segunda-feira, dezembro 07, 2015


AS RUINAS DO CARMO

No passado sábado fui passar o dia com a minha filha. A manhã foi “consumida” em Lisboa. Enquanto a minha mulher e a minha cunhada faziam compras eu dediquei-me a passear em locais que há muito não revia.

O Martim Moniz deixou-me aparvalhado. Já não reconhecia aquele espaço. Independentemente de se ter tornado um espaço comercial da euro Ásia, também o edificado deu um enquadramento espectacular a um espaço praticamente abandonado durante muitos anos mesmo no centro da cidade. Fui em direcção à baixa passando pela rua Barros Queiroz. Vi a Igreja de S. Domingos e entrei. Sentei-me numa cadeira para descansar e vi as centenas de turistas que admiravam os “ossos” que sobraram daquele local de culto, depois de um incêndio em 1959 que horrorizou todos quantos no nosso país sofrem com a destruição do nosso património histórico.

Descansado parti para a 2ª parte do meu passeio Praça da Figueira em direcção ao Rossio. Sentei-me num banco a admirar aquela magnifica praça de Lisboa. O movimento. As casinhas de vendas de Natal. A alegria das crianças. As mães à procura das prendas para oferecerem. E no meio disto tudo do banco onde me sentei via as ruinas do Carmo sobressaindo dos telhados. Tirei 2 fotos que lamentavelmente perdi ao passa-las da máquina para o PC. Felizmente que no Google encontrei o que vi.



Aquelas ruinas são uma história de Lisboa e de Portugal que me soube bem rever ainda que à distância. Também eu salvo as devidas proporções sou um pouco uma ruina do que fui. Coxo e muito desgastado do meu coração, ando uns metros e tenho de descansar. Graças ao menos que consigo descrever o estado de verdadeira felicidade que foi rever espaços que fizeram parte da minha juventude e dos meus primórdios de adulto.

Lisboa é uma cidade que merece a pena ser vista e amada. Assim a saibamos merecer.

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