segunda-feira, dezembro 02, 2013

AVALIAÇÃO DE PROFESSORES

Já manifestei o meu desacordo substantivo com a actual equipa do Ministério da Educação. São “broncos” e burros”. São “incompetentes” e “voláteis”. Destruíram tudo quanto de positivo se tem vindo a criar ao longo de muitos anos e em substituição desses valores têm vindo a edificar uma escola para ricos e a deixar cair a escola dos pobres onde podem ensaiar novas experiências assistenciais. Recusam tudo quanto cientistas competentes têm vindo a desenvolver em defesa de modelos educativos democráticos (caso da autonomia das escolas) e garroteiam todo e qualquer espaço de criatividade que ao espaço escolar compete.
Tudo isto já afirmei aqui.
Mas isso não me torna mais susceptível a aceitar que no que concerne a avaliação de professores esbarre no poderoso muro corporativo doa agentes docentes.

Tudo serve para recusar qualquer forma de avaliação seja ela qual for. Na televisão ouvem-se os mais tenebrosos argumentos a defender essa recusa, próprios de quem é tão incompetente e ignorante como aqueles que determinam modelos de avaliação de professores esquecidos desde o tempo da idade média. Aqui há dias uma docente afirmava que se recusava a fazer prova de capacidade para leccionar, porque tinha feito uma licenciatura e um mestrado e essa seria a maior prova de que poderia leccionar. Nada mais completamente falso. A professora em questão até poderia ter um doutoramento, mas isso jamais faria dela uma professora se lhe faltarem qualidades pedagógico-didácticas para tal. O que não faltam aí são professores com licenciaturas e mestrados sem que isso represente qualquer valor acrescentado para as escolas ou para os alunos. Saber não é sinónimo de que se saiba transmitir conhecimentos. Isso também se aprende e nem todos são capazes de o fazer, tenham embora as licenciaturas que quiserem. Quanto aos mestrados, estamos conversados sobre o que os mestrados que fazem se aplicam de perto ou de longe ao percurso escolar do docente.

No dia em que os professores aceitarem ser avaliados de forma credível eu mudarei de opinião sobre a credibilidade que me merecem. Até lá merecem-me tanta quanto o Ministério da Educação.

 

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