez de milhares de portugueses tubos de ensaio para as suas experiências pedagógicas. Para mal de todos nós.
E é mais uma alteração sem que haja uma avaliação séria sobre o que foi, que objectivos foram atingidos, o que é que correu mal e quais são os indicadores para uma eventual correcção ou a sua supressão. È aqui neste tipo de situações que se gasta mal o dinheiro dos portugueses. Por outro lado não conheço nenhuma escola que tenha feito uma avaliação desta e outras actividades impostas e que tenha feito propostas alternativas ao Ministério da Educação. Os professores (na sua maioria) alinham e desalinham mas sem gastarem muitas células cinzentas.

terça-feira, outubro 26, 2010

AS MENTIRAS TÊM PÉS DE BARRO
Havia um tempo em que havia respeito pelo trabalho manual e na capacidade individual, para ir reinventando novos caminhos em busca do saber e do melhor lugar para a aplicação das destrezas de cada um.
Nesse tempo a Escola era um local de partilha e de entreajuda. Nesse tempo não muito longínquo os professores tinham orgulho na sua profissão e no que faziam. Não fugiam para uma Reforma penalizadora como ratos assustados, ao menor sinal de perigo.
Recordo que nesse tempo a Autonomia das escolas não era uma treta, e existiam sinais múltiplos de Alegria na relação professor-aluno. Os pais sabiam que podiam acontecer coisas menos agradáveis com os seus Educandos, mas confiavam na capacidade de discernimento da Escola como lugar de resolução de conflitos.
Era um tempo em que a relação entre a Escola e a comunidade era assumida como um valor e não como uma necessidade económica.
A certa altura passou a haver uma valorização massiva de títulos na docência. Ser doutor passou a ser garantia de qualidade. Não importava como a Licenciatura tinha sido conseguida nem para que servia. Quem estava no ensino e não era licenciado corria o país em busca de um Dr. que lhe garantisse subida na carreira. Nessa altura gerou-se uma nova cultura nas escolas: “Mais que o saber da experiência feito, importava a qualidade de títulos e da capacidade de os ostentar”. E se as pequenas vaidades pessoais começavam a ter mais essa jóia na sua coroa, também os sindicatos começam a aderir à moda dos títulos e produz-se mais uma cisão. Entre os Sindicatos dos Professores normais e vulgares e os Sindicatos de professores Licenciados, forma última de repúdio pelos trabalhadores do Ensino em oposição à classe dos doutores.
À qualidade opôs-se a garantia de uma licenciatura, que na maioria das vezes não acrescentava nada à classe da sua actividade com a turma. Começa então a ser pejorativo ser professor de uma qualquer disciplina que cheirasse de perto ou de longe a trabalho manual ou oficinal.
Porque é que o actual 1º Ministro não quer ser Agente Técnico de Engenharia e quis ser Engenheiro Civil, com todos os embaraços que isso lhe trouxe?
É neste momento que se dá a grande pedrada que professores e Sindicatos aceitam e que haveria de redundar passados alguns anos naquilo a que hoje assistimos. Acaba-se com as Disciplinas de Trabalhos Manuais, Trabalhos Oficinais e de Educação Visual e introduzem-se áreas Disciplinares onde eventualmente os alunos possam exercitar essas destrezas.
Na altura quando alguns começaram a vislumbrar o que iria acontecer veio o Ministério com a tese que os Sindicatos acolheram, de que essa alteração significaria mais horas para os professores. Trabalhos Manuais+Educação Visual=5+3 horas. No novo modelo: Educação Visual e Tecnológica+Área de Projecto+Estudo Acompanhado=5+2+2 horas.
Com isto deixavam de ser de Trabalhos Manuais e ganhavam uma hora. Com os professores do 3º Ciclo aconteceria o mesmo.
O Trabalho Manual (e Oficinal) passou a obsoleto já que éramos todos licenciados.
Os professores ficaram contentes. Passaram todos a ser pares e iguais. Aspiração profunda que vinha de tempos imemoriais. Desde os tempos dos Cursos Industriais e Comerciais.
Esqueceram-se de ver a floresta para além da árvore. Esqueceram que o grande problema das Escolas (e do Ensino) sempre foi um problema económico. Preparar pessoas para darem resposta às necessidades devoradoras dos estados. As escolas existem para dar resposta às necessidades dos governos e de forma mais lata aos Estados e aos grandes grupos económicos chamem-se eles Uniões de países ou Grupos financeiros. Porque é que as pessoas pensam que o 1º Ministro Cavaco Silva nomeou Ministra da Educação, a economista Manuela Ferreira Leite? Por ser uma técnica em educação?
Daí que saldadas as vaidades individuais é a altura de começar a cobrar. São nas épocas de crise (vejam com olhos de ver a História Universal) que são feitas as grandes mutações nos sistemas sociais, empresariais e de integração dos indivíduos na sociedade por meios mais ou menos laborais, mais ou menos intelectuais. O ser humano é sempre a moeda de troca. E a Escola que deveria ser um local de reflexão sobre isso, passou a ser um local de atitudes reactivas condenadas ao insucesso.
Esta guerra está já perdida. É melhor começar a pensar na próxima. E a próxima é no meu entendimento o da recusa em permitir que as escolas do ensino básico fiquem na dependência dos poderes políticos locais. Esse é o melhor caminho para as condenar ao insucesso. E permitir então o aparecimento em grande desenvolvimento do Ensino Particular e Corporativo que nos próximos 20 anos vai tornar-se um grande Boom económico, como já são as Unidades de Saúde. Será então que se fará a escolha entre Professores e licenciados.

