quinta-feira, fevereiro 27, 2020


GRANDE RAIVA

Com muito orgulho sou um velho de 75 anos. Não sou sénior, nem idoso. SOU VELHO e ponto final. Com um saber acumulado ao longo dos anos. Sou um utilizador sistemático (nos últimos 20 anos) dos serviços de saúde disponíveis no nosso país, SNS e privados com acordos com a ADSE. Em todos estes serviços encontrei profissionais de excelência e posso mesmo afirmar sem quaisquer dúvidas, que devo à medicina e aos seus profissionais a minha sobrevivência até hoje. Um ou outro aspecto menos bom não deslustram o que acabo de afirmar.

Posto isto, vou ao que me traz aqui neste pós Carnaval de 202º. Tenho ouvido as notícias sobre o novo vírus surgido. À parte um ou outro exagero na difusão bombástica de notícias por algum canal informativo, tem sido muito clara a informação sobre precauções a ter e as clarificações sobre riscos.

Eis senão quando surgem organismos que se dizem defensores das classes profissionais dos médicos a espalhar dúvidas e incertezas sobre a eficácia das medidas que o SNS está seguindo para poder combater este surto viral. ALARMANDO MAIS AS POPULAÇÕES.

Num país onde o esclarecimento e a clareza são muitas vezes embotadas pelas redes sociais e pelos boatos.

O que eu esperava? Nomeadamente do Sindicato Independente dos médicos? Era que fizessem sair um comunicado para todos afirmando a sua disponibilidade para colaborarem com o SNS no sentido de minimizar qualquer eventual surto que surja em Portugal. Disponibilizando-se para reuniões com os responsáveis do SNS e da DGS para nelas poder expor casos em que julga poderem ser melhorados, visando o apoio aos eventuais atingidos.

Assim se venceu o Sarampo, a meningite a gripe asiática e tantos outros problemas que nos têm afectado, reduzindo riscos e salvando sempre o que de melhor existe em nós portugueses, a fraternidade e a solidariedade.

Espalhar o pânico não me parece coisa de gente de boa-fé e bem formada.

      

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