AS RUINAS DO CARMO
No passado sábado fui passar o dia com a minha filha. A
manhã foi “consumida” em Lisboa. Enquanto a minha mulher e a minha cunhada
faziam compras eu dediquei-me a passear em locais que há muito não revia.
O Martim Moniz deixou-me aparvalhado. Já não reconhecia
aquele espaço. Independentemente de se ter tornado um espaço comercial da euro
Ásia, também o edificado deu um enquadramento espectacular a um espaço
praticamente abandonado durante muitos anos mesmo no centro da cidade. Fui em
direcção à baixa passando pela rua Barros Queiroz. Vi a Igreja de S. Domingos e
entrei. Sentei-me numa cadeira para descansar e vi as centenas de turistas que
admiravam os “ossos” que sobraram daquele local de culto, depois de um incêndio
em 1959 que horrorizou todos quantos no nosso país sofrem com a destruição do
nosso património histórico.
Descansado parti para a 2ª parte do meu passeio Praça
da Figueira em direcção ao Rossio. Sentei-me num banco a admirar aquela
magnifica praça de Lisboa. O movimento. As casinhas de vendas de Natal. A alegria
das crianças. As mães à procura das prendas para oferecerem. E no meio disto
tudo do banco onde me sentei via as ruinas do Carmo sobressaindo dos telhados.
Tirei 2 fotos que lamentavelmente perdi ao passa-las da máquina para o PC.
Felizmente que no Google encontrei o que vi.
Aquelas ruinas são uma história de Lisboa e de Portugal
que me soube bem rever ainda que à distância. Também eu salvo as devidas
proporções sou um pouco uma ruina do que fui. Coxo e muito desgastado do meu
coração, ando uns metros e tenho de descansar. Graças ao menos que consigo
descrever o estado de verdadeira felicidade que foi rever espaços que fizeram
parte da minha juventude e dos meus primórdios de adulto.
Lisboa é uma cidade que merece a pena ser vista e
amada. Assim a saibamos merecer.
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