Tudo isto já afirmei aqui.
Mas isso não me torna mais susceptível a aceitar que no que concerne a avaliação de professores esbarre no poderoso muro corporativo doa agentes docentes.
Tudo
serve para recusar qualquer forma de avaliação seja ela qual for. Na televisão
ouvem-se os mais tenebrosos argumentos a defender essa recusa, próprios de quem
é tão incompetente e ignorante como aqueles que determinam modelos de avaliação
de professores esquecidos desde o tempo da idade média. Aqui há dias uma docente
afirmava que se recusava a fazer prova de capacidade para leccionar, porque
tinha feito uma licenciatura e um mestrado e essa seria a maior prova de que
poderia leccionar. Nada mais completamente falso. A professora em questão até
poderia ter um doutoramento, mas isso jamais faria dela uma professora se lhe
faltarem qualidades pedagógico-didácticas para tal. O que não faltam aí são
professores com licenciaturas e mestrados sem que isso represente qualquer
valor acrescentado para as escolas ou para os alunos. Saber não é sinónimo de
que se saiba transmitir conhecimentos. Isso também se aprende e nem todos são
capazes de o fazer, tenham embora as licenciaturas que quiserem. Quanto aos
mestrados, estamos conversados sobre o que os mestrados que fazem se aplicam de
perto ou de longe ao percurso escolar do docente.
No dia
em que os professores aceitarem ser avaliados de forma credível eu mudarei de
opinião sobre a credibilidade que me merecem. Até lá merecem-me tanta quanto o
Ministério da Educação.
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