Num dos dias da semana que passou fui à consulta de rotina do pulmão no Hospital Pulido Valente. Por razões que não interessam a esta crónica acabei por atravessar a Ponte 25 de Abril. A minha mulher que nestas coisas tem memória de elefante, deu por si a recordar a sua 1ª visita ao Cristo Rei numa excursão organizada pelo sr. Prior.
O
Pe. Bastos tinha destas coisas. Nenhum paroquiano deixava de ver o que ele
considerava essencial para cimentar a sua fé. Não seria um tempo (1967) em que
as diferenças sociais mais se acentuavam e em que a pobreza era mais
limitativa, que impediria que os que viviam em Peniche tivessem acesso ao que
para eles seria importante.
Digamos
que o Pe. Bastos e o Zé Antão foram as pessoas que nos anos 50 e 60 mais
contribuíram para abrir as janelas do nosso país aos penichenses.
Hoje,
é completamente incompreensível para os nossos jovens que ir a Lisboa demorasse
3,5 horas na melhor das hipóteses. E que houve dias em que para subir a calçada
de Carriche os passageiros tivessem que sair das camionetes do João Henriques e
até dar um empurrãozito. Ir ao Algarve, a Fátima (e nós os que ficávamos, íamos
ao campo da torre ou aos portões contar as “caminetes da carreira” que partiam),
ao Bom Jesus de Braga, ao Cristo Rei, só de excursão.
E
era uma festa.
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