quarta-feira, março 06, 2019


SER OU NÃO SER PIRATA
Já que se fala tanto aqui no burgo em falta de segurança, vamos imaginar que supostamente um assaltante nos invade a casa sem nós sabermos. Em vez de procurar ouro, jóias ou dinheiro o que procura são os nossos portáteis e a nossa correspondência. Vamos pensar ainda que na nossa história a pessoa assaltada é um patife. E que ao longo do tempo foi acumulando riqueza à custa de aldrabices. O assaltante depois de nos roubar documentos que provam a nossa aldrabice e de os vender a quem der mais, decide publicar as provas de que somos uns malandros.
Ainda e por absurdo digamos que um de nós por meios ilícitos adquiriu uma grande fortuna. Tão grande que dá para alugar um portentoso iate para onde convidamos amigas e amigos num cruzeiro. Durante a nossa viagem um pirata assalta-nos e rouba-nos. E ainda se dá ao luxo de vender os bens roubados e publica-a alguns deles que provam que eu sou um grande malandro
A minha questão é esta. Por ter sido assaltado deixei de ser malandro e vígaro? NÃO!!!
E o ladrão que me assaltou é um anjo? Pirata é pirata utilize ele os meios que utilizar.
Aquilo a que assistimos com televisões a transmitirem em directo a sentença de um país 3º sobre um pirata com cara de anjo e a entrevistarem-no dando-lhe o direito de se apresentar como o arcanjo serafim envergonha o meu país.
Existem aqui 2 crimes. O de quem roubou e o de quem beneficiou com esse roubo. O pirata é criminoso. Bem pode ele acusar a polícia do seu país. Ele sabe lá se a relação entre os polícias e os ladrões faz parte de uma estratégia montada para melhor apanhar os ladrões?
O pirata com cara de anjo é um ladrão que invade a casa dos outros para beneficiar das suas torpezas.
Julgar uns e outros é obrigação do Estado Português. Ou então podemos considerar o pirata com cara de anjo em situação equivalente aos dos agressores na violência doméstica e isentá-lo de culpas.
Vivemos num período de muito difícil compreensão.  

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