segunda-feira, outubro 25, 2010

SER BOM…
Num cantinho dum jornal diário vinha a notícia insólita. Jane Austen dava erros ortográficos. Para os mais novos o nome não dirá nada. Para aqueles que como eu foram educados no culto da leitura, Jane Austen é a autora de dois dos mais sublimes romances que viram a luz do dia. “Orgulho e Preconceito” e “Emma”.
A sua leitura era fluente e elegante para além do virtuosismo que colocava nos enredos que desenvolvia. Pois ao que parece, a autora dava erros de ortografia e era auxiliada na revisão dos seus livros pelo seu editor.
Serve isto para dizer o quê? Que muitas são as formas de cumprir com a nossa ligação ao que nos separa das nossas amarras ao homem cavernoso.
Não será a ortografia que nos impedirá de escrever coisas brilhantes. Não será não saber ler e escrever que nos impedirá de sermos repentistas e sermos capazes de dizer versos que se tornarão símbolos de sabedoria popular. Não será por sermos surdos que poderemos escrever das mais belas partituras já ouvidas pelos amantes da música.
Só a falta de sensibilidade nos irá impedir de sair do estádio de macaco em que Darwin nos encontrou.

domingo, outubro 24, 2010

POEMA DELE E A RESPOSTA DELA

POEMA ESCRITO POR ELE:
Que feliz sou eu, meu amor!
Já, já estaremos casados,
O café da manhã na cama,
Um bom suco e um pão torrado

Com ovos bem mexidinhos
Tudo pronto bem cedinho
Depois irei para o trabalho
E você para o mercado

Daí você corre pra casa
Rapidinho arruma tudo
E corre pró seu trabalho
Para começar o seu turno

Você sabe que de noite
Gosto de jantar bem cedo
De ver você bem bonita
Alegre e sorridente

Pela noite mini séries
Cineminha bem barato
Nada, nada de shoppings
Nem de restaurantes caros

Você vai cozinhar pra mim
Comidinhas bem caseiras
Pois não sou dessas pessoas
Que gosta de comer besteiras...

Você não acha, querida
Que esses dias serão gloriosos?
Não se esqueça, meu amor
Que logo seremos esposos!

POEMA RESPOSTA ESCRITO POR ELA:

Que sincero meu amor!
Que oportunas tuas palavras!
Esperas tanto de mim
Que me sinto intimidada

Não sei fazer ovo mexido
Como sua mãe adorada,
Meu pão torrado se queima
De cozinha não sei nada!

