domingo, julho 31, 2011

CONFUSÕES
Ontem à noite eu estava sentado no sofá, a ver televisão, quando ouvi a voz da minha mulher vinda da cozinha:
- "O que tu vais querer para o jantar, meu amor ? Frango, carne ou pernil ?"
Eu disse:
- "Vou querer frango querida, obrigado."
Ela respondeu:
- "Tu vais é comer sopa ! Eu estava a falar com o cão."

sábado, julho 30, 2011

EQUILÍBRIO INSTÁVEL








sexta-feira, julho 29, 2011

O MEMORANDO
De cada vez que nos rouba mais 1 cêntimo o Governo fala do Memorando. Este tornou-se aquilo que o Pai-Nosso e a Avé Maria são para os católicos após a confissão: inevitáveis.
Um imposto extraordinário, o Memorando.
Congelamento de salários, o Memorando.
Avaliação obrigatória, o Memorando.
Venda dos anéis, o Memorando.
Despedimento sem justa causa, o Memorando.
Aumento do desemprego, o Memorando.
Injectar dinheiro nos coitadinhos dos Bancos, o Memorando.
Vender, despedir, desempregar, falir, emagrecer, o Memorando.
O que não compreendo é a avidez dos empresários. Querem mais e mais e mais. Uma notícia de um dia destes dava conta que os grupos empresariais detentores do Ensino Privado estavam preocupados porque os pais que não têm dinheiro estão a matricular os seus rebentos no Ensino Público. Os colégios Particulares estão a ficar sem alunos e as Escolas Públicas estão a rebentar pelas costuras.
Nem uma coisa, nem outra são verdadeiras. De forma planificada e devidamente estruturada as Escolas Públicas podem absorver as margens de alunos que deixam de frequentar os colégios. Da mesma forma, o ensino Privado só terá menos lucros do que os que tinha anteriormente. Mas esse é um problema dos investidores e não do Estado. Digam o que disserem está por provar que as instituições de Ensino Privado são melhores que as Públicas. Os grandes génios da Humanidade desde a Antiguidade Clássica, foram alunos do Ensino Público.
Quando muito as Escolas Privadas são geradoras de Políticos, Militares, Embaixadores, Banqueiros e Gestores de Multinacionais. Mas fazendo fé nas pessoas dessas que nos conduziram à situação em que vivemos, se as Escolas Privadas falirem, acredito que não haverá muita gente a chorar por isso. Até porque depois os professores passarão a ir a casa dos meninos e das meninas os preparão num ambiente bem mais favorável e sem terem que aturar os filhos das classes trabalhadoras.

quinta-feira, julho 28, 2011

TEMPO DE CRISE: TEMPO DE PEDINCHICE E DE CARIDADE FARISIACA
Nos anos 40/50 (contava-se em casa da minha avó) alguns comerciantes enriqueceram de forma abusiva. Ou os almudes de azeite tinham fundos falsos, ou a troco de uma quarta de açúcar as mulheres trabalhavam dias a desafio para entregar as rendas que elaboravam aos comerciantes para descontar, nunca se libertando das dívidas que acumulavam.
Agora não mudou muita coisa. Uma renda de bilros que se venda por 500€ é paga à rendilheira por 50€. E se parecer que é absurda a troca comercial, acrescenta-se uma esmola em produtos alimentares para não dar tanto nas vistas.
Há quem vá de táxi receber os alimentos que pede para iludir uma falsa carência. Acredito que existam necessitados. Mas não se expõem a uma visibilidade que os humilha. Acredito que haja quem se dedique a dar apoio com sentido fraterno. Mas esses não fazem do acto de dar um panfleto publicitário das suas boas acções.
Quem dá por amor refugia-se na solidão do seu coração. Quem recebe por necessidade, chora lágrimas pesadas e solitárias pela sua impotência para adquirir o que necessita para si e para os seus.
Amor não rima nem com crise, nem com dar o que não lhe pertence e ser visto a praticar o "bem".

