terça-feira, outubro 06, 2020


GRANDES TERRINHAS, PEQUENAS HISTÓRIAS

As grande cidades, as grandes metrópoles são feitas de pequenas histórias que acabam por se tornar grandes memórias.

O pior dos alunos de História, não se esquece da expressão de Júlio César ao reconhecer o seu filho entre aqueles que o assassinaram, “até tu, Brutus”! Mais importante que o assassino, está o desencadear de uma nova civilização que a morte de César veio desencadear.

Lisboa e o Fado, Porto e a Rua Escura, Coimbra os estudantes e as tricanas. Aljubarrota e a sua Padeira, tantas e tantas histórias que ajudaram a criar Portugal.

Reportemo-nos a Peniche. Histórias do Mar, das conserveiras, da Prisão, das Berlengas, da Fome e da luta pela sobrevivência das famílias dos Pescadores. A Virgilia dos gritinhos, a Bazílio, o Kilo e Meio, o Dr. Pita e tantas outras figuras que o tempo vai apagando das nossas memórias. Passem pelas ruas de Peniche e vejam os nomes que lá figuram. Lembramo-nos dos mais recentes e temos a Av. Mariano Calado omitindo o Queabá.

Por todas as histórias vividas em Peniche, que o tempo vai apagando ficam pelo menos algumas fotos que tarde ou cedo será difícil interpretar. Entre tantas, uma há que faz sempre parar quando olho para ela. Foi tirada há cerca de 20 anos pelo meu amigo Hélder Blaeyr. Marca uma época de Peniche sobre o que foi Peniche e a luta dos seus habitantes pela sobrevivência. Que falta escrever. E que seria bom que um filho e uma filha de Pescadores fossem sensíveis a essa necessidade. Para que Peniche sobreviva às efemérides de momento e aos “donos disto tudo”.


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