JOÃO VIOLA
1958-2018
O meu mais profundo pesar pelo desaparecimento prematuro do amigo de sempre. Até já.
"Conversar em Peniche" não é necessariamente conversar sobre Peniche. Também mas não só. Algumas vezes assumirá um papel de raiva. Ou de guerra. Será provocador qb. Comprometido. Não será isento nem de erros nem de verdades (os meus, e as minhas). O resto se verá...
sábado, dezembro 29, 2018
sexta-feira, dezembro 28, 2018
AINDA OS
PROFESSORES
Mas não.
Não vou falar das greves e das reivindicações do presidente da FRENPROF o
ilustre representante de desejos inconfessáveis. O líder de todos aqueles que
se passeiam por sindicatos há anos, sem colocar um pé no trabalho de verdade.
Aliás hoje não tenho dúvidas que existem sindicatos para que possam existir
sindicalistas sem ter que trabalhar na sua actividade de raiz. No dia em que
acabarem as reivindicações laborais onde metem esses sindicalistas o seu labor?
Ontem na “Quadratura
do Círculo” António Lobo Xavier fazia 2 perguntas essenciais neste imbróglio
todo. A primeira era a do que fariam o PSD e o CDS se estivessem no Governo?
Nunca o disseram. A outra questão que colocou é a de que esta questão dos
professores não é só a deles. É a de todos os que trabalham na Administração
Pública. Se abrir a porta aos professores por ali vão passar milhares e
milhares de outros trabalhadores da função pública que sentirão legitimadas as
sua idênticas exigências. Quando os representados do sr. MG se virem num país
completamente em declínio terão a justificação para se perpectuarem no
exercício das suas funções sindicais. Quanto à população portuguesa, que se
lixem. São danos colaterais.
E acabei por falar no que não queria...
quarta-feira, dezembro 26, 2018
terça-feira, dezembro 18, 2018
NATAL 2018
Entrego-vos o poema de Natal que se segue, neste período de interregno em que ficarei a usufruir do calor da minha família.
Há-de vir um Natal e será o primeiro
Entrego-vos o poema de Natal que se segue, neste período de interregno em que ficarei a usufruir do calor da minha família.
Ladainha dos Póstumos Natais
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira, in 'Cancioneiro de Natal'
segunda-feira, dezembro 17, 2018
AINDA A
GREVE DOS ENFERMEIROS
Dei comigo
a pensar neste assunto. A quem afecta realmente a greve destes profissionais?
Não é por certo à classe média (à que ainda existe), nem à classe média alta.
Muito menos é aos ricos. Todos estes na ausência de um serviço Nacional de
saúde emperrados palas greves, têm sempre a opção das clínicas privadas. Aí as
greves são inexistentes.
Quem é
afectado por estas greves são os mais pobres e os pobres de entre os pobres que
não têm outra opção que não seja o SNS. São os seus filhos. São os seus velhos.
Quem vê
cirurgias adiadas, quem vê exames interrompidos, quem se vê ignorado, adiado e
esquecido são os mais pobres de entre os pobres. São esses que as greves de
médicos e enfermeiros atingem.
Por
outro lado como é que é possível profissionais da saúde dizerem-nos que exames clínicos
ou cirurgias adiadas não têm consequências para a vidas das pessoas? Não nos
disseram toda a vida que é a medicina preventiva que salva pessoas? Que o
futuro trata-se no presente? É claro
Que não
são os utentes das CUF, ou dos Lusíadas que irão ficar prejudicados. Esses não
terão nem exames, nem cirurgias adiadas.
Expliquem-me
lá então melhor a quem pretendem atingir os profissionais da saúde com estas
greves. Não podem então estes técnicos lutar pelos seus direitos? Claro que
podem. Têm é de escolher os meios de luta que afectem quem lhes paga e não os
miseráveis. Esses nem sequer votam. E portanto não os vão nunca entender.
Perdoem-me
o desabafo. Mas cada vez entendo menos de tudo.
quinta-feira, dezembro 13, 2018
Uma anedota típica dos dias de hoje…
(Provavelmente conhecem a anedota. Mas pela sua
actualidade e relevância nos dias de hoje, não resisto a reproduzi-la. Aos que
estou a incomodar pela repetição o meu pedido de desculpas. Aos que a não
conhecem, que pensem na sua actualidade)
Um autarca
amigo da sua terra pediu uma audiência ao Ministro competente para o assunto
que levava em mãos. Após muitas insistências lá acabou por ser recebido. Expôs
então ao que ía:
- Senhor Ministro. Trago aqui um
dossier em qwue julgo que se comprova de forma absoluta a necessidade da
construção de uma Escola Secundária com Ensino profissional na zona da
localidade da qual sou o Presidente da Câmara eleito. É uma forma de fixar os
jovens da nossa zona e de lhes proporcionar os meios necessários para a elevada
taxa de empregabilidade que ali existe.