terça-feira, julho 26, 2011

ÓDIO E MORTE
Confunde-me que países que se tornaram paradigmas de avanços civilizacionais importantes, como é o caso dos países nórdicos, sejam os mesmos países que são capazes de desenvolver no seu seio monstruosidades como é o caso agora da Noruega, ou já foi na Suécia ou na Holanda.
Parece que o ódio se alimenta de condições superiores de estabilidade económica. Não me espanta que fenómenos destes ocorram no continente americano. Afinal foi com violência e terror que se fundaram as suas nações. Os índios americanos não esquecem isso. Os afro-americanos não têm num horizonte tão longínquo assim os tempos da escravidão. Os incas ficaram mais pobres e com eles a Humanidade. África tem sido um barril de pólvora e de fome, alimentada nesse confronto pelas nações ocidentais mais desenvolvidas, visando obter dividendos das lutas fratricidas que fomentam. Os países árabes vivem das formas obsoletas e selváticas que desenvolvem em nome de quem não se pode revoltar contra esse abuso, para dominar os seus em primeiro lugar e depois todos os que deles se aproximam mesmo que com a intenção de colaborar no seu bem-estar.
Espanta que nações consolidadas na relação social e na sua capacidade de gerarem comunidades felizes e seguras, sejam capazes de serem confrontadas por alguns dos seus com tanto ódio contra os que lhes são diferentes. Sejam quais forem essas diferenças. E mais espanta que essas aberrações que passaram por escolas que são modelares, nunca tenham sido observadas como eventuais poços de maldade. Estranha-se que com um tão grande desenvolvimento social, não se tenha visto a tempo que monstros são gerados no seio dessas comunidades.
Afinal, nós que somos um país “ao calhas” temos entre nós libidinosos malfeitores sexuais, assassinos por impotência de juízos de valor, ladrões por necessidade ou por maldade. Mas não temos este refinamento de ódio contra a humanidade no seu todo, na sua diversidade.
Antes ser um país pobrezinho e de folgados que um país rico e de gente auto-suficiente.

segunda-feira, julho 25, 2011

HISTÓRIA DE ENCANTAR
A história conta-se em poucas linhas, mais complicadas são as ilações tirar:
Era uma vez um polícia que agrediu selvaticamente um cidadão, atentando dessa forma contra o bom nome da polícia e das regras da cidadania. O agente foi julgado e foi condenado. Em solidariedade com o agente prevaricador, um grupo de 35 colegas dele decidiu meter baixa médica e faltar ao trabalho exactamente no mesmo dia. O que é certo é que arranjaram atestados médicos garantindo a sua doença naquele dia e 24 deles obtiveram o respectivo atestado do mesmo médico.

Moral da História:
1. Os agentes policiais que faltaram ao trabalho, fizeram-no porque não admitem que quando um deles prevaricar, seja castigado. Os castigos fizeram-se para o cidadão comum e não para os polícias.
2. Aos agentes policiais é permitido todo o tipo de sofismas desde que se possam rebelar contra os órgãos de soberania devidamente credenciados para exercerem as suas funções.
3. Os médicos que servem para atestar doenças, exercem essa função com o mesmo espírito de voluntariedade quer se trate de professores, polícias, ou de quaisquer seres vivos que precisem de faltar sem que nada lhes possa ser apontado.
4. O Comando da PSP pediu à Ordem dos Médicos que investigue a singularidade de o mesmo médico ter passado 24 atestados a um mesmo grupo de agentes de uma dada esquadra. Eu falei com Deus Nosso Senhor que Tudo Sabe e Ele disse-me que se tratou de pura coincidência, não havendo falta de ética do referido médico.
5. Os Sindicatos da Polícia acreditam piamente na doença dos referidos agentes de baixa. Tratou-se de uma coincidência e não de uma cabala.

Por tudo isto nos interrogamos sobre a perspicácia e criatividade dos criminosos. Quem aprendeu com quem?

domingo, julho 24, 2011

FALAR DE MAIS
Dois amigos estavam conversando, quando, depois de duas, três, quatro taças de vinho, Antonio declarou:
- Sabe, Rogério, me separei.
- Ena, meu...
- Tô meio deprimido, mas agora vou organizar minha vida de forma diferente.
- Bom, Antonio, então agora vou te falar. Tua mulher andava dando pra todo mundo. Deu pra quase todo nosso time de futebol e os gajos que a comeram disseram que é mais devassa que a imperatriz Teodósia de Bizâncio, aquela que gostava de ser comida por três escravos núbios ao mesmo tempo.
- Per' aí, Rogério, me separei foi do meu sócio!!!

