ESTOU A
VIVER…
… um tempo
que nunca imaginei. Vou perdendo familiares, amigos e conhecidos numa sucessão
tempestiva. Uns da minha idade, outros mais velhos, outros mais novos e a todos
(as) só posso desejar um até já muito sentido.
Não que eu
acredite que a este monte de carne e ossos em que o nosso espirito se movimenta
sobreviva o que quer que seja após a morte corpórea. O até já é só um desejo
muito intimo de que não me falte a memória para ir recordando de quem foi tão
importante para o meu crescimento como pessoa.
Aqueles que
preso deixam-me marcas indeléveis, fosse por um maior ou menor convívio. Foi
mais pelo que dissemos e pelo que pensámos serem laços que nos uniam.
Tudo isto
vem a propósito de um amigo de há muitos anos, o Tó Luís, que a semana passada
decidiu que o seu tempo era chegado. Interessam-me muito pouco as suas razões.
O que para mim é doloroso é que não posso nunca mais estar com ele. Por isso o
meu mais carinhoso ATÉ JÁ para não o perder definitivamente.
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