Ao que o Ministro competente
retorquiu:
- Senhor presidente. Vou ler com a
máxima atenção o dossier que me deixa. E se tal como o senhor garante se
justificar os motivos para o seu empenho, acredite que tudo farei para a
construção dessa infraestrutura.
Passaram 2
anos e nada de construção de Escola. Em seu lugar começou isso sim a ser
erguida uma nova prisão no lugar da antiga, com todos os requisitos para
corresponder aos mais modernos requisitos daquele tipo de estabelecimentos. O
presidente de Câmara indignado pediu nova entrevista ao Ministro que ainda foi
mais difícil de ser obtida que a da 1ª vez. Aquando chegou à fala com o
Ministro, o Presidente com o rosto vermelho de indignação, disse ao Ministro:
- Afinal o senhor Ministro está a
gozar comigo. O que está a ser feito não corresponde minimamente ao que nós lhe
pedimos.
O Ministro
calmamente respondeu:
- Ouça lá Senhor Presidente… Para
onde é que o Senhor pensa que eu vou quando acabar o meu mandato? Para a Escola
ou para a prisão?
Nota. Esta anedota pertence ao
domínio da ficção e nem de perto ou de longe corresponde a factos reais
acontecidos na República Portuguesa.
GREVES,
GREVES E MAIS GREVES…
Não me
recordo de uma tão grande tempestade de greves no nosso país como aquela a que
neste momento assistimos. E não sou propriamente parco em memória. Greves de
tudo e de toda a gente a propósito das coisas mais e menos relevantes.
Não sou
ingénuo. A este fenómeno não são alheias duas situações. A cobertura mediática
que incendeia os ânimos e permite os 5 min de fama de uma vida e as eleições
que se avizinham e da necessidade que o PCP/CGTP tem de se demarcar do actual
governo, visando a obtenção de resultados interessantes nos pleitos eleitorais.
Quanto à
primeira situação não tenho dúvidas que se as TVs não cobrissem as
manifestações grevistas, mais de metade das greves morreriam à nascença. Isto é
particularmente evidente nas greves dos professores, dos enfermeiros, dos
estivadores, dos guardas prisionais e vejam só a que agora surgiu de uns tais
optometristas. A mim sugere-me de que esta onda grevista vai acabar por matar a
“galinha dos ovos de ouro”. A troika, o PSD/CDS e os banqueiros conduziram os
trabalhadores e funcionários a uma tal indigência que era para todos
inimaginável e não existiam nem uma pequena parte das greves a que agora
assistimos.
3 situações
são particularmente exemplares do ridículo em que caímos. A greve dos Juízes.
Nunca a Justiça colheu tão pior impressão como a que agora se verifica. Então é
neste momento que querem melhores salários? Quando uma parte substantiva da
população duvida do valor da justiça exercida nos nossos tribunais? Então e
quando o pedido de desculpas dos Juizes portugueses pela sua participação nos
Tribunais Plenários?
Outra greve
que não colhe é a dos enfermeiros. Milhares de pessoas são colocadas em causa na
dignidade de uma vida melhor vivida porque esta gente decidiu não participar na
assistência às cirurgias. Será dimensionável quantas destas pessoas ficarão com
sequelas definitivas para a sua vida pelo atraso das intervenções cirúrgicas de
que necessitavam? E se um familiar desesperado por esta situação agarrar numa
arma e matar uns quantos enfermeiros que surgem sorrindo nos noticiários
televisivos?
Por último
a greve dos estivadores. Que tem razões laborais com largos anos e que só agora
surge. Onde esteve este sindicato durante dezenas de anos que permitiu
precariedade para tantos dos trabalhadores que laboravam naquela área? Ou isto
mesmo foi alimentado pelo próprio sindicato para melhor salvaguardar os interesses
de uns quantos? E se a Autoeuropa desaparecer de Portugal o que resta aos
estivadores?
Estas
situações prendem-se directamente com a necessidade de demarcação do PCP e do
seu braço armado a CGTP do actual governo a que deu cobertura. Procuram o espaço
já perdido há muito. Esquecem-se de que a população está farta de vós. E que a abstenção
é disso o melhor sinal.
terça-feira, dezembro 11, 2018
SER
BOMBEIRO VOLUNTÁRIO…
É uma
paixão. É um estado de alma. Os meninos reconhecem aquele som, TINONI, TINONI,
TINONI e reveem-se nele. É um som que faz parte do seu imaginário. Não tem a
ver nem com protagonismo, nem com objectivos de poder pessoal seja de que tipo
for. É naquele som que surge pela primeira vez o ideal da solidariedade. Sem
mais nada. Não tem a ver com imagens televisivas nem com objectivos de promoção
individual.