sábado, julho 23, 2011

DESENRASCANÇOS











quinta-feira, julho 21, 2011

À MULHER DE CÉSAR NÃO BASTA SER SÉRIA…
O Bastonário da Ordem dos Advogados tem comprado lenha para atear a fogueira onde arderá, ao exigir que os licenciados em Direito não exerçam a sua profissão quando estão ao mesmo tempo a desenvolver actividades políticas na Assembleia da República, e eu acrescentaria também em órgãos autárquicos.
A menos que, acrescentaria eu entreguem nos locais onde desempenham essas funções políticas, uma lista actualizada ao dia da sua carteira de clientes, para poderem ser devidamente fiscalizados em relação à teia de interesses de que terão de abdicar quando desempenham funções de serviço público.
Tal como as teias de corrupção podem atingir os Deputados na AR, também podem atingir ao Vereadores e os Deputados Municipais. Nem sequer quero imaginar o que seria colocado em dúvida, sempre que um advogado está ao serviço de órgãos políticos nacionais, regionais ou locais, se se conhecessem as suas carteiras de clientes nesses períodos de tempo.
Não será por acaso por certo que tantos causídicos estão no exercício de actividades políticas. Quando se fala de corrupção e das preocupações dos senhores da troika com esse fenómeno no nosso país, seria fácil ao Governo que fez deste assunto o “diz-se que diz-se” mais abjecto em relação ao governo anterior, promover uma regra de ouro em relação aoos seus colaboradores: Os licenciados em Direito para poderem exercer funções políticas, deverão suspender a sua carteira profissional pelo período de tempo em que essas funções ocorrerem e, os que tiverem sociedades estabelecidas, não só ficarão interditos dessas actividades, como também as sociedades a que pertencem não poderão assinar contractos ou representar quaisquer órgãos do estado.
Eu pagaria para ver os políticos deste país a correrem que nem uns desalmados do desempenho de serviços públicos. E aí eu começaria a acreditar.

quarta-feira, julho 20, 2011

VESTIR
À falta de melhor, jornais e TVs têm feito de uma directiva da interna da Universidade Católica, assunto de 1ª Página. Decidiu o órgão directivo dessa escola que os alunos e as alunas deverão apresentar-se vestidos de forma adequada.
Aquela escola tem no seu “curricula” dos melhores professores que leccionam neste país e os seus alunos são normalmente dos 1ºs a serem chamados quando toca a questões de emprego. A escola confere formação na área da economia, da gestão e do direito entre outras e não consta que seja uma escola onde se compram cursos. A escola procura preparar os seus alunos conferindo-lhes conhecimentos científicos de nível elevado, atitudes cívicas que os promovam com cidadãos de corpo inteiro, formação integral que os prepare para o desempenho das mais diversas funções numa perspectiva cristã.
Ah! E estava-me a esquecer, trata-se de uma escola privada que se faz pagar com valores acima da média para o pacóvio meio universitário português, e só a frequenta quem está em condições de a pagar(a), e quem está de acordo com os seus princípios e as suas regras.
É pois francamente estúpida e fora do contexto a afirmação de uma aluna (?) daquela escola que entrevistada dizia que era um crime contra a sua liberdade não se poder vestir como queria. Se eu fosse director daquela escola e a dita “menina” fosse de facto lá aluna, acreditem que lhe recusaria a sua matrícula no próximo ano lectivo.
Também é interessante verificar como são estúpidos e burros os entrevistadores das TVs públicas e privadas, que se manifestavam com vontade de perguntar a “quem de direito” que tipo de roupa é adequada para frequentar a Universidade Católica. E chamo-lhes estúpidos e burros porque sei que eles sabem o que é roupa adequada quando fazem entrevistas para os seus patrões ou quando desempenham funções como pivots. É o bom senso que determina o que é adequado.
Os valores e os comportamentos adequados são factores educativos não negociáveis. É isto que a UC nos está a dizer e que deveria ser extensivo à escolas públicas nacionais, sem precisar de figurar em nenhuma directiva, nem em nenhum regulamento interno.
Ir para a escola como quem vai para a praia, pode ser uma forma de roupa adequada para quem trabalha na TVI, e eu estou ansioso para ver o José Alberto de Carvalho apresentar o Telejornal de chinelos e calções. Mas a UC tem todo o direito de dizer que naquela escola não o é. Se os jornalistas não percebem isto, nem sequer merecem ser jornalistas. Se os alunos têm dificuldades em compreender esta directiva, então também não merecem ser alunos da Universidade Católica.

