MULHERES DA MINHA VIDA
A 1ª mulher
que eu amei com um amor juvenil exacerbado foi a Manuela Marques. Era uma star.
Sexy até dizer chega. Quando passava o trânsito parava. Era o sonho de todos os
machos da minha terra. Ela sabendo disso valorizava-se atá ao limite. Umas
pernas longas e torneadas por Miguel Ângelo.
Admirei com
carinho e respeito incomensuráveis, foi a D. Luísa Piaça. Faleceu quando eu estava
na recruta em Mafra e nunca mais dela me esqueci.
Outra
mulher da minha vida foi a minha professora de português na Escola Industrial e
Comercial de Peniche, a Dr.ª Maria Fernanda Amador. Foi ela que me incentivou a
escrever e a ler. A grande responsável por eu estar hoje aqui convosco. Morava
na Rua da Bica do Marquês em Lisboa e sei isso porque durante muito tempo me
correspondi com ela mesmo depois de ter deixado Peniche.
Não esqueço
a Maria Madalena Nogueira que muitos anos depois veio a casar com um amigo meu,
o Dionísio Amador. Amiga de muitos anos desde quando eu frequentava a Machado
de Castro e ela a Josefa de Óbidos. Depois viemos a ser colegas de turma no
curso de Química Laboratorial e Industrial do IIL. A minha tropa afastou-nos de
um convívio mais próximo o qual nunca mais reatámos.
Recordo com
muito carinho a minha colega no estágio em Coimbra, a Gina que procurei sempre
respeitar, independentemente dos meus conflitos sentimentais por ela. Guardo-a
no meu coração num lugar à parte.
A minha tia
Idália Canão. Uma mulher carinhosa mas de uma força inquebrantável. Sabia a
palavra que tinha de dizer no momento certo. Esteve sempre ao meu lado. Nos
bons e nos maus momentos. Guardo dela uma recordação insubstituível.
Recordo a
minha colega de trabalho em Torres Vedras a Celeste Guia. Uma senhora que faz
com que sempre nos sintamos pequeninos quando estamos na sua presença.
Faltam-me palavras para a adjectivar sobre tanto que lhe devo. Ensinou-me acima
de tudo a ser um melhor professor. Uma Senhora.
Recordo com
muita alegria a D. Assunção Braula Reis Coutinho. Uma Mulher de uma Alegria e
senhora de uma Vida extraordinária. Foi a primeira pessoa que me fez sentir que
usufruir o tempo seria importante. Ela quando falava dava a impressão de que
tinha medo de morrer no segundo a seguir, tal a rapidez e a emoção que punho no
seu falar. E tinha nos olhos todo o Amor do Mundo. Quando penso nela, penso em
todas as Mulheres libertadas do Mundo pela força das suas emoções.
Marcam
presença nas minhas memórias entre outras, duas mulheres da minha terra. Uma
infelizmente já desaparecida. Refiro-me à Rosa Mamede e à Idalina Bandeira. 2
exemplos de força e coragem com características diferentes. Uma e outra duas
forças da natureza. Contra ventos e marés. Mães coragem.
Deixo para
o fim as três mulheres que hoje me continuam a ajudar na minha vida. Uma, um
exemplo de tenacidade e de vontade de suportar a dor tornando-o alimento e
garra. Refiro-me à minha sogra, a Mariazinha. Que soube sempre com um sorriso
nos lábios defender a sua prole. Que fez dos desafios que a vida lhe deu uma
tempestade de amor para distribuir por todos os seus. E as minhas duas
Mulheres. A minha Anita e a minha Maria. Faltam-me aqui as palavras para dizer
tudo quanto lhes devo e o que sinto. São tudo aquilo que alguém pode sonhar
para se sentir seguro neste deambular em que nos vamos diluindo. Quem pode
querer mais? A Anita e a Maria são tudo quanto de bom e seguro se pode querer.
São o meu mar e o meu porto de abrigo. São a minha seara e o meu alimento. São
as estrelas do meu Universo.
Por todas
estas mulheres e por todas as outras que se sintam nelas representadas, mereceu
a pena viver. Bem-hajam.
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