Gosto muito de dormir
Até tarde, relaxada
Ir ao shopping fazer compras
Com o Visa tarja dourada

Sair com minhas amigas,
Comprar só roupa de marca
Sapatos só exclusivos
E as lingeries mais caras

Pense bem, que ainda há tempo
A igreja não está paga
Eu devolvo meu vestido
E você seu terno de gala

E domingo bem cedinho
Para começar a semana,
Ponha aviso num jornal
Com letras bem destacadas:

HOMEM JOVEM E BONITO
PROCURA ESCRAVA BEM LERDA
PORQUE SUA EX-FUTURA ESPOSA
MANDOU ELE IR À MERDA!

quinta-feira, outubro 21, 2010

O GRANDE MASSACRE
Pior que a crise anunciada é o comportamento dos que a ela estão ligados. È orçamento para cá. Crise para lá. Votação para ali. Abstenção para aqui. Responsabilidade de uns, falta de responsabilidade de outros.
Eu faz-me uma certa impressão ouvir dizer que os trabalhadores com ordenados de miséria vão tê-los ainda mais reduzidos. Que vai aumentar os preços dos medicamentos para os pensionistas e que o IVA vai atingir como bofetadas toda a população e, ao mesmo tempo, ouvir a chantagem exercida pelos juízes, os sindicatos a quererem mais dinheiro para os trabalhadores. Todos querem mais empregos e entretanto parece que a ameaça da bancarrota não é tão impossível como isso.
Afinal quem é que não percebeu ainda nada? Os bancos são os ladrões? Mandem-nos prender. Mas depois não se queixem que não há empréstimos para quem quer comprar casa e carro e mobílias e festas de casamento.
Por mim, vou apertar os cordões à bolsa. Como estou gordo passo a comer só uma refeição por dia. Tenho gorduras acumuladas que dá para gastar agora. E vou esperar por melhores dias.
Juro! Não vou ouvir Telejornais.

quarta-feira, outubro 20, 2010

CUNHAS, TACHOS & AJUDAS DE CUSTO
É nos períodos de crise que mais se ouve bramar contra os benefícios (?) atribuídos a uns quantos em detrimento de todos os outros. Mas também é nesses momentos que mais pessoas são solicitadas para atribuir as migalhas do poder que detêm aos amigos, familiares e familiares dos amigos.
Comecemos por dizer duas coisas que penso serem a chave de toda este imbróglio: “cunhas, tachos & ajudas de custo” só são escandalosas e nojentas quando beneficiam os outros. Se forem a nosso favor, ou a favor dos nossos amigos e familiares são legítimas.
Estabelecido que é este princípio fundamental da existência num não-estado, podemos analisar as questões que lhes são derivadas.
O Sócrates não percebe nada de economia e finanças.
Deve ser estabelecido um estado policial de cusquice em que cada um possa saber de que beneficiam os outros, para eu poder ter direito ao mesmo.
O Sócrates cheira mal da boca.
Os emails são a forma ideal de difundir verdades, meias-verdades ou mentiras, que sustentem a nossa integridade em oposição ao que os beneficiários do partido do governo usufruem.
O Sócrates enterrou o país.
Quanto mais procuramos tachos e benefícios pessoais mais devemos colaborar na difusão de boatos e de sintomas de corrupção, sejam eles verdadeiros ou não.
Estar na oposição é estar contra o Governo seja ele qual for e lutar com todas as nossas forças para o derrubar.
O Sócrates mente.
É sinónimo de sermos honestos ler o “Correio da Manhã”, ver a TVI e ser sócio do ACP. Durante o dia fazemos um brilharete difundindo as principais notícias de forma o mais indignada possível, ficando sempre bem quando associamos essas notícias ao vergonhoso Governo que temos.
É fundamental dizer mal do Sócrates.
Todos os ministros do Governo são incompetentes e desonestos.
Se por azar tivermos de ir a julgamento fica bem quando interrogados pelo Juiz que preside ao Tribunal dizer que a nossa infelicidade de ali estar tem a ver com a incompetência do Governo e com a revolta por nos sentirmos preteridos em função dos militantes do partido que o sustenta. Esta declaração pode ser a diferença entre a condenação e o ser mandado em paz.
O Sócrates não é Engenheiro.
Dito tudo isto agora só tenho que esperar por Maio. Por novas eleições. Que o PSD/CDS ganhem. E que não se esqueçam de mim na altura das nomeações políticas.
Para mim é suficiente ser assessor do Governador Civil.
Ainda vai mais esta: - O Sócrates sua dos sovacos.

