sexta-feira, janeiro 17, 2020


A MORTE

Libertadora para alguns. Tenebrosa para outros. Terminar com dor e sacrifícios sem fim. Permitir o ingresso no coro dos anjos, aguardando uma ressurreição anunciada. Encontrar as virgens acalentadoras. Perpectuar no Nirvana a libertação da dor e do sofrimento.

Filósofos e religiões têm procurado explicar a morte. Os que dela se abeiram aguardam-na em Paz ou procuram respostas pelos mais diversos meios para o Mistério que se avizinha denso e insondável.

Para os que têm fé a resposta está nos seus contributos para uma felicidade partilhada.

Para os que acreditam que é no espírito que reside a vida e que ele se dissolverá com o apagamento físico do seu invólucro, é consigo que residem as respostas para a tranquilidade em vida.

Estas coisas surgem-me sempre que se despedem de mim pessoas que estimo e prezo. Assim foi o caso deste 17 de Janeiro da década de 20 deste milénio.

Brutalmente neste dia desaparecem 2 pessoas que estimo e de quem muito gosto. A Drª Isabel Nascimento minha professora de Ciências no Ciclo Preparatório no velho edifício da Rua Marquês de Pombal, enquanto se aguardava pela construção do novo Edifício da Escola Industrial e Comercial de Peniche. Com ela desaparece o Carlos Manuel Chaves. Homem de uma bondade e generosidade sem limites. Reservado mas amigo. Um Homem de fé como aliás o foi toda a sua família. Representante digno de uma geração que soube passar incólume pelas turbulências de Peniche.

Os 2 representam uma parte de mim que também desaparece. Que enquanto viver eu possa dar testemunho da sua alegria e bondade.    

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