Claro que é
uma paixão que se alimenta ou acaba por se diluir. A não ser que seja vista
como uma forma de atingir objectivos pessoais espúrios. Nesse caso estar nos
Bombeiros Voluntários, já não é a mesma coisa que ser Bombeiro Voluntário.
Estar já não é ser. Pode até acabar por ser parte de um processo de utilizar um
meio para poder chegar a um fim mais ou menos inconfessável.
Assim vejo
esta participação do sr. Presidente do Sporting, perdão o sr. Jaime Marta
Soares, neste diferendo em que estão mergulhados os Bombeiros Voluntários
portugueses. Apagados que estão os holofotes das futebolistas contendas,
haveria que acender outros. Para que as ambições pessoais não es esfumem. Para
que os protagonismos individuais não se esfumem. Para que a ribalta não fuja.
Esta guerra não é dos Bombeiros Voluntários. A deles é contra o que vitima
pessoas inocentes. Esta é para que não se apaguem luzes individuais.
Os
Bombeiros Voluntários, porque o são, têm todo o direito de dizer com o que se
identificam e o que faz bem à sua participação em atitudes de voluntarismo e de
solidariedade. A sua actividade não é um comércio. Mas como todas as paixões
precisa de ser alimentada por atitudes recíprocas de respeito e dignidade. Têm
o direito de dizer que não com o que não se identificam. Mas não conseguem ser
sublimes quando se tornam joguetes de guerras político-partidárias que não são
suas.
Quando
aquele que é voluntário se alimenta de si próprio para atingir fins que não são
da solidariedade, então é porque já não é Voluntário tornou-se um comerciante
do bem e perdeu o respeito por si próprio e já não pode exigir o respeito dos
outros.
terça-feira, dezembro 04, 2018
2018

Ao que me dizem foi um sucesso a abertura das actividades de Natal na cidade de Peniche. Pelo grande número de cidadãos que nele participaram, pelas actividades desenvolvidas, pela Alegria e Paz que geraram.
Um dia depois visitei o conjunto de árvores de Natal no Jardim da Cascata e senti-me feliz pela iniciativa. O Presépio do Adro da Ajuda uma excelente inovação. As iluminações de Natal conferem ao centro da cidade uma Luz e uma graciosidade verdadeiramente singular. è caso para todos nos sentirmos orgulhosos.
PS 1: O que me deixou perplexo foi aquilo que a AJP organizou que designou como "Feira do Livro". Aquilo parece-me mais uma venda de garagem com monos que deixaram de ter interesse para quem os possui. Se não honrarmos os livros e a tradição de excelentes Feiras que já se organizaram em Peniche ao longo de mais de 44 anos, como podemos desejar que alguém queira ler no tempo das novas tecnologias?
PS 2: O Relógio da terra parado. É uma dor de alma. Este relógio é identitário da sede de concelho. Permitir que ele pare e assim se mantenha não é só incúria. É um crime contra a alma de Peniche. Que se faça Natal para o Relógio da Torre. Não posso admitir que o dia 25 esteja quase aí e que ninguém o ponha a funcionar antes disso.
sábado, dezembro 01, 2018
EXPLIQUEM AOS VOSSOS FILHOS E ALUNOS
O Presidente da Câmara vai visitar um hospício e é recebido por uma comissão de pacientes.
- Viva o Presidente! Viva o Presidente! - gritavam eles, entusiasmados.
Ao ver um dos doidos da comissão calado, um dos assessores do Presidente, aborda-o e pergunta:
- E você, porque é que não está a gritar: "Viva o Presidente"?
- Porque eu não sou louco, sou médico!
O marido chega a casa indignado e diz para a mulher:
- Encontrei aquela besta do nosso vizinho do segundo andar a gabar-se de ser o maior garanhão.
Sabes o que ele me disse? Que já comeu todas as mulheres aqui do prédio, menos uma!!!
E a mulher responde:
- Ah! Deve ser aquela enjoadinha do terceiro andar…
- De que é que precisamos quando encontramos alguns advogados cobertos até ao pescoço com cimento?
- Precisamos de mais cimento.
O Presidente da Câmara vai visitar um hospício e é recebido por uma comissão de pacientes.
- Viva o Presidente! Viva o Presidente! - gritavam eles, entusiasmados.
Ao ver um dos doidos da comissão calado, um dos assessores do Presidente, aborda-o e pergunta:
- E você, porque é que não está a gritar: "Viva o Presidente"?
- Porque eu não sou louco, sou médico!
O marido chega a casa indignado e diz para a mulher:
- Encontrei aquela besta do nosso vizinho do segundo andar a gabar-se de ser o maior garanhão.
Sabes o que ele me disse? Que já comeu todas as mulheres aqui do prédio, menos uma!!!
E a mulher responde:
- Ah! Deve ser aquela enjoadinha do terceiro andar…
- De que é que precisamos quando encontramos alguns advogados cobertos até ao pescoço com cimento?
- Precisamos de mais cimento.
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