terça-feira, outubro 19, 2010

DUPLA PERSONALIDADETambém designada por transtorno dissociativo de identidade é uma doença que no caso do PCP se começa a definir como incurável. Vem isto a propósito das posições deste partido face à designação de Liu Xiaobo como Prémio Nobel de 2010.
Ser dissidente com o partido comunista chinês é sinal de «mais um golpe na credibilidade» deste galardão e representa «pressões económicas e políticas» à China. «É, na linha da atribuição do prémio Nobel da Paz de 2009 ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mais um golpe na credibilidade de um galardão que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz, da solidariedade e da amizade entre povos».
Estas posições vêm na linha das afirmações anteriores daquele “rapazeco” que é líder da bancada parlamentar do PCP e que manifestou o seu apoio ao Regime Comunista Monárquico da Coreia do Norte.
Esquecem-se os senhores da Assembleia das Coisas Velhas e Ultrapassadas (o CC do PCP) que os partidos comunistas em geral são responsáveis pela morte de milhares e milhares de Homens cujo único crime foi o de não concordarem com as suas ideias.
Esquecem-se os senhores do PCP que condenam o comité do Nobel que muito mais pessoas que Hitler mandou para a Morte, torturam e mataram Estaline, Pol Pot e quejandos.
Barack Obama e Liu Xiao representam um grito saído de gargantas amordaçadas por muitos anos contra todas as formas de tirania de amordaçamento que atingem os seres humanos.
Por isso pode o PCP travestir as máscaras que quiser. Na hora da verdade caiem-lhes e mostram-se como efectivamente são: solidários com os torcionários que impedem a felicidade dos seres humanos.
Nas autárquicas, aliam-se a gente de rosto simpático e folgada e arrastam consigo uma outra atitude. Mas logo vem estas coisas que tudo estragam. É uma pena. O país precisava de alternativas. Mas com estas múmias está difícil.

segunda-feira, outubro 18, 2010

O CAPACETE Quem assistiu ontem aos Telejornais viu uma cena digna do Inferno de Dante. Um grupo de pessoas (não me atrevo a chamar-lhes Cristãos) todas armadas de capacete na cabeça (incluindo um bebé) a assistir àquilo que designaram por uma missa.
Parece que era uma forma de se manifestarem contra o estado (que diziam ameaçar queda) do telhado da Igreja de Campolide. Mas que falta de fé!
Se a manifestação era contra a Igreja não se percebe o local da manifestação.
Se é verdade que o telhado ameaça ruir, não compreendo a falta de humanidade daquele padre (?) a permitir que alguém possa estar submetido a tamanha provação. E se o telhado cair, não compreendo em que é que o capacete salva alguém de tamanho desastre. Só o pânico geraria mortes horríveis incluindo a de crianças.
Será que aquele padre só agora viu o problema? E não serão aqueles fiéis solidariamente responsáveis pelo estado de degradação do seu Templo?
Uma última questão… Se não existisse Televisões aquele corso carnavalesco realizar-se-ia?

Eu o que vi foi um circo. Ou uma tremenda mascarada. Cada vez tenho menos razões para crer na validade das religiões e da bondade da generalidade dos seus sacerdotes.

sábado, outubro 16, 2010

GENTE GIRA II

















sexta-feira, outubro 15, 2010

CURTAS...
No outro dia, uma rapariga telefonou-me e disse...
- "Queres vir cá a casa? Não está cá ninguém."
Eu fui lá a casa.
Não estava ninguém.

