terça-feira, dezembro 03, 2013

EUROPA: - UM FIM TRÁGICO

Quando trabalhei na Guiné-Bissau como cooperante nos anos 70 do século passado, conheci um outro cooperante lá o Zé Manel dos Santos que foi a primeira pessoa a chamar-me a atenção para a decadência da Europa, um continente que perdia os seus valores, a sua criatividade, a Beleza da explosão da Arte nos corações dos seus artistas. Aproxima-se o Tempo da decadência da Europa, dizia o Zé Manel, e do florescimento de outros continentes como fontes civilizacionais.

Hoje, 40 anos passados, isso tornou-se por demais evidente e são muitos que  referem essa evidência hoje clara, à qual se mantiveram alheios durante dezenas de anos.
Bem se tentou uma União Europeia que aproveitasse o que de melhor havia da Alma da Europa, mas cedo os incompetentes e os trauliteiros da política se aproveitaram dos sonhos e os tornaram em pesadelos. Quando um qualquer durão barroso se torna presidente da UE é porque atingimos mesmo o limite da degradação do ideal europeísta. Monnet, Shuman e Adenauer sonharam criar as bases de um envolvimento social dos cidadãos europeus que impedisse a hostilidade e o domínio de alguns estados sobre outros estados mais frágeis. Tudo em debalde. Hoje assistimos à mais dolorosa das vilanias que é o domínio económico de alguns países mais poderosos sobre outros mais carenciados, conduzindo milhares de cidadãos europeus, na Grécia, Espanha, Itália, Portugal e Irlanda a situações de pobreza extrema, que passam a depender de atitudes assistenciais suprimido que foi ou está em vias de o ser o Estado Social.

Alguns políticos portugueses viram com algum tempo o que estava a acontecer. Infelizmente o facilitismo e a ignorância permitiu que o pior acontecesse. E hoje um grupo de mafiosos, corruptos e servidores da hegemonia dos poderosos tomou conta de governos e centros de poder, entregando os destinos de uma europa podre aos donos da economia mundial.

Nota: Portugal manteve, em 2013, o 33.º lugar no Índice de Perceção da Corrupção da organização Transparência Internacional, mas perdeu pontuação numa lista que este ano inclui mais um país do que em 2012.

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