segunda-feira, julho 18, 2011

COMO TEMOS VINDO A DIZER…
O jornal “Público” de ontem (2011/07/17), na sua secção de economia traz uma excelente reportagem sobre Estaleiros Navais em Portugal. Ilustra o artigo com duas amostragens sobre os EN de Viana do Castelo (parceria público/privada) e em oposição os EN de Peniche (totalmente privados).
No que se refere aos ENP refere números económicos animadores, fazendo-nos crer que existe nesta unidade industrial uma capacidade de crescimento francamente animadora para Peniche, a Região Oeste e o país.
É em iniciativas deste tipo sediadas no Concelho sejam de carácter rural, sejam de carácter industrial, que está a resposta à crise que nos avassala. Para além da necessária lucidez política que conduza a uma facilitadora mobilização de esforços, em função da criação de emprego e de mais-valias para Peniche e a região em que se insere.
As feiras, festas e romarias podem ser interessantes do ponto de vista popular. Mas a resposta substantiva que se exige a quem tem a responsabilidade de promover as dinâmicas do bem-estar económico e social, é a de ser solidário com o que criar essa capacidade sustentadamente.
O resto são fogos-fátuos que têm o seu impacto de forma casuística e temporária mas sem projecção no futuro.

domingo, julho 17, 2011

SAUDADES
Uma velha morreu e dentro da capela estava muita gente a velar por ela...

Cá fora passou um rapaz com a sua velha bicicleta...parou a bicicleta ao lado das escadas e entrou na igreja para se despedir da velha senhora que tão simpática tinha sido sempre para ele!

Quando chegou cá fora, reparou que lhe tinham roubado a bicicleta e começou a chorar compulsivamente.

Nisto passa uma senhora na rua e, cheia de pena do rapaz, pensando que ele chorava pela vizinha, diz-lhe: "- Não fiques assim, meu filho...ela já era velhinha!".

O rapaz, muito indignado, responde: "- Era velhinha, mas eu montava-a todos os dias!".

sábado, julho 16, 2011

ANTES & DEPOIS



















sexta-feira, julho 15, 2011

DIFICULDADE DE GOVERNAR

1

Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.

2

E também difícil, ao que nos é dito,
Dirigir uma fábrica. Sem o patrão
As paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
Ele nunca chegaria ao campo sem
As palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem,
De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que
Seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.

3

Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
Não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.

4

Ou será que
Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
São coisas que custam a aprender?

Bertolt Brecht

quinta-feira, julho 14, 2011

“MANIFESTO CONTRA O TRABALHO”
È este o título de um livro que ando agora a reler, publicado entre nós pela Editora “Antígona” e da autoria do “Grupo Krisis”. É bom questionarmos tudo num momento em que nada já é garantido. Quando de nós se extirpa tudo e tudo se exige em nome de valores que já só os desalojados e os párias seguem ainda escutam, é o momento de tudo questionar.
De dois capítulos deste livro respingo duas citações:

V – O TRABALHO É UM PRINCÍPIO DE COERÇÃO SOCIAL
… Saber se se constroem casas ou se se produz armamento, se ser imprimem livros ou se se cultiva tomate transgénico, se em consequência as pessoas adoecem, se a atmosfera é poluída ou se “apenas” é espezinhado o bom gosto – nada disto interessa, desde que, de um modo ou de outro, a mercadoria possa ser transformada em dinheiro e o dinheiro, de novo em trabalho.


VI – TRABALHO E CAPEITAL SÃO AS DUAS FACES DA MESMA MOEDA
A esquerda política sempre adorou o trabalho com particular fervor. Não só elevou o trabalho ao estatuto de essência do Homem, como produziu a mistificação de transformá-lo num princípio pretensamente oposto ao capital. Na sua perspectiva, o escândalo não é o trabalho, mas sim a exploração do trabalho pelo capital. Por isso o programa de todos os “partidos dos trabalhadores” sempre foi somente “libertar o trabalho”, mas não libertar do trabalho.”

