sexta-feira, março 20, 2020


O ESTADO DE EMERGÊNCIA

Como tem sido por demais evidente e, tal como me diz um amigo meu, este Blog tem estado de quarentena, acompanhando assim o seu autor.

Apesar disto, decidimos (eu e o blog) fazer um aparecimento sanitário, motivados pela conferência de imprensa do Grupo governamental de crise.

António Costa começou por se referir em que medida o Estado de Emergência afectaria aos que se encontram contagiados pela doença. Durante algum tempo falou sobre as diferentes situações deste grupo e das cautelas que sobre eles recaia, não exitando em referir que as indicações que lhes eram referidas seriam sempre de carácter OBRIGATÓRIO.

Em seguida o 1º Ministro passou a referir-se ao grande grupo de risco  constituído pelos mais idosos (mais de 70 anos) e ainda aqueles que sofrendo de doenças carecendo de um acompanhamento sistemático, teria de ser possível à sua deslocação para aquisição de produtos de 1ª necessidade ou de cuidados de saúde frequentes e aquisição de medicamentos. Ao abordar estas 2 situações falou o 1º Ministro dos idosos que vivem isolados e que portanto necessitam de se deslocar para poderem sobreviver ou de serem apoiados por grupos informais de cuidadores. Uma parte importante da conferência de impresa foi utilizada para referências a este grupo de risco.

Foi ainda referida a intervenção constante da Segurança Social para acompanhar as populações atingidas por carências que irão surgir e de medidas a tomar para não colocar em situações de marginalidade os mais necessitados.

Falou ainda numa referência relativamente breve ao impacto que esta hecatombe mundial terá na economia portuguesa mas que isso nunca impedirá o Governo de apoiar os que mais precisarem, incluindo as pequenas e médias empresas.

Foi assim que ouvi e entendi a conferência de impresa pela parte do Governo. E isto agradou-me e sensibilizou-me profundamente. Fiquei grato pela leitura que o Governo de Portugal parece demonstrar pela situação de crise que o País atravessa.

Só não gostei da intervenção da generalidade dos jornalistas que intervieram questionando as decisões tomadas. Isto porque se quedaram na situação dos Bancos e dos grupos económicos. Não vi o mesmo interesse pelos que mais desfavorecidos ou pela doença ou pela sua situação de risco estarão em condições extremamente fragilizados.

Não procuraram evidenciar o que se terá que fazer por essas pessoas. Os bancos e os grandes grupos económicos saberão sempre defender-se. Não precisam de quem tenha pena deles. Os jornalistas, que trabalham eles sim, para esses grupos económicos ou para bancos, têm de servir os seus donos. Que lhes importa que numa casa qualquer deste país morra um velho ou uma velha que lá vive só, com fome e sem qualquer apoio.

Se Portugal não se humanizar, não merece a pena lutar para vencer batalhas.

Sem comentários: