“DÁ-ME A TUA MÃO E
LEVA-ME”
Esta coisa
do confinamento ou do auto-confinamento, para quem gosta de manusear jornais ou
de ler notícias de carácter diverso na internet, permite encontrar informação,
alguma dela preciosa, sobre aspectos culturais da nossa civilização. Assim foi
que um destes dias soube da publicação de um livro de um autor que muito me
entusiasma, “Daniel Sampaio”, com o
título que escolhi para a minha postagem de hoje.
O assunto
do livro resume-se em poucas palavras: “Como evoluiu a relação pai-filho” nos
últimos 50 anos. Digamos que é uma espécie de catarse, para as pessoas de 60 ou
70 anos. E para quem gosta de olhar para trás, ou sente que deve fazê-lo, trata-se
um livro fundamental.
Primeiro
porque a evolução da relação pai/mãe/filho sofreu uma tal alteração, que pensar
no pai que fomos e nos pais em que os nossos filhos se tornaram, é como ler 2
histórias diametralmente opostas. E para quem gosta de rever o seu percurso de
vida este livro é matéria imprescindível.
Claro que
existem os nossos netos. Mas eles não existiriam se os nossos filhos não
existissem. E confrontar hoje os pais que fomos, com os pais que os nossos
filhos são, é assunto que merece toda a nossa atenção.
Recomendo
pois este livro do Daniel Sampaio aos da minha idade, ou alguna anos mais novos
que eu. E estou a pensar em alguns amigos meus a quem adoraria poder oferecer
este livro. Não como atitude de por em causa os pais que fomos. Mas para nos percebermos
melhor.
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