Tem sido um dia difícil.
Levantei-me de manhã ... vesti uma camisa e saltou um botão.
Peguei na minha pasta e a pega partiu-se.
Estou a ficar com medo de ir à casa de banho.

Posso dizer que os meus pais me odeiam.
Os meus brinquedos do banho eram uma torradeira e um rádio.
A minha mãe nunca me deu de mamar.
Ela dizia que só gostava de mim como um amigo.

O meu pai anda com a fotografia de um miúdo que já vinha quando ele comprou a carteira.

Quando eu nasci ... o médico foi à sala de espera e disse ao meu pai ....
- "Tenho muita pena. Fizemos tudo aquilo que podíamos ... Mas mesmo assim ele conseguiu sair."

Lembro-me do dia em que fui raptado e em que enviaram um bocado de um dedo meu ao meu pai ....
Ele disse que queria mais provas.

Uma vez, quando me perdi ...
Vi um polícia e pedi-lhe ajuda para encontrar os meus pais.
Disse-lhe ...
- "Acha que alguma vez os vou encontrar?"
Ele disse
- "Não sei miúdo ... há tantos sítios onde eles se podem esconder."

Trabalhei numa loja de animais e as pessoas estavam sempre a perguntar se eu crescia muito ou se ficava só daquele tamanho.

Fui ao médico.
- "Doutor, todas as manhãs quando me levanto e me olho ao espelho .. fico com vontade de vomitar. O que é que se passa comigo?"
Ele disse ...
- "Não sei, mas a sua vista está óptima."

quarta-feira, outubro 13, 2010

O EDUARDO
Como habitualmente fui ao Supermercado ao fim da tarde de 6ª Feira com a minha mulher. Estava eu procurando um artigo numa prateleira sinto uma pancada num ombro. Olhei e vi o Chico Dias que me apontou para uma pessoa que estava com ele, interrogando-me sobre se eu o reconheceria. Após um primeiro olhar de descoberta disse para o Chico: - É o Eduardo! O Eduardo faz parte das minhas memórias de infância. É primo do Chico e do Manel e tendo a minha idade andou comigo na escola desde a 1ª à 4ª Classe. Depois disso foi para Moçambique com pouco mais de 10 anos e daí para a África do Sul. Neste espaço de tempo é a 2ª vez que o revejo. Mas nunca o esqueci por muitos motivos.
O Eduardo é daquelas pessoas que marca para toda a vida. Aluno excepcional. As suas capacidades cognitivas e a excelência do seu saber colocavam-no muito acima de todos nós. Mas isso tornava-o ainda mais próximo de todos. Era um amigo. Um companheiro de brincadeiras que nunca se zangava com ninguém. As poucas vezes que perdia nalgum jogo entre nós, cá para mim fazia-o de propósito. Desse tempo guardo uma foto da minha 3ª classe quando fomos alunos do professor Ribeirinho.

O Eduardo é o 2º da direita na fila dos ajoelhados

Em 1954 eu e ele fomos escolhidos pela D. Ivone Silva para representar as figuras de S. Pedro e S. Paulo numa réplica do brasão de Peniche, num cortejo de oferendas que foi organizado pela paróquia para angariar fundos, para o que mais tarde viria ser o Lar de Santa Maria. O Eduardo é o S. Paulo (o da proa)

A certa altura (em 1964) o Eduardo que ia acompanhando o meu percurso pelos primos, enviou-me de Moçambique o livro de Reinaldo Ferreira, “Poemas”, que constitui uma preciosidade visto que se encontra há muito esgotado. Para quem não é muito atento a estas coisas direi que Reinaldo Ferreira é filho do celebre Repórter X que tantos engulhos provocou à Censura Prévia, e é um dos poetas cantados por Amália.
Por tudo o que da infância nos ficou. Pelas memórias que o pouco tempo em comum não varreu. Pela admiração, respeito e amizade que têm permanecido para além das ausências, este post de hoje.

