segunda-feira, fevereiro 11, 2019


ANÁLISE & BOCARRAS

Ninguém sabe nada do que acontece depois da morte. Esquecemos que sabemos pouco do que é mais importante antes da morte. A vida!

Frei Bento Domingues O.P.

A leitura da última “A Voz do Mar” trouxe-me novas surpresas. Notícias de gente pequenina e dos habituais titulares das notícias assustadores, que uns e outros acreditam que fazem render votos em eleições futuras.´

Pretendem os nossos politiqueiros “pé-de-chinelo” que se vive um ambiente de insegurança na cidade de Peniche. Ao espelho uns dos outros surge uma exposição (abaixo-assinado) sobre o mesma tema promovida por cidadãos preocupados (?) desta cidade.

Entretanto o comando da PSP faz publicar um relatório sobre a criminalidade em Peniche no ano de 2018 que desmonta os factos alarmantes produzidos.

Facto 1 – Um cidadão foi violentamente agredido em sua casa por desconhecidos com o objectivo de o assaltarem. Situação gravíssima, imprevisível e de todo impossível de prevenir.

Facto 2 – Ao tempo do PSD na Câmara e na Assembleia Municipal foram assassinadas 2 pessoas que eu muito prezava. Manel do Ambassador e a Gisela quando estava na sua lojinha na Atouguia.

O 1º foi meu aluno e a 2ª aprendeu costura com a minha mãe e andou comigo ao colo.

Facto 3 – Não me consta que perante as situações ocorridas em 2 tivessem havido abaixo-assinados nem cartas ao MAI. Será que um assassínio será menos grave que uma agressão?

 

Percebo que na altura não existiam facebooks. Sem necessitar de muito esforço posso recordar-me de outros graves crimes ocorridos em Peniche. Sem que tenha havido esta movimentação política e social. É fácil acusar de inépcia as forças de segurança. Dificil é conseguir com os meios que existem ir mais longe.

E uma agressão ou um assassínio são sempre fruto da animalidade do Homem e não das condições que se consigam criar para as evitar. Embora seja importante que elas existam.

Ao meu querido primo aconselho veementemente a leitura dos textos do Papa Francisco e a busca da sua aplicabilidade prática entre os cidadãos de Peniche. Não é o ódio nem a raiva nem a inveja que são geradores de uma natureza humana mais tolerante e solidária.      

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