terça-feira, dezembro 04, 2012

PENICHE: - UM DESAFIO
A um ano de eleições autárquicas perfilam-se as posições dos partidos políticos para a sua mais importante acção a nível local. Peniche não foge à regra. O que iremos assistir será ou mais um conjunto de lugares comuns que irão acrescentar substantivamente mais eleitores para o lado da abstenção. Ou numa renovação (de todo inesperada) recolherão os ensinamentos que o repúdio geral das populações tem lançado sobre os políticos e os seus caciques mais representativos e se lançam num discurso de acordo com a situação que se vive e responderão com carismáticas figuras e discursos criativos aos anseios das populações.
Em breve e de forma muito clara perceberemos as opções que irão tomar e a resposta que previsivelmente receberão por isso.

Em Peniche um novo dado irá de alguma forma baralhar os dados. A aglutinação das 3 Freguesias da Cidade numa única. É que tendencialmente existe um alinhamento para votar no mesmo partido em todos os boletins de voto. A não ser que o carisma de um candidato se destaque de tal forma que leve o eleitor a fazer destrinças impulsionais na forma como vota.

As pistas que vão sendo lançadas entretanto não são animadoras. Já sabemos o que nos espera do lado do PCP: mais do mesmo. À revelia do que tem sido aquilo que nos habituaram desde 1974, o candidato do PCP autoanunciou-se sem que os diferentes órgãos do partido e da coligação em que se esconde fossem ouvidos. O PCP tornou-se refém do ser que criou em vez de ser ele próprio a determinar o que quer. E admitindo por absurdo que ganha as próximas eleições será tão repetitivo como foi até aqui, constituindo-se vacina para actos eleitorais futuros por muitos e bons anos.
O PS não me parece renovado a significar alguma coisa o que vai surgindo nos jornais locais. Surge com as mesmas velhas roupagens que já foram rejeitadas anteriormente.
O PSD vive o incómodo de ter que surgir num contexto em que a população o abomina. Ou terá de ser extremamente criativo e fazer surgir alguém que conseguíssemos ver para além do óbvio, está condenado a desesperar nesse calvário de afirmar-se perante aquilo que todos o consideram: o coveiro dos pobres e pior que tudo, da classe média.

Uma Câmara sem dinheiro, sem fundos, sem apoios significativos, estará condenada a gerir o que existe com o menor incómodo possível para os cidadãos. Portanto não nos prometam nada já que sabemos todos que não será para cumprir. Não merece a pena mexer no lodo do passado, porque todos têm os sapatos sujos.
Surpreendam-nos ou então todos servem para nada.

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