terça-feira, outubro 12, 2010

PADRE BASTOS. – MEU AMIGO!
Digo-te amigo e sinto-o. Fazes parte do meu imaginário. E da minha construção como pessoa. Foste meu professor, confessor, amigo e confidente. Travámos longas batalhas intelectuais respeitando-nos sempre. Apetece-me falar de ti. Num tempo em que as coisas e as pessoas parecem apostadas em esquecer o que é importante refugiando-se no acessório, sabe bem recorrer à ideia que tenho de ti. Há poucos dias reli alguma da tua correspondência.
Estou a juntá-la toda para a ter à mão quando precisar de ti. Evoco-te com o mesmo carinho com que evoco os meus melhores amigos e o meu pai. Não tenho pena de teres partido. Era inevitável. Como eras meu amigo é fácil recordar-te e falar contigo ou com o que resta de ti. A minha memória.
Se acreditasse na vida para além da morte, tornar-me-ia médium. Para poder discutir umas coisas contigo. Assim discuto comigo próprio e vivo velho. Na busca incessante de pedaços da minha memória de ti fui encontrar no espólio fotográfico dos meus avós uma foto do ano em que chegaste a Peniche. 1947.Eras então um jovem Padre à procura do seu caminho. Cedo o começarias a trilhar conferindo a Peniche e às suas gentes uma nova esperança. Deste-nos confiança e tudo fizeste para podermos acreditar em nós e na nossa capacidade de sermos solidários.
Tinhas dois grandes defeitos (?), chamavas os “bois pelos nomes” e confiavas para além do seria razoável naqueles de quem gostavas. Mas não é assim que somos todos nós?
Mais vezes te irei retomar aqui. Sempre que me apetecer. Sempre que precise de ti.

segunda-feira, outubro 11, 2010

CONSTITUCIONALMENTE FALANDO:
- Mas que grande palhaçada!
Todos sabemos que para haver uma Revisão Constitucional é necessário que seja aprovada essa revisão por 2/3 dos deputados em efectividade de funções.
Sabemos ainda que para que isso aconteça é necessário que as leis a rever tenham obrigatoriamente a aprovação do PS e do PSD.
Surpreendentemente o PCP, o BE e o CDS também apresentam propostas de revisão constitucional.
Quando digo que isto é surpreendente, digo-o porque jamais essas propostas seriam aprovadas sem que o PS e o PSD decidam também votar conjuntamente essa Revisão do texto da Carta Constitucional. Ora não há ninguém neste país que acredite que isto seja possível. Juntar ao BE ou ao PCP, os votos do PSD e do PS, é algo tão impossível de admitir, que nem como exercício de estilo merece considerar.
Quanto ao CDS que votou contra a constituição em 1976 não me parece que seja sério pretender “ajudar” a corrigir aquilo que está nas antípodas da sua vontade e ideário político.
Então porque é que estes partidos fazem assim propostas de algo que sabem condenado à partida? Para ocupar espaço e tempo político. Para incomodar os cidadãos que estão desejosos de sossego e de não ouvir tanto disparate.
O Louça e o Jerónimo fazem uma dupla que daria vontade de rir se não estivéssemos numa situação insustentável: O palhaço rico e o palhaço pobre. E os que não gostam de circo estão obrigatoriamente a pagar para ouvir as suas piadas sem graça.
Quanto ao pequeno fantoche, vai de feira em feira distribuindo verdades Lapalissianas que de tão repetidas começam a soar a “mentirinhas” de brincar.
E nós a pagarmos e apertarmos o cinto para ouvir esta gentinha. Que sabe não ter crédito nem lugar mas que insistem em colocar-se em bicos de pés e a dar gritos ensurdecedores para chamar a atenção sobre eles.
PS: Peço desculpa aos verdadeiros palhaços (e aos fantocheiros), artistas de valor incontestável, pela comparação abusiva. Só o faço pela facilidade de construção do texto.

domingo, outubro 10, 2010

GENTE GIRA I