Sugiro este livrinho (não são mais de 100 páginas) como leitura de férias. Termino tal como termina este livro." Proletários de todos os países, acabai com ele!"

quarta-feira, julho 13, 2011

ESTE VERÃO ESTÁ QUENTE
Não porque o sol tenha entrado em férias aqui pelo burgo. Continuamos a ter um clima ameno e levemente ventoso que nos torna particularmente agastados com o tempo. Nem que isso seja importante.
Estamos falidos e mal pagos. Não que se note muito aqui por Peniche esses traumas. Estamos nos “Sabores do Mar”, viemos da “Corrida das Fogueiras” e vamos para a “Festa da Boa Viagem”. Pelo meio temos “Rendas e Rendilhados” e preparamos os corpos para o “Carnaval de Verão. Até chegar o prato forte de tudo isto que é a etapa mundial do campeonato de Surf.
Peniche tornou-se um oásis socratiano neste país.
Entretanto neste país de fazer de conta, alguns acham que a maneira de avançar as coisas é impedir que os professores sejam avaliados, pelo que já apresentaram propostas legislativas nesse sentido. Professor avaliado é professor zangado o que não queremos que aconteça. O Chefe Cozinheiro vai alterando o menu que jurou defender e vai propondo aos ajudantes de cozinha para não se preocuparem com quem adoecer. Ou paga e não bufa ou então coce as pulgas.
Somos filhos do desespero em busca de melhores dias. Num dos grupos que nos pôs de tanga, discute-se agora a caça aos biltres. Onde estiveram este tempo todo até agora não se sabe. Dizem que não se discute ou que se discute demais. O vencedor desta contenda está encontrado. É “seguro” que iremos ter mais do mesmo. Vem aí uma versão revista e melhorada dos “jótinhas”. Que Deus nos ajude. Vamos de mal a pior.

segunda-feira, julho 11, 2011

A GRATIDÃO É VOLÁTIL
Quando num destes dias foi anunciado que as BERLENGAS foram declaradas Reserva Mundial da Biosfera pela Unesco passaram por mim mil imagens desta passagem que tenho feito pelo planeta Terra. Mais se acentuaram essas memórias quando vi tentar colar essa declaração aos créditos de uma determinada acção executiva no poder local. Recordei as Berlengas dos meus 10/15 anos e da defesa intransigente da ilha que nessa altura sem apoios, sem ecologistas, sem verdes, sem tretas, os pescadores e outros (poucos) iam desenvolvendo para evitar a sua deterioração.
Recordo o livro do Arquitecto Varela Aldemira que nos trouxe a todos os apaixonados da ilha a leitura assombrosa de uma Berlenga só imaginada.
Recordo após o 25 de Abril quando um grupo de oportunistas tentou construir um conjunto de casas na Berlenga Grande e a Comissão Administrativa da Câmara Municipal com a presidência do Carlos Mota, decidiu embargar esses clandestinos e com o pessoal da Câmara demoliu e impediu qualquer edificação a mais na ilha.
Recordo a marcha sobre o Moinho Velho em Ferrel a 15 de Março de 1976 http://www.youtube.com/watch?v=2O1xO-PqIMk&feature=related
ainda com o Carlos Mota como Presidente da Comissão Administrativa que impediu a construção de uma central Nuclear a 2 passos do paraíso das Berlengas.

Se alguma coisa há para festejar nesta declaração da Unesco está a defesa intransigente deste património belíssimo muito antes da sua candidatura e num tempo em que teria sido fácil fazer deixar andar as coisas. As Berlengas que herdámos só existem porque houve que há muitos anos se preocupasse com utilizações indevidas. Quando o faziam por intuição e fruição e não por ganharem dinheiro para fazer um trabalho que o tempo dirá dos méritos que merece.
Na hora de agradecer a preservação das Berlengas convém não apagar os méritos de quem os tem. Sob pena de a ingratidão demonstrada, passar a cheirar a veneno.

domingo, julho 10, 2011

SUGESTÃO À CMP (PARA EM TEMPO DE CRISE RENTABILIZAR TRABALHO)